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HISTÓRIA E CONCEITOS DE
SAÚDE PÚBLICA
Mariana da Silva Castro Vianna
Londrina
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
2020
2
© 2020 por Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Presidente
Rodrigo Galindo
Conselho Acadêmico
Carlos Roberto Pagani Junior
Camila Braga de Oliveira Higa
Carolina Yaly
Giani Vendramel de Oliveira
Henrique Salustiano Silva
Juliana Caramigo Gennarini
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Coordenador
Camila Braga de Oliveira Higa
Revisor
Danielle Leite de Lemos Oliveira
Editorial
Alessandra Cristina Fahl
Beatriz Meloni Montefusco
Gilvânia Honório dos Santos
Mariana de Campos Barroso
Paola Andressa Machado Leal
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
__________________________________________________________________________________________
Vianna, Mariana da Silva Castro
V617h História e conceitos de saúde pública/ Mariana da Silva
Castro Vianna, – Londrina: Editora e Distribuidora
Educacional S.A., 2020.
47 p.
ISBN 978-65-5903-082-8
CDD 341.76
____________________________________________________________________________________________
Raquel Torres – CRB 6/2786
2020
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
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HISTÓRIA E CONCEITOS DE SAÚDE PÚBLICA
SUMÁRIO
Do Brasil Colônia à Primeira República_______________________________ 05
4
Do Brasil Colônia à Primeira
República
Autoria: Mariana S. C. Vianna
Leitura crítica: Danielle Leite de Lemos Oliveira
Objetivos
• Conhecer os principais aspectos do cuidado à saúde
no Brasil, desde o início da colonização portuguesa.
5
1. Brasil Colônia – 1500 a 1808
Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles
a nós, seriam logo cristãos, porque eles, segundo parece, não têm, nem
entendem em nenhuma crença.(…) Pelo sertão nos pareceu, vista do mar,
muito grande, porque, a estender olhos, não podíamos ver senão terra
com arvoredos, que nos parecia muito longa. (…) Porém, o melhor fruto,
que nela se pode fazer, me parece que será salvar esta gente. E esta deve
ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. (BRASIL, 1500,
p. 14)
6
populares e religiosas, próprias ao pouco conhecimento científico
existente à época (GURGEL, 2009).
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Desembarque_de_Pedro_%C3%81lvares_
Cabral_em_Porto_Seguro_em_1500_by_Oscar_Pereira_da_Silva_(1865%E2%80%931939).jpg.
Acesso em: 7 jan. 2021.
7
nativas para permitir o avanço das lavouras de cana de açúcar. De
acordo com Gurgel (2009), menos de 100 anos após a chegada de Cabral
ao Brasil, a tribo que o recebeu em Porto Seguro já não existia mais.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:N%C3%A8gres_a_fond_de_Calle.jpg.
Acesso em: 7 jan. 2021.
8
2018). A influência da Igreja Católica, também, pautava o cuidado aos
doentes, como uma forma de se praticar a caridade pregada por Cristo.
9
2. Brasil Imperial – 1808 a 1888
10
pela cultura do café, surgiram os hospitais de isolamento e a Junta
Central de Higiene Pública. Apesar das técnicas de higiene recentemente
propagadas, como isolar os doentes e queimar suas roupas para que se
evitasse a propagação de doenças, o resultado das medidas de controle
e tratamento das principais doenças presentes no século XIX não foi de
sucesso. Os hospitais de isolamento serviram para segregar e isolar os
doentes, excluindo-os da sociedade. Assim, segundo Gurgel et al. (2011),
a falta de conhecimento sobre o agente etiológico das doenças e formas
de transmissão não permitia um tratamento adequado dos doentes.
11
para a introdução dessa ciência no Brasil, influenciando na tomada
de decisões sanitárias diante das epidemias que ainda castigavam a
população entre o final do século XIX e começo do século XX. À frente
desses serviços destacam-se Emílio Ribas como diretor do Serviço
Sanitário e Adolpho Lutz, como diretor do Instituto Bacteriológico. Eles
contribuíam, também, nomes como Arnaldo Vieira de Carvalho (diretor
do Instituto Vacinogênico), Vital Brazil (diretor do Instituto Butantan) e
Victor Godinho (diretor da Revista Médica de São Paulo), que, juntos,
foram responsáveis por modernizar o saber médico da época, além
de coordenarem pesquisas importantes na área da saúde, como
no desenvolvimento de soros e vacinas e na descoberta de agentes
etiológicos de algumas doenças (ALMEIDA, 2005).
