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Antiga
Professor Esp. Cleber Henrique Sanitá Kojo
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E D I T O R A
2021 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2021 Os autores
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ISBN 978-65-87911-89-2
UNIFATECIE Unidade 1
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Tiago Pereira da Silva
Prezado(a) acadêmico(a), que bom que está iniciando seu estudo na História
Antiga. Preste muita atenção, pois, se em você ocorreu um fascínio sobre assunto desta
disciplina, é o início de uma grande viagem histórica que vamos realizar juntos. Proponho
uma construção conjunta sobre a formação da história e a ideia de história antiga.
Gostaria de desenvolver esse estudo junto com você, construindo nosso conheci-
mento sobre os conceitos fundamentais que norteiam a história na antiguidade, começando
pela evolução do homem e seu convívio inicial em sociedade, passando pelas primeiras so-
ciedades antigas, as sociedades ribeirinhas, e entendendo toda sua importância na história.
Na Unidade I começaremos a nossa jornada pela introdução histórica e os conceitos
que norteiam esse período histórico. Assim, entenderemos também a formação da história
antiga, que nós chamamos de Pré-História. Vale ressaltar que essa noção é necessária
para que possamos trabalhar a segunda unidade, em que introduziremos as primeiras
sociedades antigas, as chamadas sociedades ribeirinhas.
Já na Unidade II vamos ampliar nossos conhecimentos sobre as sociedades anti-
gas, fazendo uma viagem sobre a Mesopotâmia, passando pela importância dos rios Tigre
e Eufrates, pela religião, economia, cultura e tudo que cerca seu legado, como a invenção
da escrita cuneiforme e pelo primeiro código de leis escrito no mundo. Vale ressaltar ainda
que nessa unidade conheceremos também o Egito antigo e todo o seu fascínio com o
legado histórico, cultural, entre outros.
As Unidades III e IV serão compostas pela Grécia e Roma antiga, com todos seus
feitos históricos e políticos e, assim, entenderemos o porquê de o chamarmos de berço da
nossa civilização.
Ao fim dessa apostila espero que seu horizonte histórico seja modificado e am-
pliado, entendo que muita coisa existente em nossa sociedade atual é herança do legado
desses povos antigos. Aproveito também para reforçar o pedido a você, para percorrer
essa jornada de construção do conhecimento observando, estudando e avaliando todos os
assuntos abordados em nosso material.
Esperamos contribuir para seu crescimento pessoal e profissional.
UNIDADE I....................................................................................................... 3
História Antiga
UNIDADE II.................................................................................................... 24
O Estudo das Antigas Civilizações
UNIDADE III................................................................................................... 45
O Mundo Grego
UNIDADE IV................................................................................................... 66
Roma Antiga
UNIDADE I
História Antiga
Professor Esp. Cleber Henrique Sanitá Kojo
Plano de Estudo:
● Introdução e Conceitos: História Antiga;
● A Pré-história.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conhecer a introdução e os conceitos que envolvem o estudo de história;
● Entender os calendários através dos tempos;
● Contextualizar todo o processo histórico que envolve a história antiga;
● Compreender as transformações ao longo da pré-história.
3
INTRODUÇÃO
Em pleno século XXI, ainda nos perguntamos o porquê de estudar história. Por que
falar de civilizações tão antigas? O que isso soma na nossa vida? Talvez você já tenha se
deparado com essas perguntas por várias vezes durante sua vida, pois elas têm tomado
conta de nosso cotidiano e nos conduzem ao senso comum. Vale ressaltar que uma simples
frase, como: “Papai, me explica para que serve a história”, pode trazer um grande feito no
estudo e no entendimento da história em si. Vale ressaltar que essa frase foi realizada pelo
filho do historiador Marc Bloch, que fez com que ele escrevesse o livro Apologia da História
ou O Ofício de Historiador, com mais de 200 páginas em 5 capítulos, sendo que o último
não foi concluído, pois o autor foi fuzilado por nazistas, deixando sua obra incompleta.
Talvez esse pequeno relato sobre a história de Marc Bloch possa demonstrar a importância
de se estudar e compreender a história como um todo.
A história não é simplesmente o estudo do passado, como muitos acreditam. A
história é o estudo do passado para compreender o presente e, quem sabe, mudar o futuro.
Com essa afirmação podemos começar a entender a importância da chamada história
antiga e toda sua interpretação e construção da história.
Assim, começamos a falar do chamado “pai da história”, ou seja, começamos a falar
do grego Heródoto, que viveu no século V a.C. e batizou de história o estudo que realizou
das civilizações com a qual seu povo mantinha contato comercial. Por que a batizou de
história? Qual o significado dessa palavra?
Ainda em sua carta, que é uma das principais fontes históricas da descoberta do
Brasil, Caminha diz:
Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa
alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons
ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será
salvar esta gente (BERUTTI; FARIA; MARQUES, 2001, p. 27-28).
Início Término
PRÉ- HISTÓRIA Surgimento do homem Invenção da escrita.
moderno.
IDADE ANTIGA Invenção da escrita. Queda do império
romano.
IDADE MÉDIA Queda do império Queda de
romano. Constantinopla.
IDADE MODERNA Queda de Revolução francesa.
Constantinopla.
IDADE CONTEMPORÂNEA Revolução francesa. Atualidade.
Fonte: o autor.
Já nos séculos XVII e XVIII temos a criação da disciplina de história antiga e o desen-
volvimento proposto pelo iluminismo. Somente no século XIX temos um olhar mais apurado
a História Antiga, pois esta recebe influências das ciências sociais em si e da própria arqueo-
logia. Com isso, temos uma absorção maior pela sociedade, pela família e pelo indivíduo,
tornando-a mais acessível a diferentes culturas que passaram e entender e compreender
melhor a influência do “antigo” em sua vida e seu desenvolvimento social. A história antiga se
torna uma espécie de memória social, essencial para as sociedades modernas.
Assim, vamos dar partida na viagem pela história antiga. Preparado(a)?
Para que você comece a se interessar pela pré-história, temos que retornar às pá-
ginas anteriores e à tabela, entendendo que utilizamos esse termo para designar o período
que se estende desde o aparecimento do homem moderno na Terra até a invenção da
escrita. Assim, começamos a identificar alguns equívocos da história, pois quando falamos
em escrita parece que estamos falando de uma coisa uniforme, perfeita e, na realidade,
isso não ocorreu. A escrita não apareceu de forma igual em diferentes locais, em diferentes
civilizações. Para que você entenda melhor, é só comparar a pré-história europeia e a
americana. Você perceberá enormes diferenças!
No entanto faremos uma abordagem tradicional, ou seja, começaremos através
da abordagem do surgimento do homem, até a escrita. Vale ressaltar que iniciamos desde
sua interpretação de mundo, descobertas e soluções, até a agricultura e a sedentarização
humana, o surgimento de estratificação social, entre outros.
Vamos começar nosso estudo sobre a pré-história delimitando nossa área de
abordagem, pois precisamos compreender o tempo cronológico das páginas anteriores e
parágrafo anterior. Como assim, tempo cronológico? Do surgimento do homem ao apare-
cimento da escrita.
Mas que tal começarmos com uma pergunta simples: o que se entende por homem?
O que é o homem? Sabemos que o homem ou a espécie humana é uma evolução de longo
período, que nos remete aos mamíferos e, posteriormente, aos primatas. Vale ressaltar
2.1 O Paleolítico
Caro(a) aluno(a), nosso estudo dará continuidade ao conhecimento do primeiro
período da pré-história, o chamado Paleolítico ou também conhecido como Idade da Pedra
Lascada. Esse período da história é o momento em que homem dá seus primeiros passos
ao desenvolvimento, pois se encontra no estágio mais primitivo de organização social, mas
já aparece com o homem Neandertal.
As pinturas nas cavernas, realizadas nesse período, foram conhecidas como pin-
turas rupestres, que são, na verdade, representações do cotidiano, da religiosidade na
pré-história. Eram aplicadas nas paredes, nos tetos das cavernas ou abrigos humanos
desse período.
A pesquisadora Matilde Muzquiz Pérez-Seoane, em sua tese de doutorado, publi-
cada em 1988, na Universidade de Complutense de Madri, apresentou estudos sobre as
pinturas rupestres encontradas nas cavernas de Altamira na Espanha, que remontam o
cotidiano pré-histórico, como caçadas e danças; também apresenta na tese os pigmentos
utilizados nas paredes das cavernas.
Outro exemplo a ser apresentado é a imagem da Vênus de Willendorf, relaciona a
religiosidade. Através dessa imagem, que traz a fertilidade da mulher associada à fertilidade
da terra. Vale ressaltar que, essa imagem foi produzida, com detalhamento, uma mulher e
a fertilidade da gravidez humana, para celebrar a fertilidade, o alimento, a terra. Com isso,
podemos afirmar a postura mística do homem nesse período.
Sabemos que nosso planeta já passou por enormes transformações e degelos de
eras glaciais, obrigando o homem a fazer intensas migrações em busca de alimentos. Vale
ressaltar que, mesmo com essas mudanças, o homem pré-histórico passou a desenvolver
cada vez mais instrumentos para regrar e melhorar sua vida. O homem buscou intenso
melhoramento dos instrumentos que utilizava para adquirir alimentos.
Com toda a evolução dos instrumentos de trabalho na pré-história, temos o cres-
cimento de grandes agrupamentos humanos nessa região, que passaram a ser aldeias e
comunidades em si, com o início de estruturas sociais e promovendo o próximo período,
que chamamos de Neolítico.
2.2 O Neolítico
O marco inicial para o Neolítico é a criação, pelo homem, da agricultura e da
domesticação de animais, pois o homem passa a produzir seu próprio alimento, transfor-
mando a natureza.
Fonte: o autor.
