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A COMUNIDADE POLÍTICA

E O BEM COMUM

NECESSIDADES RESPONSÁVEL BEM

PESSOA BEM
PESSOAIS FÍSICA PESSOAL

ASSOCIAÇÃO
GRUPO PESSOA
SINDICATO
BEM DO
JURÍDICA
Outras Entidades......
GRUPO
UNIÃO
COMUNIDADE BEM
SOCIEDADE ESTADO
POLÍTICA COMUM
MUNICÍPIO

O Bem Comum é o conjunto de condições que fazem possível as pessoas e


aos grupos atingir os seus fins, isto é, o seu aperfeiçoamento.
A COMUNIDADE POLÍTICA
SOCIEDADE CIVIL ESTADO

CIDADÃO: LEI:
Constituição
Ser racional, livre e social
Lei Complementar
Sujeito de Direitos e Deveres
Lei Orgânica

ORGANIZAÇÃO: Lei Ordinária


Decreto
Âmbito da Moradia:
Instrução
Associações
TRÊS PODERES:
Âmbito do Trabalho:
Legislativo
Associações e Sindicatos
Executivo
Âmbito da Cultura:
Judiciário
Associações, Fundações
PARTICIPAÇÃO:
Âmbito do Esporte e Lazer: Voto
Associações, Clubes Plebiscito e referendo

Âmbito dos DH: Conselhos

Âmbito da Política: Administração Pública

Partidos políticos
A COMUNIDADE POLÍTICA
NA
DOUTRINA SOCIO-POLÍTICA
DA IGREJA
A COMUNIDADE POLÍTICA
NECESSIDADE E ORIGEM DA COMUNIDADE POLÍTICA
FINALIDADE DA COMUNIDADE POLÍTICA: O BEM COMUM
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA COMUNIDADE POLÍTICA
O REGIME DEMOCRÁTICO

A AUTORIDADE A SOCIEDADE CIVIL


NECESSIDADE DA AUTORIDADE OS DIREITOS HUMANOS
A CONSTITUIÇÃO A SUBJETIVIDADE DA SOCIEDADE
A AUTORIDADE E OS CIDADÃOS OS PARTIDOS POLÍTICOS
OS CIDADÃO E A AUTORIDADE O COMPROMISSO POLÍTICO
MISSÃO E FUNÇÃO DA AUTORIDADE
A DIVISÃO DO PODER

A IGREJA E A COMUNIDADE POLÍTICA


NECESSIDADE E ORIGEM
DA COMUNIDADE POLÍTICA

Como ser sociável, a pessoa humana forma ou constitui


naturalmente sociedades (ImD 4).
Ainda que não todas as nações se constituam
permanentemente em Estados, a maioria das vezes para
gerenciar assuntos comuns surge o Estado, como uma
forma histórica de organização política.
A comunidade política nasce, pois, da sociabilidade humana,
estabelecida por Deus na natureza humana (DI 15).
O consenso humano (“contrato social”) existe e ratifica o que
exige a própria natureza humana.
A origem do Estado está, portanto, na pessoa humana.
NECESSIDADE E ORIGEM
DA COMUNIDADE POLÍTICA

Mais concretamente, a origem do estado está na convicção


de que os seres humanos, unidos, conseguem melhor e mais
facilmente a satisfação das necessidades humanas. Assim o
manifesta o Concílio Vaticano II na GS 74:
“Os indivíduos, as famílias e os diferentes grupos que constituem a
sociedade civil, têm consciência da própria insuficiência para
realizar uma vida plenamente humana e percebem a necessidade de
uma comunidade mais ampla, no seio da qual todos conjuguem
diariamente as próprias forças para sempre melhor promoverem o
bem comum. E por esta razão constituem, segundo diversas formas,
a comunidade política. A comunidade política existe, portanto, em
vista do bem comum; nele encontra a sua completa justificação e
significado e dele deriva o seu direito natural e próprio”.
A FINALIDADE DA COMUNIDADE POLÍTICA:
O BEM COMUM
A finalidade do Estado é atingir o bem comum (GS 74):
“A comunidade política existe, portanto, em vista do bem comum; nele
encontra a sua completa justificação e significado e dele deriva o seu direito
natural e próprio”.