12
3.1 Campanhas sanitárias
13
Durante uma semana, a população protestou com violência e
destruição, protestando contra o autoritarismo do governo. Nesse
contexto, segundo Mourelle (2020), um grupo de políticos e militares
aproveitou a rebelião para uma tentativa de golpe de estado, buscando
depor o presidente Rodrigues Alves. Os confrontos só tiveram fim após
tropas da Marinha bombardearem o local onde os rebeldes estavam
entrincheirados (ESCOREL; TEIXEIRA, 2012).
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5b/Guerra_Vaccino-
Obrigateza%21.jpg. Acesso em: 7 jan. 2021.
14
A exemplo do que ocorreu no Rio de Janeiro, as ações de saúde
desenvolvidas pelo Estado foram concentradas nas grandes cidades,
locais de maior aglomeração urbana. A partir de 1910, diversas
expedições para o interior do Brasil foram realizadas, organizadas pelo
então Instituto Oswaldo Cruz, com o objetivo de retratar a saúde dos
brasileiros. Segundo Tamano (2017), Arthur Neiva e Belisário Penna
se destacaram no retrato dessa situação, descrevendo, em 1912, as
condições médico-sanitárias e sociais a que a população brasileira
estava exposta no interior do país.
15
a diminuição da mortalidade infantil, controle da doença de Chagas
e combate a algumas doenças. Ademais, o DNSP também ampliou
a produção de soros, vacinas e de medicamentos para combate das
epidemias da época e passou a elaborar estatísticas demográficas e
sanitárias em nível nacional (ESCOREL; TEIXEIRA, 2012).
Fonte: https://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,66-dias-de-terror-e-morte-na-luta-de-
sp-contra-a-gripe-espanhola,70003311085,0.htm. Acesso em: 7 jan. 2021.
16
descrito todo o ciclo da doença – desde o seu agente etiológico, ciclo
evolutivo, vetores e a própria doença.
17
do estado, segundo Mascarenhas (2006), Paula Souza criou o primeiro
Centro de Saúde do Brasil, com atividades de promoção e proteção à
saúde.
18
sua população. Enquanto colônia, o papel de Estado cabia à Coroa
Portuguesa. Já para os que viviam em solo brasileiro, a raça e status
social seriam importantes determinantes para o tipo de cuidado à saúde
que teriam acesso. O conhecimento popular, principalmente a sabedoria
indígena sobre plantas e ervas medicinais, seria a base da prática da
medicina nesses séculos.
Referências Bibliográficas
ALMEIDA, M. São Paulo na virada do século XX: um laboratório de saúde pública
para o Brasil. Tempo, Rio de Janeiro, n. 19, p. 77-89, 2005. Disponível em: https://
www.scielo.br/pdf/tem/v10n19/v10n19a06.pdf. Acesso em: 15 set. 2020.
BRASIL. Ministério da Cultura. A carta de Pero Vaz de Caminha. Disponível em:
http://objdigital.bn.br/Acervo_Digital/livros_eletronicos/carta.pdf. Acesso em: 18 set.
2020.
CORREIA, L. C. Instituto de Higiene (1918-1929) no estado de São Paulo – a atuação
de Geraldo Horácio de Paula Souza e Mário da Costa Galvão. Cadernos de História
da Ciência, São Paulo, v. 7, n. 1, jan./jun. 2011. Disponível em: http://periodicos.ses.
sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S1809-76342011000100005&lng=pt&nrm=i
so&tlng=pt. Acesso em: 19 set. 2020.
EDLER, F. C. Saúde e Higiene Pública na Ordem Colonial e Joanina.
Arquivo Nacional Brasileiro, 22 fev. 2018. Disponível em: http://
www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/index.php?option=com_
content&view=article&id=5120&Itemid=372. Acesso em: 15 set. 2020.
ESCOREL, S.; TEIXEIRA, L. A. História das Políticas de Saúde no Brasil de 1822 a 1923:
do império ao desenvolvimento populista. In: GIOVANELLA, L. et al. (Orgs.). Políticas
e sistemas de saúde no Brasil. 2. ed. rev. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2012.
