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E-mail: contato@amazoniaetal.com.br
DOI 10.29327/553011
ISBN 978-65-5941-470-3
CDD xxx.xx
A reprodução parcial ou total desta obra, por qualquer meio, somente será permitida
com a autorização por escrito da editora. (Lei nº 9.610 de 19.02.1998).
Luiz Claudio Pires Costa
Denison Melo de Aguiar
Organizadores
Conselho Editorial
Presidente
Dr Wagner de Deus Mateus
Sec. de Educação do Amazonas (SEDUC, Manaus/AM)
Membros
Dra Aldeniza Cardoso de Lima
Universidade Federal do Amazonas (UFAM, Manaus/AM)
Msc Denison Melo de Aguiar
Universidade do Estado do Amazonas (UEA, Manaus/AM)
Msc Eduardo Costa
Faculdade Estácio do Amazonas (Manaus/AM)
Dra Klenicy Kazumy de Lima Yamaguchi
Universidade Federal do Amazonas (UFAM, Coari/AM)
Dra Klaudia Sadala
Universidade da Amazônia (Unama, Belém/PA)
Dra Rosilene Gomes da Silva Ferreira
Universidade do Estado do Amazonas (UEA, Manaus/AM)
Dra Rubia Alegre Ferreira
Universidade do Estado do Amazonas (UEA, Manaus/AM)
Sumário
PREFÁCIO .................................................................................................................................................. 06
A cada dia que passa fica mais evidente a necessidade de preservação do nosso
ambiente. A mídia notifica várias alterações dos recursos naturais mundialmente, ou
seja, o aumento da temperatura climática, seja nas alterações do solo, das florestas
ou na redução de nossas águas. Alterações essas que trazem em diversas situações
prejuízo para toda a população.
Dessa feita, se apresenta cada vez mais obrigatório trazer a toda população o
conhecimento das causas dessas alterações, bem como as medidas que podem ser
tomadas no sentido de evitar que ocorram, que continuem ou aumentem sua abrangência.
Uma grande arma contra todos esses problemas no meio ambiente é o
conhecimento, que precisa ser produzido com comprometimento, verdade e com a
profundidade necessária para se tornar ponto de apoio para a melhoria da qualidade de
vida de todos os seres humanos.
Sua disseminação é essencial para que mentalidades possam ser mudadas e,
consequentemente, as atitudes de todos, pois o mínimo de cuidado ou de atenção ao
ambiente pode trazer resultados benéficos e impedir sua maior e mais rápida degradação,
mesmo que a longo prazo.
Conceitos como sustentabilidade, precaução, preservação, dentre outros, devem
ser disseminados de forma simples e objetiva, de forma que as pessoas de todos os níveis
de escolaridade possam tomar conhecimento de que suas atitudes podem melhorar ou
piorar o meio ambiente em que vivemos, preservando os recursos naturais necessários
para nossa sobrevivência. A propagação desse conhecimento reforça a execução da
educação ambiental como instrumento auxiliar na preservação e manutenção dos
nossos recursos naturais.
É com esse intuito de auxiliar na produção e propalação desse conhecimento
especializado para a proteção do meio ambiente e com ênfase específica no Direito
Ambiental, confeccionado de forma fundamentada e realista que surge a presente obra.
INTRODUÇÃO
O PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Esse princípio deve ser usado como inspiração para o legislador no momento
da elaboração da lei, também deve orientar o administrador público em sua atuação na
execução do Serviço Público.
Diferentemente do conteúdo do Direito Privado que normatiza o interesse
individual, no Direito Público as normas visam resguardar o interesse público, o bem
estar coletivo, se este objetivo não estiver presente nas atuações do Estado, esta atuação
estará configurada no desvio de finalidade.
Demonstra esse princípio que o destinatário final da atividade administrativa não
é o Estado ou o indivíduo, mas o grupo social como um todo. E é claro que nas relações
sociais entre o Estado e o particular poderão ocorrer conflitos, contrapondo interesse
privado e público, havendo de prevalecer o interesse público, para representação da
manutenção de um grupo, em que o indivíduo é também parte integrante.
O exemplo de sua utilização pode-se demonstrar através da utilização do Poder
de Polícia do Estado, que tem o poder de restringir algumas atividades individuais em
detrimento da manutenção de um direito extensivo a uma coletividade.
