1) O documento descreve a vida e ministério de Ulrico Zuínglio, um dos principais reformadores suíços.
2) Zuínglio começou a pregar contra as falsas doutrinas de Roma e a defender que a Bíblia é a única regra de fé.
3) Ele teve grande sucesso em Zurique ao expor os erros do catolicismo e atrair multidões para ouvir suas pregações bíblicas.
Descrição original:
Título original
Seěrie o Grande Conflito - Tema 6 - O Protesto dos Principes
1) O documento descreve a vida e ministério de Ulrico Zuínglio, um dos principais reformadores suíços.
2) Zuínglio começou a pregar contra as falsas doutrinas de Roma e a defender que a Bíblia é a única regra de fé.
3) Ele teve grande sucesso em Zurique ao expor os erros do catolicismo e atrair multidões para ouvir suas pregações bíblicas.
1) O documento descreve a vida e ministério de Ulrico Zuínglio, um dos principais reformadores suíços.
2) Zuínglio começou a pregar contra as falsas doutrinas de Roma e a defender que a Bíblia é a única regra de fé.
3) Ele teve grande sucesso em Zurique ao expor os erros do catolicismo e atrair multidões para ouvir suas pregações bíblicas.
II Timóteo 4:2-5 Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina. Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si mesmos. Eles se recusarão a dar ouvidos à verdade, voltando-se para os mitos. Você, porém, seja sóbrio em tudo, suporte os sofrimentos, faça a obra de um evangelista, cumpra plenamente o seu ministério. Algumas semanas depois de Lutero nascer na cabana de um mineiro, na Saxônia, Ulrico Zuínglio veio ao mundo na choupana de um pastor de ovelhas em meio aos Alpes. Criado entre as cenas da grandiosidade da natureza, mesmo durante a infância sua mente se impressionava com a majestade de Deus. Ao lado de sua avó, ouviu algumas histórias preciosas da Bíblia que ela havia aprendido com as lendas e tradições da igreja. Aos treze anos de idade, Zuínglio foi para Berna, que, na época, contava com a melhor escola da Suíça. Ali, porém, um perigo surgiu. Os frades fizeram esforços determinados para seduzi-lo à vida monástica. Por meio de intervenção divina, seu pai recebeu informações quanto ao plano dos frades. Reconheceu que a utilidade futura de seu filho estava em jogo e o instruiu a voltar para casa. Zuínglio obedeceu à ordem, mas não conseguiu se contentar por muito tempo em permanecer em seu vale natal e logo retomou os estudos, viajando, depois de um tempo, para Basileia. Ali Zuínglio ouviu pela primeira vez o evangelho da graça de Deus. Wittembach, professor de línguas antigas, havia sido levado às Sagradas Escrituras enquanto estudava grego e hebraico. Muitos raios de luz divina encheram a mente dos alunos sob sua instrução. Ele ensinava que a morte de Cristo é o único resgate do pecador. Para Zuínglio, essas palavras foram como o primeiro raio de luz que antecede a aurora. Zuínglio logo foi chamado para fora de Basileia a fim de começar a obra de sua vida inteira. Sua primeira função foi cuidar de uma paróquia nos Alpes. Ordenado padre, ele “se dedicou de todo o coração à busca da verdade divina”. Quanto mais examinava as Escrituras, mais claramente via o contraste entre a verdade e os falsos ensinos de Roma. Ele se sujeitou à Bíblia e a aceitou como a Palavra de Deus, a única regra suficiente e infalível. Entendeu que as Escrituras precisam ser a própria intérprete. Buscou todos os auxílios disponíveis para obter uma compreensão correta de seu significado e pediu a ajuda do Espírito Santo. “Comecei a pedir a Deus Sua luz”, escreveu posteriormente, “e as Escrituras se tornaram muito mais fáceis para mim.” A doutrina que Zuínglio pregava não tinha vindo de Lutero. Era a doutrina de Cristo. Ele disse: “Se Lutero prega a Cristo, então ele faz o que eu estou fazendo. [...] Nunca escrevi uma palavra para Lutero, nem ele para mim. E por quê? [...] Para demonstrar o quanto o Espírito está em união consigo mesmo, uma vez que nós dois, sem nenhuma combinação, ensinamos a doutrina de Cristo com tamanha uniformidade.” Em 1516, Zuínglio foi convidado para pregar em um convento em Einsiedeln. Ali