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Débora Chabes 1
Prezados Alunos
Ao meu ver as coisas parecem ter mais sentido quando passamos a entender o porquê
elas existem, quais são as vantagens de obter aquele conhecimento, e onde posso usar as
informações adquiridas. Pois bem, comecemos a desvendar qual e o nome da disciplina. Neste
caso é “Estrutura Lógica do Conhecimento”.
Ok, então vejamos o seguinte: Toda estrutura serve de alicerce, estes alicerces
sustentam uma determinada coisa, então, como num prédio, é necessário que as estruturas
sejam sólidas para que a maior parte da construção seja segura.
Mas o que é lógica? Segundo alguns autores é o estudo filosófico do raciocínio válido...
ficou claro? Por não se tratar de uma disciplina de filosofia (embora filosofia esteja ligada e
muito a nossa matéria) acho melhor nós identificarmos o porquê estudar a lógica.
Então meus caros alunos, já podemos concluir que estudaremos as estruturas que
viabilizam a organização do nosso pensamento, estudando a estrutura lógica, podemos
verificar que estudaremos a construção de um raciocínio voltado a pesquisa científica.
Mas ai vem as afirmações: “Eu não sou cientista, nem penso em me tornar um”.
Quando falamos em pensamento científico, voltamos para a pesquisa acadêmica, seja de qual
área for, ou seja, temos pesquisas científicas, seja na área da saúde, educação, cinema,
cultura, engenharia, administração, ciências contábeis... Enfim existem uma infinidade de
áreas que podemos encontrar estudos científicos que possibilitam o desenvolver da área e até
mesmo descobertas de novos conceitos e estudos que fundamentam inclusive processos
sociais da atualidade.
Um remédio é composto por diversos elementos químicos, porém para que estes
elementos fossem unidos para assim resultarem na medicação, foram necessários muitos
estudos científicos.
Por isso, todo pensamento científico seja original ou não nasce a partir ou de outros
pensamentos. E é isso que iremos aprender nesta disciplina.
Notem que a estrutura lógica do pensamento científico nada mais é que estudar os
alicerces que permeiam os raciocínios válidos (fundamentados com outros estudos ou a partir
deles), e a partir disto viabilizarmos o nosso próprio pensamento científico, através de análises
críticas ordenadas numa sequência que enseja num entendimento consequente.
Esta disciplina ajuda a entendermos como colocar nosso raciocínio em ordem, para
que assim sejamos capazes de criar nosso trabalho de conclusão de curso, como autênticos
pesquisadores da área que nos comprometemos estudar e nos tornar bacharéis.
1
MONTEIRO, Suely. “As vantagens de estudar a lógica”. Disponível em:
<http://suelymonteiro.blogspot.com.br/2011/09/importancia-de-estudar-logica.html> acesso em 14 jul.
2014.
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Espero que tenha esclarecido o “Por que estudar estrutura lógica do pensamento
científico”, afinal neste momento meu objetivo era identificar quais as razões que fazem
necessários estes estudos.
A CIÊNCIA
CONCEITO DE CIÊNCIA
Diversos autores definem Ciência, porém a maioria dos autores usam a definição de
Trujillo que afirma a ciência como: “um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao
sistemático conhecimento com objeto limitado, capaz de ser submetido à verificação” (1974,
p.8). Seguindo esta linha de raciocínio, com relação a natureza da ciência podemos verificar
duas vertentes que funcionam em conjunto, estas são nomeadas como compreensiva (utiliza-
se da vertente contextual ou de conteúdo) e da metodológica (uso mais operacional), que
abrange aspectos lógicos e técnicos.
CLASSIFICAÇÃO DA CIÊNCIA
Uma das primeiras classificações foi estabelecida por Augusto Comte. Para ele, as ciências,
de acordo com a ordem crescente de complexidade, apresentam-se da seguinte forma;
Matemática, Astronomia, Física, Química, Biologia, Sociologia e Moral. Outros autores
utilizaram também o critério da complexidade crescente, originando classificações com
pequenas diferenças em relação à Comte.
Das classificações vistas, percebe-se que não há um consenso entre autores, nem sequer
quando se trata da diferença entre ciências e ramos de estudo: o que para alguns é ciência,
para outros ainda permanece como ramo de estudo e vice-versa.
