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O Direito como
ciência e sua
metodologia
3 CONCEITO
A História do
pensamento jurídico
Conceitos jurídicos fundamentais
Conduta humana regulada Conforme estudado no capítulo anterior, deve-se à Teoria Pura do Di-
Atos de produção, aplicação ou observân- reito de Kelsen a ideia de um Direito concebido como ciência pela defi-
cia estabelecidos pelas normas jurídicas. nição do objeto da ciência do Direito, que para ele é constituído em pri-
meiro lugar pelas normas jurídicas e secundariamente pelo conteúdo
destas normas, ou seja, pela conduta humana que elas regulam.
Desse modo, à medida que são estudadas as normas reguladoras da
conduta, ou seja, o Direito, como um sistema de normas em vigor, trata-se
do estudo da Teoria Estática do Direito. No entanto, se o objeto do estudo se
volta para essa conduta humana regulada, ou seja, o processo jurídico, em
seu movimento de concepção e aplicação, trata-se do que Kelsen chama de
Teoria Dinâmica do Direito.
Na introdução ao seu estu-
A Ciência do Direito
do se faz necessário o apren- possui uma linguagem
dizado das nomenclaturas própria que a organiza.
técnicas, dos conceitos e da
metodologia que nortearão todo o estudo ao longo do Curso de Direito.

Direito Natural e Direito Positivo


Direito Natural

Como visto no capítulo anterior, a Teoria do Direito Natural é muito an-


tiga e está presente na literatura jurídica ocidental desde a aurora da Ci-
vilização Europeia, antes de Cristo, em Atenas e Roma.
Considerado expressão da natureza humana ou dedutível dos princí-
pios da razão, o direito natural foi sempre concebido, pelos defensores
desta teoria, como superior ao direito positivo, como sendo absoluto e
universal por corresponder à natureza humana.
O Direito Natural revela ao legislador os princípios fundamentais de
proteção ao ser humano, que deverão ser consagrados pela legislação,
para que se tenha um ordenamento jurídico justo.
Esta teoria sustenta que todo ser humano é dotado de uma natureza
e um fim. A natureza, ou seja, as propriedades que compõem o ser defi-
ne o fim que este tende a realizar. O direito natural consiste na perma-
nente aspiração de justiça que acompanha o ser humano.
Para a corrente denominada jusnaturalismo (jus = direito), além do direi-
to escrito (positivo), há uma ordem superior que é a do direito justo. Direito
que, através dos tempos, tem influenciado reformas jurídicas e políticas, que COMENTÁRIO
deram novos rumos às ordens políticas europeia e norte-americana.
Direito Natural
EXEMPLO Tradicionalmente os autores indicam
três caracteres para o direito natural:
Como, por exemplo, é o caso da Declaração de Independência (1776) dos Estados ser eterno, imutável e; universal. Isto
Unidos, e da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), da Revolução porque, sendo a natureza humana a
Francesa, que, no artigo 2° preceitua: grande fonte desses direitos, ela é, fun-
“o fim de toda associação é a proteção dos direitos naturais imprescritíveis do homem”. damentalmente, a mesma em todos os
tempos e lugares.
Esta corrente tem-se mantido de pé, apesar das várias crises por que
tem passado e, apesar de criticada por muitos, mantém-se fiel ao menos
a um princípio comum: a consideração do direito natural como direito
justo por natureza, independente da vontade do legislador, derivado da
natureza humana (jusnaturalismo) ou dos princípios da razão (jusracio-
nalismo), sempre presente na consciência de todos os seres humanos.
O ponto comum entre as diversas correntes do Direito natural tem
sido a convicção de que, além do direito escrito, há outra ordem, supe-
rior àquela e que é a expressão do Direito justo. É a ideia do direito per-
feito que deve servir de modelo para o legislador. É o direito ideal, mas
ideal não no sentido utópico, e sim um ideal alcançável.
A divergência maior na conceituação do Direito Natural está centra-
lizada na origem e fundamentação deste direito.

ATENÇÃO
O pensamento predominante na atualidade é o de que o Direito natural se funda-
menta na natureza humana.

O jusnaturalismo atual idealiza o direito natural apenas como um con-


junto de amplos princípios, a partir dos quais o legislador deverá compor a
ordem jurídica. Os princípios mais apontados referem-se ao direito à vida, à
liberdade, à participação na vida social, à igualdade de oportunidades.
A concepção do denominado Direito Natural normativo, do século
XVIII, que se dispôs a estabelecer códigos de Direito natural, foi total-
mente abandonada.
Na atualidade, são salientadas outras características do Direito Natural:

Universalidade Próprio a todos os povos.

Imutabilidade Tal qual a natureza humana, o direito natural não se modifica.

Significa que não podem os direitos naturais ser olvida-


Indelebilidade
dos pelo coração e consciência dos seres humanos.

Obrigatoriedade Deve ser obedecido por todos.