ele exerceria uma influência como reformador que se estenderia muito além de seus Alpes natais. Dentre as principais atrações de Einsiedeln, havia uma imagem da virgem Maria. As pessoas diziam que ela tinha poder para realizar milagres. Acima do portão do convento estava a inscrição: “Aqui se pode obter remissão completa dos pecados.” Multidões provenientes de todas as partes da Suíça e até mesmo da França e da Alemanha iam até o altar da virgem. Zuínglio aproveitou a oportunidade para proclamar liberdade por meio do evangelho para esses escravos da superstição. Disse: “Não imagine que Deus está neste templo mais do que em qualquer outra parte da criação. [...] Obras inúteis, longas peregrinações, ofertas, imagens ou apelos à virgem ou aos santos seriam capazes de obter para vocês a graça de Deus? [...] Como uma capa brilhante, uma cabeça lisa e uma roupa longa e esvoaçante ou chinelos bordados em ouro poderiam ajudar a perdoar pecados?” “Cristo”, afirmou, “que no passado foi ofertado na cruz é o sacrifício e a vítima que pagou a dívida por toda a eternidade dos pecados daqueles que creem.” Para muitos, foi um amargo desapontamento ficar sabendo que sua difícil jornada tinha sido em vão. Não conseguiam compreender o perdão livremente oferecido por meio de Cristo. Estavam satisfeitos com a maneira que Roma os dirigia. Era mais fácil confiar a salvação aos sacerdotes e ao papa do que buscar pureza de coração. Entretanto, outras pessoas receberam com alegria as boas-novas da redenção por intermédio de Cristo e, com fé, aceitaram o sangue do Salvador como sua expiação. Foram para casa e contaram aos outros sobre a preciosa luz que haviam recebido. Dessa maneira, a verdade viajou de cidade em cidade e o número de peregrinos ao altar da virgem diminuiu drasticamente. As ofertas também foram reduzidas, bem como o salário de Zuínglio, que vinha delas. Mas isso só o levou a se alegrar por ver que o poder da superstição estava se quebrando. A verdade começava a ganhar espaço no coração das pessoas. Zurique, Suiça
As pessoas se aglomeravam em grande número para ouvir
suas pregações. Ele começou seu ministério abrindo o evangelho e explicando sobre a vida, os ensinos e a morte de Cristo. Dizia: “É a Cristo que desejo conduzir vocês – a Cristo, a verdadeira fonte de salvação.” Estadistas, eruditos, artesãos e camponeses ouviam suas palavras. Sem temor, ele repreendia os males e as corrupções dos tempos. Muitos voltavam da catedral louvando a Deus. Comentavam: “Este homem é pregador da verdade. Ele será nosso Moisés, para nos tirar dessas trevas do Egito.” Quando Deus está Se preparando para quebrar as cadeias da ignorância e da superstição, Satanás exerce seu maior poder para manter as pessoas na escuridão e prender suas cadeias com firmeza ainda maior. Roma trabalhava com energia renovada para colocar seu mercado em funcionamento por todo o mundo cristão, oferecendo perdão em troca de dinheiro. Cada pecado tinha seu preço e a igreja dava às pessoas livre licença para praticar crimes, se isso mantivesse cheios os tesouros da igreja. Assim os dois movimentos avançavam: Roma dando licença para o pecado e o transformando em sua fonte de renda, e os reformadores condenando o pecado e apontando para Cristo como o sacrifício e libertador. Na Suíça, a igreja colocou as vendas sob o controle de Sansão, um monge italiano. Sansão já havia levantado grandes somas de recursos alemães e suíços para encher o tesouro papal. Então viajava pelo país para sugar dos pobres camponeses sua parca renda e exigir ricos presentes dos abastados. Quando chegou com suas mercadorias a uma cidade próxima a Einsideln, Zuínglio imediatamente começou a se opor a ele. Zuínglio obteve tamanho êxito em expor as mentiras do frade que Sansão precisou ir embora e partir para outras cidades. Depois, Zuínglio pregou zelosamente contra aqueles que tentavam vender o perdão de Deus. Quando Sansão se aproximou do local, usou uma artimanha esperta para conseguir entrar. Mas as pessoas o mandaram embora sem a venda de nenhum perdão, e ele logo deixou a Suíça.
