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A FAMILIA. REUNIÃO DE ESPÍRITOS EM REAJUSTES.

NECESSIDADE DE COLABORAÇÃO E
RENÚNCIA.

TÓPICOS:

1) POR QUE NOS REUNIMOS NOVAMENTE A ENTES COM OS QUAIS VIVEMOS EM


OUTRAS REENCARNAÇÕES? 20 MIN

2) QUE REAJUSTES PRECISAMOS FAZER JUNTO A NOSSOS ENTES? 20 MIN

3) NECESSIDADE DE COLABORAÇÃO E RENÚNCIA. O QUE FAZER? 20 MIN


PRIMEIRO TÓPICO: Muitas vezes nos deparamos com situações complicadas dentro
de nossas famílias, que envolvem dificuldades de relacionamento,
desentendimentos, discussões. Daí dizemos a nós mesmo, essa pessoa não pode
ser meu filho (pai, mãe, irmão). Pode, não só pode como de fato é. Mas pq isso
ocorre de fato? nos perguntamos. É preciso andar um pouco sobre essas palavras e
refletir.
O Mestre Jesus já veio nos dizer: “O corpo procede do corpo, mas a alma não
procede da alma”
Com isso podemos concluir que o Mestre nos ensina que nosso eu espiritual é
criação do Pai, e é mais antigo que o início da atual reencarnação,por isso não
posso eu ser criação do meu pai e minha mãe terrenos, apenas meu corpo foi
gerado para dar guarida a meu eu espiritual, a meu ser de fato.
Assim, em regra cheia de exceções, podemos concluir que não descendemos uns
dos outros, mas sim do pai único criador.
Mas podemos dizer que, em alguns casos, optamos por reencarnar junto a esse ou
aquele espírito, visando sanar algo que fizemos errado no passado, para aprender
algo com aquele espírito mais sábio, ou mesmo por simples sintonia de
pensamentos e vibrações, para que um possa fortalecer o outro na caminhada.
Isso nos dá aquela impressão, as vezes, de já ter encontrado uma pessoa que
acabamos de conhecer... a afinidade de outras vidas. Isso também nos trás a
afirmação de achar que por tal motivo, encontramos nossa “alma gêmea”...
quando na verdade, apenas temos uma afinidade maior ou menor com
determinada pessoa... em alguns casos, chegamos até a nos relacionar e nos casar
com aquela pessoa. Tudo muito natural, não tem nada de fantástico como
gostamos de atribuir.
Noutra feita, em alguns casos podemos notar pais que não se entendem com os
filhos, filhos que odeiam os pais, irmãos que se tornam inimigos mortais. Mais uma
vez podemos buscar a explicação na doutrina espírita, quando fica muito clara a
noção de que essas situações envolvem espíritos que se desentenderam em outras
existência, e por uma lembrança subconsciente dessas situações vividas no
passado, acabam tendo, pela própria imperfeição, atitudes iguais as que tomou no
passado.
Daí a importância de refletir muito sobre isso... pode haver a necessidade de
compreender e perdoar o outro, ou de pedir perdão... enfim, harmonizar e
reconciliar... esse é o caminho que Jesus vem nos mostrar quando perguntado:
“Mestre, qual o melhor sacrifício que posso oferecer ao Pai?” E ele responde:
“Deixe sua oferenda sobre o altar e, antes, vá se reconciliar com seu irmão. Esse é
o maior sacrifício que pode ser oferecido ao Pai.”
Ele simplesmente veio dizer, claramente, que não podemos oferecer nada de bom
ao Pai, se não conseguimos nos conciliar com nossos irmãos.
Em suma, a reencarnação tem que ser destinada em sua parte mais importante á
família, à reconciliação, à harmonia no lar... ao entendimento das imperfeições de
nossos entes para que possamos estar sempre prontos a perdoar, ajudar,
colaborar...
Por tal razão, precisamos ter muita calma para entender essas situações, às vezes
conflituosas que acontecem.
Vamos exemplificar.
O fiho deseja fazer uma faculdade de arte, mas os pais querem que ele faça
medicina. O que fazer?
Pode acontecer dos pais terem a ilusão de serem donos, ou criadores, daquele
filho, e por tal razão entenderem, equivocadamente, que possuem autoridade ou
direito sobre o mesmo, se achando no direito de tomar decisões por esse filho. O
que acontece então? Provavelmente o filho será infeliz por ter que fazer algo que
sua essência não aceita. Pode deixar a profissão, ou até mesmo os estudos pelo
caminho, para seguir seu coração. Isso vai, com certeza, causar a frustração dos
pais, iludidos.
O divórcio, por exemplo, é assunto que merece muita reflexão, pois, as vezes,
temos a ilusão de nos achar donos do outro, ou nos submetermos aos caprichos ou
tirania do outro, da mesma forma, iludidos pelas noções dessas ligações.
Não podemos, jamais, nos esquecer que temos algo, sim, a compor, a harmonizar,
a aprender com o outro, mas nunca teremos a obrigação de nos submeter ou exigir
a submissão do outro.
Muitas vezes a relação chega ao fim por não ser possível cumprir uma determinada
tarefa,ou até mesmo por já haver os espíritos cumprido o que foi estabelecido para
aquela relação, e ela chega, então, ao fim. Daí vem a dificuldade em deixar que o
outro vá. O apego ilusório, essas noções de propriedade. A ideia de que quando
nos unimos a alguém nos comprometemos até que a morte nos separe pois o que
Deus uniu o homem não pode separar.
Ora, quantos casos de separações e divórcios existem? Será que as pessoas que se
separam estão ofendendo a Deus? É pecado?
Se assim fosse, haveriam muitos condenados por Deus, bom, justo e
misericordioso, a punições por esses “crimes”?
É necessário entender que se uma situação é complexa demais, a tendência é
sempre piorar, nos acorrentar, e não é isso que o Pai quer... Ele nos quer livres
para buscar nosso aprendizado e evolução.
O pai/mãe não deve decidir o futuro dos flhos, sob pena de chamar a si a
responsabilidade pela infelicidade do filho.
O casal deve ter cuidado quando o casamento se mostra insustentável, pois a
tendência realmente é descambar por caminhos onde nossas ações nos trarão
imensas responsabilidades no campo da lei de ação e reação.

SEGUNDO TÓPICO: Mas que reajustes são esses que precisamos fazer junto a
nossos entes?
São muitos os gêneros de ajustes que temos de maneira geral, mas se olharmos
com cuidado para nós mesmos, sobretudo as dificuldades que temos para esse ou
aquele ente, nos daremos conta de que há algo a reparar ou a aprender... a
reparação é a conciliação desejada e planejada em nosso organograma
reencarnatório. O aprendizado também. Sempre podemos aprender algo com
nossos entes familiares. As vezes condenamos atitudes, mas, se não podemos
mudar ninguém, podemos aprender algo com certeza, pelo menos de como
perdoar, compreender, e, até, não fazer algo que sabemos estar errado.
Na maioria das vezes, esses reajustes estão ligados ao perdão. Como a própria
palavra, diz, algo precisa ser reajustado, colocado novamente numa linha reta
rumo ao destino de todos nós, a evolução espiritual.
Isso significa que em algum momento de nossa existência espiritual, algo ficou
errado. Induzimos alguém ao erro, ou fizemos algo que marcou aquele ser pela
mágoa, ódio, desejo de vingança. Ou vice versa.
O certo é que algo precisa ser consertado. O melhor caminho para isso é o perdão,
seja pedir, seja conceder.
Por isso precisamos ficar atentos a essas relações, e, agora que temos essa noção,
nos disponibilizarmos a acertar arestas que vamos começar a perceber ou que já
percebemos. Podemos sempre nos valer da empatia, nos colocar no lugar do outro
e tentar compreender suas dificuldades.

TERCEIRO TÓPICO: Colaboração e renúncia.


Cientes de tudo que foi falado, podemos, então, entender que além do perdão e
dos acertos que precisamos fazer, precisamos e devemos colaborar no crescimento
espiritual, moral, físico, de nossos entes. E muitas vezes precisamos renunciar a
situações que nos seriam aprazíveis ou interessantes.
Mas como podemos colaborar com nossos entes?
Mais uma vez devemos e podemos nos valer dos conhecimentos que estamos
colhendo agora. E da responsabilidade que esses conhecimentos nos impõe. Muito
será cobrado de quem muito é dado. Ou seja, temos a obrigação moral de usar
nossos conhecimentos para colaborar com nossos próximos. E quem é nosso
próximo? É aquele que está mais próximo.
Como fazer isso? Devo impor meus conhecimentos a meus familiares?
Não. Simplesmente não devemos impor nada. Mas podemos, pelo exemplo,
ensinar e colaborar com as pessoas. Logo elas notarão as mudanças havidas em
nós por nossas novas atitudes, perceberão que essas mudanças são boas, e,
invariavelmente, seremos copiados, ou indagados de como fizemos para mudar. Ai
chega a hora de indicar os caminhos que estamos seguindo para nossas melhoras
pessoais.
Jamais devemos impor nossas ideias e aprendizados. Podemos, sim, dar nossa
opinião. Isso, aliás, é obrigação do espírita. Há correntes que indicam que o espírita
deve ser sempre humilde e se calar diante de algumas situações para dar prova
dessa humildade. Eu, pessoalmente, penso que as ideias existem para serem
expostas. Claro, sem pretender ofender ninguém, ou impor minha verdades,
sempre ciente que ninguém é dono da verdade absoluta, só Deus.
Mas há casos em que é necessário uma posição mais forte e positiva de nossa
parte para que possamos ser ouvidos. Plantar a semente, que seja, para que o
outro em sua verdade, possa tentar compreender. E que sabe procurar saber mais.
Podemos e devemos estar disponíveis para indicar caminhos.
Podemos nos valer de datas especiais, aniversários, etc, para substituir os
presentes que estamos acostumados a dar por um livro espírita, um romance.
Podemos sugerir vídeos e leituras que possam contribuir ou iniciar um
questionamento. Nos colocar a disposição para ajudar a pesquisar. Enfim.
RENÚNCIA: Palavra difícil, pois dos gêneros que precisamos trabalhar, está o
egoísmo, filho mais forte do orgulho, que nos impede, sobremaneira, da prática do
bem e da caridade.
E renunciar é, sem dúvida, bater de frente com o ego, com o eu, já que é preciso
aprender a se esquecer de si próprio em favor do outro.
E, claro, muitas vezes, vamos esperar que o outro compreenda o esforço que estou
fazendo para renunciar em favor dele. Vamos esperar que retribua, e, na maioria
das vezes, isso não vai acontecer.
Será que vamos conseguir realmente fazer da renúncia uma prática em nossas
vidas? E se eu tiver que renunciar em favor de um ente querido não tão querido
assim? Será que vale a pena?
Podemos tomar como parâmetro as palavras do nosso querido Divaldo Franco,
quando em uma entrevista, perguntado como se sentia diante, já que, inobstante
sua idade já avançada, 91 anos, está sempre ativo e animado, trabalha muito,
muitas palestras, livros, trabalhos fraternos... ele respondeu: -filha, me sinto muito
bem, pq tenho alegria de viver... o amor é um elixir de longa vida... e quem ama
não precisa saber se é amado, pq o amor verdadeiro já faz tão bem para quem
ama, não importa se não recebo a resposta.
Possamos refletir sobre esse tema.

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