CURIOSIDADE Validez
Seus princípios são sempre válidos e podem ser impostos
aos homens em qualquer situação em que se encontrem.
Direito Positivo
Do latim jus positum: imposto, que se impõe. Perpetuidade Válido em todas as épocas.
É o ordenamento jurídico em vigor num
determinado país e numa determinada Indispensabilidade Direito irrenunciável.
época. (MONTEIRO, 2012)
Tomando atitude intransigente perante o Unidade Sempre o mesmo para todos.

Direito Natural, o positivismo jurídico se


satisfaz plenamente com o ser do Direito Necessidade Nenhum grupo social pode viver sem o direito natural.

Positivo, sem refletir sobre a forma ideal


do Direito, sobre o dever-ser jurídico. O Direito Natural (não escrito) persegue a Justiça e inspira o Direito
Positivo (escrito) que está ligado a um lugar e a um tempo.

CURIOSIDADE RESUMO
Metafísica é uma palavra com origem no O Direito Natural não é escrito, não é criado pela sociedade, nem é formulado pelo Es-
grego e que significa "o que está para tado. (...) É um Direito espontâneo, que se origina da própria natureza social do homem
além da física". É uma doutrina que busca e que é revelado pela conjugação de experiência e razão. É constituído por um conjunto
o conhecimento da essência das coisas. de princípios, e não de regras, de caráter universal, eterno e imutável. (NADER, 2014).

Direito Positivo

O Direito Positivo é assim denominado porque provém diretamente do Es-


tado, vem a ser também, a base da unidade do sistema jurídico nacional.
O Positivismo jurídico é a manifestação, no campo do direito, do po-
sitivismo, ou seja, da doutrina de Comte, na forma apresentada no seu
Cours de Philosophie Positive.
Dando grande importância à ciência no progresso do saber, restrin-
gindo o objeto da ciência e da filosofia aos fatos e à descoberta das leis
que os regem, o positivismo pretendia ser a filosofia da ciência, ou seja,
o coroamento do saber científico.
No domínio jurídico, abandonando a metafísica, definindo o direito
positivo como fato, passível de estudo científico, plantado em dados re-
ais, o positivismo jurídico tornou-se a doutrina do direito positivo.

RESUMO
O positivismo se caracteriza assim, por ser antimetafísico e antijusnaturalista, por ser
empirista, por afastar do estudo científico do direito os valores e por considerar o
direito positivo o único objeto da Filosofia e das Ciências jurídicas.

Para o positivismo jurídico só existe uma ordem jurídica: a co-


mandada pelo Estado e que é soberana. Para os positivistas: Não há
mais Direito que o Direito Positivo. Para o positivista
No entanto, o positivismo jurídico é uma doutrina que a lei é em si o
não satisfaz as exigências sociais de justiça. Se, de um lado,
único valor.
favorece o valor segurança, por outro, ao defender a vincu-
lação do direito a determinações do Estado, mostra-se alheio à sorte dos seres humanos.
O direito não é composto unicamente de normas, como deseja esta corrente filosófica. Além
do que, as normas jurídicas apresentam sempre um significado, um valor social a ser realizado.
Os positivistas não se moveram ou não se tocaram pelas diretrizes do direito enquanto
instrumento de realização da justiça social. Apegaram-se
tão somente ao seu aspecto formal, ao concreto, ao ma-
A lei não pode
terializado. Os limites conferidos ao direito foram muito conter todo o jus.
apertados, estreitos mesmo, para abarcar toda a grandeza e importância que encerra.
A lei, sem condicionantes valorativos, é uma arma para o bem ou para o mal.

Diferenças entre o Direito Natural e o Direito Positivo

Os seres humanos estão perenemente insatisfeitos com a situação em que se encontram e sua as-
piração é melhorá-la cada vez mais. Surge assim a distinção entre direito positivo e direito natural.
O primeiro é o ordenamento jurídico em vigor em um determinado país e em uma determinada
época; o segundo, o ordenamento ideal, correspondente a uma justiça superior e suprema.

Quadro comparativo

DIREITO POSITIVO DIREITO NATURAL


TEMPORAL ATEMPORAL
Existe em determinada época
VIGÊNCIA INDEPENDE DE VIGÊNCIA
Observância pela sociedade e aplicação pelo
Estado
FORMAL INFORMAL
Depende de formalidades para sua existência
HIERÁRQUICO NÃO HIERÁRQUICO
Ordem de importância estabelecida entre as regras

DIMENSÃO ESPACIAL INDEPENDE DE LOCAL


Vigência em local definido

CRIADO PELO HOMEM EMERGE ESPONTANEAMENTE DA SOCIEDADE


Fruto da vontade do homem

ESCRITO NÃO ESCRITO


Códigos, leis, jurisprudência

MUTÁVEL IMUTÁVEL
Mediante a vontade humana
EXEMPLO O Direito Natural é o direito justo por excelência, fundado na natu-
reza humana e/ou que teria origem na vontade divina. O Direito Natural
Direito Substantivo teria neste caso a tarefa de dar legitimidade ao Direito Positivo (ordena-
Compreende os principais ramos da mento jurídico) que, por sua vez, para ser respeitado como válido deve
Ciência do Direito, como, por exemplo: moldar-se aos princípios do Direito Natural.
Direito Civil, Direito Penal, Direito Em-
presarial etc. CONCEITO
O Direito Natural é entendido como: aquilo que é devido como justo em virtude da
natureza das coisas (Lei Natural); as normas emanadas da vontade divina; os direitos
subjetivos que todos os seres humanos, enquanto pessoas juridicamente considera-
das devem desfrutar (Direitos Fundamentais, Direitos Humanos).