João XXII lembra na PT 58 a definição de Bem Comum


que nos tinha oferecido na MM inspirada em Pio XII:
“O bem comum ‘consiste no conjunto de todas as condições de vida social
que consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade
humana’”.
O bem comum, segundo esta definição, universalmente aceita,
 não é o bem da maioria, ainda que isto seja importante;
 mas é o conjunto de condições que permitam que cada pessoa e
todas as pessoas cheguem ao máximo de desenvolvimento que
possam atingir em todas as suas dimensões.
A FINALIDADE DA COMUNIDADE POLÍTICA:
O BEM COMUM
João XXIII na “Pacem in terris” 53-60 acrescenta as
seguintes precisões:
 Todas as pessoas e todos os grupos intermédios estão obrigados a
colaborarem com o bem comum;
 O bem comum está ligado à natureza humana e ao conceito de
pessoa;
 Deve redundar em proveito de todos, embora o governo deve
cuidar dos mais fracos;
 Abarca todas as dimensões (biológica, psicológica, espiritual, etc...)
da pessoa, portanto, também a espiritual. Não deve pôr obstáculos à
salvação eterna, mas ajudá-la;
 Hoje considera-se que o bem comum consiste principalmente na
defesa dos direitos e dos deveres da pessoa humana.
A FINALIDADE DA COMUNIDADE POLÍTICA:
O BEM COMUM

É muito clara a reflexão de João Paulo II na “Centesimus


annus” 47 sobre o bem comum:
“não é a mera soma dos interesses particulares, mas implica a
sua avaliação e composição feita com base numa equilibrada
hierarquia de valores e, em última análise, numa correta
compreensão da dignidade e dos direitos da pessoa”.
A FINALIDADE DA COMUNIDADE POLÍTICA:
O BEM COMUM
Voltando à “Pacem in terris”, nos nº 60-66, João XXIIII nos
oferece mais concretizadamente os deveres dos governantes
em prol do bem comum:
 defender os direitos e deveres das pessoas;

 harmonizá-los e regulamentá-los, de maneira que os direitos de


uns não impeçam os direitos dos outros;
 favorecer seu exercício, sem criar grupos ou pessoas
privilegiadas;
 conseguir que o desenvolvimento seja econômico e social, que
atenda as necessidades essenciais e também os bens do espírito e
culturais;
 criar meios para a participação de todos.
A FINALIDADE DA COMUNIDADE POLÍTICA:
O BEM COMUM

A Constituição Pastoral “Gaudium et spes” 73-74


manifesta como novidades do nosso tempo sobre a
origem e a finalidade do Estado:
 uma maior consciência da dignidade humana e o desejo de
colocá-la nos regulamentos jurídicos;
 um aumento do desejo de participar na tarefas do Estado e de
respeito às opiniões diferentes;
 uma maior colaboração para que todos possam exercer os seus
direitos e deveres;
 uma maior estima pela liberdade civil e religiosa.
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA
COMUNIDADE POLÍTICA
A estrutura constitucional de uma comunidade política num
momento histórico depende, e deve depender, da legítima e
livre decisão da base social.
Esta doutrina foi fixada já por Leão XIII:
“... de fato não há motivo algum para que a Igreja não aprove o principado de
um ou de muitos, desde que seja justo e dirigido à utilidade comum. Por isso,
salva a justiça, não se impede aos povos escolher o tipo de governo que mais se
adapte à sua índole, ou às instituições e costumes de seus pais” (DI 9).
“Além disto, preferir para o Estado uma constituição temperada pelo elemento
democrático não é em si contrária ao dever, com a condição todavia de que se
respeite a doutrina católica sobre a origem e o exercício do poder público. Das
diversas formas de governo, contanto que sejam em si mesmas aptas para
proporcionar o bem aos cidadãos, a Igreja não rejeita nenhuma, mas quer, e a
natureza põe-se de acordo com ela para o exigir, que seja constituída de tal
modo que não viole o direito de ninguém e respeite particularmente os direitos
da Igreja” (LPr 52).
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA
COMUNIDADE POLÍTICA

João XXIII na “Pacem in terris” manifesta-se taxativamente:


“Não se pode determinar, aliás, uma vez por todas, qual a forma de governo
mais idônea, quais os meios mais adequados para os poderes públicos
desempenharem as suas funções, tanto legislativas, como administrativas ou
judiciárias” (PT 67).

