Você está na página 1de 5

Questionário:

1- Fico contente toda vez que.... tenho a possibilidade de estar com minha esposa e filhos
junto a natureza. Quando ando de moto de trilha, de bicicleta. Quando olho para o céu
à noite buscando estrelas, planetas. Quando falo sobre o universo para alguém.

2- Nada me aborrece mais que... ver uma criança sendo maltratada. O sofrimento infantil
tem consequências para o resto da vida. Na fase adulta essa mesma criança será como
um barco à deriva, jogado de um lado para o outro pelas ondas.

3- Uma lembrança que guardo com saudade é.... da época da faculdade quando trabalhava
em projetos de pesquisa sobre o universo.

4- Quem realmente me conhece bem sabe que eu... sou dedicado no que faço.

5- Para mim o amor é.... a base de tudo. No meu entender o universo e nós mesmos somos
uma prova amorosa de Deus. Nós seres humanos temos a chance de evoluir para essa
vivência. No meu entender o aprimoramento final para todos será transcender a ilusão
da separação, enxergarmos que em essência todos somos o mesmo. Trata-se de
recordar algo que já somos. Temos que retornar a casa do “Pai” e a volta é feita através
do amor.
Somos como a parábola do filho pródigo descrita na bíblia. Quando o filho decide ir
embora com o objetivo de viver a vida separado do pai. É importante salientar que a
partir da separação é criada a dualidade. O filho queria criar por conta própria. Porém,
depois de muita dor e sofrimento ele resolve voltar para casa, voltar para a unidade. É
o filho quem decide se separar e é ele quem resolve retornar. Assim como na parábola,
nós montamos uma identidade e resolvemos nos separar, criar a partir de uma suposta
individualidade. Todavia, a única coisa que conseguimos fazer foi trazer o caos. Mas, por
quê? Pois estamos criando a partir do medo e isso só pode resultar em mais desordem.
Estamos criando a partir de uma mente segmentada.
Ainda na bíblia, na parábola de Adão e Eva quando é dito: “E ordenou o Senhor Deus ao
homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do
conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres,
certamente morrerás.” Somos imortais a partir do momento em que nos reconhecemos
com o Cristo interior, mas ao nos identificarmos com a mente morremos para esse
aspecto. A morte nesse caso representa a permanência no Ego humano, nos aspectos
transitórios, numa personalidade, numa história.
Enquanto eles não comessem da árvore da dualidade estariam na unidade. A partir do
instante em que decidiram pelo contrário, passaram a viver separados a partir do
conhecimento do bem e do mal incrustrado em suas memórias. É basicamente o que
acontece em nosso interior. Todas essas passagens são metáforas da separação.
Quando me identifico unicamente com um corpo e a uma aparente identidade, estou
saindo da unidade com o “Pai” para viver no reino dual. Na dualidade estruturo todo
meu interior segundo um jogo. Minhas memórias passam a refletir essa classificação e
a partir daí começo a julgar tudo e todos. Passo a projetar a culpa, ódio, raiva no mundo.
Só que toda projeção acaba voltando, pois todos somos o mesmo.

6- Sinto que sou bastante aceito quando... não sei dizer...


Acho que ninguém é realmente compreendido. O que todos vemos tanto em relação ao
mundo quanto as pessoas é apenas uma casca da realidade, máscaras. Nós acreditamos
piamente no que vemos, ouvimos, tocamos, cheiramos, degustamos, mas essas
interpretações estão incompletas. Elas não estão erradas, apenas incompletas e
representam, por assim dizer, uma visão bastante parcial.

Os sentidos nos induzem naturalmente a entender o mundo de maneira superficial. Isso


nos permite entrar no jogo da vida sem realmente conhecermos as camadas mais
profundas. Até mesmo o conhecimento expresso através da racionalidade humana está
baseado apenas em um paradigma newtoniano onde tudo trabalha de maneira
separada, estanque. Encaixamos tudo dentro do que acreditamos conhecer. O que
observamos através dos sentidos simplesmente é, sem nenhuma outra necessidade,
onde tudo, teoricamente, pode ser explicado por leis de causa e efeito, onde o
observador não possui qualquer relevância.
Sendo assim, não sei dizer quando sou bem compreendido. Eu acho que, talvez, quando
falo sobre assuntos técnicos sou bem compreendido.

7- O que mais gosto em mim é... minha capacidade de concluir o que inicio. Minha
dedicação, empenho. Minha capacidade de reflexão que pode atingir pontos muito
profundos.

8- Sempre me sinto inseguro quando... preciso falar em público. Sempre acredito que não
conseguirei passar algo de valor para as pessoas. Também não tenho muita articulação
com a fala. Tenho dificuldade em criar frases, as palavras parecem que fogem, talvez
seja a ansiedade.

9- O que não gosto em mim é... que muitas vezes enxergo o “copo meio vazio”. Mas vejo
que existem benefícios em pensar dessa maneira. Se só enxergássemos o copo meio
cheio teríamos chances menores de mudança interna.

10- Uma pessoa que me marcou muito foi... minha mãe. Ela é uma boa pessoa, mas carrega
um sentimento de culpa do tamanho do universo e isso acabou passando para todos os
filhos. Ela também tem muita força interna, pois venceu o alcoolismo.

11- Paraíso para mim é... estar em equilíbrio.


12- Minha vida seria melhor se... tivesse independência financeira.
Se eu sentisse mais amor pela vida, por estar vivo.

13- Minha família significa... muito. Meus filhos e esposa são a minha base. Não tenho
grandes apegos com meus pais e irmãos, apesar de sempre ter estado próximo não me
sinto muito vinculados a eles. Também não tenho muito apego com sogro, sogra, etc.

14- Nem sempre a solidão... é ruim. O silêncio nos dá muitas respostas. Entendo que seja
uma parte crucial da vida está em aprendermos a ficar sozinhos em silêncio. A
meditação é essencial em relação a isso.

15- Entre amor, poder, dinheiro e dever eu... prefiro um equilíbrio. Não dou muito valor ao
poder no sentido cotidiano. Para mim o maior poder que existe é conhecer a si próprio.
Segundo um ditado: “Dizem que dinheiro é coisa do Diabo, mas se você quiser ver o
“Diabo” é só ficar sem dinheiro.” Acho que ter pouco dinheiro te escraviza, ter muito:
também.
Como disse acredito que o amor é a base. O ideal seria ver cada ser humano como um
irmão, pai, filho, porém isso está longe para mim. O amor que sinto por meus filhos e
esposa é o mais próximo que consigo chegar dessa ideia. Para mim o amor não pode ser
possesivo.

16- Quando estou triste eu... me recolho e tento refletir sobre os motivos que estão me
levando para a tristeza.

17- Um exemplo de amigo é... aquele que conversa sobre qualquer coisa, que se propõe a
ajudar.

18- Quando me decepciono com alguém fico... pensativo a respeito.

19- Minha maior qualidade é ser... reflexivo.

20- Meu maior defeito é ser... ansioso. A meditação me ajudou um pouco em relação a
ansiedade, mas ainda me considero com receio do futuro. Sou desconfiado em relação
ao que virá, com medo de que será algo ruim.
Também tenho uma tendência a ver o copo meio vazio. Porém tenho uma observação
a esse respeito.
Para mim, buscar por pensamentos positivos é tão ilusório quanto tentar fugir dos
negativos. O princípio básico da mente é sempre procurar por situações prazerosas e
isso é um apego, pois são apenas estados mentais. Pensamentos são efeitos, não
essência. A fumaça será sempre um resultado de uma causa que é o fogo. Não podemos
mudar o fogo a partir da fumaça, mas o contrário é verdadeiro. A força não está na
mente e sim na Consciência que somos e isso se reflete numa atitude de aceitação e não
busca!
Eu não sou contra os estados metais positivos, o que eu me oponho é querer forçar isso.
Tentar fazer as coisas por imposição, pela força bruta é, na maioria das vezes, um
esforço mental relacionado aos desejos e identificações internas que nos levam a andar
em círculos.
Buscar estados positivos, estabelecer a suposta lei da atração1, são apenas mecanismos
para manter o “eu” numa ilusória posição de controle. Veja que a mudança de um
extremo ao outro é apenas o transladar do Ego para o lado oposto. Mas, ainda continua
sendo Ego, agora vestido com outra roupagem, talvez mais adequada aos valores que a
sociedade prega.
O equilíbrio é nosso centro, ou seja, isso não diz respeito a termos pensamentos
positivos ou negativos. Toda essa busca por um e fuga do outro é um grande jogo que
nos mantém em um loop mental. Procure o que te força a ter pensamentos positivos,
você verá que é apenas a própria mente neurótica. Toda essa confusão é devido à sua
natureza autorreferencial e cíclica. Ficamos perdidos em referenciais ingênuos.
Outra confusão é pensar que chegaremos à essência com mais facilidade se estivermos
sempre num estado positivo. Isso definitivamente não funciona!
Alguns acreditam que seja possível mantermo-nos num ciclo eternamente positivo
apenas por desejarmos que seja assim. Isso é outro engano! Querer manter a mente
funcionando dessa maneira é entrar numa montanha russa, é viver eternamente em um
sobe e desce. É o equivalente ao vício em substâncias químicas.
Inevitavelmente quando algo é imposto, depois de um topo de felicidade iremos
encontrar um vale de tristeza que, na maioria das vezes, não pode, nem mesmo, ser
explicado. Como disse anteriormente, a saída não está em efeitos, não está em
pensamentos, ela é anterior a isso. Não devemos demonizar estados negativos, assim
como não devemos endeusar os positivos. O sofrimento, desde que não seja patológico,
nos traz possibilidades de rever condicionamentos arraigados, ao invés de tentar ignorá-
los colocando em seu lugar formas ingênuas, artificiais, de positivismo.
Os pensamentos devem ser entendidos como um resultado a partir do ponto ao qual
estamos percebendo o mundo. E essa é uma construção do mais íntimo do ser que se
reflete para fora.
Geralmente, a grande muralha que encontramos na caminhada está no inconsciente
que é o equivalente a parte submersa de um iceberg. Isso é mais um indício de que
tentar moldar os pensamentos pode não ter o resultado esperado, pois é difícil ir contra
essa massa quase totalmente escondida, reprimida. De qualquer forma, a saída desse
jogo não é através da mente. Mesmo o inconsciente nunca poderá ser resolvido da
maneira tradicional, pois o sistema que tenta equacioná-lo é o mesmo que o criou!
A sociedade prega o equivalente a uma ditadura dos pensamentos positivos. Isso leva
muitos a entrarem em desespero frente a sua aparente incapacidade de mudança.

1
A Lei da Atração é aceita como uma verdade para muitos, mas defini-la desta maneira é o primeiro
equívoco. Trata-se de uma crença e não de uma lei.
21- Gostaria de ser mais..., ter mais facilidade de comunicação. Não tenho muita facilidade
em explicar coisas, falar. Apesar que consigo escrever razoavelmente bem.

22- Com meus amigos me sinto...bem. Não posso dizer que tenho muitos amigos. Tenho 3
a 4 pessoas que considero meus grandes amigos. Na infância, adolescência sempre tive
poucas pessoas que poderia chamar de amigos.

Você também pode gostar