No plano metodológico, é necessário categorizar e conceituar. Os


primeiros conceitos relevantes para a compreensão do Direito serão
estudados a seguir.

Direito Substantivo e Direito Adjetivo


O Direito Substantivo (Material) é o conjunto das regras criadas pelo Estado
que normatiza a vida em sociedade definindo relações jurídicas, constitui
o chamado direito material. O direito substantivo (material) é o que define
as relações concretas das pessoas em sociedade e as submete à sua ação.

COMENTÁRIO
O direito material (substantivo) define as normas de conduta para a paz na convivên-
cia social, por isso dita as normas.
Já o direito processual (adjetivo) visa assegurar o cumprimento das normas, ou seja,
se preocupa em garantir a obediência das normas de direito material.

O Direito Adjetivo (Processual) consiste nas regras de direito proces-


sual que regulam a existência dos processos, bem como o modo destes
se iniciarem, se desenvolverem e terminarem.
O direito formal ou "adjetivo" diz respeito à processualística, ou seja, à for-
ma pela qual se aplica o direito material. Revela como efetivar, manter, tornar
válidos ou recuperar os direitos previstos no direito substantivo (material).
Há autonomia do direito adjetivo (processual) em relação ao direito
substantivo (material).

ATENÇÃO
Enquanto o Direito Material estabelece as normas que regulam as relações jurídicas
entre as pessoas, o Direito Processual regulamenta uma função típica estatal de
Direito Público e serve de instrumento para a viabilização do acesso ao Poder Judiciário. CURIOSIDADE
Direito Facultativo
É também chamado facultas agendi (fa-
Direito Objetivo e Direito Subjetivo culdade de agir).

O Direito Objetivo e Direito Subjetivo são conceitos de uma mesma rea-


lidade, interdependentes e complementares. CURIOSIDADE
O Direito Objetivo é um conjunto de normas que regem o compor-
tamento humano, prescrevendo uma sanção (punição) em caso de Ordenamento Jurídico
sua violação. É a regra social obrigatória imposta a todos, quer seja Chamamos o ordenamento jurídico de
sobre a forma de lei ou mesmo sob a forma de um costume, que deva fato jurídico
ser obedecido, é a norma agendi, reguladora de todas as ações do ser
humano, em suas múltiplas manifestações e de todas as atividades
das instituições políticas, públicas e particulares.
O direito objetivo é expresso por modelos abstratos de conduta (Có-
digos, Leis, Consolidações etc.). São modelos normativos genéricos que
não individualizam as pessoas neles envolvidas.

RESUMO
Em outras palavras, o direito objetivo é composto pelas normas jurídicas, as leis, que
devem ser obedecidas rigorosamente por todos os seres humanos que vivem na
sociedade que adota essas leis. O seu descumprimento, dá origem a sanções.

O Direito Subjetivo é o poder de exigir uma determinada conduta de


outrem, conferido pelo direito objetivo, pela norma jurídica. É o poder
de ação assegurado legalmente a todas as pessoas para defesa e prote-
ção de toda e qualquer espécie de bens materiais ou imateriais, do qual
decorre a faculdade de exigir a prestação ou abstenção de atos, ou o
cumprimento da obrigação, a que outrem esteja sujeito.
O Direito subjetivo sempre nasce de um fato, que por estar inserido no
ordenamento jurídico. Com a ocorrência do fato, a norma, colocada abs-
tratamente no direito objetivo, se materializa, dando origem à pretensão.

EXEMPLO
Assim, por exemplo, ao ocorrer um acidente de trânsito, surge para a vítima a preten-
são, ou seja, o poder de exigir, a reparação do dano por aquele que lhe deu causa,
que é titular do dever jurídico de indenizar.

Este dever jurídico dá a liberdade ao seu titular de não o cumprir,


expondo-se, contudo, às respectivas sanções.
Em outras palavras, o direito subjetivo é a capacidade que o homem
tem de agir em defesa de seus interesses, invocando o cumprimento de
CONCEITO normas jurídicas existentes na sociedade na qual vive, todas as vezes
que, de alguma forma, essas regras jurídicas venham ao encontro de
Elementos do direito subjetivo: seus objetivos e possam protegê-lo.
Sujeito = pessoa física ou pessoa jurídica;
Objeto = o bem jurídico sobre o qual o su- EXEMPLO
jeito exerce o poder conferido pela ordem
jurídica. O contrato de seguro se baseia nas disposições legais, existentes no código de di-
reito civil, ou seja, são normas de direito objetivo. Quando alguém contrata um seguro
e, após, vem a ter algum interesse atingido e vai a juízo, através de uma ação, para
CONCEITO fazer valer seu direito, está utilizando seu direito subjetivo de utilizar a regra jurídica
do direito objetivo para garantir a efetivação de seu interesse atingido.
Direito Positivo
São as normas jurídicas emanadas do
Estado.
Relação entre Direito Positivo e Direito Objetivo