E continuando acrescenta:
“não se pode fixar a estrutura e funcionamento dos poderes públicos sem
atender muito às situações históricas das respectivas comunidades políticas,
situações que variam no espaço e no tempo” (PT 68).

E ainda mais na frente afirma que a participação dos


cidadãos nos assuntos públicos depende
“do grau de maturidade da nação a que pertencem” (PT 73).
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA
COMUNIDADE POLÍTICA
Podemos acrescentar mais algumas concreções:
 Como em todas as decisões humanas e políticas, tem que ter
em conta que Deus é a origem da sociedade (PT 38).
 O sistema democrático, que permite a participação da pessoa
nas tarefas públicas, que é um de seus direitos (PT 26) e adapta-
se as diferentes tarefas do Estado (PT 68), é muito conveniente.
 Os marcos jurídicos, às vezes resultam insuficientes para
regulamentar as relações entre os cidadãos, os grupos
intermédios e a administração do Estado. Por isso os
governantes precisam de clarividência, de grande equilíbrio e
retidão moral, de intuição prática e vontade decidida e forte (PT
72) na hora de reformar as leis e as estruturas jurídicas.
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA
COMUNIDADE POLÍTICA

A tudo isto, a Constituição Pastoral “Gaudium et spes” 75


acrescentou que estas estruturas devem possibilitar a
intervenção de todos os cidadãos, sem discriminar a
ninguém, e com perfeição crescente.
Fica, pois, claro que toca a cada comunidade política
determinar no momento oportuno a forma de governo que
deseja ter, atendendo as normas elementares da
prudência e a natureza da pessoa humana e do Estado.
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA
COMUNIDADE POLÍTICA

Leão XIII nos oferece algumas orientações na hora de


escolher o regime político ou a forma de governo:
 No plano especulativo é possível determinar a
superioridade absoluta ou relativa de uma ou outra forma
de governo e a legitimidade de todas as formas justas:
“Nesta ordem de idéias especulativas, os católicos, assim como todos os
cidadãos, têm plena liberdade de preferir uma forma de governo à outra,
exatamente pelo fato de que nenhuma dessas formas se opõe, de per si, nem
aos dados da sã razão, nem ao princípios da doutrina cristã” (AM 19).
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA
COMUNIDADE POLÍTICA

No plano prático, sem negar o valor dos princípios, a questão


toma um ritmo diferente:
“Noutras palavras, se cada forma política é boa de per si e pode ser aplicada ao
governo dos povos, porém nos fatos o poder político não se encontra sob a mesma
forma em todos os povos; cada um possui a sua própria. Essa forma nasce do
conjunto das circunstâncias históricas ou nacionais, mas sempre humanas, que
fazem surgir numa nação suas leis tradicionais, e até fundamentais; e por meio
delas é determinada tal forma de governo e a base da transmissão dos poderes
supremos... todos os indivíduos são obrigados a aceitar esses governos e a não
tentar nada para derrubá-los ou mudar sua forma.” (AM 20-21).
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO DA
COMUNIDADE POLÍTICA

 Distingue entre a forma de governo e a legislação por ela


estabelecida:
“Eis precisamente o terreno sobre o qual, posta de lado toda dissensão política, os
bons se devem unir como um só homem para combater, com todos os meios legais e
honestos, tais abusos progressivos da legislação. O respeito devido aos poderes
constituídos não deveria ser um obstáculo. Pois ele não significa nem respeito nem,
mais ainda, obediência ilimitada a toda e qualquer disposição legislativa decretada
por aqueles mesmos poderes. Não se deve esquecer que a lei é uma prescrição
ordenada segundo razão e promulgada, para o bem da comunidade, por aqueles
que receberam o poder para tal finalidade” (AM 32).
A DEMOCRACIA

Leão XIII na “Graves de communi re” usou o termo democracia


de duas maneiras: como substantivo simples, sem adjetivação;
e com adjetivo acrescido ao substantivo (GdC 8):
 Democracia liberal: condenação de alguns aspectos.
 Democracia social: a identifica com o marxismo.
 Democracia cristã: ação dos cristãos em favor do povo.