Assim podemos dizer que o pensamento científico, propõe a partir das ciências,
investigar a realidade, sejam realidades formais (subdivididas em lógica e matemática) ou
factuais (subdivididas em naturais e sociais). A partir deste ponto de vista é que chegamos a
concluir o pensamento é criado a partir de diversos tipos de conhecimento, os quais passamos
a estudar.
FORMAS DE CONHECIMENTO
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Embora sendo de nível inferior ao científico, o conhecimento vulgar não deve ser
menosprezado. Ele constitui a base do saber e já existia muito antes do homem imaginar a
possibilidade da ciência. Há quem diga que ‘superstições’, ‘simpatias’ e etc, nas ceram do
conhecimento vulgar, porém a maioria dos autores não defendem este ponto de vista.
CONHECIMENTO TEOLÓGICO
Apoia-se em doutrinas que contém proposições sagradas (valorativas), por terem sido
reveladas pelo sobrenatural (inspiracional) e, por esse motivo, tais verdades são consideradas
infalíveis e indiscutíveis. É um conhecimento sistemático do mundo (origem, significado,
finalidade e destino) como obra de um criador divino: suas evidências não são verificadas,
pressupondo sempre uma atitude de fé perante o conhecimento revelado. Se exemplificamos
podemos dizer que o conhecimento teológico supõe: Acreditar que alguém foi curado por um
milagre; ou acreditar em Duende; acreditar em reencarnação; acreditar em espírito e etc.
CONHECIMENTO FILOSÓFICO
Ora, todas essas pretensões das ciências pressupõem que elas acreditam na existência
da verdade, de procedimentos corretos para bem usar o pensamento, na tecnologia como
aplicação prática de teorias, na racionalidade dos conhecimentos, porque podem ser
corrigidos e aperfeiçoados. Verdade, pensamento, procedimentos especiais para conhecer
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fatos, relação entre teoria e prática correção e acúmulo de saberes: tudo isso não é ciência,
são questões filosóficas. O cientista parte delas como questões já respondidas, mas é a
filosofia que as formula e busca respostas para elas.
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
Sendo assim o conhecimento científico, neste caso, é muito importante pois, a equipe
se aprofunda na investigação de determinado fenômeno, transcendendo-os em si para
conseguir analisar e descobrir que aquele fato é possível ou não, suas causas e concluir as leis
gerais que os regem.
Exemplo:
Descobrir uma vacina que evite uma doença; descobrir como se dá a respiração dos
batráquios.
Por isso todo projeto de pesquisa, deve seguir algumas regras para sua elaboração
com êxito, lembrando que um projeto de pesquisa mal elaborado, dificilmente resultará num
bom trabalho. Segundo Gil (2002, p. 19):
Como já foi dito, o tema deverá ser claro e delimitar exatamente o problema e
sua área de abrangência de pesquisa. Portanto é importante entendermos que o tema pode-se
valer de dois tipos de formulação, ele pode ser descritivo como no exemplo acima: “Os
acidentes de Trabalho da Construção Civil no Estado de São Paulo”, ou ter formulação
normativa: “Como reduzir os níveis de acidentes apresentados na Construção Civil no Estado
de São Paulo”.
DEFINIÇÃO DE UM PROBLEMA
Sempre é necessário ter em mente que a maioria das pesquisas comuns começam com
o confronto de um problema o qual o autor se deparou, como no caso a seguir.
ESTUDO DE CASO 1
Por exemplo: uma professora de Direito que ao tentar elucidar tópicos importantes da
matéria procurava fazê-lo buscando trechos de filmes, assim ao longo de sua carreira se
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utilizou deste tipo de material. Porém todas as vezes que ia à locadora procurar obras mais
atuais para assistir e assim extrair algo que serviria para suas disciplinas, demorava a
encontrar, pois, todas as vezes que procurava o gênero cinematográfico do ‘filme de
julgamento’ ou ‘filme de tribunal’, jamais encontrava a prateleira separando tais filmes, estas
obras encontravam-se entre os gêneros de drama, filmes policiais, filmes de guerra.
Com este exemplo, conseguimos dizer que na maioria das pesquisas comuns, a
princípio não nascem da descoberta de algo, e sim pelo problema ou lacuna em conceituação
que causa um determinado transtorno.
O tema pode valer-se de poucas palavras, entretanto deve apresentar o objeto que
será pesquisado e a problemática que o levou a ser pesquisado. Costa (2009) afirma que:
“Nenhum tema pode ser tratado se não for um problema. Em um ou dois parágrafos, mostrar
exatamente o que vai ser pesquisado, em forma de pergunta, a questão chave que levou a
pesquisar, e que será respondida com o resultado da pesquisa”. Então se voltarmos ao caso da
professora de direito, a pesquisa teria como tema: “Os filmes de julgamento no cinema
Hollywoodiano: Uma questão de gênero cinematográfico”. Delimitamos o objeto (filmes de
julgamento hollywoodiano) e a problemática (seria um gênero cinematográfico?) no tema que
levou a pesquisa.
JUSTIFICATIVA
Perguntas que deverão ser respondidas nesse texto: Por que vou fazer essa pesquisa?
Qual a relevância social? Qual a contribuição para a ciência? Qual a contribuição pessoal, para
o curso ou para a instituição na qual se trabalha?
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OBJETIVOS
Objetivo geral
O objetivo geral é definido como o principal agente de proposta, ou seja, é aquele que
de forma mais genérica resumisse no núcleo da principal, senso conciso e claro, não é
aconselhável que possua comentários adicionais ou outra informação que não faça parte da
principal pretensão a ser alcançada.
Exemplo: A pesquisa a ser realizada tem por objetivo geral desenvolver o senso crítico
e raciocínio lógico, necessário para a realização de trabalhos técnicos e científicos,
promovendo a discussão sobre o papel da ciência na sociedade e na formação do cidadão e
instrumentalizando os leitores para assumir uma postura crítica do conhecimento.
Objetivos específicos
b) Argumentar logicamente
c) Definir problemas
Assim sendo teremos o seguinte texto corrido: “Para atingir esse objetivo geral, foram
escolhidos os seguintes objetivos específicos: Reconhecer um texto, argumentar logicamente,
definir problemas, estudar as etapas de uma pesquisa científica e elaborar um projeto de
pesquisa.
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HIPÓTESE
Neste sentido tempos que primariamente a hipótese tenta dar uma suposta
resposta ao problema, porém, esta resposta torna-se temporária tendo em vista que por
intermédio da hipótese é que a pesquisa atestará a validade daquela suposição. Portanto
aconselha-se que a elaboração da hipótese seja realizada por através de uma afirmativa,
representativa de uma resposta do problema a ser analisado. Posteriormente, com o advento
da pesquisa é que tornaremos legitima ou não a hipótese a ser apresentada.
“Ainda não se sabe com exatidão como ocorreu a extinção dos dinossauros e de
muitas outras espécies de seres vivos que viviam na superfície terrestre na época.
Entre 208 e 144 milhões de anos atrás, os dinossauros habitaram a superfície terrestre
e se tornaram um grupo dominante nos ambientes de terra firme. Muitos desses animais eram
herbívoros, mas havia algumas espécies carnívoras que se alimentavam de anfíbios, insetos e
até mesmo de outros dinossauros. No final do período Cretáceo ocorreu a extinção dos
dinossauros e de diversas outras espécies de animais e plantas. Existem muitas teorias sobre
essa extinção em massa de organismos vivos, e uma delas é a de que certos movimentos
sofridos pelos continentes provocaram mudanças nas correntes marítimas e também no clima
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do planeta. Isso fez a temperatura baixar, o que causou invernos mais rigorosos,
consequentemente levando ao desaparecimento dos seres vivos que habitavam a Terra. Outra
teoria sobre a extinção dos dinossauros, e a que é mais aceita pela comunidade científica, é a
de que um asteroide com aproximadamente 10 km de diâmetro tenha atingido a superfície da
Terra, gerando uma explosão semelhante a 100 trilhões de toneladas de TNT...”2.
a) “...e uma delas é a de que certos movimentos sofridos pelos continentes provocaram
mudanças nas correntes marítimas e também no clima do planeta. Isso fez a
temperatura baixar, o que causou invernos mais rigorosos, consequentemente levando
ao desaparecimento dos seres vivos que habitavam a Terra”. – Primeira hipótese
apontada.
b) “Outra teoria sobre a extinção dos dinossauros, e a que é mais aceita pela comunidade
científica, é a de que um asteroide com aproximadamente 10 km de diâmetro tenha
atingido a superfície da Terra, gerando uma explosão semelhante a 100 trilhões de
toneladas de TNT...” – Segunda hipótese apontada.
