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04 - Deus, criador de tudo. Não só a terra é habitada. Bondade de Deus.

A prece como forma de


percebermos a bondade de Deus. Explicações sobre o amor fraterno.

COMO SABEMOS QUE DEUS É O CRIADOR DE TUDO QUE EXISTE?

Primeiramente é preciso conceber que, considerando a lei da causa e efeito, se observamos tudo que está a nossa volta, nosso
planeta, a natureza, as matas, os oceanos, rios, os planetas, estrelas, luas e o próprio sol que nos banha e possibilita a vida,
poderemos compreender que tudo isso não é obra do homem. E que tudo isso foi criado por alguém, correto?

Se todo efeito tem sua causa, por mais elaboradas que sejam as explicações científicas, todas elas carecem ainda de uma
causa, pois qualquer explicação científica trata dos efeitos. Sendo assim, a única causa existente para todos os efeitos, quando
tratamos da criação universal, precisa ser atribuída a Deus.

Deus é o único criador e o único provedor de todo o universo, pois não há quem o tenha criado, senão não seria Ele Deus, e
tudo se origina d’Ele, de sua obra.

Podemos verificar que, em todos os tempos, todos os povos, em toda nossa história, sempre houve o culto a um ser superior,
um sentimento inato que existe no ser humano, uma certeza oculta nos seres que avisam sobre a existência de uma entidade
superior, criadora, provedora, que nos possa proteger e amparar, na qualidade de seres da criação. Esses fatores por si só já
demonstram a existência de Deus, e sua obra universal, quer os astros, os planetas, a natureza, o próprio homem, o atestam
como o Criador Universal.

APENAS A TERRA É HABITADA?

Na casa do meu Pai há muitas moradas (João 14-2)

Esse versículo do Novo Testamento muito nos diz. Tanto do nosso mundo interior, quanto do universo infinito.

Muito embora alguns cientistas e algumas publicações tentem demonstrar uma estimativa da extensão do universo, segundo
a Revista Galileu, o universo possui 156 bilhões de anos luz de extensão (considerando que para viajar um ano luz teríamos
que viajar na velocidade da luz durante um ano, sendo que a luz viaja a 300.000km/s).

Sendo assim, teríamos que viajar durante 156 bilhões de anos para ir de uma extremidade a outra do universo, sem ter tempo
para parar e conhecer cada um dos planetas que encontrarmos pelo caminho, isso sem falar nas estrelas, luas e sóis existentes
no mesmo caminho.

Considerando esse pequeno resumo da extensão universal, a grossíssimo modo, seria justo considerar que apenas a terra é
habitada?

Há quanto tempo temos ouvido diversificados depoimentos de avistamentos de UFO´s, ou OVNIS, ou de seres estranhos a
quem chamamos de ETs, de pessoas que atestam terem sido abduzidas por naves espaciais, em muitos casos com fartas
provas físicas.

Claro que os governantes mundiais se recusam a atestar de modo afirmativo sobre essas visitas de seres de outros planetas,
por receio de gerar na população um sentimento de medo de invasão, etc.

Também, por outro lado, consideramos que a população da terra não se encontra ainda preparada para essa constatação, mas
a doutrina espírita vem afirmando desde a época de Kardec sobre essa realidade, e precisamos estar prontos para essa
afirmativa, já que seria muito egoísmo de nossa parte ao menos não refletirmos sobre o eventual desperdício do poder do Pai
ao criar um universo tamanho apenas para que houvesse vida na terra.

COMO FUNCIONA A BONDADE DE DEUS? POR QUE SOFREMOS SE DEUS É TODO BONDADE?

Quando falamos sobre a bondade de Deus, nos perguntamos, meio que automaticamente, por que sofremos?