À medida que a Reforma se estabelecia em Zurique, seus frutos
passaram a ser vistos de forma mais plena na redução do crime e na promoção da ordem. A praga, ou peste negra, assolou toda a Suíça no ano de 1519. Muitos reconheceram como era inútil e sem valor o perdão que haviam comprado. Ansiavam por um fundamento mais sólido para sua fé. Em Zurique, Zuínglio contraiu a doença e circulou por muitos lugares o boato de que ele estava morto. Naquela hora terrível, ele olhou com fé para a cruz do Calvário, confiando no sacrifício todosuficiente para remir os pecados. Quando voltou das garras da morte, passou a pregar o evangelho com intensidade ainda maior do que antes. O povo em si tinha acabado de cuidar de enfermos e moribundos. Isso os levou a valorizar o evangelho como nunca antes. PROGRESSO NA ALEMANHA
A semente que Lutero havia semeado se espalhou por toda
parte. Sua ausência realizou uma obra que sua presença não tinha conseguido realizar. Agora que o grande líder estava ausente, outros obreiros deram um passo à frente para que o trabalho iniciado com tamanha nobreza não se detivesse. Satanás tentava enganar e destruir o povo apresentando uma contrafação no lugar da obra verdadeira. Assim como surgiram falsos cristos no primeiro século, apareceram falsos profetas no século 16. Quando voltou de Wartburg, Lutero concluiu a tradução do Novo Testamento, e logo o evangelho passou a circular entre o povo da Alemanha no próprio idioma. Todos que amavam a verdade receberam essa tradução com grande alegria. Os padres se alarmaram diante do pensamento de que agora o povo comum teria condições de debater a Palavra de Deus com eles, o que exporia a própria ignorância. Roma lançou mão de toda sua autoridade para impedir que as Escrituras se espalhassem. Mesmo assim, quanto mais proibia a Bíblia, mais as pessoas queriam saber o que ela realmente ensinava. Todos os que sabiam ler a carregavam consigo e só se satisfaziam ao memorizar grandes trechos das Escrituras. Lutero começou imediatamente a tradução do Antigo Testamento. O PROTESTO DOS PRÍNCIPES Um dos testemunhos mais nobres que já aconteceu em prol da Reforma foi o protesto que os príncipes cristãos da Alemanha fizeram na Dieta de Espira em 1529. A coragem e a firmeza desses homens resultou na liberdade de consciência das gerações seguintes e deu à igreja reformada o nome de protestante. A intervenção divina vinha contendo as forças que se opunham à verdade. Carlos V estava determinado a esmagar a Reforma, mas sempre que levantava a mão para golpeá-la, era forçado a dirigir o golpe para outra parte. Vez após vez, em momentos críticos, o exército turco aparecia na fronteira, ou o rei da França ou até mesmo o papa guerreavam contra ele. Dessa maneira, em meio aos conflitos e tumultos das nações, a Reforma foi deixada de lado, para se fortalecer e espalhar. Finalmente, porém, os governantes católicos se uniram contra os reformadores. O imperador convocou uma dieta, ou concílio, para se reunir em Espira em 1529, com o propósito de acabar com as heresias. Como os métodos pacíficos haviam falhado, Carlos estava pronto para usar a espada. Os adeptos de Roma demonstraram abertamente sua hostilidade em relação aos reformadores. No lugar de Lutero, estavam seus cooperadores e os príncipes que Deus havia levantado para defender Sua causa. EDITO DE WORMS Por fim, propôs-se que, onde a Reforma não havia sido estabelecida, o edito de Worms fosse colocado em vigor. E “onde os habitantes não se conformassem com ele sem perigo de revolta, deveriam pelo menos não introduzir nenhuma reforma nova, [...] nem se opor à celebração da missa, [e] não permitir que nenhum católico romano aderisse ao luteranismo”. Essa medida foi aprovada no concílio, para a grande satisfação dos padres e oficiais da igreja. Se esse edito fosse colocado em prática, “a Reforma