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Quem tem medo de incorporação? Quem acha que o espírito vai se apoderar do
nosso corpo e nunca mais sumir? Quais os medos?
1 Psicofonia ou Incorporação
Por que essa mediunidade é importante? Porque ela possibilita diálogo direto com
espíritos desencarnados, travando conversações com eles. Pode ser usada tanto
com espíritos superiores para lições e esclarecimentos quanto com espíritos
inferiores/sofredores/obsessores para seu esclarecimento e choque energético.
Nesse último caso, é uma forma de caridade cedermos nosso corpo para que, de
alguma forma, o espírito possa falar, desabafar, relatar sua dor, receber ajuda, etc.
Ouvimos alguns médiuns falarem que só incorporam “espíritos superiores”. Não
estamos aqui para julgar, mas se portamos uma faculdade na qual podemos exercer
a caridade, por que não exercê-la? Será que alguma vez como desencarnados já
não utilizamos algum corpo para nos manifestarmos e receber socorro?
2 Tipos de incorporação/psicofonia
Vamos falar da “prática” dessa incorporação, pois gera dúvidas. O espírito transmite
as idéias através do pensamentos e nós, como médiuns conscientes, iremos passar
aquela idéia usando as nossas palavras. Talvez uma ou outra palavra do espírito,
depende de como receberemos essas idéias. Podemos receber as palavras na
nossa cabeça, podemos receber imagens, palavras soltar, etc. Tudo isso vai vir “na
nossa cabeça”. E aí nós iremos “dar passividade”, ou seja, permitir que o espírito
fale através de nós. Iremos falar um pouco mais da passividade adiante.
E como a gente vai transmitir isso? De acordo com nosso grau de conhecimento, ou
seja, estudo. Quanto mais conhecimento tivermos, maior o leque de opções para
entendermos o que o espírito quer dizer e como iremos transmitir. Esse nosso
conhecimento pode ser dessa ou de outras vidas e a ele daremos o nome, a partir
de agora de animismo. Então, o nosso animismo participar das comunicações não é
nenhum absurdo, pelo contrário. O nosso exercício será não deixar o animismo
tomar conta da manifestação, o que gera a famosa pergunta “Como vou saber que
aquilo não é coisa da minha cabeça?”. Já falamos isso aqui não é?
Primeiro ponto: sempre teremos essa dúvida, ainda mais no começo. Com o tempo
e a prática ela vai se dissolvendo e diminuindo mas nunca irá desaparecer. Como
médiuns conscientes, estaremos cientes de tudo que se passa ao nosso redor
durante a manifestação e teremos a perigosa chance de racionalizar em cima do
que vem à nossa cabeça. No começo pessoal, é natural, afinal será algo novo pra
nós. Porém se ficarmos pensando “Ah, será que isso é meu? Ah não vou falar? E se
não for meu? Será que eu falo? Ah, vou falar...pera, mudei de idéia” iremos muitas
vezes bloquear o que o espírito quer falar e tirar dele a chance de ser esclarecido e
de ser tratado. Portanto, vamos confiar em nós e na espiritualidade e falar! Com o
tempo e a prática vamos adquirindo segurança nas nossas transmissões. Diversas
vezes já falamos da importância da Reforma Íntima e do autoconhecimento no
desenvolvimento e trabalho com a mediunidade. Por que? Porque nos conhecendo,
saberemos o que sentimos, como sentimos e como manifestamos isso. Se
sentirmos algo de diferente, saberemos que não é nosso. Nem sempre será assim,
mas as vezes conseguiremos distinguir o que é ou não da nossa cabeça.
Então, vamos ficar calmos que a prática vai nos trazer segurança. Que nos
exercícios práticos a gente possa se entregar sem medo de errar, de falar coisas da
cabeça ou não. Tentar reprimir nosso animismo não será benéfico, até porque já
vimos que ele fará parte do trabalho na forma de transmitir o que o espírito quer
dizer.
Ponto importante e vamos falar muito isso: o médium é dono do próprio corpo! Ou
seja, as vezes o espírito vai querer falar palavras de baixo calão, ofender, gritar ou
até querer levantar, caminhar pela sala, agredir alguém, mesmo se comunicando
pela mente do médium (lembrando da força que tem o pensamento). Cabe ao
médium filtrar e não deixar isso acontecer.