FIOCRUZ. Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Dicionário Histórico-
Biográfico das Ciências da Saúde no Brasil (1832-1930), 15 set. 2020. Disponível
19
em: http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/iah/pt/verbetes/stcasarj.htm. Acesso
em: 7 jan. 2021.
GURGEL, C. B. F. M. et al. A Varíola nos tempos de Dom Pedro II. Cadernos de
História da Ciência, São Paulo, v. 7, n. 1, jan./jun. 2011. Disponível em: https://ojs.
butantan.gov.br/index.php/chcib/article/view/152. Acesso em: 15 set. 2020.
GURGEL, C. B. F. M. Índios, jesuítas e bandeirantes: medicinas e doenças no Brasil
dos séculos XVI e XVII. 2009. 194 f. Tese (Doutorado em Clínica Médica) – Faculdade
de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.
MASCARENHAS, R. dos S. História da Saúde Pública no Estado de São Paulo. Revista
Saúde Pública, São Paulo, v. 40, n. 1, p. 3-19, 2006. Disponível em: https://www.
scielo.br/pdf/rsp/v40n1/27108.pdf. Acesso em: 16 set. 2020.
MOURELLE, T. Revolta da vacina. Portal de Estudos do Brasil Republicano, 23 jan.
2020. Disponível em: http://querepublicaeessa.an.gov.br/temas/200-revolta-da-
vacina.html. Acesso em: 7 jan. 2021.
TAMANO, L. T. O. O movimento sanitarista no Brasil: a visão da doença como mal
nacional e a saúde como redentora. Khronos, Revista de História da Ciência, São
Paulo, n. 4, ago. 2017. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/khronos/article/
view/131909. Acesso em: 16 set. 2020.
20
Da Era Vargas à 4ª República –
1930 a 1964
Autoria: Mariana S. C. Vianna
Leitura crítica: Danielle Leite de Lemos Oliveira
Objetivos
• Compreender os principais fatos históricos desse
período.
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1. A Era Vargas – 1930 a 1945
A Era Vargas iniciou em 1930, com uma revolta armada que contestava
os resultados das eleições presidenciais e dava voz a uma insatisfação
política e social com a situação do país da época: com o poder político
das oligarquias brasileiras, com a corrupção, com a crise econômica
mundial de 1929 e com a falta de políticas sociais. Assim, a Era Vargas
encerra o período da Primeira República e dá início a um dos períodos
mais marcantes da história brasileira.
22
dos IAPs permitia a criação de fundos de pensão e aposentadoria, bem
como garantia outros benefícios sociais, entre eles a assistência à saúde.
A ampliação dos IAPs fez surgir uma rede de previdência social, com
contribuição financeira da União, das empresas e dos trabalhadores.
Desse modo, a gestão dos fundos pelo governo federal permitiu a
utilização dos recursos arrecadados para a promoção do processo
de expansão da industrialização nacional. Nesse sentido, empresas
estatais, como a Companhia Siderúrgica Nacional e o Banco do Brasil,
receberam parte dos recursos provenientes dos fundos de pensão para
o financiamento das suas atividades (ESCOREL; TEIXEIRA, 2012).
23
Figura 1 – Obra de Tarsila do Amaral, Os operários–1933
24
demandas do movimento sanitarista do início do século XX, defendido
por nomes como Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, e que reivindicava
centralizar as decisões no campo da saúde em um único órgão para
todo o território nacional (ESCOREL; TEIXEIRA, 2012). Entretanto, poucas
foram as políticas de saúde promovias pelo MESP durante os primeiros
quatro anos do governo de Vargas – o período conhecido como governo
provisório. Foi a partir da gestão de Gustavo Capanema, em julho de
1934, que o MESP passou a alinhar suas ações à política social de Vargas.
Em 1935, as campanhas sanitárias, que haviam sido interrompidas,
foram retomadas, especialmente no combate à febre amarela. Além
disso, segundo Fonseca (1993), foram desenvolvidas políticas de saúde
materno-infantil, com o objetivo de moldar o homem brasileiro (ainda na
infância) para moldar a nação.
25
ampliar as ações e o controle do Ministério da Educação e Saúde em
todo o território nacional.
26
A influência da Fundação Rockfeller na formação de sanitaristas
brasileiros, como Geraldo de Paula Souza e Francisco Borges Vieira,
também fez surgir um novo serviço de saúde – o Centro de Saúde (CS).