Como a Administração Pública tem por objetivo a criação e a manutenção das
mínimas condições de convivência em sociedade, podemos também exemplificar essa
Dessa forma fica reafirmado que a prevalência do interesse público não pode se
dissociar de seu objetivo, pois visa regular uma harmonia entre Estado e indivíduo.
Meirelles (2008) corrobora tal entendimento quando afirma que o certo é que a
moralidade do ato administrativo, juntamente com a sua legalidade e finalidade, além
da sua adequação aos demais princípios, constituem pressupostos de validade, sem os
quais toda a atividade pública será ilegítima. E termina orientando (2008, p. 92):
Podemos adotar um conceito de que há uma moral institucional que vem imposta
pela lei que é confeccionada pelo legislativo, mas também há uma moral administrativa
A ideia antiga de que por ser a moralidade administrativa uma disciplina interna,
somente poderia seu controle ser feito internamente caiu, pois foi verificado que a
moralidade, com todas as suas nuances foi inserida no próprio conceito de legalidade
administrativa, entretanto o próprio texto constitucional se incumbiu de tratá-los
como autônomos, caracterizando a improbidade administrativa como motivadora das
penalizações que impliquem em ofensa à moralidade administrativa.
Podemos resumir dizendo que, quando em matéria administrativa encontrar
comportamento da administração ou do administrado na relação jurídica existente,
mesmo dentro da legalidade, que ofenda à moral, aos bons costumes, às regras de boa
administração, aos princípios de justiça e de equidade e a ideia de honestidade, estará
incorrendo em ofensa ao princípio da moralidade administrativa.
Afirma Di Pietro (2012, p. 79) que: “Embora não se identifique com a legalidade
(porque a lei pode ser imoral e a moral pode ultrapassar o âmbito da lei), a moralidade
administrativa produz efeitos jurídicos, porque acarreta a invalidade do ato, que pode
A IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
Alega o autor que a simples ilegalidade ou o desvio do poder são mais superficiais
e não igualáveis à improbidade administrativa, asseverando que tais atos de ilicitude
deveriam ser sancionados com mais gravosidade a fim de exigir um mínimo de
preservação da ética na Administração Pública.
Conforme determinado na Lei n° 8.429/92 em seu art. 4°: “os agentes públicos
de qualquer nível ou hierarquia estão obrigados a velar pela estrita observância dos
princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade no trato dos assuntos
que lhes são afetos”. Sendo citados de forma somente exemplificativa, verificamos que
outros princípios também se encontram interligados a estes e que juntos, presidem à
Administração Pública, criando um conjunto de deveres de grande complexidade.
Ensina Medina Osório (2007, p. 177), ainda:
Isso faz com que seja necessário surgir o dever de lealdade administrativa,
institucional, trazendo consigo a censura desse ato ou comportamento, de forma urgente,
a fim de que seja juridicamente sancionada essa conduta contrária aos preceitos éticos
e legais, na tentativa de extinguir ou reduzir tais atos a níveis mínimos.
Lembrando o velho ditado popular: “errar é humano”, fica explícito não existir
o agente público perfeito, mas apesar de cometer erros, pode o agente dessa forma,
mesmo não sendo exemplar, mostrar-se digno de probidade, mesmo sendo considerado
profissionalmente deficiente. O agente público leal, de acordo com a visão de probidade,
não é aquele que jamais infringiu seus deveres públicos, mas aquele que não chega a
determinado nível de agressão, culposa ou dolosa à probidade.
A Lei de Improbidade Administrativa tem sido considerada por alguns como um
Código Geral de Conduta para os Agentes Públicos, pois é de caráter nacional e segue
os preceitos determinados pela Constituição Federal de 1988 em seu art. 37, § 4°,
possuindo abrangência a todos os agentes do setor público, não sendo feita qualquer
tipo de ressalva.