Direito Objetivo é gênero do qual o direito positivo é espécie, assim como


os costumes e, por exemplo, cláusulas contratuais entre particulares.
São normas de direito objetivo positivo: a Constituição, a lei, o decre-
to, a circular, a portaria e outros tantos atos administrativos.
Entretanto, são normas de direito objetivo: os costumes e as cláusulas
de um contrato de locação, por exemplo. Embora jurídicas, não são normas
de direito positivo, pois não emanam, diretamente, do Estado, mas sim da
sociedade e da vontade dos particulares contratantes, respectivamente.
O direito positivo é assim denomina-
do porque é o que provém diretamente O Direito Positivo
do Estado. Desse modo, todo direito po- está contido no
sitivo é direito objetivo, mas nem todo
Direito Objetivo
direito objetivo é direito positivo.

+
Costumes
Contratos Direito
Direito Positivo
particulares Objetivo
etc.

Direito Público e Privado


A dicotomia entre o Direito Público e Privado é histórica, servindo a pro-
pósitos ideológicos.
O Direito liberal burguês defendia a igualdade entre as partes con-
tratantes. Esta igualdade escondia uma realidade fática: a brutal desi-
gualdade econômica, sendo, pois, uma ficção jurídica. CURIOSIDADE
Interessou ao pensamento liberal burguês alargar o campo de atua-
ção do Direito Privado, para que o Estado não interferisse nas relações, Os romanos utilizaram o critério da uti-
principalmente aquelas referentes ao contrato de trabalho. lidade. Quando o objeto do Direito era
A divisão do Direito em Público e Privado é invenção romana, sendo des- voltado para o interesse da coletividade
conhecida na Idade Média, e recuperada pelo Direito liberal burguês. Vale este era tido como Direito Público, se
lembrar que essa divisão variava de intensidade conforme o país e o regime. o interesse era do particular este seria
Direito Privado.

EXEMPLO REPÚBLICA = RES PUBLICA = COISA


PÚBLICA
No Direito Socialista, por exemplo, houve a hipertrofia (grande crescimento) do Di-
reito Público.
CURIOSIDADE
A divisão entre Direito Público e Direito Privado sofreu críticas no
Critério do conteúdo
início do Século XX, devido à publicização do Direito, quando o Estado
Também chamado de Teoria dos Inte-
passou a intervir para defender os interesses dos mais fracos na socie-
resses em Jogo.
dade, passando a ocorrer ingerência das normas de ordem pública nas
relações privadas.

CONCEITO CONCEITO
A publicização deve ser entendida como um processo de intervenção legislativa infra- Coordenação
constitucional, diferente de outro fenômeno conhecido como constitucionalização que Partes envolvidas no mesmo patamar.
tem por fito submeter o direito positivo aos fundamentos de validade constitucionais.

Atualmente, dois critérios são utilizados para a divisão os ramos de CONCEITO


Direito Público e Direito Privado:
O primeiro é o Critério do conteúdo ou objeto da relação jurídica. Nes- Licitude ampla
te critério, quando prevalece o interesse geral o direito é público, quando O que não é vedado, é permitido, salvo
prevalece o particular o direito é privado. se afrontar os bons costumes e precei-
O segundo Critério é relativo à forma O Estado é o tos de ordem pública.
da relação jurídica, ou Teoria da Natureza Subordinante
da Relação Jurídica. Assim, se a relação é
(em regra) e a
de coordenação, trata-se, em regra, de Di-
reito Privado, se a relação é de subordina- Outra Parte é o
ção, trata-se, em regra de Direito Público. Subordinado.
Enquanto o Direito Privado é informa-
do, entre outros, pelos princípios da autonomia da vontade e da licitude
ampla , o Direito Público é regido pelos princípios da supremacia do in-
teresse público e da estrita legalidade - o agente público só pode agir se,
quando e como a lei prescrever.
As cláusulas de um contrato são normas de Direito Privado, sendo
normas individuais, pois não derivam diretamente do Estado, mas sim
da vontade dos particulares. Por estes critérios, são:
Direitos Constitucional, Financeiro, Tributário, Internacional
Ramos do Direito Público Privado, Administrativo, Processual, Ambiental, Penal etc.

Ramos do Direito Privado Direitos Civil, Empresarial.

Direito Público e Direito Privados e suas teorias


A existência de somente um Direito.
Existência exclusiva do Direito Privado (Rosmini e Ravà).
Teorias Monistas
Sempre foi o único durante séculos e seu nível de aperfeiçoa-
mento não foi atingido ainda pelo Direito Público.