Embora rejeitasse alguns elementos da democracia liberal e


social, não supõe a rejeição do conceito geral de democracia
(GdC 9).
Na “Immortale Dei” já tinha afirmado:
“não se reprova em si que o povo tenha sua parte maior ou menor no governo; isto
até, em certos tempos e sob certas leis, pode tornar-se não somente uma vantagem,
mas um dever para os cidadãos” (ImD 45)
A DEMOCRACIA

Com Pio XII na Radiomensagem de Natal “Benignitas et


humanitas” de 1944 a Democracia adquire maioria de idade
na DSI. Alguns pontos importantes:
 Diálogo: contato entre os cidadãos e o governo do Estado (BH 13).
 Dois direitos do cidadão:externar a própria opinião sobre os deveres e
sacrifícios que lhe são impostos e não ser obrigado a obedecer sem ter sido
ouvido (BH 13).
 O povo da democracia (BH 14-18)
 Os governantes da democracia (BH 19-26)
 Representação popular: donde as correntes políticas se irradiam para todos os
campos da vida pública (BH 24).
 Respeito a ordem moral e aos direitos invioláveis das pessoas (BH 29 e cfr.
31).
A DEMOCRACIA

João XXII na “Pacem in terris” nos manifesta que, embora


não haja uma norma universal sobre qual é a melhor forma
de governo, pois depende da situação de cada povo, a
divisão dos poderes –legislativo, executivo e judiciário-
nasce da natureza humana e contribui ao bem comum.
Deve, além, existir a participação real dos cidadãos e uma
norma legal que regulamente os direitos humanos
fundamentais (PT 67-69).
Esta doutrina a faz sua, também, a Constituição Pastoral
“Gaudium et spes” 75.
A DEMOCRACIA

Também Paulo VI na “Octogesima adveniens” 24 apóia o


modelo democrático da organização do Estado.
Sublinha que nasce do duplo anseio moderno de igualdade
e de participação.
Mas, a sua vez, constata duas realidades:
 Tem-se experimentado vários modelos e nenhum satisfaz
completamente;
 Além do sistema da democracia formal são importantes
outras realidades:
 A existência de corpos intermédios,
 A educação e a informação para que cada pessoa assuma a sua
própria responsabilidade.
A DEMOCRACIA
Após a queda dos sistemas totalitários comunistas da
Europa e de alguns regimes de “Segurança Nacional”, João
Paulo II na “Centesimus annus” 44 sublinha as condições
que deve ter uma verdadeira democracia. Não basta com a
divisão dos poderes e a declaração formal de direitos para
que exista uma democracia real. Esta só é possível:
 num Estado de Direito “no qual é soberana a lei e não a vontade arbitrária
dos homens” (CA 44);
 sobre a base de uma reta compreensão da pessoa humana;
 criando as condições reais para a promoção das pessoas;
 educando e formando nos verdadeiros ideais;
 respeitando a subjetividade da sociedade, mediante a criação de estruturas de
participação e co-responsabilidade (CA 46);
 reconhecendo expressamente os direitos humanos, autêntico e sólido
fundamento da democracia (CA 47)
A DEMOCRACIA

Igualmente, João Paulo II desmonta um tópico errado:


acreditar que a filosofia correspondente à democracia é o
relativismo e o agnosticismo cético que confundem o
respeito às opiniões alheias –essencial numa democracia-
com a falta de certeza nas próprias convicções.
Sem desconhecer os perigos do fundamentalismo e do
fanatismo, João Paulo II pensa que se não existe uma
verdade última, os cidadãos podem ser manipulados pelo
poder. Uma democracia sem valores converte-se num
totalitarismo no que impera ou a maioria ou os grupos de
poder que fabricam a seu gosto sua própria “verdade” (CA
46)
Já João XXIII na PT 78 dizia que a vontade das pessoas ou
dos grupos não é a fonte do direito nem da verdade.
A DEMOCRACIA