As placas de xisto gravadas do III milénio, no Centro e Sul de Portugal, são componen-
tes votivos de deposições em antas, tholoi, grutas naturais e artificiais ou mesmo em
deposições funerárias não estruturadas. Apresentam, por vezes, uma perturbação na
composição, normalmente muito regular e normalizada, dos seus motivos principais.
O autor designa essa particularidade, extremamente rara, por “síndrome das placas
loucas” e procura explicar a razão desta ruptura do conceito de simetria. Essa ruptura
regista-se em duas categorias diversas, ainda que partilhando a mesma designação: a
Variante 1 agrupa as placas em que apenas a Cabeça regista a assimetria de compo-
nentes específica de esta situação; a Variante 2 agrupa as placas cujo Corpo, resultante
de segmentação da placa ou construído com um mesmo tratamento geral dado à su-
perfície do suporte, é “decorado” assimetricamente. Esta primeira aproximação parte do
Grupo megalítico de Reguengos de Monsaraz, para um enquadramento mais geral da
questão, alargada a outros grupos megalíticos e a outras manifestações simbólicas das
antigas sociedades camponesas.
REFLITA
Você já pensou como era a vida sem uma linguagem? Qual a diferença entre homens e
os animais?
“Ao tecer comentários sobre aqueles que defendem a singularidade da linguagem hu-
mana, a psicóloga da Universidade do Texas Kathleen Gibson escreveu recentemente:
“Embora científica em seus postulados e discussão [esta perspectiva] encaixa-se firme-
mente na longa tradição filosófica ocidental, que remonta pelo menos aos autores do
Gênesis e aos escritos de Platão e Aristóteles, que sustentam que a mentalidade e o
comportamento humanos [são] qualitativamente diferentes daqueles dos animais”.
Obrigado!
LIVRO
Título: A Pré-história - Coleção Desafios
Autor: Rosicler Martins Rodrigues
Editora: Moderna
Edição: 3
Sinopse: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos?
Essas são perguntas que os seres humanos se fazem há muito
tempo, procurando respostas na Religião, na Arte, na Filosofia e
na Ciência. Os caminhos da Ciência são recentes. Foi somente no
século XX que a interpretação dos fósseis se aliou ao estudo dos
povos primitivos e do comportamento dos chimpanzés, formando
uma história fascinante sobre as origens da espécie humana. Este
livro percorre um caminho de milhões de anos para contar essa
história. A narrativa e as ilustrações se unem para recriar a vida na
Pré-história e nos levam a reflexões que ajudam a compreender o
presente.
LIVRO 2
Título: Pré-história: uma breve introdução
Autor: Rosicler Martins Rodrigues
Editora: L&PM
Sinopse: As pessoas se definiam socialmente por meio dos obje-
tos que confeccionavam e usavam, descobrindo novas dimensões
de humanidade. A pré-história é o período em que muitas dimen-
sões foram exploradas e expandidas. O imenso escopo de tempo
em que a pré-história está inserida e, especialmente, a falta de
registros devido à ausência da escrita neste período nos leva a
formular grandes perguntas acerca do que nos torna humanos.
Mas o que há de fascinante em um tempo que remonta a 6 milhões
de anos? Escrever a pré-história é uma questão de aliar a análise
arqueológica das tecnologias e ferramentas utilizadas por nossos
antepassados à reconstrução majoritariamente imaginária de
como viviam e de que maneira evoluíram. É esse delicado equilí-
brio entre fatos e inferências que encontramos nas esclarecedoras
páginas deste volume.
FILME / VÍDEO
Título: 10.000 a.C.
Ano: 2008
Diretor: Roland Emmerich
Roteirista: Roland Emmerich e Harold Kloser.
Sinopse: Num período em que homens e feras pré-históricas
lutavam pela sobrevivência na Terra, D’Leh é um jovem caçador
que lidera um exército ao longo de um vasto e perigoso deserto.
Enfrentando mamutes e tigres dente-de-sabre, ele segue caminho
rumo a uma civilização perdida para salvar sua amada Evolet das
mãos de um maligno e poderoso guerreiro determinado a possuí-
-la.
FILME / VÍDEO 2
Título: A Guerra do Fogo
Ano: 1981
Diretor: Jean-Jacques Annaud
Roteirista: Gerard Brach
Sinopse: Na pré-história, a pouco desenvolvida tribo Ulam é com-
posta por membros que se comunicam por gestos e grunhidos e
acreditam que o fogo é sobrenatural. Quando a fonte única de calor
se apaga após um ataque, três guerreiros saem numa jornada em
busca de outra chama e acabam conhecendo os Ivaka, grupo com
hábitos avançados e comunicação complexa, além de domínio da
produção do mítico fogo.
Plano de Estudo:
● Estudo das Antigas Civilizações;
● A Mesopotâmia;
● O Egito Antigo.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conhecer as antigas civilizações e sua ligação com a Mesopotâmia e o Egito;
● Conhecer a formação da Mesopotâmia;
● Conhecer os principais pontos do Egito antigo.
24
INTRODUÇÃO
Prezado(a) educando(a), que bom que estamos nos encontrando em mais uma
etapa de nosso estudo. Espero que esteja cheio(a) de entusiasmo para continuar nossa
disciplina de História Antiga.
Vamos partir para uma nova viagem histórica, começando os estudos das civiliza-
ções antigas. Nesse caminho repleto de conhecimento, espero que você compreenda o
desenrolar dessas civilizações e seu desenvolvimento ribeirinho.
A partir de agora, iniciamos uma jornada pela civilização mesopotâmica e seu le-
gado histórico. Nesta unidade vamos conhecer seu desenvolvimento e a experiência que
transformou nossa história, pois iremos entender desde a primeira escrita conhecida na
história, a escrita “cuneiforme”, suas características que puderam iniciar o primeiro código
de leis escrita na história, conhecido como código de Hamurabi, baseado na lei do talião
(olho por olho e dente por dente).
Nesta unidade vamos visualizar a importância dos rios Tigre, Eufrates e Nilo, pois
várias civilizações cresceram às margens deles. Tais civilizações foram conhecidas como
civilizações hidráulicas, ou seja, dependentes dos rios e dessas águas.
Vamos entender que temos a criação de estados despóticos e burocratizados e
principalmente teocráticos que praticavam a corveia real.
Então, vamos abordar o Egito antigo com todas suas maravilhas históricas e sua
organização, conheceremos sua divisão histórica, começando pelo antigo império, médio
e novo império.
Por fim, desejo que esta unidade possa fortalecer seu desenvolvimento educacio-
nal e de compreensão dessas civilizações através do conhecimento sobre os conceitos
deixados ao longo da história.
UNIDADE II
I OHistória
EstudoAntiga
das Antigas Civilizações 25
1. ESTUDO DAS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES
UNIDADE II
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O escritor e pensador teuto-americano Karl Wittfogel cunhou a expressão
“civilizações hidráulicas” para se referir às sociedades em que a necessidade
de controlar a água requeria uma ação coletiva, estimulando, com isso, o de-
senvolvimento de uma burocracia organizadora, o que, a seu ver, levou inevi-
tavelmente ao típico domínio despótico oriental (KRIWACZEC, 2018, p. 26).
Isso em uma região em que hoje se encontra a Síria, tiveram contato também
com os Fenícios, que são considerados os maiores comerciantes da antiguidade. Quanto
aos hebreus, podemos afirmar que eram um povo de pastores nômades, que surgiram na
Caldeia e, por não conseguirem combater os povos mesopotâmicos, iniciaram sua peregri-
nação. Antes da chegada dos hebreus, ali moravam os Filisteus, Cananeus (que deram o
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nome de Canaã), arameus, moabitas, edomitas entre outros. Vale ressaltar que o próprio
nome hebreu provém da língua aramaica e significa “o povo do outro lado do rio”, assim,
afirmamos que são de origem mesopotâmica e migrante.
Podemos apresentar um breve resumo sobre sua divisão histórica, começando
através do período dos patriarcas, quando Abraão recebe de Iavé a promessa da terra
prometida que jorrará “leite e mel”, também conhecida como Maná. Com isso passaram
a ser monoteístas, marco diferencial dos povos existentes. Assim se desenvolveram e,
quando Abraão morreu, ocorreu uma sucessão até Jacó, também conhecido como Israel, e
esse teve 12 descendentes, originando-se as 12 tribos de Israel.
Acredita-se, através de estudos históricos na Torá judaica e na Bíblia cristã, que
vários motivos levaram esse povo a fuga da região, entre eles podemos citar invasões
estrangeiras, escassez de terras férteis, além da influência egípcia na antiguidade que
provavelmente os atraiu até lá, onde permaneceram por um longo período, como trabalha-
dores, servindo através da corveia real até o conhecido êxodo em torno de 1250 a.C.
Podemos destacar que, com o êxodo, temos fatores marcantes para essa civili-
zação, como o Decálogo (dez mandamentos), que norteou a vida dos hebreus, além de
confirmar que eram o povo escolhido por Deus e iriam receber a terra prometida.
Assim que termina o período dos patriarcas, temos a era dos juízes que vai de
1200 a.C. a 1010 a.C. Esse foi o período de guerra com os cananeus, que já possuíam
carros de guerra e armas de ferro; com essas necessidades bélicas, temos uma liderança
entre os hebreus, que foram conhecidos como juízes, entre eles podemos citar Josué,
Gideão, Sansão entre outros.
Em seguida temos o período conhecido como a era dos Reis, em que temos um
líder que assume esse papel guerreiro. O primeiro foi Saul, que não conseguiu dominar os
filisteus e nem unificar as tribos de Israel e de Judá, como podemos perceber na citação:
Com Saul, instaura-se a monarquia entre os hebreus. Mas já nessa ocasião
havia uma divisão entre as tribos do norte (Israel) e as do sul (Judá) e Saul
fracassa na tentativa de atrair Judá ao seu reino. Morre nessa tentativa fra-
cassada (PINSKI, 2011, p. 141).