Teorias Dualistas A existência de dois Direitos.

Teoria do interesse em Jogo - O direito será público ou privado de acordo com a predominância
teoria Clássica ou teoria Romana dos interesses.

Quando a finalidade do direito for o estado, teremos o Direito


Teoria do Fim
Público, quando for o indivíduo, teremos o Direito Privado.

Teoria do Titular da Ação Quando a iniciativa da ação for do estado, teremos o Direito
Público, quando for do particular, teremos o Direito Privado.

Além do Direito Público e Privado, admitem alguns estudiosos


Teorias Trialistas um terceiro gênero, chamado por alguns de Direito Misto e por
outros de Direito Social Misto.

ATENÇÃO
A grande crítica que se faz à Teoria trialista é a de que o problema ideológico continua, pois os liberais
continuarão dizendo, por exemplo, que o Direito do Trabalho é privado, outros, porém, dizendo público.
O problema da flexibilização da legislação trabalhista, que apregoa livre negociação não é resolvido
dizendo-se que o Direito do Trabalho é Direito Misto.

A Superação da Dicotomia do Direito Público e do Direito Privado

A clássica bipartição romana do direito em público e privado não corresponde mais à reali-
dade jurídica e não atende mais à complexidade das relações da sociedade moderna.
Essa clássica distinção, na vida prática, não tem a importância que alguns juristas pre-
tendem dar, pois o Direito deve ser entendido como um todo.

ATENÇÃO
É nítida, pois, a superação da dicotomia Direito Público e Privado, vislumbrando-se em alguns ramos da
ciência jurídica, pontos comuns de contato com um e outro ramo.

No mundo atual, entre esses dois ramos grandes e tradicionais, encontra-se o Direito misto,
por tutelar tanto o Direito Público quanto o Privado e possuir normas de ambos. A superação
dessa dicotomia se dá pela tendência hoje de alguns ramos do Direito que têm pontos de Direito
Público e o Privado, resultando no avanço da sociedade, com relações cada vez mais complexas.
As entidades de Direito Público podem atuar como particulares e como tal devem ser
tratadas, ficando sujeitas às leis de Direito Privado. Isso também ocorre no Direito Privado,
no qual o Estado pode impor sua vontade, reduzindo a autonomia do particular, formando
os preceitos de ordem pública, com força obrigatória inderrogável pela vontade das partes,
apesar de tratar-se de relações privadas.
Com efeito, a tendência agora é o Estado direcionar as condutas dos indivíduos e assim,
a liberdade individual está cada vez menor e até mesmos princípios típicos do Direito Pri-
vado, como a autonomia da vontade nos contratos, têm sido enfraquecidos.

EXEMPLO
Como decorrência, tem-se como exemplo o Direito Civil que engloba tanto princípios de Direito Privado
como de Direito Público. Em que pesem encontrar-se no Direito Civil aquelas normas cogentes, de ordem
pública, é neste ramo do direito que as partes encontram extenso campo para expandir sua vontade, são
as normas dispositivas, às quais as partes se prendem se não desejarem dispor diferentemente.

Na atualidade, com a positivação de novos direitos surgidos nas sociedades de massa,


como o Direito Ambiental e o Direito do Consumidor, por exemplo, a ideia de que há Direi-
tos Transindividuais que vinculam as esferas pública e privada, resultou na classificação
dos Direitos Difusos e Coletivos que trataremos adiante.

Direito Interno e Internacional


Existem duas posições doutrinárias sobre a relação entre o Direito internacional e o Direito
interno: a dualista e a monista.
TEORIA DUALISTA
O primeiro estudo sistematizado acerca da existência de um conflito entre as normas internas e
as internacionais foi realizado por Heinrich Triepel, em 1899. Os dualistas defendem que o Direito
Internacional e o Direito interno são concepções distintas, à medida que se encontram baseados
em duas ordens: a interna e a externa.
TEORIA MONISTA
O monismo surge como alternativa ao dualismo. Os monistas argumentam que o Direito internac-
ional e o Direito interno são noções de uma só ordem jurídica e, neste caso, havendo um só
ordenamento, haveria uma norma hierarquicamente superior a todas as demais regulando este
único ordenamento. Esta teoria, ainda, apresenta duas versões: a que defende a preferência do
Direito interno, e, outra, a precedência do Direito internacional.

ATENÇÃO
Um detalhe importante a apontar são os aspectos históricos que conduziram a afirmação do monismo que
defende o direito interno. Foi exatamente no período pós-Segunda Guerra Mundial que o monismo encon-
trou sua majoritária aceitação pelos doutrinadores.
No entanto, atualmente, as relações internacionais dia a dia passam a ser promovidas
em um contexto cada vez mais integrado, a exigir uma responsabilidade internacional
maior, o respeito a tratados internacionais e ao movimento de globalização das relações
internacionais.
Os processos contemporâneos das relações internacionais demonstram que o monis-
mo, com ênfase do Direito Internacional, é um elemento de garantia da unidade e do equi-
líbrio do sistema internacional, na medida em que pode evitar possíveis conflitos jurídicos
internacionais.