Essa lei, conforme Medina Osório (2007, p. 198):
Em todo caso, note-se que, ao apanhar a gestão pública, a LGIA tutela todos
os seus possíveis e previsíveis desdobramentos, em todos os seus níveis e
patamares hierárquicos. Isto equivale a dizer que estará sujeito aos rigores
da LGIA desde o mais humilde dos servidores até o mais alto cargo do Poder
Público. Tal constatação está longe de significar passaporte às distorções
hermenêuticas, com equiparações descabidas entre agentes públicos dotados
de atribuições e responsabilidades marcadamente diferenciadas. O que
se está a frisar é que, ao abrigar a repressão à gestão pública, a LGIA não
tipifica apenas condutas de administradores ou gestores, mas também de
funcionários e agentes menos aquinhoados nos degraus hierárquicos do setor
público. Quem pode o mais, pode o menos, essa foi a lógica desse diploma,
que ensejou uma universalização do princípio da responsabilidade.
(MEDINA OSÓRIO, 2007, p. 204)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
DO MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
CONCLUSÃO
Alcione Talaska 1
Almir Arantes 2
Aumeri Carlos Bampi 3
José Antônio Assumpção Farias 4
Natalício Pereira Lacerda 5
INTRODUÇÃO
Embora nem todos os objetivos delineados pelos planos e programas tenham sido
materializados, naquilo que se refere à indução de atividades econômicas dinâmicas
para a região da Amazônia Legal e para a região Centro-Norte (Sinop)/MT (Figura 01),
em específico, é possível afirmar que as políticas públicas referenciadas, que foram
efetivadas, contribuíram para transformações importantes de conteúdo no território.
Fontes: (A) Atlas Interativo do MacroZEE da Amazônia Legal, 2018; (B) Elaborado pelos autores,
a partir da Base cartográfica IBGE, 2007b.
Tabela 01. Evolução do PIB, PIB per capita e plantio de soja no período 2003-2012
Território/ PIB per Soja: área Soja: produção
Ano PIB (Mil R$)
Variável capita (R$) plantada (ha) (Ton.)
2003 1.699.947.694 9.612,21 18.527.544 51.919.440
Brasil 2012 4.392.093.997 22.323,25 25.090.559 65.848.857
Var.% 158,3% 132,2% 35,4% 26,8%
2003 27.888.658 10.518,72 4.414.496 12.965.983
Mato Grosso 2012 80.830.108 25.826,47 6.980.690 21.841.292
Var.% 190% 145,5% 58,1% 68,4%
2003 1.348.452 8.987,88 114.623 359.056
Centro-Norte
2012 4.398.337 24.356,25 508.198 1.582.014
(Sinop) Var.% 226,1% 170,9% 343,3% 340,6%
Dados: IBGE Cidades, 2016. *Var.% (Variação percentual)
7 Em estudo na Região de Rio Verde, Goiás, verificou-se o mesmo cenário: o fator explicativo
encontrado pelos pesquisadores para justificar o aumento da população rural após o ano de 2000 foi
a instalação de um novo conjunto de atividades econômicas, no caso, as chamadas granjas de suínos,
que permitiram um novo arranjo territorial em que os pequenos empresários são inseridos e fixados
no campo novamente (OLIVEIRA, 2016).
Tabela 03. Saldo demográfico entre a variação populacional e a diferença entre o número de
nascimentos e número de óbitos: 2000-2010
Saldo Demográfico entre a Variação
Diferença entre número Variação da
da População Total e a Diferença
Município de Nascimentos e o População Total
entre o número de Nascimentos e o
número de Óbitos 2000-2010
número de Óbitos
Cláudia 1.738 779 -959
Feliz Natal 2.406 4.164 1.758
Itaúba 627 -3.990 -4.617
Marcelândia 1.797 -2.442 -4.239
Nova Santa Helena 496 - -
Santa Carmem 682 425 -257
Sinop 17.069 38.268 21.199
União do Sul 676 -436 -1.112
Vera 1.772 1.180 -592
TOTAL 27.263 41.416 14.153
Tabela 07. Série histórica da classificação fundiária dos imóveis rurais na região Centro-Norte
(Sinop)/MT: 2003-2014
Classificação Número Total de Imóveis Rurais Área Total dos Imóveis Rurais (ha)
Fundiária 2003 % 2014 % 2003 % 2014 %
Minifúndios 2.184 40,3% 4.144 43,2% 85.642,6 2,5% 148.547,9 2,8%
Pequena Propriedade 1.654 30,5% 2.874 29,9% 321.483,0 9,5% 559.742,5 10,7%
Média Propriedade 952 17,5% 1.589 16,6% 714.014,2 21,1% 1.164.984,0 22,3%
Grande Propriedade 592 10,9% 876 9,1% 2.159.391,0 63,9% 3.248.233,0 62,3%
Não Classificados 44 0,8% 114 1,2% 98.224,5 2,9% 92.895,8 1,8%
Total 5.426 100,0% 9.597 100,0% 3.378.756,0 100,0% 5.214.403,0 100,0%
Elaborado pelos autores a partir de: INCRA, 2010; INCRA, 2014.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
AMAZÔNIA
INFLUÊNCIA ECONÔMICA
OS ASSENTAMENTOS
Segundo Santos (1978), as cidades são os nódulos dos sistemas de fluxos, que
por sua vez, dinamizam a rede urbana e estruturam o território. Na era das cidades
industriais, as redes urbanas se organizavam a partir da influência primordial dos
fluxos materiais. Com a revolução científica e informacional, os fluxos simbólicos
se tornaram mais decisivos na definição das hierarquias urbanas e da capacidade de
polarização de cada um de seus nódulos.