Em seguida temos o rei Davi, que derrota os inimigos e amplia seu território e
unifica as tribos.
Davi tem mais sucesso. Começa organizando o pequeno reino de Judá,
constituído de hebreus da tribo de Judá e de cineus, iemareus e outros povos
não hebreus, sediados na cidade de Hebron. Bom soldado e líder carismáti-
co, Davi estende seu poderio derrotando os arqui-inimigos filisteus e conquis-
tando a cidade de Jerusalém, a qual transforma em capital do reino. Manda
construir um palácio e verifica que falta algo muito importante ao seu reino e
a Jerusalém: o prestígio religioso. Descobre, ou manda fazer, em algum local
o que afirma ser a arca da aliança e a traz, com muita pompa. Com isso, le-
gitima o seu poder “pela graça de deus”, fortalecendo-o mais e mais (PINSK,
2011, p. 142).
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Por fim, Salomão que se beneficiou de um período de paz e enriqueceu-se explo-
rando seu território, passagem de rotas comerciais que ligavam o Egito à Mesopotâmia,
além de construir o famoso templo de Jerusalém.
Salomão foi um soldado inferior a seu pai, Davi, mas compensou essa defi-
ciência com uma grande habilidade política. Logo que subiu ao poder, perdeu
algumas terras. Compensou-as com acordos e casamentos em que recebia
como dote cidades inteiras. Foi amigo de faraós e reis fenícios, possuiu um
enorme harém, construiu palácios e fortalezas (PINSK, 2001, p. 143).
Vale ressaltar que estamos passando brevemente por esses povos como os he-
breus, para compreender melhor a grande influência da Mesopotâmia e do Egito. Assim,
iremos parar por aqui o estudo dos hebreus, uma grande civilização que todo cristão conhece
através da maior fonte histórica do seu povo – a Bíblia sagrada –, pois o antigo testamento
do livro sagrado cristão é a Torá, ou seja, o pentateuco hebraico, sua história em si.
Vamos falar agora de um povo que era vizinho dos hebreus, os chamados fenícios.
Vale ressaltar que esse povo tinha um solo pobre e montanhoso, então os fenícios passa-
ram a buscar rotas comerciais pelo mar. Utilizando-se de seu artesanato e até mesmo com
o comércio da “púrpura”, que era extraída de um molusco comum em suas terras, o múrex.
O corante púrpura era utilizado para tingir tecidos com tons rosa e roxo, tornando-se uma
das mercadorias mais caras da antiguidade. Assim, podemos afirmar que os fenícios foram
os grandes navegadores e comerciantes da antiguidade, passando a realizar comércio com
a Mesopotâmia e com o Egito antigo.
Para concluir a citação dessa civilização em nossos estudos, vamos afirmar que
desenvolveram a matemática e a astronomia, que os ajudou muito na arte da navegação
pelas estrelas, além de criarem um alfabeto fonético com 22 letras.
Outro povo ligado a essa região foi o Persa, que se situava ao leste da Mesopotâmia,
um território que necessitou de complexas obras de irrigação. Foi composto pelo reino dos
“Medos” e reino do Persas. Foi sob o dominio de Ciro I que os persas se unificaram politica-
mente, mas seu auge foi no reinado de Dario I com evolução das cidades de Susa, Persópolis
e Passárgada, terras onde possuía os fiéis considerados os “olhos e ouvidos” do rei, pois
eram extremamente fiéis. Povo esse também importante nas relações mesopotâmicas.
Agora vamos entrar na civilização que se destacou nesse período, a grande Meso-
potâmia. Pronto(a) para nossa viagem?
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2. A MESOPOTÂMIA
Para falar da Mesopotâmia, temos que argumentar que ela foi composta por várias
tâmicas; situavam-se onde, hoje, é o atual Iraque. Recebeu esse nome justamente por
ficar entre os rios Tigre e Eufrates, ou seja, Mesopotâmia significa terra entre rios. Vale
ressaltar que essa civilização foi basicamente o berço das primeiras civilizações do antigo
oriente, abrangendo uma extensa região que passa pelo Irã, Síria e pelo golfo pérsico.
A Mesopotâmia se difere do Egito pela relação com os rios, pois se o Nilo tem
ação bem mais intensa e complexa em relação ao domínio dos rios através da irrigação.
como Alta Mesopotâmia e Baixa Mesopotâmia. A Alta Mesopotâmia era formada por
terras com muitas montanhas e menos férteis. Já a Baixa Mesopotâmia era formada por
terras compostas por planícies, possuía solos em que ocorria transporte de minerais,
extremamente férteis, com uma grande quantidade de água, promovendo em seus ha-
que esse domínio do território foi um dos fatores para seu desenvolvimento precoce e de
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Destacamos ainda que a Baixa Mesopotâmia não tinha uma questão bem definida
em relação à precipitação das chuvas, e isso provocava inundações; as cheias de seus rios
eram irregulares, necessitando de grandes obras hidráulicas, esse desarranjo climático
levou os primeiros povos mesopotâmicos, como os sumérios, a deixarem escritos com
versões sobre o “dilúvio”, chamado de “Epopeia de Gilgamesh”. A seguir encontra-se um
pequeno pedaço desse legado:
Por seis dias e seis noites os ventos sopraram; enxurradas, inundações e
torrentes assolaram o mundo; a tempestade e o dilúvio explodiam em fúria
como dois exércitos em guerra. Na alvorada do sétimo dia o temporal vindo
do sul amainou; os mares se acalmaram, o dilúvio serenou. Eu olhei a face
do mundo e o silêncio imperava; toda a humanidade havia virado argila. A
superfície do mar se estendia plana como um telhado. Eu abri uma janelinha
e a luz bateu em meu rosto. Eu então me curvei, sentei e chorei. As lágrimas
rolavam pois estávamos cercados por uma imensidade de água. Procurei em
vão por um pedaço de terra. A quatorze léguas de distância, porém, surgiu
uma montanha, e ali o barco encalhou (SIN-LEQI-UNNINNI, 2017, p. 82).
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das Antigas Civilizações 31
grandes templos religiosos, onde os deuses ficavam sempre que desciam à Terra. Claro
que o acesso era restrito aos homens capazes de ter contato direto com os deuses. Assim,
esses homens passaram a ter um domínio total da população, estruturando um governo
ligado à religião, tal como vimos na transição da pré-história para antiguidade, no final da
primeira unidade.
Podemos afirmar uma outra diferença entre os egípcios, pois, se o faraó no Egito
era visto como um deus vivo, os sumérios apresentavam o chamado Patesi ou Ensi, que
era o representante, o interlocutor dos deuses com os homens.
Com o domínio religioso ficou fácil o desenvolvimento da agricultura e do comércio
pelos sumérios, os forçando a tentar controlar todo o processo, enfim desenvolvendo a pri-
meira escrita conhecida no mundo, a chamada escrita cuneiforme. Esse nome foi dado por
cunhar a escrita em tabuletas de argila, facilitando os registos, os cálculos e as transações co-
merciais. Ainda sobre a importância da escrita cuneiforme, Jaime Pinsky (2011, p. 55) afirma:
A complexidade e a objetividade das relações econômicas que se estabele-
cem, decorrentes de sua amplitude em termos de espaço e tempo, vão exigir
cálculos precisos e anotações claras, enfim, registros inteligíveis não apenas
para quem os fazia como para outros participantes ou coordenadores do pro-
jeto comum.
uma disputa entre elas, que favoreceu um povo de origem semita, conhecido como Acádios.
Os Acádios têm como grande nome o rei Sargão I, que unificou a Mesopotâmia
no período e proclamou-se “O Rei dos quatro cantos da Terra”, apesar de ser uma frase
e utilizando-se da escrita cuneiforme. Vale ressaltar que ele enfrentou várias revoltas inter-
nas, não conseguindo uma estabilidade governamental e, com isso, abriu espaço para o
domínio Babilônico.
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2.2 Amoritas ou Império Babilônico I
A invasão mais importante da região mesopotâmica, que destruiu os assírios, foi
a do povo amorita, de origem semita, que implantaram sua capital na cidade de Babel,
também chamada de Babilônia. Vale ressaltar que os amoritas eram um povo guerreiro
e lutaram em toda a Mesopotâmia para que ocorresse um domínio total. Foi o famoso rei
Hamurabi que conseguiu esse domínio que se estendia da Caldeia até a Assíria. Por que
será que Hamurabi se tornou famoso? Você já ouviu esse nome?
O rei Hamurabi instituiu algo muito inovador para o período e para a história, pois
criou o primeiro código de leis escritas do mundo. Uma vez que a escrita cuneiforme foi
absorvida, o rei Hamurabi utilizou-se dela para desenvolver e espalhar suas regras. Vale
ressaltar que esse código foi escrito em colunas, 3600 linhas e trazia 282 cláusulas ba-
seadas na lei do Talião, ou seja, “olho por olho e dente por dente”. Assim, chegamos à
conclusão de que a punição seria equivalente ao ato cometido pela pessoa, respeitando a
posição social na sociedade babilônica.
Artigo 200: Se um homem arrancou um dente de um outro homem livre igual
a ele, arrancarão o seu dente.
Artigo 201: Se ele arrancou o dente de um homem vulgar pagará um terço de
uma mina de prata.
Artigo 202: Se um homem agrediu a face de um outro homem que lhe é supe-
rior, será golpeado sessenta vezes diante da assembleia com um chicote de
couro de boi (VICENTINO, 2001, p. 47).
