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Epistemológicos do
Ensino Religioso
Professora Me. Bianca Martins da Silva
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Prezado(a) aluno(a), meu convite a você é que possamos aprender juntos sobre a arte da
fé e do ensino religioso. Destacamos que aqui buscaremos nos desenvolver enquanto indi-
víduos que promovem um conhecimento e propagação saudável dos temas concernentes à
religião, os produtos e as marcas. Além de conhecer seus principais conceitos e definições
vamos explorar as mais diversas aplicações do desenvolvimento e gestão de marcas e
produtos pelas organizações.
Na unidade I começaremos a nossa jornada pelo conceito de produto, os diferentes níveis
que um produto pode possuir, bem como as classificações dos produtos e implicâncias nas
decisões de compra dos consumidores. Esta noção é necessária para que possamos traba-
lhar a segunda unidade do livro, que versará sobre o desenvolvimento de novos produtos.
Já na unidade II vamos ampliar nossos conhecimentos sobre a concepção de produtos.
Para isso, vamos detalhar cada uma das etapas para o desenvolvimento de um produto,
para que serve a prototipagem e o pré-teste e, por fim, as funções da do designer e emba-
lagens e sua classificação.
Depois, nas unidades III e IV vamos tratar especificamente da marca, sua concepção (cria-
ção), o desenvolvimento do posicionamento e a gestão da marca, também conhecida como
branding. Ao longo da unidade III, vamos destacar porque as marcas são tão importantes
para o sucesso das empresas e também vamos conhecer as características para a criação
de uma marca forte. E na unidade IV, vamos entender o papel da criação de valor para a
satisfação do consumidor e sua fidelização.
Aproveito para reforçar o convite a você, para junto conosco percorrer esta jornada de
conhecimento e multiplicar os conhecimentos sobre tantos assuntos abordados em nosso
material. Esperamos contribuir para seu crescimento pessoal e profissional.
UNIDADE I....................................................................................................... 3
O Professor de Ensino Religioso
UNIDADE II.................................................................................................... 20
A Importância da História da Religião para a Formação Humana
UNIDADE III................................................................................................... 35
Educação no Século XXI
UNIDADE IV................................................................................................... 49
O Professor de Ensino Religioso
UNIDADE I
O Professor de Ensino Religioso
Professora Me. Bianca Martins da Silva
Plano de Estudo:
● O homem em sociedade;
● A religião;
● Religião como ação social;
● A relevância da religião.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar o homem em sociedade;
● Compreender a dinâmica religiosa na sociedade;
● Estabelecer a importância da religião e ação social.
3
INTRODUÇÃO
Martin Heidegger (1889 - 1976) foi um filósofo, escritor e professor universitário alemão,
reconhecido como uma das figuras mais importantes do pensamento no século XX. O
enfoque de sua teoria traz uma reflexão acerca da ontologia do homem, que consiste
no estudo do ‘ser’. Ele nos convida a observarmos nossos pensamentos porque, para
ele, nossas racionalizações são conclusões de nossas práticas e vivências cotidianas.
REFLITA
Então, podemos concluir que, a nossa cultura possui uma influência da religião
muito acentuada nos vários aspectos da nossa sociedade. Com isso, mesmo que buscamos
nos desvencilhar de vários aspectos religiosos, a moralidade defende pressupostos que
encontramos também no cristianismo. Portanto, para entender como a religião se relaciona
com o homem, precisa observar sua própria cultura, e no nosso caso, o cristianismo faz
parte de toda essa gama como nos foi explicado acima.
Compreendermos a ação social como uma prática religiosa, não é algo novo. Es-
pecialmente no século XVI com a Reforma Protestante é que encontramos esse braço da
religião que é a ação social. Como vimos anteriormente, nossa cultura é permeada pela
religião cristã, e por conta disso, a Bíblia é considerada por muitos como um manual de
fé e prática. Sendo assim, a moralidade acaba estando pautada em contextos bíblicos e
religiosos, ainda que não seja declaradamente afirmado, pois, como estudamos acima, a
nossa cultura foi formada por fundamentos cristãos.