não poderia se ampliar, [...] nem se estabelecer em alicerces sólidos [...] onde já existia”. A liberdade seria proibida. Não haveria permissão para ninguém se converter. A esperança do mundo parecia prestes a se extinguir. NOBRE POSICIONAMENTO DOS PRINCIPES “Protestamos por meio destas palavras [...] que, para nós e para nosso povo, nem consentimos nem aceitamos de maneira nenhuma o decreto proposto em tudo aquilo que é contrário a Deus, à Sua santa Palavra, ao direito de nossa consciência e à salvação de nossa alma. [...] Por esse motivo, rejeitamos o jugo que nos é imposto. [...] Ao mesmo tempo, esperamos que sua majestade imperial se comporte em relação a nós como um príncipe cristão que ama a Deus acima de todas as coisas. E nos declaramos prontos para oferecer a ele, bem como a vocês, graciosos nobres, todo o afeto e toda a obediência que correspondem a nosso justo e legítimo dever.” A maioria ficou espantada e alarmada pela ousadia dos protestantes. Dissensão, guerra e derramamento de sangue pareciam inevitáveis. Apesar disso, os reformadores, confiando no braço onipotente de Deus, estavam “cheios de coragem e firmeza”. “Os princípios contidos neste celebrado protesto [...] constituem a própria essência do protestantismo. [...] O protestantismo coloca o poder da consciência acima do governo e a autoridade da Palavra de Deus acima da igreja visível. [...] Diz, assim como os profetas e apóstolos: ‘ É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens’ (At 5:29). Na presença da coroa de Carlos V, ele exalta a coroa de Jesus Cristo.” A experiência desses nobres reformadores contém uma lição para todas as eras que viriam. Satanás continua se opondo às Escrituras como guia para a vida. As pessoas de nosso tempo necessitam retornar ao grande princípio protestante – a Bíblia e a Bíblia somente como regra de fé e do dever. Grande Conflito DIETA DE AUSBURGO O rei Fernando negou uma audiência aos príncipes evangélicos; mas, a fim de silenciar as dissensões que estavam perturbando o império, no ano seguinte ao protesto de Espira, Carlos V convocou uma dieta em Augsburgo. Ele anunciou que tinha a intenção de presidi-la pessoalmente e convocou os líderes protestantes. Chegou o momento designado. Carlos V, cercado pelos eleitores e príncipes, separou tempo para ouvir os reformadores protestantes. Naquela elevada assembleia formal, os reformadores apresentaram com clareza as verdades do evangelho e apontaram os erros da Igreja Católica. A ocasião foi chamada de “o maior dia da Reforma e um dos mais gloriosos da história do cristianismo e da humanidade”. Lutero havia se apresentado sozinho em Worms. Agora, em seu lugar, estavam os príncipes mais poderosos do império. Ele escreveu: “Sinto uma alegria que não cabe em mim por ter vivido até esta hora, a fim de ver Cristo publicamente exaltado por fiéis tão ilustres em uma assembleia sobremodo gloriosa.” Aquilo que o imperador havia proibido que se pregasse no púlpito foi proclamado no palácio. O que muitos consideravam inapropriado até mesmo para os servos ouvirem foi escutado com estupefação pelos mestres e senhores do império. Príncipes coroados eram os pregadores, e o sermão foi a verdade real de Deus. “Desde a era apostólica, nunca houve uma obra maior ou uma confissão mais magnífica.” Do local secreto de oração, vinha o poder que abalou o mundo da Reforma. Em Augsburgo, Lutero “não passava um dia sem dedicar no mínimo três horas à oração”. Na privacidade de seu quarto, ele era ouvido derramando a alma perante Deus em palavras “cheias de adoração, temor e esperança”. Para Melâncton, escreveu: “Se a causa é injusta, abandone-a. Se a causa é justa, por que desonrar as promessas dAquele que nos manda dormir sem medo?” Os reformadores protestantes edificaram sobre Cristo. As portas do inferno não conseguiriam prevalecer contra eles!