Mas qual foi a inovação de tal código? Será que não existiam essas regras/leis
antes de Hamurabi? Para responder essas perguntas, Pinsk (2011, p. 62) afirma:
De início, imaginou-se estar diante de um grande legislador, autor de uma
série de leis básicas para o mundo civilizado, novas e até revolucionárias.
Seu código, a partir do momento de sua divulgação, há 37 séculos, vem
merecendo sucessivas reedições em todas as línguas civilizadas.
Depois, verificou-se que Hamurábi não criará novas leis e que seu código
não era propriamente inovador, já que revelava apenas práticas sociais co-
muns, encontradas em documentos de outros povos da região. E passou-se
a minimizar sua importância.
Um ponto muito importante sobre esse código é que, apesar de decifrado, preci-
samos estudá-lo cada vez mais, pois seu achado é relativamente novo. O código só foi
descoberto em 1901, pela expedição de Jacques de Morgan na região que corresponde ao
Irã. Hoje, se encontra exposto no museu do Louvre na França.
O rei Hamurabi trouxe desenvolvimento para a região mesopotâmica, pois, com
seu código e com a capital definida, temos uma Babilônia exemplar, que se tornou um
grande centro comercial e cultural do povo ali existente. A concentração humana era muito
grande para o período, havia adorações ao deus Marduk e visitações ao gigantesco zigura-
te, conhecido como torre de Babel – a tentativa do homem chegar ao céu.
A morte de Hamurabi trouxe a desestruturação política e grandes revoltas internas,
que abriram espaço para novas invasões e domínio dos assírios.
UNIDADE II
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2.3 Os Assírios
Os Assírios transformaram a cidade de Assur na nova capital, absorvendo uma
grande quantidade de madeira, ferro, cobre e retomaram a caça e a agricultura, mantendo
uma estrutura militar e tornando a Mesopotâmia um estado militarista de dominação. Foi o
povo que tornou ou criou o primeiro exército organizado da Mesopotâmia, pois trazia para si
agrupamentos dentro do exército, como o grupo dos carros de guerra, cavalaria, infantaria,
divisões de armas de arremesso entre outros. Assim, os Assírios dominavam pelo medo e
pelo terror, não tinham piedade dos povos conquistados, sendo considerados ferozes.
O apogeu dos Assírios ocorreu no governo de Senaqueribe, que transferiu a capital
para a cidade de Nínive e, posteriormente, o rei Assurbanipal, que conquistou o Egito e
criou a famosa biblioteca de Nínive, com muitas obras, acervos de toda a cultura mesopotâ-
mica. Vale ressaltar que com a morte de Assurbanipal, houve disputas internas que abriram
espaço para dominação dos Caldeus.
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3. O EGITO ANTIGO
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Com o desenvolvimento da agricultura e o aumento populacional, tivemos o sur-
gimento dos primeiros grandes grupos humanos, dando origem às primeiras cidades que
já possuíam uma espécie de divisão de trabalho e controle do excedente da produção
agrícola, exigindo, então, um maior controle sobre o Nilo e sobre suas margens, ocorrendo,
assim, a centralização do poder. Vale ressaltar que tivemos os primeiros reinos, conhecidos
como o Alto Egito, ao sul, e o Baixo Egito, ao norte.
A divisão entre os reinos do Alto e Baixo Egito terminam quando o rei do Alto Egito,
chamado Menés, conquistou o Baixo e unificou a região, se tornando o primeiro Faraó do
Egito. Com isso, ele passou a ter todo o poder administrativo e divino, pois o faraó passou a
ser considerado uma divindade na terra. O faraó exercia um poder considerado despótico,
acumulando todo o poder em suas mãos.
Em torno do faraó temos uma grande burocracia, repleta de escribas, funcionários
e sacerdotes, aumentando ainda mais a divindade citada, pois o faraó passou a ser consi-
derado um deus vivo, que dominava cada vez mais a população através das gigantescas
obras. Vale ressaltar que o faraó tinha um papel importantíssimo na organização do estado,
ele controlava praticamente tudo. Segundo Kemp (2003, p. 73),
Em última instância, os dogmas serviam para reforçar o processo histórico
através do qual uma autoridade central apareceu para exercer seu controle
sobre uma rede há muito estabelecida de política de comunidades, e era
continuamente reforçada nas províncias pelo ritual e iconografia do ritual que
fizeram, por exemplo, do rei o responsável pelas cerimônias nos templos pro-
vinciais.
Os egípcios acreditavam que o faraó era uma divindade encarnada, que era des-
cendente direto do deus Amon-Rá e, ao mesmo tempo, encarnação de Hórus, ou seja, era
a junção do deus-sol e do deus falcão. Percebemos esse poder na citação a seguir:
Levantai vossas faces, ó deuses que estão no outro mundo, porque o rei veio
para vós possais vê-lo, ele se tornou o grande deus. O Rei é anunciado] com
temor, o rei é vestido. Guardai-vos, todos, porque o rei governa os homens,
o Rei julga os vivos no domínio de Rá, o Rei fala a sua região pura à qual
fez sua morada com aquele que julgou entre os dois deuses. O rei tem poder
em sua cabeça, o rei porta o seu cetro e Thot mostra respeito pelo rei. O Rei
senta com aqueles que remam a barca de Rá, o rei ordena o que é bom e Rá
o faz, porque o Rei é o grande deus (FAULKNER, 1969, p. 252).
Ainda sobre o poder do faraó, podemos afirmar que sua divindade ajudava a domi-
nar todo o povo, assim como explana Gralha (2002, p. 173):
Como a religião permeava toda a sociedade egípcia, a legitimidade garanti-
da através da esfera divina deveria ser o primeiro passo para a consecução
do projeto político-religioso do rei. Tal legitimidade seria alcançada pelo de-
senvolvimento da parte divina da natureza dual do monarca, entendendo os
egípcios tal natureza ao mesmo tempo divina e humana, e pelo estreitamento
da relação do faraó com o deus (neste caso, uma divindade dinástica com
atributos de deus primordial), e que tal abrangência estivesse presente em
todo o reino.
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3.1 O Antigo Império
O antigo império ocorre entre 3200 a 2300 a.C., para ser mais exato, com a unifica-
ção proporcionada por Menés, pois ele criou uma burocracia e a ideia de divindade faraônica,
assumindo todo o papel de liderança. Logo após, ele mudou a capital para Tinis, por isso
alguns historiadores classificam esse período como Tinita, mas depois temos outra cidade
chamada de Mênfis, também chamado de período Menfita. Vale ressaltar que foi nesse pe-
ríodo que ocorreu a construção das três pirâmides de Gizé, chamadas de Quéfren, Queóps e
Miquerinos, que simbolizavam o grande poder faraônico e sua ligação com os deuses.
Foi nesse período que os egípcios começaram a comercializar com outras regiões
e graças à burocracia formada passou-se a ter uma arrecadação de impostos, que susten-
tava o Estado, conseguindo renda para construção de projetos de irrigação e, até mesmo,
das pirâmides citadas. Essas construções conhecidas como pirâmides eram monumentos
que tinham a função de túmulo dos faraós e seus subalternos próximos.
Resumidamente, podemos afirmar sobre o Antigo Império que
Durante o Reino Antigo, o Egito experimentou um longo e ininterrupto pe-
ríodo de prosperidade econômica e estabilidade política, como continuação
do Período Pré-Dinástico. O país rapidamente cresceu em um Estado cen-
tralizado governado por um rei que se acreditava estar dotado com poderes
sobrenaturais. Era administrado por uma elite letrada selecionada, ao menos
em parte, por mérito. O Egito atingiu quase que uma completa autossuficiên-
cia e segurança em suas fronteiras naturais; nenhum rival externo ameaçou
seu domínio no nordeste da África e nas áreas imediatamente adjacentes da
Ásia Ocidental. Avanços nas ideias religiosas foram refletidos nas estupen-
das conquistas na arte e arquitetura (MÁLEK, 2003, p. 84).
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3.3 O Novo Império
Logo após a invasão dos hicsos, os egípcios começaram e se organizar e a criar
uma espécie de sentimento nacionalista e principalmente militarista, isso sob a liderança de
faraó Amósis I, que organizou o exército e recuperou o território, fazendo o Egito ser ainda
mais respeitado. Vale ressaltar que a confirmação dessa liderança vem logo a seguir, com
a escravização dos hebreus, que conseguiram sua liberdade muitos anos depois através
do episódio, conhecido hoje em dia como êxodo.
O Novo Império nada mais é que o período em que ocorreu o auge do Egito antigo,
pois o faraó Tutmés III conseguiu a maior expansão territorial dos egípcios, chegando até a
Mesopotâmia, bem às margens do rio Eufrates. Vale ressaltar que a expansão é aumentada
por Ramsés II, com a conquista do território palestino.
Com tanta força militar, os egípcios acumularam cada vez mais riquezas, podendo
construir os extraordinários templos de Luxor e Karnac. Infelizmente o império começa a
decair com a morte de Ramsés II, pois os conflitos internos aumentaram, enfraquecendo
cada vez mais a centralização do poder egípcio, abrindo espaço para seu término.
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SAIBA MAIS
Você sabia que a religião no Egito Antigo era politeísta, ou seja, cultuavam vários deu-
ses com funções diferentes na sociedade?
Os deuses egípcios tinham muita coisa em comum com os humanos, pois, além de
nomes, eles tinham sentimentos, desejos e vontades. Apesar dessas coisas comuns a
todos os deuses, eles tinham características próprias, desde corpo humano e, na maio-
ria das vezes, cabeças de animais, mas poderiam ser também totalmente humanos ou
inteiramente animais.
Tinham poderes extremamente fortes, como exemplo: as lágrimas derramadas por eles
poderiam gerar homens, minerais entre outros.