Desta forma, a ação social não constitui uma prática que pode ser cumprida ou não
a depender da vontade do indivíduo. Na religião, a ação social é um fator indispensável,
pois ela chega a atestar o caráter moral e religioso do indivíduo. Com João Calvino (2008),
observamos a manifestação dessas ações no âmbito político. Sua crítica ao sistema religio-
so questionava a dicotomia entre a teoria e prática, isto é, a Igreja pregava e manifestava
a importância de uma vida pia, das boas obras, da caridade, etc; porém na praticava, a
própria Igreja disseminava essa distinção entre as pessoas preferindo e privilegiando a
classe nobre em detrimento dos pobres. O acúmulo de riquezas pela Igreja tomou uma
proporção tão exagerada que culminou na venda das indulgências.
SAIBA MAIS
“Assim, as culturas desses novos territórios passam a ser vistas como primitivas ou exó-
ticas e, com isso, ocorre a comparação entre as culturas — o modo de conquista se tor-
na a imposição cultural e religiosa a esses povos. Do ponto de vista histórico e filosófico,
as práticas já iniciadas ao fim da Idade Média e pelo movimento protestante se tornam
um instrumento indispensável de trabalho: a tradução, a filologia, o detalhamento de
tudo que pudesse contribuir à história e à reflexão sobre a religião.”
Neste ínterim, entra em cena Martinho Lutero, manifestando sua crítica no âmbito
teológico. Os apontamentos feitos por ele visam expor a incongruência que a Igreja apre-
sentava entre sua teoria e prática. Enquanto estava em seu mestrado, o monge agostiniano
estudava o Antigo Testamento quando ao ler o livro de Romanos se depara com o verso em
que afirma que “o justo viverá da fé”. Apesar de questionar sobre a venda das indulgências,
sua crítica exposta nas 95 teses publicada e anexada na porta da igreja em Wittenberg,
abordavam outros dogmas adotados pela Igreja na época que segundo o filósofo, eram
contra o que estava escrito nas Sagradas Escrituras. (NICHOLS, 2018)
As críticas à religião levantadas neste período de reforma causaram uma revolução
social. Indiretamente, elas promoveram uma inclusão social já que a época privilegiava a
nobreza em detrimento das demais classes sociais, conforme aborda Nichols (2018), ao
relatar que a tradução da Bíblia feita por Lutero e denominada como a Vulgata, que não
apenas traduzia as Escrituras mas expunha seu conteúdo em uma linguagem vulgar, isto é,
que todos poderiam entender.
REFLITA
“... a Revolução Industrial consolida diversas mudanças no campo social, político e eco-
nômico, visto que os meios de produção passam a ser tomados pelas máquinas, o que
acaba por intensificar o racionalismo pregado pelo Iluminismo e pela corrente materia-
lista — que a religião sucumbiria frente à evolução científica.”
Todavia, quando analisamos cada uma dessas situações nos fica claro o quanto uma
religião tem papel e relevância em uma sociedade. Quando abordamos “sociedade”, isso
nos permite pensar em um grupo de pessoas. Quando pensamos no coletivo, precisamos
observar aquilo que é importante para todos, ou seja, os pontos em comuns que atingem
um determinado grupo de pessoas. Em uma religião, cada pessoa com seus gostos e jeitos
singulares focam naquilo que elas têm em comum. Assim, cria-se uma massa capaz de
lutar e produzir algum resultado em sua cultura. Isso quer dizer que a religião exerce um
papel político que muitas vezes nós não nos atentamos de maneira consciente.
Considerando toda a bagagem histórica e religiosa que trazemos do cristianismo por
exemplo, vemos a revolução que esta religião causou na sociedade contemporânea. Segundo
Alves (1984), a partir do momento em que se tem uma religião em que a todos os indivíduos é
propiciada a oportunidade da redenção, nesse caso a “salvação”, é também atribuído o fator
de igualdade a todos os indivíduos, que são todos pecadores. Desta forma, somos chamados
a transmitir esses atributos da religião e aplicarmos eles à nossa sociedade.
Ainda de acordo com o mesmo autor, o profissional de ensino religioso precisa
entender e expor aos seus estudantes o fator democrático da religião. A tarefa do educador
implica em se aperfeiçoar nas ferramentas de ensino e neste caso, das religiões vigentes
na sociedade em que está inserido.