A diversificação das atividades econômicas e as mudanças populacionais
resultantes reestruturaram e reorganizaram a rede de assentamentos humanos na região.
A visão da Amazônia no início do século 21 apresenta padrões e arranjos espaciais de
uma Amazônia diferente: em meio a floresta tropical um tecido urbano complexo se
estruturou, levando a criação e o uso do termo “floresta urbanizada” pelos pesquisadores
que estudam e acompanham o processo de ocupação da região (BECKER, 1995).
O processo histórico de ocupação humana e urbanização da Amazônia não
se deu linearmente e o contexto político e econômico ao longo do tempo foram
determinantes destas flutuações. Atualmente, a urbanização da região encontra-se em
fase de estruturação, caracterizando-se ainda como uma região de “fronteira”, onde a
dinâmica das cidades ainda é muito intensa e estável, incluindo o surgimento de novos
assentamentos urbanos.
DIREITO À MORADIA
A Constituição Federal de 1988 tratou, pela primeira vez na nossa história, do direito
urbanístico e dedicou um capítulo à política urbana. Colocou para a propriedade urbana a
necessidade de cumprir sua função social. A ação dos municípios passou a depender da
edição de uma lei federal de diretrizes gerais da política urbana (ARRUDA, 2011).
Desta forma, o Estatuto da Cidade foi criado com o objetivo de garantir o Direito
à Cidade para todos, definindo os instrumentos que devem ser aplicados ao município
para organizar seus territórios e respeitar a função social da propriedade. Assim
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
(...) é o homem que muitas vezes atropela cães e gatos e os deixa agonizando
nas vias públicas. O que se vê, são Animais abandonados ou perdidos, muitas
vezes recolhidos pelo Poder Público e submetidos à morte dolorosa e quase
Com a criação do Acordo de Não Persecução Penal, previsto no art. 28-A, que
entrou em vigência do Código de Processo Penal Brasileiro, em 24 de dezembro de
2019, por meio da Lei nº 13.964 (BRASIL, 2019), ao investigado, nas hipóteses de não
arquivamento do inquérito policial, e desde que ele tenha confessado formalmente o
delito, é garantido a realização do Acordo de Não Persecução Penal entre o acusado,
representado por seu defensor e o Ministério Público, desde que o crime praticado não
envolva violência ou grave ameaça, e a pena mínima do delito seja inferior a 4 (quatro)
anos, e a medida processual seja suficiente para a reprovação e prevenção do crime.
Em decorrência ao fato dos animais ainda não terem sido reconhecidos no Brasil
como seres sencientes, estando apenas disciplinados na condição de coisas, não é possível
restringir a aplicação do Acordo de Não Persecução Penal, uma vez geraria uma analogia
in malam partem, devido legislador ter deixado uma lacuna quanto ao requisito de que o
crime praticado não envolva do emprego de violência ou grave ameaça, que em regra o
delito não deve ser praticado contra a pessoa humana, e não se estende a atos de violência
contra os objetos ou coisas, excluindo desta forma os animais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS