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A vida de

Jesus
Jesus @elizacrisdevocional
Jesus Cristo , o Senhor
O nome de Jesus
Jesus é a forma grega do termo hebraico "Josué", que significa "Yahweh (o Senhor)
salva". Sem dúvida o nome Josué era bem popular nos dias de Jesus e isso explica o
uso ocasional da expressão "Jesus de Nazaré" (para diferenciá-lo de outros com o
mesmo nome; veja Mt 26.71 e mais 15 referências). Jesus (de Nazaré) é a figura prin-
cipal dos evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) e, em muitos aspectos, também
do restante do Novo Testamento. Quando os cristãos estudam o NT, observam que
Jesus representa também o cumprimento de tudo aquilo para o qual o AT apontava.
Jesus, também chamado de Cristo, ou Jesus Cristo, é visto como o Messias há muito
esperado e também é considerado o "filho de Davi" (veja Cristo e Senhor).
Podemos ler sobre o significado desse nome em Mateus 1.21; um anjo apareceu a
José para anunciar o nascimento e disse: "E lhe porás o nome de Jesus, porque ele
salvará o seu povo dos pecados deles". Pode parecer, entretanto, que as pessoas rara-
mente se dirigiam a Jesus como "Salvador". Em sua canção de gratidão pelo nasci-
mento de Jesus, Maria disse: "E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador" (Lc
1.47); mas, com essas palavras, provavelmente referia-se de maneira geral à obra de
Deus, que enviou Jesus para salvar. Os anjos disseram especificamente aos pastores:
"Na cidade de Davi vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor" (Lc2.11); os
samaritanos, os quais creram que Jesus era o Messias, reconheceram: "Este é verda-
deiramente o Salvador do mundo" (Jo 4.42). Esta denominação, contudo, refletiu-se
sobre a vida de Jesus, sua morte e ressurreição, suas palavras e ações, e levou os
discípulos, guiados pelo Espírito Santo, a entender que Jesus verdadeiramente era o
Salvador que seu nome, dado por Deus, indicava. Este artigo pode apenas elaborar
um quadro muito limitado de Jesus, mas traz luz sobre alguns aspectos muito impor-
antes, ou seja, quem ele é, sua vida e missão.

A vida de Jesus
Existem poucas evidências da vida de Jesus fora do registro bíblico. O historiador
romano Tácito menciona os cristãos que foram chamados desta maneira por segui-
rem a Cristo, o qual foi morto por Pôncio Pilatos, na época do imperador Tibério (veja
Lc3.1). Seutonio mencionou alguns judeus que discutiam e criavam tumulto em
Roma, instigados por um certo Crestos. Sua referência muito provavelmente era so-
bre Cristo e os cristãos. Essas discussões, segundo ele, ocasionaram a expulsão dos
judeus de Roma (veja At18.2). Existem numerosas alusões a Jesus feitas por rabinos
que viveram em períodos posteriores, alguns dos quais dizem que se tratava de um
mágico ou feiticeiro. Uma referência feita por Josefo, o historiador judeu que escre-
veu para os romanos, fala que Jesus realizou
"obras maravilhosas" e que era "o Cristo"; foi morto por Pilatos e apareceu no terceiro dia
depois de sua morte para os que o amavam.

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O nascimento e a infância de Jesus
Os evangelhos falam muito pouco sobre a infancia de Jesus. Mateus e Lucas rolatam
certos eventos sobrenaturais que anunciaram e acompanharam seu nascimento. UM
anjo apareceu a Varia o ao seu esposo em diferentes ocasiões, foi dito a José para que
continuasse com sua esposa, embora ela estivesse grávida e ele não fosse o pai. o
menino Jesus nasceria da virgem Maria,
"porque o que nela toi gerado é do Espírito
Santo MT 1:20). Lucas relaciona essa concepção ao poder do Espírito, pelo fato de
Jesus ser chamado de Filho de Deus" (Lo1.35). Por meio de Jesus, o Senhor fazia algo
novo para a salvação do mundo. A humanidade era incapaz de alcançar a propria
redenção. Todos pecaram e aguardavam o juízo, mas a intervenção divina proporcio
nou perdão e salvação. Maria demonstrou captar essa verdade, ao proferir palavras as
quais enfatizavam que a salvação em jesus era inteiramente obra de Deus. A sal vagão
de Jesus era "misericórdia" para os pecadores e não um direito há muito merecido
pelas pessoas justas (Lc1.46-50,68,71,72; 2.29-32).