De acordo com Mello (2012), criado na Reforma Sanitária paulista de
1925, o CS era o meio para se alcançar a educação sanitária e higienista
tão propagada na época. Visto como um serviço essencialmente
preventivo e educativo, o CS propunha cuidado centrado na família,
dedicação médica integral, cuidado materno-infantil, vacinação,
educação e vigilância sanitária, e visitas domiciliares (MELLO, 2012).
27
Figura 2 – Provável rota de disseminação da febre amarela no Brasil
– 1932 a 1942, Fundação Rockefeller
28
época, necessário para a promoção da industrialização pretendida por
Vargas.
29
Figura 3 – Getúlio Vargas e Franklin Roosevelt, presidente dos
Estados Unidos. Rio de Janeiro, 1936
30
Com o aumento da população urbana brasileira, também, eram
necessárias ações de saúde voltadas ao desenvolvimento urbano e
apoiadas na educação sanitária.
31
Durante o governo de Dutra (1946 – 1951) prevaleceu o “sanitarismo
campanhista” (apoiado em grandes campanhas sanitárias e focado
em problemas de saúde específicos) nas políticas públicas de saúde,
mantendo as campanhas sanitárias da Era Vargas voltadas para doenças
específicas, verticalizadas e centralizadas (ESCOREL; TEIXEIRA, 2012).
Nesse período, também, se acentuaram as discussões a favor da criação
de um ministério da saúde independente (que culminaram com a
separação do Ministério da Saúde da área da educação), além de críticas
às políticas campanhistas – vistas como autoritárias e pouco efetivas
para garantir o desenvolvimento econômico dos principais centros
urbanos (ESCOREL; TEIXEIRA, 2012; REIS, 2015).
32
Após o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, novas eleições presidenciais
foram realizadas em 1955, sendo eleito como presidente Juscelino
Kubitscheck, médico cirurgião e urologista, exercendo seu mandato de
1956 a 1961. De origem pobre do interior de Minas Gerais, Juscelino
marcou a história brasileira pelas ações do seu governo voltadas para o
desenvolvimento econômico do país, com a meta de evoluir “50 anos em
5” e a construção de Brasília. JK, como ficou marcado, defendia a ideia
de que os problemas de saúde do país impediam o desenvolvimento
necessário para a nação.
33
rico” mas que já começavam a aumentar no Brasil, que iniciava uma
mudança no seu perfil epidemiológico. As políticas públicas do governo
de JK na área de saneamento básico e habitação, além de outras
políticas sociais, também deram início a essa mudança.
Fonte: https://www.metropoles.com/conceicao-freitas/e-um-acervo-da-memoria-
brasiliense-mas-e-tambem-uma-historia-de-amor. Acesso em: 7 jan. 2021.
34
uma crise política que o levou a renunciar – e que deu início a outra crise
que culminaria com o golpe de 1964.
35
foram o principal disparador para o golpe de 1964. O crescente
descontentamento de parte da elite brasileira e de investidores
estrangeiros com as ações de João Goulart somou-se à “ameaça
comunista” própria da Guerra Fria, levando o país a um período de
ditadura militar por 21 anos.
4. Considerações finais
Referências Bibliográficas
CAMPOS, A. L. V. Cooperação internacional em saúde: o serviço especial de saúde
pública e seu programa de enfermagem. Ciência & Saúde Coletiva, Niterói, v. 13,
n. 3, p. 879-888, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/csc/v13n3/10.pdf.
Acesso em: 23 set. 2020.
COSTA, Z. G. A. et al. Evolução histórica da vigilância epidemiológica e do controle
da febre amarela no Brasil. Revista Pan-Amazônica de Saúde, v. 2, n. 1, p. 11-26,
2011. Disponível em: http://scielo.iec.gov.br/pdf/rpas/v2n1/v2n1a02.pdf. Acesso em:
26 set. 2020.
ESCOREL, S.; TEIXEIRA, L. A. História das políticas de saúde no Brasil de 1822 a 1963:
do império ao desenvolvimento populista. In: GIOVANELLA, L. et al. (Orgs.). Políticas
e sistemas de saúde no Brasil. 2. ed. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2012.
36
FONSECA, C. M. O. A saúde da criança na política social do primeiro governo Vargas.
PHYSIS – Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 3, n. 2, 1993. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/physis/v3n2/04.pdf. Acesso em: 23 set. 2020.