REFERENCIAL TEÓRICO
2
Paula Louredo. Site Brasil Escola. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/animais/a-extincao-
dos-dinossauros.htm> acesso em 18 jul. 14.
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Para o filósofo Michel Foucault, “um nome autor não é simplesmente um elemento de discurso (..); ele
exerce relativamente aos discursos um certo papel: assegura uma função classificativa; um tal nome
permite reagrupar um certo número de textos, delimita-los, seleciona-los, opô-los a outros testos. Além
disso, o nome de autor faz com que os textos se relacionem entre si”. Foucault ainda complementa:
“poderíamos dizer, por conseguinte, que, numa civilização como a nossa, uma certa quantidade de
discursos, são providos da função ‘autor’, ao passo que outros são dela desprovidos. Uma carta privada
pode bem ter um signatário, mas não tem um autor; um contrato pode bem ter um fiador, mas não tem
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“De acordo com Reigota (2009) a discussão sobre meio ambiente no mundo ocorreu
por meio do "Clube de Roma" em 1968, que foi uma reunião dos economistas, industriais,
banqueiros, chefes de estado, líderes políticos e cientistas de vários países, buscando melhoria
para o meio ambiente e da "Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano"
em Estocolmo em 1972, a problemática ambiental passou a ser analisada na sua dimensão
planetária. Nesta última conferência, uma das resoluções indicadas no seu relatório final
apontava para a necessidade de se realizarem projetos de educação ambiental. O autor
aborda ainda que após o evento em Estocolmo, ocorreu em 1977, a Unesco realizou em Tbilisi,
URSS, a primeira Conferência Mundial de Educação Ambiental, após a realização de inúmeras
outras a nível regional, nos diferentes continentes. Em 1987, em Moscou, foi realizada a
segunda Conferência Mundial que reafirmou os objetivos da educação ambiental indicados em
Tbilisi”. (CARVALHO et al, 2010, p.10)
Diante o exemplo acima podemos verificar que o referencial teórico é a junção dos
autores que abordam o diretamente ou assunto, ou correlacionam sua abordagem ao assunto
a ser pesquisado. Em assim sendo, o pesquisador deverá fazer um levantamento bastante
minucioso, pois o objetivo é desenvolver a ideias partir de outros estudos. Quando falamos de
referencial teórico, nos deparamos também, com a questão de pesquisas pouco estudas, por
exemplo, quando Freud iniciou seus estudos sobre o inconsciente, certamente inexistia
literatura que falava diretamente dessa temática, porém a partir de estudos neurológicos
cumulados com os outros estudos que o próprio Freud se propôs a fazer, iniciou-se a farta
literatura que temos hoje em dia.
O importante é sempre ter em mente que, não é neste momento, durante nosso
trabalho de conclusão de curso, ou até menos nossa monografia de uma pós graduação lato
sensu, que temos a obrigação de sermos originais, os primeiros a escrever sobre um
determinado tema, porque nosso nível acadêmico ainda está na fase de aprofundamento de
conhecimento, depois, quando nos propusermos a realizar um doutorado, já teremos
condições inclusive de criar conceitos. Por isso o referencial é importante, ele situa o
pesquisador diante o material que trata do assunto, o faz definir os conceitos que
consequentemente se traduz na definição de base teórica.
Aula 4 - O MÉTODO
Com já dissemos na parte introdutória deste trabalho, temos que o método se faz acompanhar
com a técnica, que é uma espécie baluarte da técnica, por isso, quando tratamos do método,
tratamos dos caminhos a serem trilhados para a busca de resultados, os quais jamais podem
ser obtidos ao acaso.Podemos assim concluir que: “O método nos leva a examinar de uma
maneira mais ordenada as questões do Por que ocorre? Como ocorre? Quando ocorre? e O
que ocorre?” (OLIVEIRA, 2001, P. 59)
Assim é certo que para que se desenvolva o método eficiente, necessário faz o
estabelecimento também do objetivo, pois este é o indício que precisamos para escolhermos
quais tipos de métodos devemos adotar. Neste sentido, temos o filosofo Descartes que foi um
dos maiores estudiosos do assunto, que em sua obra Discurso sobre o Método observou que
este serve para bem conduzir a razão e procurar a verdade nas ciências.
