Respeito ao Semelhante, Sem Imposições

E.S.E. – Cap. XI – Itens 1 a 10

Boa noite a todos! Que a paz do Mestre Jesus, esteja hoje e sempre em
nossos corações! Antes de começar nossa conversa de hoje, vou passar
alguns avisos da Casa. (Escola de Aprendizes e O Passe).

PREPARAÇÃO.

Bom, hoje nós vamos conversar um pouquinho sobre Respeito ao Semelhante,

sem Imposições, que se encontra no Evangelho Segundo o Espiritismo,
capítulo XI itens 1 a 10.

Se formos atrás de uma definição para a palavra respeito, vamos encontrar

várias. Mas todas elas tem em comum o sentido de bom tratamento, de
aceitação. Isso nos dá uma primeira definição de respeito, na forma de
aceitação. Mas respeito não é apenas isso.

Todos nós vivemos em sociedade, convivemos com pessoas diariamente. Seja

no nosso lar, no trânsito, no transporte coletivo, no trabalho, em locais de
lazer, etc. Sabemos que é impossível que todas as pessoas sejam
exatamente iguais em personalidade. No mundo há personalidades de todos
os tipos: alegres, tímidas, agressivas, meigas, tristes, descontraídas,
ansiosas... E qual é a melhor personalidade? Quem é a melhor pessoa? Não
existe. E por que não existe? Porque somos todos iguais. Quando falamos
sobre respeito ao semelhante, o semelhante, como o próprio nome diz, é um
igual a nós. Se nós temos direitos, o outro também tem. Se nós gostamos de
ser bem tratados no nosso lar, o nosso cônjuge, filho(a) ou parente tem o
mesmo direito de ser bem tratado. O mesmo vale para o nosso colega de
trabalho de difícil convivência, para o nosso chefe, para um desconhecido
que divide espaço conosco em um ônibus ou metrô. Se nós temos direitos, o
outro também tem. E porque ele é uma pessoa igual a nós. Não importa a
raça, o sexo, a religião, o time esportivo, a profissão, nada.

E no ato de respeitar, qual é o sentimento que está por trás desse ato??É o
amor! Jesus disse quando perguntaram para ele qual era o mandamento mais
importante. E ele disse que eram dois...”Amarás vosso Deus sobre todas as
coisas” e “Amarás o vosso próximo como a ti mesmo”. Mas ai nos
perguntamos: como amar meu próximo se muitas vezes eu mal conheço meu
próximo??Muitas vezes ele é alguém que estou vendo uma vez e não o verei
nunca mais. Mas o amor não se restringe só a aqueles que conhecemos. Fazer
com os outros aquilo que gostaríamos que fizessem conosco já é uma forma
de amor. Porque é contrário ao egoísmo, que é aquele sentimento que todos
nós temos de, muitas vezes, olhar só o nosso lado. De querer que nos dêem
passagem no trânsito, mas não dar passagem para ninguém, de precisar de
um favor mas quando temos a chance de fazer algo semelhante a alguém não
fazemos, e assim por diante... Vale lembrar que nenhum de nós vive sozinho.
Precisamos do outro assim como o outro precisa de nós. E o respeito com o
outro garante que todo e qualquer tipo de convívio aconteça de forma
harmoniosa e atendendo o direito de todos. Quando isso não acontece,
quando tentamos impor a nossa opinião ou a nossa maneira de agir e pensar
ao outro, criamos discussões, climas desagradáveis, tornando difícil nosso
convívio com as pessoas. Respeitar não é concordar com toda e qualquer
opinião, modo de agir e pensar do outro. Isso seria nos anular e ir contra
nossos princípios, valores, idéias...mas respeitar o próximo é quando
conseguimos ver no outro uma pessoa idêntica a nós com o mesmo direito de
ser quem ele é que nós temos. Como numa grande obra, o arquiteto planejou-
a com todo o cuidado e capricho e estabeleceu como quem iria executá-la
deveria agir. Mas a obra só poderá ser concluída se o marceneiro, o
vidraceiro, o pedreiro, o pintor entre outros, respeitarem o espaço e o
trabalho um do outro. Se um resolver interferir no serviço do outro a obra
não vai sair conforme o planejado.

Amar e respeitar o próximo são atos de caridade. Porque caridade vai muito
além de dar esmolas ou bens materiais a quem precisa. Isso também é
caridade. Mas caridade é resultado do amor. E essa dupla é o resumo de
toda a doutrina de Jesus. A caridade envolve nós agirmos com o outro da
mesma forma que gostaríamos que agissem conosco, porém sem a condição
de que o outro faça o mesmo pela gente. É fazer o bem de forma solta, sem
nada em troca. E nós só receberemos em troca quando nós fizermos o bem.
Quantas vezes fazemos algo de bom e ficamos felizes não é mesmo? Está aí
uma de nossas recompensas, até porque só levaremos desse mundo o que
fizermos de bom aqui.
É fácil trabalhar o respeito com o próximo? Claro que não! Afinal, parece
que somos testados todos os dias com isso. E como nenhum de nós tem um
par de asas, temos muito o que aprender, vamos errar muitas vezes. Mas se
nós já tivermos a sementinha com a idéia da importância do respeito com
nossos semelhantes, já teremos dado o primeiro passo para conseguir isso
além de já ser uma grande vitória.

Que possamos sempre nos lembrar do mandamento “Amai o vosso próximo

como a vós mesmos” e que procuremos respeitar quem quer que seja,
independente de raça, cor, sexo, religião, preferências esportivas, de lazer,
etc...porque no fundo, somos todos iguais.

Antes de terminar vou contar uma historinha. Era uma vez, uma enorme
comunidade de porcos-espinhos. Que viviam juntos, no mesmo lugar. Mas
passaram por um período de muito frio. Como não tinham com o que se
proteger, resolveram ficar bem juntinhos, para que o calor de cada um
esquentasse o outro e com isso eles conseguissem se aquecer. Mas quando
eles chegaram bem perto, os espinhos de um começavam a ferir o outro, e
aquilo foi ficando insuportável que decidiram se distanciar de novo. Mas o
frio era tanto que muitos acabaram não suportando e morreram. Os que
sobreviveram vendo que a única saída era se unirem, começaram a se
aproximar novamente. E com a devida distância, com o respeito de cada um
em não se aproximar muito para se aquecer mais e ferir o colega e
respeitando o espaço um do outro, foram se acomodando, entre uma
espetada e outra, porém tudo suportável pois estavam aquecidos novamente.
E assim sem causarem danos uns aos outros, sem magoar ou ferir ninguém,
os porcos espinhos conseguiram sobreviver.

Que a paz do Mestre Jesus permaneça entre nós hoje e sempre!