HOCHMAN, G. O Brasil não é só doença: o programa de saúde pública de Juscelino
Kubitscheck. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 16, supl. 1,
p. 313-331, jul. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/hcsm/v16s1/15.pdf.
Acesso em: 20 set. 2020.
HOCHMAN, G. Reformas, instituições e políticas de saúde no Brasil (1930-1945).
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MELLO, G. A. Pensamento clássico da saúde pública paulista na era dos centros de
saúde e educação sanitária. Revista Saúde Pública, São Paulo. V. 46, n. 4, p. 751-
758, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rsp/v46n4/rv3506.pdf. Acesso
em: 23 set. 2020.
PONTE, C. F. et al. Saúde pública e medicina previdenciária: complementares ou
excludentes? In: PONTE, C. F. (Org.). Na corda bamba de sombrinha: a saúde no fio
da história. Rio de Janeiro: Fiocruz/COC; Fiocruz/EPSJV, 2010. Disponível em: www.
epsjv.fiocruz.br/publicacao/livro/na-corda-bamba-de-sombrinha-a-saude-no-fio-da-
historia. Acesso em: 20 set. 2020.
REIS, J. R. F. “Viver é influenciar”. Mário Magalhães, sanitarismo desenvolvimentista
e o campo intelectual da saúde pública (1940-1960). Tempo Social, São Paulo,
v. 27, n. 2, 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ts/v27n2/1809-4554-
ts-27-02-00279.pdf. Acesso em: 22 set. 2020.
SANTOS, L. A. C.; FARIA, L. O ensino da saúde pública no Brasil: os primeiros tempos
no Rio de Janeiro. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 4 n. 2, p. 291-324,
2006. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/tes/v4n2/05.pdf. Acesso em: 23 set.
2020.
37
Ditadura militar e Reforma
Sanitária Brasileira – 1964 a 1988.
Autoria: Mariana S. C. Vianna
Leitura crítica: Danielle Leite de Lemos Oliveira
Objetivos
• Compreender os principais fatos históricos do
período entre 1964 a 1988.
38
1. Ditadura militar – breve história
Durante os 21 anos de regime militar, o país foi regido por meio dos
Atos Institucionais (AIs) – uma maneira de garantir o poder e centralizar
as decisões no poder executivo, governado por militares. O primeiro
deles, o AI 1, alterava a constituição vigente (de 1946) para que fosse
possível a eleição indireta para presidente, além de cassar mandatos de
políticos de oposição e suspender direitos políticos daqueles que fossem
considerados uma “ameaça comunista”.
39
ao golpe e à política econômica, sobretudo movimentos estudantis
e greves trabalhistas, a resposta militar veio através do AI 5, em
1968, considerado o ato institucional mais severo da ditadura militar:
foram fechados o senado e a assembleia legislativa, com a cassação
dos mandatos parlamentares, houve um endurecimento da censura
e aumento da repressão aos que se opusessem ao regime militar
(ESCOREL, 2012; MEMÓRIAS..., 2020).
Por outro lado, o segundo período foi marcado por atos de extrema
repressão e perseguição política a todos aqueles que eram considerados
contrários ao regime militar. De 1969 a 1979, períodos em que Emílio
Garrastazu Médici (1969-1974) e Ernesto Geisel (1974-1979) assumiram
a presidência, a repressão promovida pelo Estado utilizou “censura,
vigilância, tortura sistemática, prisões ilegais e desaparecimento”
(MEMÓRIAS..., 2020, [s.p.]). O agravamento da crise econômica no início
da década de 1970, divergências entre os militares e o afastamento dos
Estados Unidos (que já não apoiava mais as ditaduras da América do
Sul) foram justificativas para o endurecimento das medidas opressoras
do regime que, embora estivessem enfrentando forte pressão para a
reabertura gradual da democracia, só veio dar sinais dessa mudança
com a revogação do AI 5 em 1978, que entrou em vigor em 1979
(MEMÓRIAS..., 2020). Assim, terminava o período “do terror” e começava
uma lenta e gradual abertura democrática.
40
Figura 1 – Tropas do exército após a publicação do AI 5 – Rio de
Janeiro, 1968
Fonte: http://memorialdademocracia.com.br/card/ai-5-confere-poder-total-aos-
militares#card-84. Acesso em: 7 jan. 2021.
41
assumia a presidência e encerrava o período da ditadura militar no
Brasil.