O fato de que Jesus era também o Messias esperado ou o filho de Davi "ungido",o
qual herdaria o trono, é enfatizado em todos os registros de sua infância, principalmen-
te no evangelho de Mateus. Os reis magos, ou "sábios", vieram do Oriente para encon.
trar "aquele que é nascido rei dos judeus"
. Aqueles homens, os quais não eram israelitas,
foram visitá-lo, dirigidos por Deus por meio de uma estrela, a fim de mostrar que a
salvação de Jesus e seu reinado teriam um alcance muito além das fronteiras do povo
judeu. O fato de Herodes ter ordenado a morte de todos as crianças na área de Belém,
numa tentativa de evitar a competição pelo trono, demonstra como as autoridades leva-
ram a sério o nascimento de Jesus (Mt 2.1-17; também Lc 1.32,33; 2.11).
O anjo também indicou a divindade de Jesus, quando disse que Ele seria chamado
"Emanuel"
que significa "Deus conosco" (Mt1.23). João 1.1-4,14 mostra que Jesus
era verdadeiramente humano e ainda assim preexistente e divino.
De acordo com a tradição, Jesus foi apresentado no Templo quando era bebê. Nova-
mente é importante notar que este incidente é narrado não simplesmente como a histo-
ria de uma infância agradável, mas devido ao seu significado para a identificação de
Jesus como Salvador e Redentor e devido ao que foi falado na ocasião sobre seu chama-
do e sua missão. Simeão identificou Jesus como a salvação" de Deus e "luz para ilumi
nar os gentios", enquanto a idosa Ana viu o menino e falou da redenção que tinha
chegado a Jerusalém (Lc2.20-32,36-38). Quando Jesus cresceu, a Biblia diz que se
fortalecia, enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele" (v.40).
O único evento mencionado sobre a infância de Jesus refere-se a visita anual te
sus pais faziam a Jerusalém e ao Templo e a uma clara indicação da consciência que
Ele tinha de que era
" Filho de Deus", com uma missão especifica.

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Quando estava com doze anos de idade. Jesus foi com seus pais ao Templo, mas na volta eles
o
perderam. Encontraram-no no Templo, dias depois, diante dos líderes religiosos,
surprendendo a todos com sua sabedoria e as perguntas que fazia. Ao responder às
interrogações preocupadas dos pais, disse: "Por que é que me procuráveis? Não sabeis
que me convém tratar dos negócios de meu Pai?" (Lc2.41-51).
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A vida adulta de Jesus
Podemos especular que Jesus cresceu e trabalhou como carpinteiro junto com seu pai
adotivo (Mc6.3). Os escritores dos evangelhos demonstram maior interesse em sen
ministério público, que começou quando foi batizado por João Batista (na verdade e
onde Marcos inicia seu evangelho). Ao submeter-se ao batismo, Jesus identificou-se
com os homens e mulheres pecadores e comprometeu-se publicamente numa aliança
de fidelidade e obediência ao Pai. Foi ungido publicamente pelo Espírito Santo, o
qual desceu sobre ele como uma pomba, acompanhado de um pronunciamento pr-
blico do céu: "Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo" (Mc1.10.11). Aqui.
um verso sobre o Messias, no Salmo 2.7, une-se com uma parte de Isaías 42.1, que 6
uma profecia sobre o servo de Deus que viria. Assim, exatamente no início de seu
ministério, a missão de Jesus foi enfatizada pelo Pai, pois seria o caminho do rei e
também a trilha da obediência e do serviço a Deus que culminaria com a morte na
cruz pelo pecado da humanidade.
"Imediatamente" depois do batismo, o Espírito conduziu Jesus ao deserto, onde
foi tentado por Satanás, de uma maneira semelhante à tentação dos israelitas no de-
serto, na época de Moisés. Onde os hebreus fracassaram tantas vezes, Jesus, que aca-
bara de se identificar com seu povo, venceu, pois não pecou. Rejeitou a tentação de
aceitar o reino do Messias nos termos definidos por Satanás. Anulou a tentação de
fazer as coisas "da maneira mais fácil". Para Jesus, ser o Messias significava seguir a
vontade do Pai e foi a palavra de Deus na Bíblia que Ele usou para refutar Satanás (Mt
4.1-11 etc.). Sua total submissão às palavras e à vontade do Pai seria o caminho esco-
lhido por Ele, mesmo que no final o levasse à cruz.
Após a tentação, o ministério de Jesus inicia-se. Primeiramente, com uma breve
manifestação na Judéia, mas, depois da prisão de João Batista, Mateus, Marcos e Lucas
registram que Ele se dirigiu ao Norte, para a região da Galiléia. Marcos resumiu a
mensagem de Jesus:
"O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo.
Arrependei-vos e crede no evangelho (Mc1.15). Durante esse período de proclama-
ção, os evangelistas construíram um quadro das atividades de Jesus. Envolvia uma
sequência quase incessante de pregações, conversas, curas e expulsões de demônios.
Foi também durante esse período que Ele escolheu seus discípulos, os quais o acom-
panhariam durante todo seu ministério (Mc 1.16-45; Lc5; etc.). Uma vez que o núme-
ro de discípulos estava completo, ou seja, doze, Jesus os designou
"apóstolos" (LC6.12-16). No meio de tanta atividade, era muito difícil não se encontrar sempre
cercado de pessoas, mas Ele insistia em ter um tempo a sós com o Pai. para orar. Muitas
vezes só podia fazer isso quando saía no meio da noite para algum lugar onde não
tosse perturbado. Mesmo assim, frequentemente os discípulos saiam à sua procura e
o traziam de volta ao trabalho, pois afirmavam que muitos o esperavam por causa de
suas obras miraculosas (Mc1.35-37).
As obras e as palavras de Jesus provocavam uma resposta imediata por parte de
Juitos, onde quer que Ele fosse. As pessoas ficavam maravilhadas e mesmo assim
cuitas vezes não sabiam como responder. O povo de Nazaré, a cidade onde Jesus fora
criado, rapidamente o rejeitou quando Ele leu um texto de Isaías e declarou que aqua.
a profecia se cumpria diante deles (Le4.16-30). Enquanto viajava, as multidoes%
acompanhavam, ansiosas pela realização de muitos milagres. Os lideres religioso
Ficavam cada vez mais preocupados, pois viam o povo seguir Jesus em número cada
vez maior e percebiam o desañio fundamental que o Filho de Deus fazia às tradiçoes
defendidas por eles. Por exemplo, perguntavain por que Ele curava as pessoas no
sabado (Me 3.1-6, 20-30: MIt 12.1-8). Os discípulos e até mesmo a própria família da
Jesus demonstravam o quão pouco entendiam sobre tudo o que acontecia (Mc3.3).
@elizacrisdevocional 34:4.10-20:7.17-23:7.1-13).
O empenho de Jesus, nessa época, não se limitava apenas ao povo judeu. No
evangelho de João, observamos um incidente ocorrido bem no início de seu minista.
Tio. provavelmente quando se dirigiu ao Norte, para a Galiléia, depois do batismo,
ocasião em que pregou para os samaritanos. Depois de ouvir a mensagem de Jesus,
muitos deles ficaram maravilhados com seu ensino e responderam com um entend".
mento que não era visto entre os próprios judeus: "Agora nos mesmos o ouvimos falar,
é sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo" (o 4.42; veja Mulher
Samaritana). Mais tarde, durante o ministério na Galiléia, quando cresceram as pros.
sões contra ele por parte dos líderes religiosos, Jesus partiu para a região de Tiro, no
território dos gentios. Seu encontro com a mulher siro-fenícia, durante essa curta
viagem, é especialmente significativo. Ela tinha uma filha possuída por demônios.
Embora fosse gentia, implorou para que Jesus expelisse os espíritos imundos daquela
crianca. A resposta de Jesus deu a entender que sua missão era exclusiva ao povo de
Israel. A mulher, entretanto, insistiu, e demonstrou um notável nível de fé e de enten-
dimento sobre a missão e o poder de Jesus. Ele curou sua filha e revelou novamente
que, embora sua atual missão fosse com o povo de Israel, as boas novas do Reino de
Deus e da salvação de fato seriam para todas as pessoas, e não somente para uma raça.
Enquanto sua vida prosseguia, Mateus, Marcos e Lucas registram o próximo pon-
to importante no ministério de Jesus. Em suas viagens, Ele chegou também à cidade
de Cesaria de Filipe. Nessas alturas, os discípulos já tinham recebido uma boa dosa-
gem de ensino e visto muitos sinais operados por Ele. Assim, Jesus lhes perguntou:
"Quem dizem os homens que eu sou? Responderam eles: João Batista; outros: Elias: e
ainda outros: Um dos profetas. Então lhes perguntou: Mas vós quem dizeis que eu
sou? Respondendo Pedro, lhe disse: Tu és o Cristo" (Mc8.27-29). Mateus 16.17 regis-
tra a resposta de Jesus a Pedro: "Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, pois não foi
carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus". Os discípulos pelo
menos entenderam algo sobre a verdadeira posição de Jesus. Daquele momento em
diante, os escritores dos evangelhos nos dizem que Ele começou a caminhar em dire-
ção a Jerusalém e a ensinar que era necessário sofrer e morrer. Em outras palavras,
após ouvir a resposta certa de Pedro Jesus é o Cristo ou o Messias), tratou de redefinir
aquele entendimento contemporâneo sobre como deveria ser o Messias. Pedro foi
totalmente incapaz de aceitar a explicação e objetou fortemente. Sofreu uma repreen-
são extremamente severa do Senhor: "Para trás de mim, Satanás! Tu me serves de
pedra de tropeço; não compreendes as coisas que são de Deus, e, sim, as que são dos
homens" (Mt 16.23).
A diferença entre o entendimento que Jesus tinha sobre seu chamado para ser o
Messias e a opinião geral, tomou-se mais e mais pronunciada à medida que Ele se
dirigia a Jerusalém. Ao entrar na capital, foi saudado como o Messias pela mesma
multidão que poucos dias depois desejava a sua morte. Os discípulos fiéis fugiram e
o abandonaram, quando o sofrimento e a perseguição atingiram o grande clímax durante
suas últimas horas de vida. No final. Jesus cumpriria sua missão - todo o propósito
de sua vida adulta - totalmente sozinho na cruz. e carregaria sobre si todo o castigo
dos homens pecadores, quando até mesmo seu Pai celestial parecou abandoná-lo.

O ensino de Jesus
ensino de Jesus cobriu quase todas as áreas da existência humana. Alguns deles
foram dirigidos somente aos discípulos e outros, ao povo em geral. Alguns foram
proferidos num ambiente de confronto com os líderes religiosos da época e outros
foram ministrados a título de interpretação dos milagres que operava. Jesus ensinou
por meio de palavras e de ações. A seguir. citamos brevemente quatro das áreas mais
importantes de seu ensino e mencionamos o uso que fazia das parábolas.

Sobre si mesmo
O ensino de Jesus sobre si mesmo era dado por meio de palavras e ações. Desde o
início, Ele estava consciente de sua missão e seu propósito na vida e na morte.
Rapidamente demonstrou um relacionamento único com Deus. Do incidente aos
doze anos de idade, onde revelou muita sabedoria e a necessidade de estar "na
casa do seu Pai", até a insistência em que as palavras que proferia e as obras que
fazia eram as palavras e obras do Pai (To 14.10: etc.), tudo o que disse apontava
para sua posição única como "o Filho de Deus". O Senhor era seu Pai celestial, de
quem tinha um conhecimento íntimo e pessoal. Sua grande oração pelos discípu-
los e por todos os que posteriormente creriam nele, registrada em João 17, nova-
mente demonstra a profundidade de seu relacionamento com o Pai e a unidade de
propósito e de vontade entre ambos. A posição de Jesus como Filho de Deus tam-
bém é vista na grande autoridade que revelava. Tinha poder para expelir demôni-
os e tratar com o mundo dos espíritos malignos simplesmente mediante a fala.
Antes que as multidões entendessem, os demônios reconheceram que Jesus era o
Filho de Deus, com poder sobre eles (Mc 3.11; 5.7). Ele também controlou a tem-
pestade violenta com um simples comando e mostrou sua autoridade sobre o
mundo da criação (Mt 8.24-27).
Enquanto revelava esse relacionamento com o Pai, Jesus ensinou seus discípulos
mais profundamente sobre quem Ele era. Os apóstolos precisavam aprender que em
Cristo podiam conhecer Deus. Em uma ocasião, Ele se voltou para Filipe e disse: "Há
tanto tempo estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me vê, vê o Pai. Como
dizes tu: Mostra-nos o Pai? (Jo 14.9), Depois continuou e disse: "Não crês tu que eu
estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por
mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras" (v. 10).
Jesus nunca demonstrou orgulho pelo fato de ser Deus; mas quando seu ensino
sobre si mesmo é examinado e os versículos como os mencionados acima são vistos
no contexto, a conclusão de que Ele ensinou ser o próprio Deus em suas palavras e
obras parece inevitável (pelo menos para os que confiam nele e aceitam a palavra dos
apóstolos e a interpretação deles sobre esses eventos). A ênfase sobre ser o "Filho de
Deus", "enviado" por Deus e possuidor da autoridade como "filho de Davi" sua acei-
lação do título de "Cristo" dado por Pedro, seu ensino em João 14 a 17 sobre seu
relacio-namento intimo (e preexistente; ]o 17.5, 24) com o Pai, tudo isso proporciona
um acúmulo de evidências de que Jesus ensinava sobre sua divindade, pelo menos
no círculo mais íntimo de amigos e discípulos.
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Sobre Deus , o Pai
Temos visto como Jesus falou sobre sua comunhão íntima com o Pai; mas Ele ensinou
Tuito mais sobre o próprio Deus. O Pai é o criador do mundo Mc 13.10), o uai suor.
Mia, em sua Providência a sustentar e cuidar de todas as coisas (Mt10:29). A Vontalte
o Pai é soberana e deve ser obedecida por todos, inclusive pelo próprio Jesus ai
20.30). Somente o Pai conhece o dia do retorno de Cristo (Mil 24.30). Jesus, porem.
insinou sobre a paternidade de Deus sobre indivíduos e não somente em um senti
geral como o Pai do povo de Israel. Os hebreus certamente entenderam a pateriaade
de Deus neste último sentido, mas a insistência de Jesus sobre a possibilidade de uma
comunhão individual com o Pai foi bem enfatizada. Isso, claro, é bem expresso na
primeira frase da oração do Senhor: "Pai nosso que estás nos céus" (Mt6.0).
Mediante o que Jesus ensinou foi possível conhecer o Pai, por meio do conheci-
mento de Cristo (o 14.0,7). Quando falou com Maria, depois da ressurreição, Ele se
referiu ao "meu Pai e vosso Pai" Vo 20.17). O cuidado direto de Deus pelo crente
individualmente foi ensinado por Jesus em várias ocasiões. O Pai tem tanto interesse
pelas necessidades de seus filhos, até mesmo na questão de comida e bebida, que
Jesus os incentivou a não se preocupar com o dia de amanha (Mt 6.31-34).
Jesus também ensinou que existe uma relação especial entre o Senhor como "Pai"
e o reinado de Deus. O Pai, que preparou o reino para os discípulos de Jesus "desde a
criação do mundo", cumprirá esta promessa. Os justos entrarão nesse reinado e her-
darão suas bênçãos (Mt 13.43; 25.34; Lc 12.31,32).
Sobre o Reino @elizacrisdevocional
ensino de Jesus sobre o reino de seu Pai, o reino de Deus, tem provocado debates
consideráveis entre os estudiosos, embora ninguém duvide da extrema importância
do assunto (Mt 4.17; Mc 1.15; Lc 4.43). Os referir-se tanto ao "reino dos céus" (no
evangelho de Mateus) como ao "reino de Deus", Jesus ensinou que esse reinado esta-
va presente, "próximo" e diretamente relacionado com o seu advento: "Mas, se eu
expulso os demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado a vós o reino de
Deus" (Mt 4.7; 12.28; 21.31; Mc 1.14,15; Lc11.20; 17.20,21; etc.); entretanto, Jesus
também ensinou que seria um evento futuro e que o reino seria herdado pelos seus
discípulos (Mt 25.34; Lc 11.2; 22.18).
O "reino de Deus" é primariamente uma descrição do governo dinâmico de Deus
sobre este mundo, visto especialmente nas boas novas do advento do Redentor, isto é,
Jesus. Na vida e no ministério de Cristo, esse governo foi diretamente experimentado
e revelado para os que tiveram olhos para ver quem era Jesus. Nem todas as pessoas
foram capazes de ver a verdade do reino. De fato, o uso que Cristo fez das parábolas
para ensinar sobre o reino deixa claro que o entendimento veio por meio da revelação
(Mc 4.10-12). Jesus, o rei, esteve presente entre os judeus e gentios e ensinou que
tinha toda autoridade e poder até mesmo sobre os demônios.