REFLEXÃO
Nada impede que do tratado internacional possam decorrer graves conflitos, mas não se pode olvidar que
em números muito maiores decorrem a paz e a cooperação.

A tese monista, referente à primazia do Direito Internacional sobre o Direito interno,


ganha, portanto, um especial destaque, mormente pelos internacionalistas, que afirmam
que a observação dos tratados internacionais torna-se uma necessidade vital para a garan-
tia de uma estabilidade sistêmica, na medida em que, podem evitar conflitos internacio-
nais com demais Estados contratantes.
Seja como for, é pelo prisma das duas variáveis monistas, aquela da primazia do Direi-
to Internacional e a da primazia do Direito interno, que o debate jurídico-doutrinário se
edifica, na busca de um entendimento do conflito potencial entre fontes internacionais,
especialmente, entre o tratado internacional e a ordem jurídica interna.

Ramos do Direito
Dentre diversas classificações possíveis no Direito Brasileiro Contemporâneo, levando em
conta os novos Direitos de cunho social, sistematizamos os seguintes Ramos do Direito
Positivo Interno:

Direito Civil
PRIVADO Direito Empresarial

Direito Constitucional
Direito Administrativo
Direito Financeiro e Tributário
PÚBLICO Direito Processual
DIREITO POSITIVO Direito Penal
INTERNO Direito Eleitoral
Direito Militar

Direito do Trabalho
Direito Previdenciário
NOVOS DIREITOS Direito Econômico
Direito do Consumidor
Direito Ambiental
Ramos do Direito Positivo interno CONCEITO
Direito Privado Relações sociais de caráter
O objeto do Direito Civil abrange não apenas as relações sociais de ca- patrimonial
ráter patrimonial , mas também relações pessoais com certo conteúdo Relações monetário-mercantis juridica-
patrimonial, como os direitos de autor, e mesmo relações pessoais pu- mente relevantes.
ras, como os direitos ao nome e à imagem.
O Direito Civil, do qual se desprenderam diversos ramos, fixa nor-
mas e institutos fundamentais que servem de referência ou assumem CURIOSIDADE
caráter supletivo em relação a eles. Esses sub-ramos tendem a assumir
cada vez mais autonomia. Os romanos não distinguiam o Direito
Civil do Empresarial (antes chamado

EXEMPLO Comercial): todas as relações de ordem


privada continham-se no jus civile ou,
Temos como exemplo do Direito Civil: direito de propriedade, direito de obrigações, então, nos jus gentium, que era relativo
direito de família, direito de sucessões, direito do trabalho, direito empresarial etc. aos estrangeiros ou às relações entre
romanos e estrangeiros.
O Direito Empresarial, apesar de ser um desdobramento do Direito
Civil, relaciona-se ao regramento da atividade econômica habitualmen-
te destinada à circulação das riquezas, mediante bens ou serviços, im-
plicando em uma estrutura de natureza empresarial.
Temos como características básicas do direito empresarial as se-
guintes: Autonomia da vontade expressa, dinamicamente, em uma ati-
vidade negocial, com propósito de lucros; Estrutura empresarial; Garan-
tia e certeza da circulação e do crédito.

Direito Público
O Direito Constitucional tem por objeto o sistema de regras referente à
organização do Estado, no tocante à distribuição das esferas de compe-
tência do poder político, assim como no concernente aos direitos fun-
damentais dos indivíduos para como o Estado, ou como membros da
comunidade política.
Nas Constituições contemporâneas, em vez de se disciplinar primei-
ro a organização do Estado, os poderes do Estado são estatuídos em fun-
ção dos imperativos da sociedade civil, isto é, em razão dos indivíduos e
dos grupos naturais que compõem a comunidade. Em outras palavras, o
social prevalece sobre o estatal.

ATENÇÃO
A Constituição delimita as esferas de ação do Estado e dos particulares.
O Direito Administrativo tem por objeto As normas constitucionais
o sistema de princípios e regras, relativos à
são as normas supremas,
realização de serviços públicos, destinados à
satisfação de um interesse que, de maneira
às quais todas as outras
direta e prevalecente, é do próprio Estado. têm de se adequar.
COMENTÁRIO
Dos três poderes, o Poder Executivo existe com a função primordial de executar serviços públicos em be -
nefício da coletividade. Os serviços públicos são, por conseguinte, os meios e processos através dos quais
a autoridade estatal procura satisfazer às aspirações comuns da convivência.

O Direito Financeiro e Tributário é uma disciplina que tem por objeto toda a atividade
financeira do Estado concernente à realização da receita e despesa necessárias à execução
do interesse da coletividade.
O Direito Tributário disciplina às relações entre o Fisco e os contribuintes, tendo como
objeto primordial o campo das receitas de caráter compulsório, isto é, as relativas à im-
posição, fiscalização e arrecadação de impostos, taxas e contribuições, determinando-se,
de maneira complementar os poderes do Estado e a situação subjetiva dos contribuintes,
como complexo de direitos e deveres.
O Direito Processual objetiva o sistema de princípios e regras; mediante os quais se ob-
tém e se realiza a prestação jurisdicional do Estado necessária à solução dos conflitos de
interesses surgidos entre particulares, ou entre estes e o próprio Estado.