42
instituição interrompeu pesquisas reconhecidas internacionalmente,
desfez laboratórios e impediu o trabalho de outros profissionais desses
laboratórios. Nesse episódio, acervos e materiais de pesquisa foram
destruídos. De acordo com Lima (2014), o Massacre de Manguinhos,
como ficou conhecido, interrompeu importantes estudos na área da
farmacologia, entomologia, bioquímica e imunização.
Fonte: https://portal.fiocruz.br/noticia/ditadura-regime-instituido-pelo-golpe-deixou-
marcas-no-campo-da-ciencia. Acesso em: 7 jan. 2021.
43
a lógica de assistência à saúde baseada na assistência médica individual
e curativa, através da cobertura previdenciária.
44
Paralelamente ao crescimento desses serviços privados, fraudes ao INPS
e corrupção dos prestadores de serviços de saúde foram frequentes
na ditadura, que forjavam ou adulteravam a prestação de contas
de serviços prestados e criaram, de maneira progressiva, um déficit
orçamentário no fundo da previdência (ESCOREL, 2012). Segundo Paim
(2007), a crise previdenciária resultante desse cenário contribui para que
fossem discutidos e propostos novos modelos de atenção à saúde.
45
Sob esse pano de fundo surgiu o movimento da Reforma Sanitária
Brasileira, onde a repressão política fez surgir novos atores sociais que,
na luta contra a ditadura, começaram a reivindicar a democratização da
saúde (PAIM, 2007).
46
Figura 3 – Comício histórico do movimento “Diretas Já”, que reuniu
mais de 1,5 milhão de pessoas no Vale do Anhangabaú, em São
Paulo – 1984
47
Americana de Saúde (OPAS), promovendo debates sobre o tema em
vários países (ESCOREL, 2012).
48
Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), que ajudaria a ampliar as
discussões e reivindicações desse movimento.
49
com o INAMPS, que passou a financiar serviços de saúde municipais e
estaduais. Com isso, segundo Escorel (2012), dá-se início ao processo de
universalização da assistência à saúde no país.
50
alimentou o desejo popular por reivindicar seus direitos sociais, sendo
a saúde um deles. Nos anos que antecederam à 8ª Conferência foram
realizados vários eventos para discussão e elaboração de uma política
de saúde orientada pela RSB (ESCOREL, 2012; PAIM, 2007). Entre eles, o
V Simpósio sobre a Política Nacional de Saúde, realizado em 1984, e o III
Encontro Municipal do Setor Saúde. As discussões e as propostas desses
eventos serviram de base para a 8ª Conferência e buscaram orientar o
governo de transição e a elaboração do plano de governo de Tancredo
Neves, já eleito indiretamente para a presidência da república.
51
Figura 4 – Registro fotográfico da 8ª Conferência Nacional de Saúde
– Brasília, 1986
Fonte: https://portal.fiocruz.br/noticia/casa-de-oswaldo-cruz-preserva-memoria-da-oitava-
conferencia. Acesso em: 7 jan. 2021.
52
o SUDS permitiu iniciar algumas mudanças no sistema de saúde e
preparando-o para a implantação do SUS e para o fim da INAMPS.
Para consolidar a RSB, Paim (2007, p. 124) cita três “trincheiras de luta”:
a técnico-institucional, onde o SUDS seria um importante ator; a sócio-
comunitária, com o fortalecimento da organização da sociedade civil;
e a legislativo-parlamentar, representada pela assembleia constituinte
e demais assembleias legislativas. Essa última instância, por sua vez,
pode ser representada pela Constituição Federal de 1988, que dedica
cinco artigos para a saúde, formalizando a “saúde como direito de todos
e dever do Estado” (BRASIL, 1988, art. 196), orientando os princípios, o
campo de atuação e a organização do novo sistema de saúde.
3. Considerações finais
53
Referências Bibliográficas
APESAR de você. Compositor: Chico Buarque. São Paulo: Phonogram, 1970.
AROUCA, A. S. da S. O dilema preventivista: contribuição para a compreensão
e crítica da medicina preventiva. 1975. 267 p. Tese (Doutorado em Medicina
Preventiva)–Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas,
Campinas, 1975. Disponível em: https://teses.icict.fiocruz.br/pdf/aroucaass.pdf.
Acesso em: 7 jan. 2021.