A entrada e a possessão do reino, entretanto, e o direito a todas as suas bênçãos
são limitados aos que reconhecem Jesus como Senhor, pedem perdão a Deus pelos
pecados e se comprometem a servi-lo de todo o coração. Cristo deixou isso bem claro
Para os líderes religiosos da época, quando lhes disse: "Em verdade vos digo que os
cobradores de impostos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus. Pois
João veio a vós a fim de vos mostrar o caminho da justiça, e não crestes nele, mas os
cobradores de impostos e as meretrizes creram.
Sobre o Espírito Santo

A obra do Espírito Santo é claramente vista por toda a vida de Jesus. Foi concebido
pelo Espírito (Lc1.15); o Espírito veio sobre Ele publicamente no batismo (Lc3.22); 0
Espírito o levou ao deserto, onde foi tentado pelo diabo (Lc4.1); o Espírito ungiu-o
para pregar as boas novas (Lc4.18); e o Espírito deu-lhe poder para expelir os demô-
nios (Mt 12.28). Jesus, porém, ensinou mais sobre o Espírito Santo.
Três dos Evangelhos relatam uma ocasião em que Jesus foi acusado de expelir
demônios pelo poder de Belzebu (Mt 12.22-32; Mc 3.22-30; Lc11.14-23). A seguir
Cristo declarou que a blasfêmia contra o Espírito Santo era um pecado imperdoável.
O pronunciamento específico de Jesus está diretamente ligado à expulsão dos demô-
nios. Sua obra de estabelecer o governo de Deus, vista tão claramente no poder que
tinha sobre os demônios, é mostrada aqui como a manifestação do Espírito Santo ("Se
eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado a vós o reino de
Deus", Mt 12.28). De fato, a obra do Espírito é essencial para o reino de Deus. É pelo
poder do Espírito Santo que os espíritos malignos e os demônios são derrotados e a
obra de Cristo segue adiante.
Jesus também ensinou que o Espírito Santo opera a regeneração na vida do crente,
a fim de que possa entrar no reino de Deus Jo 3.5). Ensinou que o Espírito ajuda o
cristão a adorar adequadamente, em espírito e em verdade o 4.24). O Espírito tam-
bém inspira as Escrituras (Mc 12.36) e capacita o cristão a falar ousadamente sobre
sua fé (Mt 10.19,20). Jesus também ensinou que os crentes receberiam o Espírito
Santo individualmente, depois que Ele fosse glorificado Jo7.38,39). Havia, portanto,
uma distinção entre a maneira como o Espírito Santo estava presente no ministério
de Jesus e na proclamação do reino de Deus e como estaria presente depois que Cristo
voltasse para a glória. Em João 14 a 16, Jesus refere-se a Ele como
"o Espírito da
verdade" e o
"Consolador". O Espírito é o "outro Consolador" e vive para sempre (cf.
Jo14.15-17). Desta maneira, o Espírito é o que convence o mundo dia após dia e ainda
permanece com o cristão, na liderança e na proteção da verdade e interpretando as
Escrituras Jo16.8-13). Jesus ensina que será prerrogativa do Espírito Santo glorificar
a Cristo e fazê-lo conhecido nas futuras gerações das pessoas que não terão visto
Jesus em carne e osso (Jo 16.12-16).
Fica claro, pelo ensino de Jesus, que em todas as suas várias obras o Espírito Santo
testemunhará sobre Jesus e glorificá-lo-á. Fará isso por meio do novo nascimento, a
fim de testificar e explicar sobre a verdade de Cristo Jo14.26) e conceder poder aos
cristãos para testemunhar de Jesus (15.26,27). O Espírito Santo seria concedido pelo
Filho (15.26; 16.7) e pelo Pai (14.16,26).

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O uso das Parábolas por Jesus
Jesus usou as parábolas em aproximadamente um terço de seu ensino nos evange-
lhos. Fosse diante das multidões, com seus discípulos ou com os líderes religiosos,
esta forma de instrução era utilizada regularmente (Mt13.34). Trata-se de histórias
tiradas da vida normal, as quais eram aplicadas para apresentar verdades espirituais.