REFLITA
“As águas do Nilo provêm do Nilo azul, que nasce nas terras altas da etiópia, e do Nilo
branco, que se divide num emaranhado de regatos no Sudão meridional e se origina no
lago vitória, no centro da África […] no Egito a água do Nilo alcançava o nível mais bai-
xo de abril a junho. já em julho o nível subia e a inundação começava normalmente em
agosto, cobrindo a maior parte do vale desde aproximadamente meados de agosto até o
final de setembro, lavando os sais do chão e depositando um estrato de sedimentos que
crescia a um ritmo de vários centímetros por século. depois que o nível da água baixava,
eram semeados os plantios principais em outubro e novembro, que, segundo a espécie,
amadureciam de janeiro a abril.”
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Obrigado!
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WEB
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Babilônia: A mesopotâmia e o nascimento da civilização
Autor: Paul Kriwaczek
Editora: Zahar
Edição: 1ª
Sinopse: Em Babilônia, Paul Kriwaczek conta a história da antiga
Mesopotâmia, desde as primeiras povoações, em torno de 5400
a.C., até a chegada dos persas no século VI a.C. O autor faz a
crônica da ascensão e queda do reino babilônico durante esse
período e analisa suas numerosas inovações materiais, sociais e
culturais. O povo da Mesopotâmia lançou as bases do que hoje
conhecemos como civilização – com o nascimento da escrita, do
estado centralizado, da divisão do trabalho, da religião organizada,
da matemática e da lei, entre muitas outras coisas fundamentais
que nos servem até hoje. Nas cidades que construíram se desen-
rolou metade da história humana. No cerne da magistral narrativa
de Kriwaczek está a glória da Babilônia ― “o portal dos deuses”
―, que teve seu apogeu no reinado do soberano amorita Hamurá-
bi, que unificou a cidade entre 1800 e 1750 a.C. Embora o poder
babilônico viesse a crescer e depois declinar nos séculos seguin-
tes, a Babilônia preservou sua importância como centro cultural,
religioso e político por mais de 4 mil anos.
LIVRO 2
Título: A mesopotâmia
Autor: Marcelo Rede
Editora: Saraiva
Sinopse: Utilizando documentos escritos e arqueológicos, o reno-
mado professor Marcelo Rede reconstrói a trajetória e o cotidiano
dos povos da antiga Mesopotâmia. O mundo dos sumérios, babi-
lônios e assírios revela-se ao leitor, que acompanha a formação
social e econômica, as relações políticas, a cultura e o modo de
vida desses povos, num texto fascinante e acessível.
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LIVRO 3
Título: História do Egito Antigo
Autor: Nicolas Grimal
Editora: Forense Uni Profissional
Edição: 1ª
Sinopse: Escrever uma História do Egito dos faraós não apresen-
ta mais, nos nossos dias, o aspecto aventureiro que tal tentativa
ainda conservava na virada do século XX. Diante dos progressos
técnicos, novos métodos de trabalho provocaram a mudança do
pensamento dos pesquisadores, e surgiu a ideia de que um caco
de cerâmica pode ter um peso tão grande no entender um fato
quanto um grão de pólen ou um fragmento de papiro. A partir desta
multiplicação das fontes, o historiador vê-se obrigado a abrir seu
método a diversas disciplinas.
FILME / VÍDEO
Título: Babilônia - Passado, Presente e Futuro
Ano: 1996
Diretor: Linda Scobee
Roteirista: Linda Scobee
Sinopse: A história e as profecias bíblicas apresentam a Babi-
lônia como uma potência social, econômica e religiosa. A Bíblia
apresenta a Babilônia como uma mulher cavalgando uma besta
com 7 cabeças e 10 chifres. A Babilônia tem fascinado incontáveis
pessoas através dos séculos e sua história é importante para os
cristãos, hoje. Descubra o fio que liga o presente ao passado da
Babilônia.
FILME / VÍDEO 2
Título: As 10 Maiores Descobertas Do Egito Antigo
Ano: 2007
Diretor: Ben Mole
Sinopse: Durante mais de 200 anos, o Egito abrigou os maiores
descobrimentos do mundo. O Egito na História é um especial de
90 minutos que transporta os telespectadores até o mundo da ar-
queologia moderna e das análises científicas para descobrir seus
incríveis e inexplorados segredos. Acompanhado por uma equipe
de importantes cientistas, o prestigiado arqueólogo Zahi Hawass
viaja por todo o país, guiando os telespectadores pelas histórias
de dez importantes descobrimentos: desde o barco solar de Khufu
até o Obelisco inacabado. Juntamente com estas construções im-
pressionantes, as batalhas, a religião e a magia revelam exóticas e
complexas histórias sobre a vida de reis, rainhas e de milhares de
egípcios comuns, decifrando suas extraordinárias conquistas. Ao
longo desta jornada, os especialistas do programa descobrem as
pessoas que desenvolveram grande parte da arquitetura, crenças
e disciplinas que regulam o mundo moderno
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FILME / VÍDEO
Título: Os Grandes Egípcios
Ano: 1998
Diretor: Peter Spry-Leverton
Sinopse: Exibida pelo Discovery Civilization, do Discovery Channel,
a série documental Os Grandes Egípcios, narrada pelo egiptólogo
Bob Brier, desvenda mistérios e esclarece equívocos, apontando
novas descobertas sobre a verdadeira história das personalidades
mais notáveis do Antigo Egito. Dividida em 6 Episódios:
1º E.: Rei das Pirâmides (King of the Pyramids): Sneferu, cujo nome
não é amplamente reconhecido, mas a contribuição para a cultura
egípcia e mundial é a mais duradoura, foi o faraó que deu ao mundo
as pirâmides. O egiptólogo Bob Brier mostra como essas grandes rea-
lizações arquitetônicas foram construídas e que obstáculos tiveram
de ser superados para tal feito. Abordando segredos e discussões
acerca dos simbolismos desses magníficos monumentos em uma
visita dentro de uma das pirâmides do Sneferu para explorar seus
conceitos, agitando história. 2º E.: A Verdadeira Cleópatra (The Real
Cleópatra): Como uma grega, sem uma gota de sangue egípcio, se
tornou um dos mais importantes egípcios de todos os tempos? Uma
volta a Alexandre, o Grande, que estabeleceu a dinastia ptolomaica
do Egito, onde Cleópatra nasceu. Explorando a verdadeira fonte do
poder sedutor e inteligência dessa grande mulher, simbolizada pela
restauração de sua magnífica biblioteca de Alexandria. Seu papel
como governante, mãe e consorte são examinados, revelando uma
mulher muito diferente de sua reputação como cruel e promíscua.
Revivendo seus finais, dramáticos dias após a derrota de Marco
Antônio, em Actium, e descobrindo sua influência duradoura sobre
o Império Romano. 3º E.: O Mistério de Tutankamon (The Mystery
of Tutankhamen): O nome do faraó mais famoso que a rei Tut, o
garoto rei, que só viveu até os 20 anos de idade. Os tesouros de
seu túmulo foram exibidos em todo o mundo. O egiptólogo Bob Brier
investiga o mistério que envolve a morte prematura do jovem rei. Ele
foi vítima de uma trama de assassinato? E o que dizer da misteriosa
morte de sua jovem viúva e o rei hitita, a quem posteriormente se
tornou noivo? Sua história é contada por meio de dramatizações. 4º
E.: A Rainha que foi Rei (The Queen who Would be King): Primeira
e única mulher a se tornar faraó, posição mais poderosa no Egito
Antigo, dominada apenas por homens através da sucessão heredi-
tária. Hatshepsut (c. 1479 a.C. - 1458 a.C.), da XVIII Dinastia, após a
morte de seu pai, Tutmés I, se casou, aos 12 anos de idade, com seu
meio-irmão, Tutmés II; seguindo um costume que existia no Antigo
Egito, em que membros da família real deveriam casar entre si. Após
Tutmés II falecer, segundo a hierarquia egípcia, apenas seu filho
poderia sucedê-lo, no caso, Tutmés III, gerado com uma de suas
concubinas. Como o sucessor ainda era uma criança, Hatshepsut,
em uma atitude ousada e inédita, assume o poder. Anos após a
sua posse decide ser faraó e governar em seu direito até o fim de
sua vida. Seu reinado durou cerca de vinte anos, sendo um dos
mais prósperos. O egiptólogo Bob Brier explica porque a soberana
rainha-faraó teve sua história vinda à tona apenas recentemente,
expondo uma conspiração que tentou apagar das gerações futuras
sua notável existência. 5º E.: Akhenaton - O Faraó Rebelde (Akhe-
naton - The Rebel Pharaoh): O faraó mais radical da história egípcia,
Akhenaten, era um visionário e revolucionário. Nascido Amenhotep
IV, mudou seu nome para Akhenaton para refletir sua crença em
Aten, como um deus monoteísta, rejeitando a tradição politeísta do
Egito. Também foi um artista, que rompeu com as formas de arte do
passado, criando esculturas e pinturas estilizadas.6º E.: Ramsés, O
Grande (Ramses the Great): Ramsés, o faraó que ficou conhecido
por sua longevidade, governou o Egito por 67 anos. Mas fez muito
mais do que sentar-se no trono há mais de seis décadas e gerar
mais de 200 crianças. Algumas das grandes realizações arquitetô-
nicas do Egito eram a visão de Ramsés. Um guerreiro de renome,
exemplificado pela derrota das forças hititas superiores, em Cades.
Mas há uma derrota pela qual é lembrado, evidências históricas e
arqueológicas apontam que Ramsés perdeu a batalha com Moisés,
liderado pelo Deus dos israelitas.