Descartes não foi o único a estudar o método, Francis Bacon, também mostra em sua obra
“Novo Método”, que a demonstração do verdadeiro ou falso só pode ser feita por meio do
experimento, sendo que a partir disto é que se pode registrar metodologicamente a forma
adequada e sistemática das informações que se possa coletar a respeito das causas de um
determinado fenômeno – problema.
Para melhor sedimentarmos que acabamos de dizer sobre os métodos, podemos afirmar que:
Método Indutivo
O Homem é animal;
O Homem é racional;
Método Dedutivo
Método dialético
O PROBLEMA CIENTÍFICO
É certo que houveram muitas modificações nos métodos existentes, que ensejaram no
surgimento de outros tipos de métodos os quais indicaremos mais a seguir. Porém, é
importante indicarmos o conceito mais moderno de método, o que nos afasta da dependência
do tipo, (Markoni e Lakatos, 2004) tendo em vista que se o objetivo somente se alcança
através da investigação, existem etapas que devemos cumprir, tais como:
Diante estas etapas, podemos verificar que toda a pesquisa se inicia através de um problema,
entretanto, conceituar “problema” é tarefa bastante complexa tendo em vista as diferentes
acepções que envolvem este termo. Por isso, podemos dizer que nem todo problema é
passível de tratamento científico, pois primeiramente precisamos cogitar se o problema se
enquadra na categoria de científico. E para que possamos identificá-lo devemos considerar em
primeiro lugar aquilo que não é (Gil, 2002, p. 24).
Para tanto perguntas como “O que pode ser feito para inibir os índices de desemprego?”
“Como fazer para melhorar a saúde pública?” não constituem um problema propriamente
científico (Kelinger in Gil, 2002) pois diante as premissas apresentadas impossibilitariam a
investigação segundos os métodos próprios da ciência, porém os mesmos autores indicam que
tais perguntas são sim problemas de “engenharias”.
Existem outros tipos de problemas indicados pelos estudiosos de métodos, o quais são
denominados problemas de “valor”, ou seja, são aquelas questões que se referem qual a
melhor tecnologia? Qual é a melhor terapia? Também possuem a característica de não serem
problemas propriamente científicos, pois necessitam de analise empírica.
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“Com base nas considerações podemos dizer que um problema é de natureza científica
quando envolve variáveis que podem ser tidas como testáveis: “Em que medida a escolaridade
determina a preferênciapolítico-partidária?”...Todos esses problemas envolvem variáveis
suscetíveis de observação ou de manipulação, é perfeitamente possível, por exemplo, verificar
a preferência político-partidária de determinado grupo, bem como seu nível de escolaridade,
para depois determinar em que medida essas variáveis estão relacionadas entre si”. (GIL, 2002,
p. 24)
Aplicação direta de Método utilizado com mais freqüência por físicos ou economistas.
uma teoria Neste método a teoria matemática ou racional abstrata é considera
totalmente enunciável.
Método de rever Parte por exemplo de uma organização ou máquina montada com o
hipóteses uso de certos princípios, porém ao rever esta hipótese busca
melhorias funcionais, construindo um novo sistema mais eficiente –
um motor a gasolina modificado que passa a trabalhar com o uso de
gás natural.
Método Consiste em isolar um fenômeno, para que assim possa ser analisado.
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fenomenológico Como analisar um filme quadro a quadro, neste caso as ligações são
abandonadas mais podem virem a ser levadas em consideração.
Métodos de matrizes Analise fatorial é um forte exemplo para este tipo de método, onde
de descoberta permite um estudo racionalizado do campo das possibilidades,
construindo-se uma matriz onde conseguimos verificar as reações das
características utilizadas. Os problemas de informação em empresas
podem ser sanados através deste método.