ATENÇÃO
Por meio do Direito Processual o Estado também presta um serviço, visto que dirime as questões que
surgem entre os indivíduos e os grupos. O juiz, no ato de prolatar uma sentença, sempre o faz em nome
do Estado. A jurisdição, que é o ato através do qual o Poder Judiciário se pronuncia sobre o objeto de uma
demanda, é indiscutivelmente um serviço público.

O Direito Processual discrimina-se em duas subespécies ou categorias, que são o Direi-


to Processual Civil, destinado à solução dos conflitos de natureza não criminal e o Direito
Processual Penal, que regula a forma pela qual o Estado resolve os conflitos surgidos em
razão de infrações da lei penal.
O Direito Penal é o sistema de princípios e regras mediante os quais se tipificam as for-
mas de conduta consideradas criminosas, e para as quais se tipificam as formas de conduta
consideradas criminosas, para as quais são cominadas, de maneira precisa e prévia, penas
ou medidas de segurança.
Dada a sua natureza, que envolve o problema substancial da liberdade humana, o orde-
namento jurídico penal se distingue dos demais pelos princípios da legalidade estrita, ou
seja, não há crime sem prévia previsão legal.
O Direito Eleitoral disciplina a escolha dos membros dos Poderes Executivo e Legisla-
tivo. Suas normas regulam critérios para as candidaturas, para as eleições, apurações etc.
O Direito Militar regula as normas aplicáveis aos militares. Tal Direito é previsto na
Constituição, no artigo 42.
CURIOSIDADE
Existe um sistema jurídico próprio composto pelo Código Penal Militar e o Código de Processo Penal Militar.

Novos Direitos
O desenvolvimento do Direito Positivo no Brasil se encontra em um estágio que contempla,
cada vez mais, a concepção social do Direito, na esteira da Constituição de 1988. São ramos
com visão mais ampla de direitos sociais e transindividuais.
O Direito do Trabalho é composto por normas jurídicas que regulam as relações indivi-
duais entre empregado e empregador, bem como, por normas de Direito Coletivo do Traba-
lho, que engloba os acordos coletivos de trabalho, o direito de greve e as relações sindicais.

ATENÇÃO
O diploma legal específico do Direito do Trabalho é a Consolidação das Leis do Trabalho — CLT, de 1943,
atualizada e acrescida por leis especiais, como a do FGTS, de acidentes do trabalho, das domésticas etc.

O Direito Previdenciário é parte dos Direitos da Seguridade Social garantidos na Consti-


tuição, que englobam além da Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde. É um ramo
da maior relevância porque afeta diretamente todos os cidadãos do País.

ATENÇÃO
Os principais instrumentos legais do Direito previdenciário são a Lei de Custeio da Seguridade Social, o Plano de
Benefícios da Previdência Social, a Lei Orgânica da Assistência Social e o Programa do Seguro-Desemprego.

O Direito Econômico é composto por normas jurídicas que regulam a produção e circu-
lação de produtos e serviços com foco no desenvolvimento do País e no controle do merca-
do, visando impedir a concorrência desleal, regular monopólios e oligopólios.

ATENÇÃO
Dentre as diversas normas do Direito Econômico se destacam a Lei de Economia Popular, a Lei de Livre
Concorrência e a Lei Antitruste.

O Direito do Consumidor, positivado na Lei 8078/90, regula as relações entre consumi-


dores e fornecedores de produtos e serviços.
No artigo 81, o Código do Consumidor conceituou, expressamente, os Direitos Difusos
como sendo aqueles cujos titulares são indeterminados e indetermináveis. Veja o exemplo:
EXEMPLO
No caso da poluição nas lagoas de uma determinada cidade, causada por lançamento de esgoto in natura por
um centro comercial da região, todos os moradores da região, bem como os consumidores do centro comercial,
de forma indeterminada e indeterminável, têm seu direito ao meio ambiente violado. São direitos que mesmo
atingindo alguém em particular, atingem simultaneamente a todos, merecendo assim especial proteção.

Nos chamados Direitos Coletivos, os titulares do Direito também são indeterminados,


mas são determináveis. Veja o exemplo:

EXEMPLO
No caso de um defeito no sistema de freio de uma determinada marca de carro, em um determinado ano
de fabricação, o Direito é coletivo, mas os sujeitos são determináveis. São aqueles que compraram aqueles
carros daquela marca produzidos especificamente naquele período.

Os Direitos Difusos e Coletivos são objeto de tutela jurídica específica que garante o di-
reito de ação não só individual, como também coletiva, que pode ser proposta pelo Ministé-
rio Público, por associações que representem determinada categoria e por outros titulares
previstos em Lei.
O Direito Ambiental é um ramo, relativamente novo do Direito, mas da maior relevância
em todo o planeta na atualidade. A Constituição Brasileira de 1988 consagrou a proteção
dos valores ambientais, tendo como base o artigo 225 que preceitua:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.

A relação de Direitos Positivados não é exaustiva. Os


Novos Direitos continuam surgindo à medida da demanda
social e das transformações que ocorrem de modo
acelerado no Século XXI.

Ramos do Direito Positivo externo

O Direito Positivo Externo pode ser dividido entre Direito Internacional Público e Direito
Internacional Privado.
O Direito Internacional Público é composto dos tratados internacionais, convenções,
pactos, convênios ou acordos, além dos costumes internacionais.
Um tratado Internacional é realizado entre Estados Nacionais independentes, com obje-
tivo de regular determinada matéria, por meio de cláusulas que se tornam normas jurídicas.
COMENTÁRIO
No Brasil, os tratados internacionais passam a ter vigência no Direito Interno depois de celebrados pelo
Presidente da República, de acordo com o artigo 84, VIII da CF e aprovado pelo Congresso Nacional, nos
termos do artigo 49, I da CF.

O Direito Internacional Privado é regido por normas que regulam as relações privadas
em âmbito internacional. Trata de definir qual a norma a ser aplicada em razão do domicí-
lio, ou da nacionalidade da pessoa, do lugar em que foi realizado o ato, do local em que se
situa o objeto do Direito.

ATENÇÃO
A norma jurídica fundamental para os temas é a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, Dec.
Lei n° 4.657/42, que nos artigos 7° a 17 regula as diretrizes do Direito Internacional Privado Brasileiro.

RESUMO
Neste capítulo foram apresentados alguns conceitos jurídicos que são muito utilizados e cuja definição é
de fundamental importância para todo estudo do Direito.
Ficou demonstrado que o Direito positivo se apresenta por meio da intervenção estatal, tutelando diver-
sos ramos de atividade dos indivíduos na sociedade. Mas, também cumpre ao Direito regular as relações
entre os cidadãos e o próprio Estado.
Por outro lado, nota-se uma maior publicização do Direito Privado, a partir da Constituição de 1988,
que regulou questões que antes interessavam apenas ao âmbito privado do indivíduo, como o Direito de
Família, por exemplo.
Existem novos ramos do Direito surgidos na esteira da Constituição de 1988, como o Direito Ambiental,
do Consumidor, da Criança e do Adolescente etc.

ATIVIDADE
Verificando a aprendizagem:
1. Embora a divisão do direito positivo em público e privado remonte ao direito romano, até hoje não há
consenso sobre seus traços diferenciadores. Vários critérios foram propostos, com base no interesse, na
utilidade, no sujeito, na finalidade da norma, no Jus Imperium, sem que todos eles estejam imunes a críticas.
Sobre as afirmações está CORRETA a opção:

(A) O Direito Público é reconhecidamente o mais importante em relação ao Direito Privado.


(B) Na medida em que Direito Público e Direito Privado estão voltados para a regulação das relações entre pesso-
as e as instituições por elas criadas, entre estas o próprio Estado, não há que se falar em distinções entre os dois.
(C) O Direito Público regulamenta basicamente a atividade do Estado. Estabelece suas funções e a forma de orga-
nização de seus poderes e dos serviços públicos, bem como suas relações com os particulares e os demais Estados.
(D) O Direito Público regulamenta principalmente a situação jurídica e as relações entre particulares
(pessoas físicas e pessoas jurídicas de Direito Privado).
(E) Primazia da vontade individual, garantindo-se a autonomia da vontade dos particulares, que podem
assumir obrigações e adquirir direitos mediante contratos, cujo conteúdo e sanções são fixados pelos
próprios contraentes, tanto pode o direito ser público ou privado.

2. É um bom exemplo de direito objetivo:

(A) O direito de ir e vir.


(B) O direito de propor uma ação junto ao Judiciário.
(C) O direito que protege as relações de comércio internacional.
(D) O direito de realizar um curso superior em Direito.
(E) O direito de manifestar suas ideias seja por palavras ou atos.

3. Leia as afirmativas que se seguem:

I - Uma das possíveis definições do direito positivo é a de que é conjunto de normas estabelecidas pelo
poder político do Estado que se impõem e regulam a vida social de um dado povo, em um determinado
lugar e em uma determinada época.
II - É mediante normas jurídicas (direito positivo), provenientes do universo do direito, que o Estado preten-
de obter o equilíbrio social, impedindo a desordem e os delitos.
III - O direito material tem por fim ditar as normas de conduta para garantir a paz social, o direito processual
tem por finalidade assegurar o cumprimento dessas mesmas normas.
IV – O Direito Natural é espontâneo e se origina do processo legislativo que é revelado pela conjugação
de experiência e razão.
A seguir, escolha a opção CORRETA:
(A) Todas as afirmativas estão erradas.
(B) Somente uma afirmativa está correta.
(C) Somente uma afirmativa está errada.
(D) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
(E) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.

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