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Aula 51 - Interpretação do Sermão do Monte (II) (Cap. 12.

)
(11) “As dores sangram no corpo, mas acendem luzes na alma”

OBJETIVOS: Como ponto alto da pregação de Jesus, o Sermão do Monte será objeto de
profundas reflexões por toda a classe. Embora muitas vezes sentindo que o Sermão do Monte
choca com costumes arraigados na nossa personalidade, leva-nos a novas experiências,
motivadoras da renovação íntima e da aproximação ao Pai. Levar o conhecimento da essência da
doutrina do Cristo. Fazer também uma reflexão para os dias de hoje. Evidenciar a importância
da oração Pai Nosso bem sentida e realizada.

50 minutos

1 - Não vim revogar a lei, sim cumpri-la

Antes de tudo, cabe salientar que Jesus destrói, sim, algumas situações da lei
mosaica, uma vez que essa lei trazida por Moisés na primeira revelação divide-se em
duas partes, e vamos entender isso.

Capitulo I do ESE – as 3 revelações

Deus sobre todas as coisas – Importância de Moises -


ligação perene com Deus

Amar a Deus sobre todas as coisas (GRATIDÃO) e o próximo como a si mesmo


(AUTO AMOR E CARIDADE)

KARDEC FALA EM RECONCILIAÇÃO COM DEUS – Jesus veio ensinar, dar os


caminhos para a reconciliação com Deus

“O espiritismo veio desenvolver, Item 7, completar e explicar, em termos claros o que o


que foi dito de forma alegórica... preparar o cumprimento das coisas futuras” –
Sequencia do trabalho de Cristo.

2 – Entra em acordo sem demora com seu adversário

Primeiramente, é preciso entender quem é, ou quem são, nossos adversários.


O primeiro, sou eu mesmo. E precisamos compreender a necessidade de nos
reconciliarmos conosco mesmos.

Não há adversários externos, o próximo, mesmo aquele que se julga ou que julgamos
inimigos, na verdade, são oportunidades que o Pai nos concede para praticar, entre
outras coisas, o perdão.

Conceito de ressentimento e mágoa – o ressentimento é o sentimento sentido


novamente, seja ele qual for... o problema é que os bons sentimentos fluem, enquanto
os maus sentimentos ressoam no íntimo enquanto não são elaborados, ou seja,
trabalhados... e acabam se tornando mágoa, que é o fator de se reviver a dor causada
no tempo passado. Ou seja, é como tomar o mesmo veneno repetidas vezes... ou
provar o mesmo sabor amargo de novo e de novo. Assim, o perdão é tão necessário
para que possamos andar mais leves, e Jesus veio, em seus ensinamentos, nos
mostrar o caminho para que possamos andar mais leves. O perdão não é algo
necessário para o outro, e sim para nós mesmos.

Culpa e remorso - da mesma forma, agem como o ressentimento e a mágoa, a


diferença é que estes últimos dizem respeito ao que o outro fez conosco, ou nos
causou. Enquanto a culpa e o remorso dizem respeito ao que nós mesmos nos
fazemos e nos causamos. A culpa não trabalhada, não elaborada, se torna remorso e
isso nos causa extrema dor, pois repetimos o auto julgamento por vezes, o que se
torna também uma bagagem, um sentimento desnecessário e pesado que só fere a
nós mesmos. Assim, também é necessário o auto perdão.

André Luiz, evolução em dois mundos, o ressentimento é o sentimento ou o gatilho


que mais dispara o câncer

Assim, de forma superficial, já podemos verificar a importância do perdão que Jesus


veio nos exemplificar, inclusive ao fim do calvário, quando após todos os suplícios a si
causados, pede: Pai, perdoa, eles não sabem o que fazem...

3 – Se teus olhos te fazem decair, arranca-os

Mais uma vez, o mestre veio falar por meio de simbolismos, uma prática muito
utilizada no evangelho, tendo em vista o que ele mesmo disse lá em MATEUS 13.9 –
Quem tiver ouvidos de ouvir, que ouça... e nas passagens seguintes, quando é
perguntado pq ensinava por parábolas... isso se explica pelo fato de que a cultura da
época ainda não estava pronta para entender ao todo sua mensagem, assim, cabe a
nós buscarmos entender essa simbologia através da auto análise, reflexão e da
situação e contexto em que vivia o povo da época... assim, temos que essa simbologia
pode ser analisada no contexto dos sentimentos que imprimimos quando praticamos
qualquer ato... e já que fala dos olhos, analisemos, por exemplo, quando passa uma
pessoa e eu olho, o que estou sentindo nesse momento é o que deve ser analisado,
inveja, admiração, desejo incontido, pensamentos de luxúria, enfim... é isso que deve
ser analisado em mim... se o sentimento é de inveja, por exemplo, devo arrancar meu
olho ou substituir esse sentimento...

Outro exemplo. Quando recebo uma notícia, como quando fico sabendo que um
colega de trabalho foi promovido... qual o sentimento que me toma, de alegria pelo
colega ter sido reconhecido ou me ressinto pq não fui eu o promovido... é esse
ressentimento que precisa ser trabalhado, pois tudo tem seu mérito, seu motivo... e se
fico me ressentindo pelo bem do outro, perco um tempo importante que poderia
investir em mim mesmo para que o próximo a merecer uma promoção seja eu...