UNIDADE II
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UNIDADE III
O Mundo Grego
Professor Esp. Cleber Henrique Sanitá Kojo
Plano de Estudo:
● A Grécia;
● A Grécia Antiga.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conhecer a Grécia Antiga;
● Conhecer os períodos da história grega: Pré-Homérico;
● Conhecer os períodos da história grega: Homérico;
● Conhecer os períodos da história grega: Arcaico;
● Conhecer os períodos da história grega: Clássico;
● Conhecer os períodos da história grega: Helenístico.
45
INTRODUÇÃO
Prezado(a) educando(a), é com muita alegria que iniciamos uma nova etapa em
nossos estudos. Espero que esteja entusiasmado(a) com tudo que vimos até o momento
em nossa disciplina de História Antiga.
Até agora passamos pela pré-história e seguimos pelas primeiras civilizações da
antiguidade, percebendo que todas eram de origem ribeirinha, desde os judeus, chineses,
mesopotâmicos e egípcios.
A partir de agora iniciamos uma nova viagem histórica, começando os estudos
com os povos que são considerados o berço de nossa civilização atual. Vale ressaltar que,
nesse caminho repleto de conhecimento, vamos saborear poemas que narram a história
da primeira civilização que vamos estudar, ou seja, a grande Grécia Antiga. Talvez você se
pergunte quais são esses poemas e qual sua importância. Espero que você compreenda o
desenrolar dessas civilizações e seu desenvolvimento ribeirinho.
Iniciaremos uma jornada nessa maravilhosa civilização, conhecendo os períodos que a
formaram, desde o período Homérico até o período de dominação macedônica, ou seja, o hele-
nístico, que traz um dos personagens mais importantes da história, chamado de “O Grande”.
Nessa unidade vamos saborear a importância da democracia grega e comparar ao
nosso dia-a-dia. Vamos entender que muita coisa que fazemos hoje, que faz parte de nossa
civilização, teve origem nesse povo repleto de história. Abordaremos um pouco de sua
sociedade, economia e cultura, trazendo os principais conflitos desse povo e seu resultado.
Por fim, desejo que esta unidade possa fortalecer seu desenvolvimento educacional
e que você entenda tudo que nos cerca em relação à sociedade e cultura, pois é de extrema
importância a relação do ontem e o hoje.
No entanto, você pode se perguntar onde encontrar fontes históricas datadas para
contar, descrever e desvendar a história dos gregos. Mesmo com a exemplificação de Fu-
nari (2002) sobre a origem dos gregos desde a pré-história, devemos buscar outras fontes
que narram o legado desse povo. Assim, podemos construir a história do mundo grego.
Mas quais são essas fontes? Temos grandes achados arqueológicos em particular
que narram a origem do mundo grego. Para ser exato, duas obras magníficas, atribuídas
ao poeta Homero, a Ilíada e a Odisséia. O poema Ilíada vem da palavra Ilion, que significa
Tróia no vocabulário grego, ou seja, narra a guerra de Tróia. Já a Odisseia vem de Ulisses,
também conhecido como Odisseu, e narra o retorno para casa do herói da guerra de Tróia.
Mas o que podemos tirar de história dos poemas Ilíada e Odisseia? Através delas podemos
entender toda a história inicial dos gregos, desde suas vestes, alimentação, cultura, socie-
dade entre outros.
Podemos afirmar que a importância dos poemas foi de uma imensidão para a
história dos gregos, por isso, para facilitar o estudo do mundo grego, utiliza-se o poeta Ho-
mero como o marco inicial para o aprendizado de sua história. Com isso, temos, então, os
períodos históricos marcados como: Pré-homérico, Homérico, Arcaico, Clássico e o período
de dominação Macedônica, conhecido como Helenístico.
Vamos iniciar nossa viagem sobre o período pré-homérico. Preparado(a)?
Com isso, podemos afirmar que a invasão dória é o marco que separa o Período
Pré-Homérico do Período Homérico.
As invasões Dórias, somadas com a primeira Diáspora grega, fez com que nascesse
uma mistura das contribuições deixadas pela civilização creto-micênica com as indo-europeias
e orientais, nascendo, assim, a Grécia clássica e, com isso, um novo período do mundo grego.
Vale ressaltar que o estudo dessa continuação da história do mundo grego clássico
se dá através dos períodos posteriores ao Pré-homérico. Assim, vamos começar nossa
viagem sobre o período Homérico.
Assim, podemos afirmar que a segunda diáspora grega favoreceu o fim das co-
munidades gentílicas e o início da formação das pólis gregas, ou seja, o surgimento das
cidades-estados que nortearam o período Arcaico que estudaremos a seguir.
No entanto, sua ação não acabou com o domínio econômico da aristocracia, que
continuou dominando a vida política de Atenas. Com isso, temos um novo legislador, cha-
mado de Sólon, que tentou amenizar os ânimos.
Para facilitar sua compreensão sobre os legisladores, elaborei uma tabela explica-
tiva. Observe:
Drácon: Sólon:
● Elaborou o “código de Drácon”, ● Faz reformas importantes em
que organizou e criou a implan- Atenas, entre essas reformas
tação das leis escritas, que até podemos citar o critério
então eram realizadas de manei- censitário para a participação
ra oral, facilitando a manipulação política, ou seja, a participação
pelos eupátridas. Em contraponto política está condicionada ao
às conquistas, os eupátridas ga- grau de riqueza do indivíduo.
rantiam a propriedade privada e ● Decretou também o fim das
sua manutenção, se preciso, atra- hipotecas sobre os pequenos
vés da força. proprietários, ou seja,
● Esse código trouxe também uma teoricamente acabou com a
novidade, que foi o princípio da escravidão por dívidas.
igualdade jurídica. ● Criou também regras para
organizar a política, entre eles
temos:
9 O Bulé, que era o conselho
dos 400.
9 A Eclésia, ou assembleia
popular.
Fonte: o autor.
Podemos dizer que as principais etapas da vida de um grego eram o nascimento, in-
fância, a adolescência, a idade adulta, com o casamento, a velhice e a morte. Isto pode
parecer óbvio: todos nascemos, crescemos e morremos! Mas não é nada disso. Embora
falemos em “infância” ou “adolescência”, a maneira de viver essas fases varia, de so-
ciedade a sociedade e de época a época. Na Grécia, os recém-nascidos eram lavados,
com água, vinho ou outro líquido e, em alguns lugares, se fosse menino pendurava-se
um ramo de oliveira, se menina, uma fita de lã. Os meninos eram apresentados à frátria
(o conjunto de todos os familiares). Por ocasião dos nascimentos, as famílias abastadas
faziam festas, as pobres contentavam-se apenas em dar nome à criança, sempre se-
gundo a fórmula “fulano, filho de cicrano”: “Mégacles, filho de Hipócrates”.
REFLITA
Liberdade para participar da vida pública e para refletir sobre o mundo, para flanar, para
dedicar-se a discussões estimulantes. A palavra que os gregos usavam, skholé, originou
“escola” e o nexo entre nossa escola e o ócio grego está, justamente, nessa oportunidade
de se refletir, que deveria estar no centro da escola (deveria, pois a palavra escola, hoje,
está longe de significar “espaço de reflexão”, não é?) Para os gregos, essa importância da
oportunidade de reflexão pode ser avaliada por um texto de Aristóteles:
convém considerar que a felicidade não está na posse de muitas coisas, mas no estado
em que a alma se encontra. Poder-se-ia dizer que é feliz não um corpo com uma bela
roupa, mas aquele que é saudável e está em bom estado, ainda que despido. Da mesma
forma, a uma alma, se está educada, a tal alma e a tal homem se há de chamar de feliz,
não se ele está com adornos externos, não sendo digno de nada (FUNARI, 2002, p. 51).
Felicidade, eis uma palavra que pouco associamos à escola, mas que estavano centro da
skholé dos antigos.
Caro(a) acadêmico (a), chegamos ao final da Unidade III, nela contemplamos o berço
de nossa civilização através da viagem sobre a origem dos gregos e suas realizações. Você
consegue se lembrar? Espero que nesse momento do processo de ensino/aprendizagem
você esteja encantado(a) ou fascinado(a), sabendo um pouco mais sobre o mundo grego.
Que bom foi conhecer um pouco dos poemas da Ilíada e da Odisseia e entender
que a história de um povo pode ser contada pela cultura deixada ao longo tempo. En-
tendemos a origem da civilização cretense, passando pela lenda do Minotauro e do rei
Minos, conhecendo um pouco sobre a civilização Micênica e, por fim, chegamos à primeira
diáspora, dispersão dos gregos pelo mundo.
Passamos pelas grandes cidades-estados gregas, conhecendo um pouco sobre
Esparta e Atenas, compreendendo a educação militar de uma e toda política da outra.
Conhecemos os principais legisladores e suas ideias que norteiam nosso código de leis na
atualidade. Você se lembra?
Anseio que o estudo das Guerras Médicas, dos Medos, dos temíveis Persas, tenha
sido surpreendente para você, pois, nessa guerra, conhecemos a união do mundo grego
em torno de um inimigo poderoso. Mas essa união terminou quando conhecemos a guerra
interna do Peloponeso. Você compreendeu como a disputa de poder sobe à cabeça dos
dominantes? Espero que sim.
Por fim, abordamos rapidamente um grande nome da cultura grega, que nos ensi-
nou que o respeito e miscigenação cultural é algo encantador e que pode ser levado até os
dias atuais, em todos os setores de nossa vida.
Enfim, foi gratificante conhecer o mundo grego e toda sua magia e reflexão do
ontem e hoje. Nos vemos na próxima unidade.
Obrigado!