Fonte:
NIETZSCHE, F. W. Umano tropo umano: Volume Primo. Frammenti Postumi (1876-1878)
Versioni di Sossio Giametta e Mazzino Montinari. Milano, Adelphi Edizioni S.P.A, 1965.
critical edition of the complete works of Nietzsche edited by Giorgio Colli and Mazzino Montinari.
Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras: 2000.
NIETZSCHE, F. W. A Gaia Ciência. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
NIETZSCHE, F. W. Ecce Homo: como alguém se torna o que é? Trad. Paulo César de Souza.
NIETZSCHE, F. W. Al di là del bene e del male Nota introdutiva di Giorgio Colli e versione
di Ferruccio Masini. Prima edizione digitale. Milano, Adelphi Edizioni S.P.A, 2015.
LIVRO
Título: O nome da Rosa
Autor: Umberto Eco.
Editora: Record.
Sinopse: “Durante a última semana de novembro de 1327, em um
mosteiro franciscano italiano, paira a suspeita de que os monges
estejam cometendo heresias. O frei Guilherme de Baskerville é,
então, enviado para investigar o caso, mas tem sua missão inter-
rompida por excêntricos assassinatos. A morte, em circunstâncias
insólitas, de sete monges em sete dias, conduz uma narrativa
violenta, que atrai pelo humor, pela crueldade e pela sedução
erótica. Não apenas uma história de investigação criminal, O
nome da rosa, sucesso mundial desde sua publicação original, em
1980, é também uma extraordinária crônica sobre a Idade Média.
Essa edição de luxo, revisada pela consagrada tradutora Ivone
Benedetti, contém uma atualização da biografia de Umberto Eco,
uma nota de revisão e um glossário com a tradução dos termos em
latim utilizados pelo autor.”
FILME/VÍDEO
Título: O nome da Rosa
Ano: 1986.
Sinopse: Um monge franciscano investiga uma série de assassi-
natos em um remoto mosteiro italiano. Isso provoca uma guerra
ideológica entre os franciscanos e os dominicanos, enquanto o
monge lentamente soluciona os misteriosos assassinatos.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=V_ei9HJac9M
Plano de Estudo:
● Os valores morais e religiosos como determinante para a formação da sociedade;
● A Moralidade e o cristianismo;
● Religião, liberdade e estado laico;
● A constituição brasileira.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar a importância da religião na formação humana;
● Compreender os tipos de religiões presentes em nossa cultura;
● Estabelecer a importância da religião para a formação humana.
20
INTRODUÇÃO
Existe uma ideia social que afirma que moralidade é uma coisa e o cristianismo ou-
tra. Porém, ao estudarmos a origem da moralidade observamos que a grande maioria dos
teóricos dessa linha de pensamento possuíam uma coisa em comum: a mesma religião.
Ainda que a gente afirme que a sociedade na qual fazemos parte compõe um Estado laico,
fora da constituição vemos que muitos dos aspectos morais são também religiosos.
Por exemplo, muitas pessoas na sociedade afirmam que é necessário preservar os
valores da família. Mas o que seriam estes “valores da família”? Os valores familiares ten-
dem a preencher alguns pré-requisitos como a formação de uma família heteronormativa,
em que a mãe é a responsável pelas funções do lar, enquanto o pai é o responsável por
prover financeiramente esse esquema. Não vamos aqui postular que toda familia por ser
heteronormativa iria se enquadrar em todos estes pontos, porém, essa composição familiar
é um traço claramente herdado da religião.
Ao estudarmos a moralidade e sua origem encontramos o trabalho do filósofo Frie-
drich Nietzsche (1844 - 1900) intitulado a Genealogia da moral. Ele realiza um ensaio sobre
como e o por quê intitulamos práticas aceitáveis e outras inaceitáveis. Vale ressaltar que
para ele o homem é por natureza cruel e deseja constantemente externalizar sua crueldade.
O profissional de ensino religioso deve estar ciente que exercer esta profissão no
Brasil implica em compreender como ela se relaciona com a diversidade de pensamento
religioso e político social. Assim, a construção do professor abrange o conhecimento da di-
dática educacional e das religiões como um todo. Entretanto, todos estes pontos culminam
na manifestação atual da religião, da liberdade e do Estado laico.