Muitas parábolas que Jesus contou mencionavam aspectos da vida local que atraíam
a atenção de sua audiência. Por exemplo, quando Jesus contou a parábola do semea-
dor, a figura seria um lugar comum; de fato talvez houvesse algum agricultor que
trabalhasse num campo próximo ao local onde estavam (Mt13.3-13). As parábolas
raramente eram alegorias. Os detalhes das histórias não eram significativos, pois elas
enfatizavam apenas um ou dois pontos principais. Embora sem dúvida a intenção
fosse captar o interesse das pessoas no que era dito, as parábolas de Jesus não serviam
para que todos entendessem imediatamente o que Ele ensinava.
Em Mateus 13.10-17 (também Mc4.10-12; Lc8.9,10) Jesus faz alguns comentários
notáveis sobre a inteligibilidade de seu ensino. Depois da Parábola do Semeador,
ficou claro que a mensagem não fora captada nem mesmo pelos discípulos. Pergunta-
ram-lhe por que usava parábolas e Jesus respondeu: "Porque a vós é dado conhecer os
mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado. Ao que tem, se lhe dará, e terá
em abundância. Ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo
por parábolas: Porque eles, vendo, não vêem: ouvindo, não ouvem nem compreen-
dem. E neles se cumpre a profecia de Isaías: Certamente ouvireis, mas não
compreendereis. Certamente vereis, mas não percebereis. Pois o coração deste povo
está endurecido, e ouviram de mau grado com seus ouvidos, e fecharam seus olhos,
para que não vejam com os olhos, ouçam com os ouvidos, compreendam com o cora.
ção, se convertam e eu os cure".
"Esses estranhos comentários devem ser vistos à luz do ensino de Jesus sobre o
reino de Deus. Muitas parábolas na verdade eram usadas para ensinar sobre um as.
pecto da natureza desse reinado. O problema com a compreensão das parábolas não
estava tanto no caso de as histórias serem ilustrações boas ou ruins, mas sim na
verdade que Jesus ensinava. Os segredos do reino de Deus, agora revelados pela pro.
pria pessoa de Cristo, por seus ensinamentos e suas obras, exigiam uma resposta e
uma mente aberta para ver, crer e comprometer-se com este "mistério" revelado. Para
os que não respondiam adequadamente, as parábolas serviam apenas para obscure.
cer ainda mais a natureza do reino de Deus.
Desta maneira, existe um senso de urgência nas parábolas, que requer uma res.
posta da audiência. Os ouvintes precisam decidir e abraçar esse reinado com sua
alegria e suas bênçãos, pois o reino de Deus é como um tesouro enterrado ou como
uma pérola de grande valor, a qual é tão valiosa que vale a pena vender tudo o que se
tem para obtê-la (Mt 13.44-46). Mais do que isto, entretanto, o reino breve virá em
toda a sua plenitude, no "final dos tempos". Quando isso ocorrer, será como uma rede
de pesca, que apanha toda espécie de peixes, quando é trazida à superfície; os bons
serão separados dos maus e uma "fornalha de fogo" aguarda os perversos (Mt 13.47.
50). Assim, Jesus apresenta uma situação de crise. O governo de Deus, manifestado
em Cristo e em seu ministério, aparentemente é pequeno no momento, mas crescerá
dramaticamente, como indicou a Parábola da Semente de Mostarda (Mt 13.31-32;
etc.). Em parábolas como essas, Jesus revela sua convicção pessoal no sucesso de seu
ministério, apesar de o caminho para a realização total necessariamente passar pela
cruz. @elizacrisdevocional
A maior dificuldade para os judeus dos dias de Jesus não era compreender que o
reino de Deus viria em poder. Há muito tempo acreditavam nisso e esperavam. Pelo
contrário, o problema deles residia nesta revelação do "mistério" do reino: era a von-
tade de Deus que esse reinado se manifestasse no advento do Senhor Jesus Cristo, não
em poder, mas para servir e sacrificar sua vida. A obra de Cristo, com um começo
aparentemente tão pequeno e insignificante, que parecia terminar no sofrimento e na
vergonha da cruz, era, na verdade, a precursora essencial da revelação completa do
reino em todo o seu poder e plenitude, que ocorreria numa data posterior (o dia da
volta de Cristo).
Abraçar o reino, portanto, significava adotar um entendimento totalmente novo
dos propósitos do Senhor para este mundo. O governo de Deus não seria imposto
sobre ninguém, mas era oferecido ao mundo, na pessoa de Cristo. Tornar-se "filho do
reino" (Mt 13.38) envolve crer na revelação de Deus em Jesus e receber a direção do
seu reinado em humildade e confiança,
Mt 5.3-10).