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54
Sistema Único de Saúde
Autoria: Mariana S. C. Vianna
Leitura crítica: Danielle Leite de Lemos Oliveira
Objetivos
• Compreender sobre o processo de implantação do
SUS.
55
1. Sistema Único de Saúde (SUS) – um sistema
em construção
A Constituição Federal de 1988, nos seus arts. 196 a 200, define que
saúde é direito de todos e dever do Estado, e estabelece uma rede
regionalizada e hierarquizada de ações e serviços de saúde, que
inseridas em um sistema único de saúde são responsáveis por: controlar
e fiscalizar serviços e artigos relacionados à saúde, executar ações de
vigilância em saúde e ordenar a formação de profissionais da saúde
(BRASIL, 1988). As leis orgânicas da Saúde (LOS), aprovadas dois anos
após a CF, regulamentam e orientam as ações desse sistema de saúde.
56
sistema de saúde realmente apoiado nos princípios e diretrizes que o
orientam.
57
1.1 As normas operacionais
58
contrariando as LOS (LEVCOVITZ; LIMA; MACHADO, 2001). Logo, ela
foi prontamente substituída pela NOB 01/1992, também editada pelo
INAMPS, mas com a participação do Conselho Nacional de Secretários
de Saúde (CONASS) e do Conselho Nacional de Secretários Municipais
de Saúde (CONASEMS) na sua elaboração. No entanto, manteve a
responsabilidade do INAMPS no repasse de recursos financeiros aos
estados e municípios, mantendo a remuneração por procedimento
realizado (produção) e sem garantir a integração dos serviços de
maneira regionalizada, como proposto pela CF e pelas LOS (BRASIL,
2011a; LEVCOVITZ; LIMA; MACHADO, 2001).
59
o repasse financeiro não tenham mudado, mantendo o caráter de
pagamento por procedimento (LEVCOVITZ; LIMA; MACHADO, 2001).
60
MACHADO, 2001), chegando a ser considerada uma norma “natimorta”
por alguns especialistas (CARVALHO, 2001), já que muito da discussão
realizada entre atores como CONASS e CONASEMS foram alteradas por
portarias posteriores.
61
O Plano Diretor de Regionalização (PDR) atribuiu aos estados a
responsabilidade de dividir seus territórios em regiões e microrregiões
de saúde, conforme características sanitárias, epidemiológicas,
geográficas e a rede de assistência disponível. Assim, buscava-
se otimizar os recursos disponíveis para cada região, conforme as
necessidades de cada local (SOUZA, 2001). As negociações e pactuações
(PPI) entre estados e municípios, também sob a responsabilidade dos
estados, complementava o PDR, fortalecendo a capacidade gestora de
cada ator por meio de ações de regulação, controle e avaliação da rede
de serviços disponíveis (BRASIL, 2011a).
62
municípios e governo federal, por meio das CIBs, CITs, CONASEMS
E CONASS foi criado em 2006 o Pacto pela Saúde: um acordo
interfederativo (e não apenas uma norma) dividido em três eixos: Pacto
pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e o Pacto de Gestão (BRASIL, 2011a).
63
financeira do repasse desses recursos continuaram sendo realizadas
pelo Ministério da Saúde (LIMA et al., 2012).
64
SUS. Nesse contexto, dois aspectos marcam esse decreto: os Contratos
de Ação Pública (COAP) e a política das Redes de Atenção à Saúde (RAS).
65
urgências e emergências, rede de atenção psicossocial, rede de cuidados
à pessoa com deficiência e rede de atenção à saúde das pessoas com
doenças crônicas. Com características particulares a cada rede temática
foram pactuadas ações, metas e estratégias de forma compartilhada por
meio das CIBs e CITs (BRASIL, 2014).
66
(por meio das ações de vigilância sanitária e epidemiológica, por
exemplo), por todos os brasileiros.
67
Apesar da histórica conquista social de cidadania garantindo saúde
como um direito de todos e um dever do Estado (BRASIL, 1988), esse
mesmo Estado não tem garantido a “sustentabilidade econômica e
científico-tecnológica do SUS” (PAIM, 2018, p. 1725). Portanto, com um
financiamento insuficiente, fortalecem-se os serviços privados de saúde,
reforçando o ideário de privatização do SUS (PAIM, 2018).
68
projetos tecnoassistenciais, mas de identificar QUEM os construirá e quem
os implementará enquanto um movimento de luta política, de reforma
‘intelectual e moral’.
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