Neste contexto, vale ressaltar o que a constituição diz acerca disso tudo. Desde
o período da colonização no Brasil, quem era responsável pelo ensino neste período era
a Companhia de Jesus, que se tratava basicamente de um grupo religioso composto por
padres que redigiram e organizaram o ensino. Mesmo após a expulsão desta ordem religio-
sa, não houve uma integralização do ensino com uma estrutura laica (CHIZZOTTI, 1996;
CUNHA, 2007; SAVIANI, 2007).
A Constituição Brasileira de 1824, reafirma os mesmo atributos que a corte por-
tuguesa adotava, isto é, ressaltaram a união entre Estado e Igreja, e seguia os mesmo
regimes educacionais propostos pelo padroado. (BRASIL, 1824)
Tal heteronomia marcou também o campo educacional que sofreu forte influência do
campo religioso. A presença católica na escola brasileira ultrapassa a questão da dis-
ciplina escolar, era um problema curricular, pois praticamente todos os conteúdos de
todas as disciplinas, assim como a formação da maioria dos professores, de uma forma
ou de outra, relacionava-se com a religião católica, seja pelos padrões morais, seja pela
presença física de sacerdotes na estrutura escolar.
SAIBA MAIS
“A Bíblia é uma “legislação” cunhada na Idade Média pelas populações a quem foi dado
o direito de legislar, lembrando que tal legislação era referente ao mundo cristão e não
ao islamizado. Com a modernidade e com a ascensão da burguesia, cujo fundamento
básico é a liberdade comercial sem a interferência do Estado e da igreja, cresceu a ne-
cessidade de diminuir o grau de influência da religião na vida cotidiana. A retórica liberal,
aliada ao pensamento iluminista do século XVIII, construiu elementos teóricos fortes
na defesa da laicidade. Tornava-se fundamental, então, atacar a força hegemônica da
religião dentro do Estado.”
até ser integrada legalmente. Um desses desafios foi por conta do que Cunha (2007) deno-
minou de sintonia oscilante. Esta sintonia oscilante faz referência a disciplina de Educação
Moral e Cívica, que tendo sido criada em 1937, visava a substituição da disciplina de Ensino
práticas comunistas, adotou alguns aspectos que lhes convinham. Sendo assim, a igreja
católica se aliou com os liberais privatistas, e por terem essa influência, o Ensino Religioso
enfim foi incluído na grade curricular. Tal questão está presente no Art. 168, referentes aos
princípios da legislação:
Art. 168. V - o ensino religioso constitui disciplina dos horários das esco-
las oficiais, é de matrícula facultativa e será ministrado de acordo com a
confissão religiosa do aluno, manifestada por ele, se for capaz, ou pelo seu
representante legal ou responsável. (BRASIL, 1946, online)
Isto quer dizer que esta vitória para o Ensino Religioso e para a igreja católica na
época, seguiram os interesses privados, beneficiando as escolas privadas que continham
uma ordenação religiosa em sua organização. Ou seja, na prática não houve a concre-
tização de uma política pública que atendesse a sociedade como um todo, a política da
constituição neste momento, visava formar nos conhecimentos morais a elite brasileira.
Fonte:
WEBER, M. Sobre a teoria das ciências sociais. São Paulo: Centauro, 1991.
WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 11. ed. São Paulo: Pioneira, 1996.
WEBER, M. Ciência e Política: Duas Vocações. 18. ed. São Paulo: Cultrix, 2011.
WEBER, M. Economia e Sociedade: Fundamentos da Sociologia Compreensiva. 4. Ed. Brasília: UNB, 2015.
WEBER, M. Metodologia das Ciências Sociais. 5. ed. São Paulo: Editora Cortez, 2016.
WEBER, M. A política como vocação e ofício. São Paulo: Editora Vozes, 2021.
LIVRO
Título: História, legislação e fundamentos do ensino religioso
Autor: Sérgio Rogério Azevedo Junqueira.
Editora: Intersaberes.
Sinopse: Em História, Legislação e Fundamentos do Ensino
Religioso, Sérgio Junqueira resgata as origens históricas da dis-
ciplina no Brasil, demonstrando sua evolução desde os tempos
de nossa colonização “catequética”. Na obra, o leitor perceberá
que o desenvolvimento do Ensino Religioso nas escolas é reflexo
do amadurecimento da sociedade brasileira. Para tanto, o autor
demonstra que manter a disciplina em nossas salas de aula é uma
forma de difundir o diálogo e de compreender as diversas culturas
presentes no país.
FILME/VÍDEO
Título: Deus é brasileiro
Ano: 2003.
Sinopse: Cansado de tantos erros cometidos pela humanidade,
Deus resolve tirar férias dela, decidindo ir descansar em alguma
estrela distante. Para isso, precisa encontrar um substituto para
ficar em seu lugar enquanto estiver fora. Ele resolve então pro-
curá-lo no Brasil, já que é um país tão religioso. Seu guia nessa
busca é Taoca, um esperto pescador que vê em seu encontro com
Deus sua grande chance de se livrar dos problemas pessoais.
Juntos eles rodam o Brasil em busca de um substituto ideal.
Plano de Estudo:
● Desafios da educação no e para o século XXI - papel da religião e a escola;
● A educação no Brasil;
● O ensino religioso e seus desafios;
● A importância das religiões para o século XXI.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar os aspectos educacionais;
● Compreender os tipos de didáticas do ensino;
● Estabelecer a importância da liberdade religiosa.
35
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, nosso foco é a educação religiosa no século XXI. Conforme exposto
anteriormente, a educação no Brasil é regida por uma constituição e todos os professores
precisam estar de acordo com suas diretrizes. Desta forma, uma vez que dissertamos so-
bre estes aspectos, cabe também apresentarmos a organização do ensino brasileiro com
o século vigente.
O Brasil mesmo em pleno século XXI, ainda possui reflexos do ensino da era co-
lonial. Sobretudo, há quem afirma que estes resquícios podem oferecer certos benefícios
no que tange a prática do ensino religioso nas escolas como disciplina curricular, tendo em
vista o exercício do ensino por parte dos padres católicos. Entretanto, buscaremos discutir
nesta unidade sobre essas implicações do ensino no século XXI.
O profissional de ensino religioso deve estar ciente que exercer esta profissão
no Brasil implica em estar de acordo com aquilo que a legislação do país permite. Ou
seja, apesar de observamos que há a integralização da disciplina a partir do Estado,
ainda faz se necessário que a diversidade religiosa e cultural presentes no cenário
brasileiro seja respeitada.
O termo ‘educação’ conforme diz Olinto (2001, p.181) consiste no ato de educar,
que seria “ensinar, doutrinar, cultivar o espírito”, além de compor uma gama de “normas
pedagógicas para o desenvolvimento geral do corpo e do espírito”. Quando depara-se com
esta definição, o raciocínio que deve-se fazer é se, de fato, as escolas brasileiras estão
oferecendo uma educação de acordo com seu conceito. Receber uma educação é algo que
vai além de oportunizar uma série de informações e dispor aos alunos. E não é porque o
ensino básico inicia-se quando criança, e os indivíduos são determinados como menores
de idade por lei, que eles podem receber qualquer coisa. Todos têm o direito a receberem
uma educação de qualidade.
O doutor Agostinho dos Reis Monteiro (2003) em seu texto o pão do direito à edu-
cação afirma que:
A escola e a religião abrangem um olhar para o indivíduo que foca nas diversas
nuances que integram os seres. Desta forma, o desafio educacional em todas as áreas con-
flita com essa concepção de ensino materialista que busca apenas capacitar trabalhadores
na sociedade. Nosso dever é buscar romper com essa cultura que objetifica o educando, e
venhamos a contribuir com uma sociedade pensante e massiva em busca dos direitos de
todos, inclusive da educação e liberdade religiosa.
Ao propor uma reflexão sobre a educação brasileira, vale lembrar que só em meados do
século XX o processo de expansão da escolarização básica no país começou, e que o
seu crescimento, em termos de rede pública de ensino, se deu no fim dos anos 1970 e
início dos anos 1980.
Podemos afirmar que o principal desafio para a nossa disciplina de Ensino Re-
ligioso faz juz a dificuldade de um consenso entre religião e o estado. Não viemos aqui
defender que ambas as áreas devem andar lado a lado, até porque a história nos conta as
implicações desta aliança. Mas, se observarmos a constituição, ainda fica uma briga em
que sempre buscam transferir a responsabilidade, para não dizer culpa, um no outro.
Segundo SEPULVEDA, D. e SEPULVEDA, J. A. (2017), a religião vai defender que
o Estado deve proporcionar o ensino de uma disciplina que trate das religiões nas escolas
como uma disciplina que faz parte da grade curricular. Todavia, o Estado alega que por
ser laico e existirem as comunidades religiosas, a responsabilidade deste ensino deve se
concentrar nas comunidades eclesiásticas.
SAIBA MAIS
O Estado se tornou laico, vale dizer tornou-se equidistante dos cultos religiosos em as-
sumir um deles como religião oficial. A modernidade vai se distanciando cada vez mais
do cujus regio, ejusreligio. A laicidade, ao condizer com a liberdade de expressão, de
consciência e de culto, não pode conviver com um Estado portador de uma confissão.
Por outro lado, o Estado laico não adota a religião da irreligião ou da antirreligiosidade.
Ao respeitar todos os cultos e não adotar nenhum, o Estado libera as igrejas de um
controle no que toca à especificidade do religioso e se libera do controle religioso. Isso
quer dizer, ao mesmo tempo, o deslocamento do religioso do estatal para o privado e a
assunção da laicidade como um conceito referido ao poder de Estado.
FONTE:
FALS BORDA, Orlando. Por la praxis: el problema de cómo investigar la realidad para transformarla.
In: FALS BORDA, Orlando, et al. Crítica y Política en Ciencias Sociales: el debate sobre teoría y
práctica. Bogotá: Punta de Lanza, 1978.
FALS BORDA, Orlando. Conocimiento y poder popular: Lecciones con campesinos de Nicaragua,
México, Colombia. Bogotá: Punta de Lanza; Siglo Veintiuno Editores, 1985.
FALS BORDA, Orlando. Ante la crisis del país: ideas-acción para el cambio. Bogotá: El Áncora
Editores; Panamericana Editorial, 2003.
FALS BORDA, Orlando. Una sociología sentipensante para América Latina. Compilado por Victor
Manuel Moncayo. Bogotá: Siglo del Hombre y Clacso, 2009.
FALS BORDA, Orlando. Pesquisa-Ação, ciência e educação popular nos anos 90. In: STRECK,
Danilo (Org.). Fontes da Pedagogia Latino-Americana: uma antologia. Belo Horizonte: Autêntica
Editora, 2010 [1995].
FALS BORDA, Orlando; ZAMOSC, León. Balance y perspectivas de la IAP. In: GARCÍA, Carlos
(Org.). Investigación Acción Participativa en Colombia Bogotá: Punta de Lanza; Foro Nacional
por Colombia, 1985.
LIVRO
Título: Contra a escola
Autor: Fausto Zamboni.
Editora: Vide editorial.
Sinopse: Por que a escola não educa e condena tantas vidas ao
desperdício e à esterilidade? A educação (ex-ducere, conduzir
para fora) deixou de ser uma abertura à razão e ao espírito, con-
vertendo-se em engenharia social, em manipulação dos instintos
baixos para a realização da vontade de poder. O homem, não mais
educado naquilo que tem de essencialmente humano, passou a
ser instrumentalizado em vista de algum interesse econômico ou
social. Em consequência, desumanizou-se, transformando-se no
imbecil que, com base em concepções erradas acerca da nature-
za humana, cria políticas desumanas. Nessa situação de doença
linguística e espiritual, perdeu a experiência de amplas faixas da
realidade ligadas à razão e ao espírito, assim como a capacidade
de compreendê-las e expressá-las. De nada nos serve essa louca
pretensão de alterar a natureza humana e remodelar o mundo.
Cabe a nós, então, fazer o inventário dos nossos descaminhos, e
retomar a estrada mestra abandonada.
FILME/VÍDEO
Título: A onda
Ano: 2008
Sinopse: O filme do alemão Dennis Gansel apresenta a experiên-
cia conduzida por um professor diante de uma turma desmotivada,
que precisava aprender o conceito de autocracia. O diretor reforça
a importância da escola na formação dos jovens para que erros
históricos, como o fascismo, não venham a ser repetidos.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=QBKEi8qamKM
Plano de Estudo:
● Conceitos e definições da Pedagogia da Autonomia;
● O perfil do professor de Ensino Religioso;
● A ciência das religiões;
● A finalidade do Ensino Religioso.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar a importância de uma metodologia
didática no ensino religioso.
● Compreender os tipos de metodologias e como aplicá-las.
● Estabelecer a importância da didática na religião.
49
INTRODUÇÃO
Normalmente, cada escola e professor tendem a seguir uma linha pedagógica es-
pecífica, e vale ressaltar que cada uma dessas linhas possuem desdobramentos internos
que afunilam ainda mais alguns métodos pedagógicos em que o professor pode escolher
trabalhar. E foi através da análise dessas linhas pedagógicas que o educador e filósofo
Paulo Freire desenvolveu a chamada pedagogia da autonomia.
Antagônico do sistema de ensino tradicional, Paulo Freire (1996), defende um en-
sino voltado para a construção da autonomia de cada indivíduo. Além disso, em sua última
obra publicada em vida, “A pedagogia da autonomia” levanta a importância de valorizar e
respeitar a cultura de cada aluno e suas experiências individuais. Ele questiona veemen-
temente as propostas de rigidez ética que se volta ao sistema capitalista, o que segundo
ele, é uma doutrinação dos seres humanos desde a menoridade e ainda exclui os menos
favorecidos do processo de socialização.
A pedagogia da autonomia está dentro da tendência pedagógica progressista, e vê
esse enfoque no aluno como um desenvolvimento e libertação de um sistema social que
oprime e reprime os pensamentos e posturas que os indivíduos podem ter na sociedade.
Em relação às posturas religiosas presentes na sociedade, esta linha pedagógica é muito
promissora quando aplicada juntamente a apresentação do conteúdo das disciplinas de En-
sino Religioso, pois muni o professor de ferramentas de ensino que serão éticas e eficientes
no processo de aprendizagem.
REFLITA
“Laico é o Estado imparcial diante das disputas do campo religioso, que se priva de
interferir nele, seja pelo apoio, seja pelo bloqueio a alguma confissão religiosa. Em con-
trapartida, o poder estatal não é empregado pelas instituições religiosas para o exercício
de suas atividades.”
A ciência das religiões é a área de estudo que permite estudar e analisar todos os
tipos de movimentos e manifestações religiosas. Em se tratando do Brasil, a religião pre-
dominante como já foi abordado, seria o catolicismo. Além disso, a religião cristã acaba por
ser uma boa ferramenta de estudo pois ela contém um “manual” que rege o funcionamento
da prática religiosa. Desta forma, para definir uma prática ou comportamento cristão, basta
verificar se está de acordo com as Escrituras Sagradas. (OLIVEIRA, 2007)
Entretanto, não é porque a religião predominante no nosso hemisfério seja a cristã,
que é apenas ela que devemos e podemos estudar. No Brasil, encontramos uma comuni-
dade de fé Islâmica consolidada, e, portanto, como profissionais estudantes das religiões,
precisamos conhecer os atributos e pressupostos desta religião. Assim como ocristianismo,
neste caso, temos uma religião que possui também uma Escritura Sagrada a qual pauta
como deve ser a postura e prática de fé dos seus fiéis.
Porém, ainda encontramos diversas religiões consolidadas em nossa sociedade e
as principais são as descritas abaixo. (OLIVEIRA, 2007; NOGUEIRA, 2020)
● Cristianismo: Se ramifica entre catolicismo e protestantismo.
● Islamismo: Se ramifica entre os muçulmanos xiitas e os sunitas.
● Budismo: Se trata de uma religião em que não há uma deidade estabelecida.
SAIBA MAIS
Neste ano, o racismo religioso se agravou muito. De acordo com os dados do Disque
100, em 2016, tivemos 759 denúncias de “discriminação religiosa”; em 2017/18, a média
foi de 500 denúncias anuais e, em 2019, somente no primeiro semestre, 354 denúncias,
ou seja, certamente em 2019 a situação se agravou novamente. Vale destacar que não
é algo valorizado pelo governo que assume a presidência em 2019 e isso certamente,
fortalece as subnotificações. A polarização também religiosa é usada para o que chamo
de proselitismo político, têm agravado as perseguições e os movimentos de satanização
das religiões de origem negra e isso pode ser visto refletido no discurso espalhado no
cotidiano das pessoas principalmente nas redes sociais.
Fonte: PORTAL GELEDÉS. ‘O racismo religioso se agravou muito no Brasil nos últimos anos’.
Disponível em : https://www.geledes.org.br/o-racismo-religioso-se-agravou-muito-no-brasil-nos-ulti-
mos-anos/?noamp=available&gclid=Cj0KCQjw5uWGBhCTARIsAL70sLJJRX3zsgJqovbVBuPcUco5Zkw-
Fonte:
LIVRO
Título: Todos os jeitos de crer
Autores: Alessandro Bigheto e Dora Incontri.
Editora: Ática.
Sinopse: Ensinar sobre religião significa também falar das rea-
lidades humanas, em suas múltiplas, complexas e atuais mani-
festações. Todos os Jeitos de Crer contribui, assim, com grande
variedade de temas transversais, que possibilitam aos alunos uma
reflexão inter-religiosa, ética, filosófica e histórica e o respeito mú-
tuo, dentro e fora da sala de aula, reforçando a visão ecumênica
e interdisciplinar da coleção. As fotografias e as obras de arte de
diversos períodos e movimentos presentes na coleção auxiliam na
compreensão e na expansão dos conteúdos, tornando o apren-
dizado mais agradável e significativo. O conteúdo é apresentado
em capítulos independentes, permitindo a escolha dos temas que
serão trabalhados ao longo do ano, na ordem em que preferir.
FILME/VÍDEO
Título: Escritores da Liberdade
Ano: 2007
Sinopse: Uma jovem e idealista professora chega a uma escola de
um bairro pobre, que está corrompida pela agressividade e violên-
cia. Os alunos se mostram rebeldes e sem vontade de aprender, e
há entre eles uma constante tensão racial. Assim, para fazer com
que os alunos aprendam e também falem mais de suas complica-
das vidas, a professora Gruwell aposta em métodos diferentes de
ensino. Aos poucos, os alunos vão retomando a confiança em si
mesmos, aceitando mais o conhecimento e reconhecendo valores.
Disponível no Amazon Prime.
AGOSTINHO. Confissões. 2. ed. São Paulo: Paulus, 1997. ARISTÓTELES. Metafísica. São
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CONCLUSÃO GERAL
Prezado(a) aluno(a),
Buscamos tratar neste breve ensaio sobre o Ensino Religioso um panorama geral
da história da religião e suas contribuições históricas e filosóficas. Para tanto, abordamos
as definições teóricas acerca da religião, educação e ciências da religião. Optamos por
detalhar aspectos sociais e filosóficos que permeiam a sociedade brasileira no que tange a
religião em geral. Desejamos que tudo que foi colocado até aqui tenha sido proveitoso para
sua jornada enquanto estudante dessa arte que denominamos religião.
Destacamos também a importância do respeito à diversidade religiosa, uma vez
que estudar e apresentar este tema, visa a democratização do pensamento, e, das escolhas
de cada indivíduo. Vale ressaltar que, nosso País é extenso geograficamente e em cultura,
por conta disso, buscamos explorar todos os contextos religiosos que influenciam nosso
pensamento e constituição social.
A educação, parte muito importante desse nosso estudo, esclarece o quanto o
profissional de Ensino Religioso precisa estar atento aos estudos pedagógicos e de apren-
dizagem para que o mesmo esteja apto a prever qual conteúdo deve ser abordado e qual
a melhor metodologia a ser utilizada de acordo com seu público. Desta forma, esperamos
que todo conteúdo abordado até aqui tenha sido proveitoso e instigante para que cada um
de vocês possa prosseguir em seus estudos, se profissionalizando nas áreas de interesse
que concerne a cada indivíduo.
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