Duas afirmações da “Centesimus annus” 47 resumem o


tratado até aqui:
 “A Igreja respeita a legítima autonomia da ordem
democrática, mas não é sua atribuição manifestar preferência
por uma ou outra solução institucional ou constitucional”;
 “A contribuição, por ela oferecido nesta ordem, é
precisamente aquela visão da dignidade da pessoa, que se
revela em toda a sua plenitude no mistério do Verbo
encarnado”.
A DEMOCRACIA

Desde esta perspectiva se pode entender que a Igreja:


 Aceite, valorize e recomenda o sistema democrático;
 Lembre que os Estados Democráticos devem não só manter a
divisão do poder e as liberdades formais, mas também:

 Submeter-se ao império da lei;

 Respeitar os direitos humanos;


 Criar condições e estruturas eficazes de participação que
respeitem a subjetividade da pessoa e da sociedade.
A AUTORIDADE,
EXIGÊNCIA DA COMUNIDADE POLÍTICA

O sentido comum e a experiência nos indicam que na


comunidade política é necessária uma autoridade:
“De fato em qualquer sociedade e comunidade humana é necessário que haja
alguém a mandar, para que ela, sem o princípio ou o chefe que a dirija, não se
desmantele e não seja impedida de conseguir aquele fim pelo qual se formou e
constituiu” (DI 6).

A Constituição “Gaudium et spes” 74, prolongando os


ensinamentos da “Pacem in terris” 46, especifica-o:
“E assim, para impedir que a comunidade política se desagregue ao seguir cada
um o próprio parecer, requer-se uma autoridade que faça convergir para o bem
comum as energias de todos os cidadãos; não de maneira mecânica ou despótica,
mas sobretudo como força moral, que se apóia na liberdade e na consciência do
próprio dever e no sentido de responsabilidade” (GS 74).
A AUTORIDADE,
EXIGÊNCIA DA COMUNIDADE POLÍTICA

Seguindo a tradição católica, a PT 46-52 acredita que “ a


autoridade vem de Deus”, pois fundamenta-se na vontade
de Deus que fez a pessoa humana um ser social. Dado
que toda sociedade precisa uma autoridade, a existência
desta tem sido querida secundariamente por Deus. Esta
afirmação:
 Não significa divinizar nem absolutizar a autoridade, Ao contrário, é uma
relativização da autoridade, pois a faz dependente do querer de Deus e da
ordem moral;
 Não impede que a autoridade seja eleita pelo povo, pois o que provêm de
Deus não é este ou aquele governante, mas a autoridade como instituição.
A AUTORIDADE,
EXIGÊNCIA DA COMUNIDADE POLÍTICA

Desta origem divina da autoridade derivam-se as seguintes


conseqüências fundamentais:
 tem poder para obrigar em consciência sem menoscabar a dignidade dos
cidadãos;
 tem que mandar dentro dos limites da vontade de Deus. Se não for assim,
está usurpando o poder. Neste caso a lei não obriga em consciência, pois não é
lei. Assim o cidadão pode licitamente defender seus direitos sem fugir das
exigências do bem comum e cumprindo os limites que manifesta a lei natural
e evangélica.

Esta é a doutrina tradicional da Igreja e os documentos


posteriores a supõe sem ter que explicitá-la de novo, ainda
que em momentos determinados sublinhem um ou outro
aspecto ou deduzam conseqüências concretas destes
ensinamentos.
OS PARTIDOS POLÍTICOS

IDENTIDADE:

Uma entidade estável


FINALIDADE:
A luta, a conquista e a manutenção do poder político.

FUNÇÕES:

 Organizar a sociedade segundo uma ideologia ou interesse;


 Representar os cidadãos no estado;
 Racionalizar a luta pelo poder;
 Elaborar uma proposta política;
 Criar opinião pública;
 Formar os quadros para o exercício do poder;
 Escolher os candidatos.

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