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1- O que é o jus naturalismo? Quais os seus fundamentos ontológicos?

Para corrente do jusnaturalismo o direito é algo natural e tem como


pressupostos os valores do ser humano, e busca sempre um ideal de justiça. Os
jusnaturalistas defendem que o direito é independente da vontade humana tendo sua
existência antes mesmo do ser humano.
O jusnaturalismo surge como uma corrente jurisfilosófica de fundamentação do
direito justo que remonta às representações primitivas da ordem legal de origem divina.
A primeira tese do jusnaturalismo é a pressuposição de duas instancias
jurídicas.
O direito positivo que corresponderia ao fenômeno jurídico concreto, sendo o fenômeno
jurídico na pratica verificável, tal como ele se expressa através das fontes de direito,
especialmente, aquelas de origem estatal. E o direito natural que corresponderia a uma
existência durável, eterna ou imutável de um direito justo.

A segunda tese é a superioridade do direito natural em face do direito positivo. O direto


natural enquanto modelo da justiça serviria como referencial valorativo e ontológico sob
pena da ordem jurídica identificar-se com a força ou o mero arbítrio.

Referências utilizadas:

VANIN, Carlos. Jusnaturalismo e Juspositivismo; estudo pormenorizado sobre as correntes


jusnaturalista e juspositivista, e a curiosidade na bandeira da República Federativa do Brasil,
Jusbrasil. Disponível em: https://duduhvanin.jusbrasil.com.br/artigos/189321440/jusnaturalismo-
e-juspositivismo

2- O que é o jus positivismo? Qual o seu fundamento ontológico?

O jus positivismo é “uma corrente de filósofos que utilizam do método


empírico (cientifico) para adequar o direito apenas em seu direito positivo (leis)” Essas
normas positivadas pelo poder político do Estado, e assim são aplicadas pelas
autoridades competentes.
A corrente juspositivista acredita que só pode existir o direito e
consequentemente a justiça através de normas positivadas, ou seja, normas escritas,
criadas pelos homens por intermédio do Estado.

Referências utilizadas:

VANIN, Carlos. Jusnaturalismo e Juspositivismo; estudo pormenorizado sobre as correntes


jusnaturalista e juspositivista, e a curiosidade na bandeira da República Federativa do Brasil,
Jusbrasil. Disponível em: https://duduhvanin.jusbrasil.com.br/artigos/189321440/jusnaturalismo-
e-juspositivismo

3- Apresente em um quadro comparativo as ideias de justiça em: Platão-


Aristóteles (antiguidade clássica), Hugo Grótius, Thomas de Aquino
(antiguidade medieval), Kant-Edmund Burke (modernidade), Kelsen, Reale
(contemporaneidade), Dworkin- Rawls (contemporaneidade).

PLATÃO
Platão acreditava que o ser humano deveria ser virtuoso, ele acreditava que a
justiça divina era perfeita, imutável e absoluta.
Para esse governo do filósofo ser justo ele deveria ser harmônico, ou seja, as
partes deveriam obedecer às suas posições e não interferirem umas nas outras. Qualquer
interferência para Platão, seria uma ação injusta. A virtude, portanto, consiste no
cidadão seguir seus desígnios.

ARISTÓTELES

Para a teoria aristotélica a justiça é uma virtude prática ou moral, da mesma


forma que a coragem e a temperança. As virtudes éticas são hábitos que são adquiridos
pela experiência.

HUGO GRÓTIUS

Para Grótius, o Estado deveria possuir poder ilimitado, pois sem ele poderia
haver caos político em uma nação.
Ele também defendeu a tolerância em relação aos temas e crenças religiosas.
Foi um dos criadores do conceito de soberania (superioridade derivada da autoridade).

TOMÁS DE AQUINO

Para Tomás de Aquino a justiça a justiça pode ser entendida como um hábito
segundo o qual cada um dá ao outro o que lhe pertence segundo o direito,
permanecendo nele com uma vontade constante e perpétua. Para ele a virtude, entendida
como aquela que faz com que os atos humanos sejam bons, é própria da justiça.

KANT-EDMUND BURKE

Para Kant, todo ser dotado de razão tem capacidade moral e não necessita de
nenhum código ditado pela filosofia ou qualquer outro sistema de regras para conhecê-
la e decidir-se pelo bem ou pelo mal. Nesse ponto aproxima-se da ética socrática,
segundo a qual a virtude está dentro de cada ser humano, bastando ensiná-la ("revelá-
la") para que seja praticada.

KELSEN

Para Kelsen a ideologia de justiça advém de uma norma jurídica que serve
como interpretação de conduta, ou seja, as condutas justas são aquelas derivadas
daquela norma.

REALE

Para Reale, a justiça é um valor que se distingue dos outros porque é condição
de realização de todos os outros valores.
DWORKIN- RAWLS

Rawls defende que uma sociedade justa é aquela que garante uma série de
liberdades básicas, iguais para todos; que permite a desigualdade, mas apenas na medida
em que esta beneficie os menos favorecidos e na condição de que exista igualdade real
de oportunidade.

REFERÊNCIAS UTILIZADAS:

- Platão e Justiça. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/85368/platao-e-justica


- O conceito de justo em Aristóteles. Disponível em:
https://www.mprj.mp.br/documents/20184/1238340/Rogerio_Pacheco_Alves.pdf
- Hugo Grotius e as relações internacionais: entre o direito e a guerra. Disponível em:
https://www.revistas.usp.br/wp/
- A Justiça Em Tomás De Aquino The Justice According To Tomás De Aquino.
Disponível em: http://www.publicadireito.com.br/artigos/?
cod=9465ce9a7904ba9f#:~:text=Para%20Tom%C3%A1s%20de%20Aquino%20a,pr
%C3%B3pria%20da%20justi%C3%A7a%2C%20consoante%20Aquino.
- A ideia de justiça em Kant. Disponível em:
https://www.migalhas.com.br/coluna/lauda-legal/165735/a-ideia-de-justica-em-kant
- Direito e Valores no pensamento de Miguel Reale. Disponível em:
file:///C:/Users/reeis/Downloads/66159-Texto%20do%20artigo-87544-1-10-
20131125.pdf

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