LIVRO
Título: Grécia e Roma
Autor: Pedro Paulo Funari
Editora: Contexto
Edição: 6ª
Sinopse: Qual o sentido de estudarmos a Antiguidade em pleno
século XXI? O que a cultura clássica tem a ver com a gente? A res-
posta reside no fato de a Antiguidade estar muito presente no nosso
cotidiano: no Direito, na estrutura de pensamento dos intelectuais
modernos, na estética, na língua, na política. Enfim, culturas, que
poderiam estar circunscritas a uma época longínqua, atravessaram
séculos, forneceram subsídios e matéria-prima para tantas outras
culturas. O historiador e arqueólogo Pedro Paulo Funari nos brinda
com um painel amplo, instigante e claro dos principais temas das
civilizações clássicas, da mitologia grega à escravidão, das formas
de pensar as relações homem-mulher às estruturas políticas,
das manifestações artísticas aos espetáculos de violência, das
primeiras colônias gregas ao surgimento do cristianismo. Sendo o
passado dos antigos gregos e romanos componentes inevitáveis
de nossas instituições, valores e padrões atuais, a leitura deste
livro é fundamental para todos os que pretendem se situar como
membros da comunidade humana.
LIVRO 2
Título: Grécia Antiga: A História Completa - Desde a Idade das
Trevas Grega até o Fim da Antiguidade
Autor: Peter Scott
Editora: Editora Book Brothers
Sinopse: A cultura e os eventos da Grécia foram tão influentes que
têm um efeito significativo sobre as pessoas, em todo o mundo, até
hoje. Os antigos gregos deram origem à democracia, um sistema
político frequentemente usado e considerado por alguns como
a melhor forma de governo. Grandes mentes da Grécia também
fizeram descobertas incríveis e vitais, como o moinho de água, a
geometria e o uso de remédios para curar doenças. Os filósofos
gregos antigos lançaram as bases para todo um novo campo de
pensamento e estudo. A Grécia Antiga ofereceu a fundação dos
Jogos Olímpicos, que ainda acontecem regularmente hoje. Figuras
históricas particularmente famosas como Alexandre, o Grande e
Cleópatra também tiveram laços e papéis durante a história grega,
durante o curso das guerras e expansão do império.
Dada a influência da Grécia Antiga, ao aprender sobre esse tem-
po e lugar, você aprenderá sobre sua história e as origens das
pessoas, lugares e instituições que provavelmente desconhecia.
Começando na Idade das Trevas, este livro o levará a uma jornada
cativante pelas trevas, democracia, descoberta e desenvolvimento
da civilização ocidental.
FILME / VÍDEO
Título: Tróia
Ano: 2004
Diretor: Wolfgang Petersen.
Sinopse: Em 1193 a.C., Paris (Orlando Bloom) é um príncipe que
provoca uma guerra da Messência contra Tróia, ao afastar Helena
(Diane Kruger) de seu marido, Menelaus (Brendan Gleeson). Tem
início, então, uma sangrenta batalha, que dura mais de uma déca-
da. A esperança do Priam (Peter O’Toole), rei de Tróia, em vencer
a guerra está nas mãos de Aquiles (Brad Pitt), o maior herói da
Grécia, e seu filho Hector (Eric Bana).
FILME / VÍDEO 2
Título: 300
Ano: 2006
Diretor: Zack Snyder
Sinopse: 300 é um relato sangrento da Batalha das Termópilas,
da Antiguidade, na qual o Rei Leônidas (Gerard Butler) e mais
299 espartanos (300, no total) lutaram contra Xerxes (Rodrigo
Santoro) e seu numeroso exército persa. Enfrentando dificuldades
insuperáveis, o sacrifício desses homens levou toda a Grécia a se
unir contra o inimigo persa, traçando um marco no caminho para a
democracia. Inspirada pela obra de Frank Miller, criador da graphic
novel Sin City, o filme é uma aventura épica, que fala de paixão,
coragem, liberdade e sacrifício, incorporados pelos guerreiros
espartanos que lutaram em uma das maiores batalhas da história.
Plano de Estudo:
● A Roma Antiga;
● A Monarquia Romana;
● A República Romana;
● O Império Romano.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conhecer a Roma Antiga;
● Conhecer os períodos da história romana: Monarquia;
● Conhecer os períodos da história romana: República;
● Conhecer os períodos da história romana: Monarquia.
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INTRODUÇÃO
Com a decadência da Grécia antiga temos o aparecimento dos romanos que eram
herdeiros diretos da cultura helenística, construíram, através de sua história, um estado
autoritário, dominante, centralizador e fascinante. Vamos, a partir desse momento, viajar
nessa civilização considerada berço de nossa história. Está preparado(a)?
Para iniciar nossos estudos, vamos nos voltar à questão geográfica de Roma, pois é
favorecida por regiões territoriais cercadas pelo mar Mediterrâneo. Vale destacar que Roma
surgiu na planície central da península Ática, chamada de Lácio e toda essa conjuntura
geográfica facilitou a expansão romana que vamos estudar. Suas conquistas são imensas
e, por isso, temos alguns termos para explicar sobre essa magnífica civilização.
O primeiro é o termo “mare nostrum” ou nosso mar e também o termo que diz que
“todos os caminhos levam a Roma”. Mas como surgiu Roma? Alguns historiadores, como
Block (1970), Funari (2002) e Pinsk (2012), afirmam que Roma nasceu da união de sete
aldeias de pastores de origem etrusca, um povo latino. No entanto vamos nos atentar,
nesse momento, à origem lendária de Roma, ou seja, vamos debater a lenda que aparece
na obra chamada Eneida, do poeta Virgílio, a famosa lenda de Rômulo e Remo.
Conta a lenda que o deus da guerra, Marte, desceu à Terra e se apaixonou por uma
mulher de nome Réia Sílvia, filha do rei Numitor. Este foi destronado pelo seu irmão Amúlio,
que obrigou sua sobrinha a se tornar uma sacerdotisa. O fruto da relação entre o deus Marte
e Réia Sílvia foi a gravidez de gêmeos, os bebês Rômulo e Remo. Assim, para proteger
Funari (2002) também aponta para outras fontes que podem demonstrar o surgi-
mento de Roma, sejam objetos, pinturas, moedas, esculturas entre outras. Esse é o papel
da arqueologia, que fornece a descoberta de fontes históricas, ajudando o historiador na
construção de seu trabalho.
Podemos afirmar que estudos arqueológicos apontam construções e outros vestí-
gios, que fazem com que a lenda e a formação histórica se encontrem. Pois a lenda afirma
que o primeiro rei foi Rômulo e a história inicial de Roma aponta sete reis, sendo o primeiro
um etrusco, chamado Rômulo. Observe o que Funari (2002, p. 51) diz sobre isso:
Os arqueólogos encontraram vestígios de cabanas dos primeiros moradores
de Roma e alguns aspectos das lendas puderam ser comprovados. Este é o
caso do domínio dos etruscos, um povo que vivia ao norte de Roma, e cuja
influência na cultura romana foi muito grande.
Logo, podemos entender essa junção entre lenda e história. Mas para compreen-
der ou facilitar o estudo da história de Roma, dividiremos em períodos clássicos, para sua
compreensão. Esses períodos são a Monarquia (o início), a República (o auge) e o Império
(a decadência). Assim você compreenderá de maneira mais simples.
Assim que os patrícios tomaram o poder, decidiram dividir entre os mais ricos. Para
isso, deram o nome de República, que tem sua origem na palavra, res + pública, ou seja,
coisa pública, administração do Estado por pessoas contra a monarquia romana, ou ainda
um domínio e controle social e governamental patrício em Roma.
Após a eliminação da figura do rei com o poder centralizado, chegou a hora da divi-
são dos poderes entre os patrícios, gerando o aparecimento de estruturas governamentais,
como as magistraturas, em que os patrícios se organizavam para governar, dividindo em
várias outras categorias. Vamos conhecê-las:
Fonte: o autor.
Essa lei teve importância para os dois lados, tanto patrícios como plebeus. O signi-
ficado para a Plebe era que, a partir daquele momento, as leis escritas garantiriam que não
seriam manipuladas pelos patrícios, os prejudicando. Já para os patrícios significava uma
garantia de seu poder sobre a plebe.
Podemos citar, ainda, a lei chamada de Canuleia, que permitia uma espécie de
igualdade entre patrícios e plebeus, pois essa leia suspendeu a proibição do casamento
entre eles, ou seja, essa lei permitiu o casamento entre patrícios e plebeus.
Uma grande conquista da plebe foi a lei Licínia, que garantiu que um dos cônsules
fosse plebeu, além do fim da escravidão por dívidas e também o chamado ager publicus,
ou seja, garantia a posse das terras conquistadas do estado para a plebe.
Enfim, podemos afirmar que esses direitos da plebe, aliados à ideia de conquista
patrícia, promoveu a expansão da república romana, nascendo, assim, o que chamamos de
SPQR (Senatus Populusque Romantis), ou seja, o senado e o povo romano. A expansão
romana tornou-se a maior fonte de renda da república, pois ali se conseguia mão de obra
escrava para os patrícios e terras agricultáveis.
Então, os romanos partem em direção aos povos vizinhos, os conquistando ou rea-
lizando alianças, fornecendo títulos de cidadão romano. Vale ressaltar que a vitória sobre
os gauleses garantiu todo o domínio da região da península itálica e partiram, então, para
região da Sicília, expondo a força do exército romano.
Durante essa expansão territorial republicana, vamos ter o conflito com uma cidade
rica e com um comércio muito forte, promovendo uma famosa guerra conhecida como
Guerra Púnica, pois todo patrício sonhava com o domínio da famosa cidade de Cartago.
SAIBA MAIS
Dentre a revolta de escravos mais famosa, podemos citar a rebelião liderada por Spar-
tacus, um simples agricultor que nasceu na Trácia. Ele foi capturado por romanos e
vendido como escravo, na cidade de Cápua, a um treinador de Gladiadores chamado de
Batiatus. Este forneceu todo o aparato a Spartacus, que se tornou famoso e respeitado
entre todos os escravos gladiadores.
