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CREIO EM JESUS CRISTO

Este é o mais longo artigo do Credo:


“Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso Senhor, concebido pelo
poder do Espirito Santo, nascido da Virgem Maria, padeceu sob Pôncio
Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu à mansão dos mortos”.
Trata-se de uma verdadeira síntese de toda a vida pública de Jesus Cristo. É
o centro da nossa Fé. Jesus Cristo é o ponto de partida de todo o
Cristianismo. Então, é importante ter ideias claras e muito precisas sobre
tudo o que Ele é, como Ele nasceu e o que veio realizar entre nós.
CREIO EM JESUS CRISTO
A primeira profissão de fé, que já aparece nos Atos dos Apóstolos, diz
simplesmente: “Creio que Jesus é o Cristo”. Esta é a síntese do discurso de
Pedro no dia de Pentecostes (Cf. At 2, 36) e que seria repetido
incessantemente, nos tempos seguintes, até se tornar o símbolo da nossa fé.
O nome Jesus significa, em Hebraico, Deus Salva.
O nome Cristo, do grego Christós, significa o ungido, ou o Senhor, o
Messias. Dizer que Jesus é o Cristo, já é uma afirmação de fé: Jesus é Deus.
O primeiro a atribuir esse nome a Jesus foi Pedro, quando disse: “Tu és o
Cristo, Filho do Deus vivo” (Mt 16,16).
FILHO ÚNICO DE DEUS
Como vimos acima, Pedro já o tinha afirmado uma vez, ainda durante a vida
publica de Jesus.

Além disso, os evangelhos narram, em dois momentos solenes – no batismo


e na transfiguração –, a voz do Pai, que o designa como “seu Filho bem-
amado” (Mt 3,17 e 17,5). Além disso, o próprio Jesus se apresenta como “o
Filho Único do Pai” (Jo 3,16), e até o centurião romano, no dia da morte de
Jesus diz: “Verdadeiramente este homem era filho de Deus” (Mc 15, 39).
CONCEBIDO PELO ESPÍRITO SANTO
“Como se fará isto, se não conheço homem algum?” (Lc 1, 34).
Gabriel dá a resposta: “O Espirito Santo virá sobre ti e a força do altíssimo
te cobrirá com a sua sombra, e por isso o santo que nascer de ti será Filho de
Deus” (Lc 1, 35-36).
“Para Deus, nada é impossível. Eis que Isabel, tua parenta, concebeu um
filho na sua velhice. E já está no sexto mês aquela que era tida por
estéril”(Lc 1, 36-37)
NASCIDO DA VIRGEM MARIA

Jesus nasceu não de uma relação humana, mas de uma intervenção divina.
Jesus foi concebido no ceio da Virgem Maria. Não houve, portanto,
participação de um homem. Não foi necessário perder a virgindade.

O que os olhos humanos parece como contraditório, em Maria foi possível,


graças à ação de Deus: ser mãe e virgem ao mesmo tempo.
PADECEU SOB PÔNCIO PILATOS
Sobre os mais de trinta anos vividos por Jesus, nenhuma afirmação entra
diretamente no credo. As afirmações da fé passam do nascimento
diretamente ao processo de condenação e morte de Jesus.
Entretanto, a morte é um dado histórico que conhecemos tanto pela bíblia,
onde aparece o Governador Pôncio Pilatos, quanto por escritos de
historiadores, como Tácito e Suetônio, que afirmam que jesus foi morto sob
Pôncio Pilatos.
FOI CRUCIFICADO, MORTO E SEPULTADO
“Mas, como não pararam de gritar “crucifica-o, crucifica-o”, Pilatos, mesmo não
achando nele crime algum, o entregou para ser crucificado.
Os evangelhos acrescentam mais algumas circunstâncias: “Ele mesmo carregou sua
cruz” (Jo 19, 17); “Foi crucificado entre dois ladrões” (Jo 19, 18); “aos pés da cruz
estava a mãe de Jesus” (Jo 19,25).
Os evangelhos afirmam claramente a morte de Jesus. Era verdadeiramente homem.
Houve épocas em que se tentou negar a morte de Jesus. Negava-se assim a sua
ressurreição.
“Os soldados, quando chegaram perto de Jesus, viram que já estava morto e não
quebraram as suas pernas. Um dos soldados, porém com uma lança, lhe perfurou o
peito, donde saiu sangue e água” (Jo 19, 37-38).
JESUS DESCEU À MANSÃO DOS MORTOS
Para a tradição judaica, em vigor no tempo de Jesus, todos aqueles que morriam
eram destinados á morada dos mortos.
A sagrada escritura a denominava de Sheol, Hades ou infernos. Lá estavam
privados da visão de Deus.
Essa era a situação de todos os que morriam; maus e bons, todos “desciam aos
infernos” ou a “mansão dos mortes”, à espera do redentor. A Igreja ensina que
essas almas santas, que esperavam o seu Libertador, no seio de Abraão, foram
libertadas por Jesus, quando ele desceu á mansão dos mortos. Portanto, segundo
o Catecismo, citando o concílio de Toledo (625), Jesus não desceu aos infernos
(região dos mortos) para destruir o inferno da condenação, mas para libertar os
justos que o haviam precedido e aguardavam um Salvador.
“A Boa Nova foi igualmente anunciada aos mortos...” (1Pd 4,6).

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