Outro ponto que falamos na aula de fluidos: só iremos atrair espíritos de acordo com
nossa sintonia fluidica e de pensamentos. Da mesma forma que nós teremos
contato com fluido do desencarnado, eles terão com os nossos.
O que podemos concluir sobre : como nos tornarmos médiuns conscientes mais
aptos para o trabalho? Estudando, por que? Para ampliarmos nossos
conhecimentos e aumentar nosso animismo, adquirindo novos conhecimentos e
maneiras de transmitir as idéias dos espíritos. O que mais? Reforma íntima, por
que? Para melhorarmos nossa conduta, elevarmos nossos sentimentos e nos
conhecer para distinguir o que é nosso e o que é influência de um espírito
desencarnado. E preparação para o trabalho. Aliás, como foi falado na última aula,
muitas vezes no dia de um trabalho no qual iremos utilizar a faculdade de
incorporação, a espiritualidade irá trabalhar conosco durante todo o dia para que nos
preparemos para o momento das manifestações.
Mesmo o espírito não tendo o controle total do médium, ele transmite suas idéias de
uma forma mais “direta” que na incorporação consciente. O médium tem controle
sobre algumas falas, em especial quando o espírito deseja falar palavras baixas ou
proferir ofensas.
1.3 Incorporação Inconsciente
Vamos dividir em dois tipos de acordo com o tipo do transe no qual o médium entra
quando incorpora:
Transe sonambúlico: Nesse estado, além da fala o espírito tem controle sobre
as funções motoras do médium.
No livro encontramos um trecho no qual Armond comenta sobre o médium ser ativo
ou passivo. Se analisarmos o que vimos, podemos pensar que a incorporação é
uma faculdade passiva ou “somente um pouco ativa” nos casos: consciente e
semiconsciente. Veremos que é uma faculdade muito ativa, nos três casos.
Utilizamos o termo “dar passividade” como “deixar o espírito falar”, ou seja, nos
colocar em um estado passivo de transmitir o que o desencarnado deseja. Porém,
há um lado ativo nessa comunicação. No caso da incorporação consciente, o
médium tem interferência direta no que é transmitido, além de controlar o que é
falado e garantir a ordem a harmonia do trabalho. Na semiconsciente há uma
interferência menos direta que no consciente mas o médium segue responsável pelo
que ele fala em especial às palavras não elevadas. E mesmo na inconsciente, por
mais que no momento da comunicação o médium não tenha o controle do que é
falado, ele é responsável direto pela qualidade da ligação, por auxiliar o espírito a se
apoderar do seu corpo e de amparar o irmão, como é falado no Capítulo 7 no
NDDM.
São incorporações distintas das que foram vistas até agora e acontecem de várias
maneiras
1.4 Transmentação
Porque o médium não perde controle dos seus movimentos pois o espírito os
controla por meio da mente. No caso inconsciente o médium não controla seus
movimentos, aqui já é possível. O médium não entra em transe aqui e não há
incorporação física.
1.5 Psicografia
Pelo nome já vemos que ela se distingue da psicofonia, pois agora a forma de
transmitir o que o espírito quer dizer é através da escrita. Armond considera
psicografia somente o que conhecemos por “psicografia mecânica”, como Chico
Xavier (ou as médiuns que trabalharam com Kardec, irmãs Baudin), na qual o
espírito passa a ter controle sobre o braço do médium e escreve o que deseja
transmitir. Não é uma incorporação total, somente do braço. Por isso entra na classe
de incorporações parciais. O médium permanece consciente ou semiconsciente
durante a comunicação.
Para médiuns consciente, há o que Armond chama de “psicografia intuitiva” na qual
o espírito não se apodera do braço do médium e o médium transmite as idéias
passadas pelo espírito da sua maneira para o papel, análogo ao que acontece na
incorporação consciente. Armond considera esse fenômeno telepático e não o
classifica como psicografia. Mas alguns de nós podemos apresentar essa faculdade
e exercitar a escrita dessa maneira. Faremos exercícios práticos sobre isso na 2ª
parte do curso.
1.6 Transfiguração
“O espírito não entra em um corpo como entras numa casa. Identifica-se com o
espírito encarnado, cujos defeitos e qualidades sejam os mesmos que os seus, a fim
de obrar conjuntamente com ele. Mas o encarnado é quem sempre atura, conforme
quer, sobre a matéria de que se acha revestido. Um espírito não pode se substituir
àquele que está encarnado, por isso que terá que permanecer ligado ao seu corpo
até o termo fixado para sua existência corporal”.