Ora, toda dor e sofrimento que Deus nos permite passar se dão apenas para nosso próprio aprendizado. Por isso nos
encontramos em um mundo de provas e expiações, justamente para que aprendamos com nossos próprios erros, e com as
dores deles decorrentes, para que busquemos não errar mais, para que possamos praticar cada vez mais atos bons, deixando
de lado os atos ruins, e dessa forma passemos a não precisar mais colher frutos amargos. Deus nos permite crescer por nossos
próprios méritos, e assim nos tornarmos infalíveis, com as experiências, com as dores e com as superações.
E a bondade de Deus está presente justamente nesses momentos, pois se analisarmos, Ele nos permite a prece, para que
possamos nos fortalecer nos momentos de provas, para que busquemos a ajuda dos mentores espirituais, a orientação do alto
nos momentos de dúvida. E Deus se manifesta, não deixa uma só de nossas preces em aberto. Só não podemos esperar que
Ele nos isente de nossas provas, pois se elas existem, são para nosso próprio bem.

Além disso, o Pai faz uma dosagem de nossas provas, para que possamos cumpri-las de acordo com nossa capacidade. Não
carregamos fardos maiores do que aqueles que podemos aguentar.

Além disso, o Pai nos permite a caridade, que é forma de, aí sim, abreviar nossas provas, pela prática do bem. Enquanto
praticamos a caridade, estamos nos fortalecendo espiritualmente, além de, ocupando o tempo no bem, possamos estar livres
de tentações e da prática do mal que vai ampliar nossas provações.

COMO DEVEMOS FAZER A PRECE?

A prece, segundo o Livro dos espíritos, pode ser feita em três etapas, sendo a adoração, o pedido e a gratidão.

A adoração é o simples fato de conversar com Deus, de dizer a Ele de nossos sentimentos e de reconhecermos sua
superioridade perante nossa pequenez.

O pedido é aquele que fazemos reconhecendo que todo pedido precisa ser analisado de acordo com nosso merecimento, e
nos resignarmos com o retorno enviado pela providência divina, que, diante do fato de muitas vezes não estarmos em
condições de receber a dádiva solicitada, nos envia aquilo que de fato necessitamos.

A gratidão é a abertura que damos ao universo para receber tudo aquilo que merecemos para nosso crescimento espiritual e
saciedades materiais justas. Devemos ser gratos em todos os momentos, inclusive naqueles em que somos provados, pois as
provas constituem formas de superação das dificuldades e de nossos próprios defeitos e desejos impróprios, além das
tentações do mundo.

O QUE É O AMOR FRATERNO?

Quando falamos em fraternidade, a própria etimologia da palavra já nos explica que se trata do sentimento de amor de irmão
que sentimos pelo outro.

Mas, num sentido mais profundo, o que é o amor fraterno?

Seguindo o contexto do nosso tema de hoje, podemos ter que o amor fraterno é um sentimento que contextualiza o amor
desinteressado e incondicional pelo próximo, a caridade e o interesse pelo próximo, o qual temos como nosso irmão,
considerando Deus como o Pai único e igual de todos nós.

O amor fraterno é a chave que nos possibilita o esquecimento de nossos próprios problemas, dores e sofrimentos para que
possamos estender a mão a nossos iguais ainda mais necessitados.

É o caminho que, pela renúncia, nos possibilita amenizar nossas dores, deixando nosso sentimento de egoísmo de lado e
agindo por aqueles que mais necessitam, e dessa forma, deixamos de dar tanto valor ao que nos incomoda tanto, já que
tiramos o foco de nosso sofrimento e direcionamos nossas atenções àqueles que sofrem à nossa volta.

Vivemos a buscar as soluções para nossas dores, mas a fraternidade se demonstra como a saída, o escape de nossos egos
aprisionados em nós mesmos. Senão, possamos refletir durante a semana sobre essas palavras de Paulo:

A Caridade Segundo São Paulo


            6 – Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver caridade, sou como o metal que soa, ou
como o sino que tine. E se eu tiver o dom de profecia, e conhecer todos os mistérios, e quanto se pode saber;
e se tiver toda a fé, até a ponto de transportar montanhas, e não tiver caridade, não sou nada. E se eu
distribuir todos os meus bens em o sustento dos pobres, e se entregar o meu corpo para ser queimado, se
todavia não tiver caridade, nada disto me aproveita. A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é
invejosa, não obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus
próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo
tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. A caridade nunca jamais há de acabar, ou deixem de ter lugar às
profecias, ou cessem as línguas, ou seja abolida a ciência.
             Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes; porém a maior delas é
a caridade. (Paulo, I Coríntios, XIII: 1-7 e 13).

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