Spartacus rebelou-se e fugiu com seus companheiros de lutas, iniciando uma revolta
que chegou a ameaçar a unidade romana, pois seu grupo ganhou um enorme número
de escravos que aderiram à luta pela liberdade, chegando ao número de aproximada-
mente 79 mil pessoas.
O fascínio por Spartacus levou à produção de muitos filmes, séries e livros que contam
sua história.
Fonte: o autor.
Para estudar esse período da história romana, vamos dividir o chamado Império
Romano em Alto Império e Baixo Império. Nos prenderemos à chegada de Otávio, ao
auge histórico do Império e à decadência que levou ao final da história da Roma antiga.
O império romano tinha duas bases principais, a escravidão e os impostos. Vale
ressaltar que toda economia romana dependia do trabalho escravo, desde a força braçal
cotidiana, até a mineração, agricultura entre outros, promovendo a busca constante de
novas terras para suprir toda Roma antiga.
No cenário político tínhamos toda a organização de Roma nas mãos do Imperador,
desde as funções executivas, legislativas e judiciárias, até mesmo o domínio do exército
romano e a política externa. Vale ressaltar que essa centralização política provocou enor-
mes conflitos com o senado e fortaleceu o poder do Imperador, que, por sua vez, procurou
aumentar cada vez mais o número de soldados no exército criando as chamadas Legiões.
As legiões cuidavam das fronteiras romanas para evitar as invasões dos povos
bárbaros. Destacamos ainda que Otávio Augustus foi o primeiro governante de Roma a
criar um poderio de elite dentro do exército, chamado de Guarda Pretoriana, que cuidava
especialmente da proteção do Imperador e dos casos principais de Roma.
REFLITA
“Se concentras teus esforços no presente, seguindo a reta razão seriamente, vigorosa-
mente, calmamente, sem permitir que nada mais te distraia e mantendo puro seu gênio
interior, como se tivesses de devolvê-lo imediatamente; se te aplicares a isso, nada
esperando, nada temendo e satisfeito com sua atividade presente conforme à natureza
e com uma verdade heroica em cada palavra e manifestação, viverás feliz. E ninguém
será capaz de impedir isso” (AURÉLIO, 2019, p. 77, tradução nossa).
Muito obrigado!
Spartacus foi o líder de uma revolta de escravos que ameaçou a unidade política da
Roma Antiga, que é apresentada em um número de séries variadas que você pode encon-
trar em todo o mundo virtual em diferentes anos. Para desmistificar a mitologia criada em
sua figura, indicamos a tese de doutorado em história social de Neemias Oliveira da Silva,
publicada em 2018, que se encontra neste link: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/21104
LIVRO
Título: Os portões de Roma (Vol. 1 O imperador)
Autor: Conn Iggulden
Editora: Record
Edição: 18ª
Sinopse: O primeiro volume da trilogia O imperador. Em sua es-
treia na literatura, Conn Iggulden captura a essência de uma terra,
um povo, uma lenda. O imperador — Os portões de Roma trazem
à vida uma das mais fascinantes eras da história da humanidade.
Neste impressionante romance histórico, Iggulden é o guia de
uma empolgante viagem pela Antiga Roma, um reino de tiranos e
escravos, de sórdidas intrigas e paixões avassaladoras. Uma saga
que está para Roma como a série Ramsés para o Antigo Egito.
Primeiro título da trilogia O imperador, sobre a vida de Júlio César
e livro que o prestigiado Bernard Cornwell (autor das trilogias
Crônicas de Arthur e Em busca do Graal) expressou o desejo de
ter escrito. O mais lendário de todos os monarcas, figura dominan-
te dos últimos anos da república romana, Júlio César ascendeu
de chefe político a chefe militar, e de chefe militar a ditador. Para
contar essa história, o inglês Iggulden acompanha a trajetória de
dois jovens, criados como irmãos, embora um deles seja ilegítimo,
no colapso da república e ascensão de Julio César. Na luxuriante
península italiana, um novo império está tomando forma. Em seu
coração, a cidade de Roma, um lugar de glória e decadência, be-
leza e sangue derramado. As aventuras e desventuras de Gaius e
Marcus até a vida adulta, seus sonhos de batalhas, fama e glória
a serviço do poderoso império funcionam como um microcosmos
da Antiga Roma. Um é filho de um poderoso senador, nascido num
ambiente de grande privilégio e ambição. Um menino ao qual muito
se dá e muito se espera em retorno. O outro é seu irmão adotivo,
um bastardo de grande força e esperteza, cujo amor pela família
adotiva e principalmente pelo irmão, será a força motriz de toda
sua vida. Conforme os caminhos dos dois se separam e o desejo
por uma bela escrava se interpõe entre os dois, Gaius e Marcus
conhecerão amor, perda e violência. E a terra que tanto amam per-
de a inocência e mergulha num conflito civil que colocará romano
contra romano. E a amizade entre os dois em xeque.
LIVRO 3
Título: Declínio e queda do império romano.
Autor: Edward Gibbon
Tradutor: José Paulo Paes
Editora: Companhia de Bolso
Sinopse: Publicada em seis volumes, entre 1776 e 1778, esta
obra, imediatamente reconhecida como clássica e que se tornaria
a mais famosa da historiografia inglesa, abrange três grandes
períodos: da época de Trajano e dos Antoninos (c. 100 d.C.) à
extinção do império romano do Ocidente, com a conquista de
Roma por Alarico em 410; do reinado de Justiniano no Oriente ao
estabelecimento do Sacro Império Germânico por Carlos Magno;
e, por fim, do renascimento do império no Ocidente à tomada de
Constantinopla. Abreviada e editada pelo renomado especialista
Dero A. Saunders, esta edição aborda principalmente o período
inicial, o do progressivo enfraquecimento do império romano no
Ocidente. Com isso, o leitor brasileiro tem a oportunidade de
acompanhar, na prosa cadenciada de um dos maiores estilistas
da literatura inglesa, o “triunfo da barbárie e da religião” sobre as
nobres virtudes romanas que Gibbon tanto admirava. E, sempre
presente neste modelo de narrativa histórica, a irresistível ironia de
Gibbon, exemplificada em sua famosa definição da história como
“pouco mais do que o registro dos crimes, loucuras e desventuras
da humanidade”.
FILME / VÍDEO 3
Título: Pompeia
Ano: 2014
Diretor: Paul W. S. Anderson
Sinopse: Milo é um escravo que se tornou um gladiador e se en-
contra em uma corrida contra o tempo. Após a erupção do Monte
Vesúvio, ele precisa salvar seu grande amor, a bela Cassia, filha
de um rico comerciante e que foi prometida a um corrupto senador
romano, em meio a destruição da cidade.
ARAÚJO, E. Escrito para a eternidade. A literatura no Egito faraônico. Brasília: UnB, 2000.
ARRUDA, J. J. A. História antiga e medieval. 16. ed. São Paulo: Editora Ática, 1993.
BERUTTI; FARIA; MARQUES. História moderna através de textos. São Paulo. Editora
Contexto, 2001.
DOBERSTEIN, A. W. O Egito antigo. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2010. Disponível em: http://
www.pucrs.br/edipucrs/oegitoantigo.pdf.
FAULKNER, R. O. Encantamento, 252 dos Textos das Pirâmides. The Ancient Egyptian
Pyramid Texts. Warminster: Arris & Phillips, 1969.
87
FUNARI, P. P. A Antiguidade Clássica, História e cultura a partir dos documentos. Campinas:
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KEMP, B. Old Kingdom, Middle Kingdom and Second Intermediate Period c. 2686-1552
b.C. In: TRIGGER, B.; KEMP, B.; O’CONNOR, D.; LLOYD, A. Ancient Egypt: a social history.
Cambridge: Cambridge University Press, 2003.
MÁLEK, J. The Old Kingdom (c.2686-2160 BC). In: SHAW, I. The Oxford History of Ancient
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PINSK, J. 100 textos de história antiga. 10 ed. São Paulo: Contexto, 2012.
SILVA, L. P. da. Antiguidade clássica: grécia, roma e seus reflexos nos dias atuais. Curitiba:
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SILVA, N. O. da. Os mitos de Espártaco. 2018. 171 f. Tese (Doutorado em História) - Ponti-
fícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2018.
Prezado(a) aluno(a),
90
militar de uma e toda política da outra. Conhecemos os principais legisladores e suas ideias
que norteiam nosso código de leis na atualidade. Você se lembra? Apontamos também as
Guerras Médicas, dos Medos, dos temíveis Persas e a guerra interna do Peloponeso.
A Unidade IV foi uma jornada pela Roma antiga. Apresentei os períodos que a
formaram, desde a Monarquia romana, passando pela República e concluindo com o Im-
pério, ou seja, nossa viagem parte do início, auge e decadência de Roma. Passamos pelas
origens lendárias e históricas de Roma, você se lembra dos irmãos Rômulo e Remo?
Deciframos a divisão de classes em Roma e a origem do poder da República Romana
que é o berço de nossa civilização. Você conheceu o conflito que ameaçou a unidade romana
contra Cartago, uma guerra cheia de táticas inovadores e surpreendentes para a história. Vale
ressaltar que terminamos nossos estudos através do Império romano até sua decadência.
Por fim, desejo que este material tenha sido de grande aproveitamento em seu
estudo e que tenha ajudado a fortalecer seu desenvolvimento educacional e entender tudo
que nos cerca em relação à sociedade e à cultura, além da relação do ontem e do hoje.
A partir de agora acredito que você já está preparado(a) para seguir em frente,
desenvolvendo ainda mais suas habilidades históricas. Te desejo todo o sucesso do mundo
em seu futuro próximo e que possa realizar a diferença na história.
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EduFatecie
E D I T O R A