SOBRE O DIVÓRCIO, Jesus deixa o ensinamento de que, se levarmos ao pé da letra,


não deveria ser aceito, porém, mais uma vez, devemos levar em conta o contexto da
época em que ele nos visitou, já que ali, é sabido, que o divórcio era uma prática muito
comum, muito utilizada, de modo que os homens deixavam suas mulheres sem
qualquer pudor, o que de certo causava muitos inconvenientes aquela sociedade, e de
certa forma inviabilizava a instituição familiar, o que devemos, com certeza, preservar.

De outro norte, é óbvio que o divórcio, por vezes, é necessário para evitar males
maiores que o próprio, já que sabemos que há casais que chegam num ponto em que
a convivência se torna impossível, e, pela lei de justiça, da reencarnação, do amor e
da ação e reação, mais cedo ou mais tarde teremos novas oportunidades de resgatar
aquilo que é necessário junto ao ser do qual nos separamos momentaneamente.
4 – SEJA TUA PALAVRA SIM, SIM, NÃO, NÃO

Desencarnado sobre o muro.

Sobre esse tema, Jesus veio nos trazer que devemos ser positivos, firmes, em nossas
palavras, para que tenhamos um posicionamento fiel àquilo que acreditamos, que
possamos nos isentar daquela velha e antiga mania ou pseudo necessidade de jurar
por isso ou por aquilo para reafirmar o que dizemos.

Ou seja, se fazemos uma afirmativa, nossa palavra por si só há de ser necessária, e


nossas atitudes vão ratificar aquilo que dizemos, e vice versa.

Outro ponto de vista necessário comentar sobre o tema é que devemos, sim,
expressar aquilo em que acreditamos, ou seja, não hei de ser espírita somente entre
os espíritas, na casa espírita, ou no meio espírita. Hei de ser espírita onde quer que eu
vá, vou agir e falar de acordo com minhas crenças, daquilo que aprendi, já que a
doutrina espírita não é só uma religião, mas também uma ciência e uma filosofia. E
sendo também filosofia, hei de aplicar em minha vida de modo geral, ou estarei
correndo o risco de colocar a prova tudo que a doutrina, que nosso mestre veio me
ensinar para minha própria redenção.

5 – QUALQUER QUE TE FERIR NUMA FACE, VOLTA-LHE TAMBÉM A OUTRA

A Cabana – todos filhos do mesmo Pai.

Nesse ensinamento, Jesus nos deixa clara a necessidade da mansuetude, do não


revide, do perdoar automático, quando deixa claro que somos todos imperfeitos.

È preciso que tenhamos a noção de que, sendo todos imperfeitos, todos estamos
sujeitos ao erro, e assim, todos necessitamos do perdão.

Além disso, passamos a aceitar que Deus, sendo o único pai, está vendo tudo que
acontece a nossa volta, e, sendo ele um pai exigente, vai saber corrigir o filho que erra
e valorizar o filho que soube aceitar a dificuldade do irmão com doçura, com amor e
com perdão.

Ser cristão não é só copiar as ações do Cristo, mas também suas reações.

6 – AMAI OS VOSSOS INIMIGOS

Aqui nós temos algo que nos parece impossível.

Se por um lado, Jesus à sua época já enfrentou extrema dificuldade de repassar esse
ensinamento do evangelho, sobretudo pq viveu em um tempo em que a lei do talião,
do olho por olho e do dente por dente imperava, jamais se poderia pensar em amar o
próprio inimigo, eis que só se aceitava a possibilidade de amar aos entes próximos e
queridos. Ao inimigo o pior castigo era estabelecido.

Nos dias de hoje, ainda seria impossível aceitar tal premissa da forma literal, por isso
mais uma vez precisamos analisar com sabedoria o que foi ensinado pelo amoroso
mestre. Este sim, capaz de amar os próprios inimigos, eis que não nos tem como
inimigos, mas sim como irmãos imperfeitos e em pleno exercício de aprendizado.
No entanto, a nós, sendo impossível concatenar tal pleito, partimos para a
compreensão de que não devemos odiar os inimigos, mas também não nos é possível
ter algum afeto, algum sentimento fraterno.
Sendo isso impossível, o que nos cabe é também não desejar o mal aquele que nos
fez ou deseja o mesmo mal. Compreender que suas atitudes apenas farão mal a ele
próprio, trazendo pela lei de ação e reação a consequência própria cabível a seus atos
e sentimentos.

De outro norte, nos cabe, sim, orar por esse irmão, não só para que o mesmo seja
amparado no momento de suas expiações e resgates, mas também para que
exercitemos em nós a fraternidade, o sentimento de compaixão, a caridade da prece,
pois com certeza, ao fazermos isso, nos aproximamos de Jesus e do próprio Pai.

Nos impões meditar para o fato de que nossos sentimentos e pensamentos nos faz
vibrar numa frequência que nos fará atrair para nós aquilo que desejamos ao outro.

7 – IGNORE A TUA MÃO ESQUERDA O QUE FAZ A DIREITA

A mão direita e a esquerda

A vaidade

Caridade moral e caridade material. Vínculos com os necessitados.

Reflexão sobre os números do assistencialismo das casas espíritas.

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