"como uma criança" (Mc 10.15; veja também Mt 5.3-10).

As obras de Jesus
Os Milagres
Os milagres de Jesus também revelavam muito sobre quem Ele era e a natureza de seu
reinado. Podemos ver o operador de maravilhas, o homem de grande amor e compai-
xão, o homem que veio de Deus e cumpriu o desejo de seu Pai. Aqui também é revelada
a autoridade e o senhorio de Jesus: sua autoridade sobre as enfermidades. nos
milagres de cura (Mt8.1-4); sua autoridade sobre os gentios (Mt8.3°13-sua autorida-
de sobre o restante da oriação, como, por exemplo: sua capacidade para acalmar a
Tempestade (MIt8-23-27); sua autoridade sobre o mundo espiritual. na maneira como
era capaz de expelir demônios com apenas uma palavra (Mt8:28-24): e Mais surpre-
endente de tudo, sua autoridade sobre a vida e a morte Mt 9.18-26).
Tal autoridade não deixa dúvidas sobre a divindade de Jesus, mas também demons-
tra novamente que o reino de Deus havia chegado. Os que presenciaram e experimen-
taram os milagres estavam diante do que
"é maior do que Jonas" (Lc 11.32) e, como no
caso das parábolas, encontravam-se diante da necessidade de dar uma resposta. Eles
viram a mão de Deus no que era feito e responderam com fé? Contemplaram a "glória"
de Jesus? Perceberam que os milagres eram "sinais" (uma palavra usada
especialmente
no evangelho de João), que apontavam para o reino e o Rei? Praticamente em todas as
manifestações vemos exemplos de diferentes respostas. Depois do primeiro milagre,
quando as águas se transformaram em vinho, no casamento em Caná, a Bíblia diz que
o sinal revelou a glória de Jesus "e seus discípulos creram nele" o 2.11).

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A resposta de fé e confiança aos milagres era, na verdade, uma aceitação do reino
de Deus entre eles. Os milagres eram uma parte do advento do reinado, e representa-
vam as obras do Rei, o próprio Messias. Daí a revelação da "glória" mencionada em
João 2.11 e o relato sobre os milagres feitos por Cristo, a fim de que "creiais que Jesus
é o Cristo, o filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome" Jo 20.31).
Quando Pedro creu em Jesus e andou em sua direção sobre a água, mesmo com uma
fé muito deficiente, reconheceu no andar do próprio Cristo sobre a água que estava
na presença do 'Filho de Deus" (Mt 14.33). a
A resposta oposta era uma indicação direta da relação entre os milagres e o reino.
Quando Jesus olhou para cidades como Corazim e Betsaida, nas quais realizara mui-
tos milagres, viu a falta de arrependimento. Então comparou-as com Sodoma e as
advertiu sobre o horror que as esperava no dia do juízo (Mt 11.20-24).

A obediência de Jesus ao Pai

Enviado pelo Pai Jo 3.34; etc.), amado pelo Pai (5.20; etc.) e dependente do Pai (14.28)
- os evangelhos mostram que a obra de Cristo envolveu a revelação da mente e da
vontade do Pai que estava no céu. Somente o próprio Jesus conhecia perfeitamente a
mente do Pai e cumpria perfeitamente a vontade dele (Mt11.25-27; Mc1.11;]0 5.30;
10.18), As mensagens que proferiu eram somente as palavras que o Pai lhe dera e
eslavam diretamente ligadas às obras que fazia, as quais também lhe foram dadas
para realizar pelo Pai: "Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As
palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim
quem faz as obras" (Jo 14.10).
As obras que Jesus fez e as palavras proferidas por Ele eram aquelas que cumpriam
os propósitos do Pai (o 15.15): por isso suas mensagens podiam ser identificadas
com as palavras do Pai Vo14.24). Mesmo quando estava nodavell Cetsemani, poue,
anTa. a palavrasd e crucificado, Jesus oroi:"Meu Pai se poseis% Passe de mim d
antes de ser p/esno seja como ou quero, mas como tu quered (NIt 20.30). Jesusle
buno fite sia inibeao., que envolvia sua vinda para "buscar e salvar o que se havia
perdido" (Lc 19.10) e o levaria à cruz.

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A caminhada de Jesus em direção a cruz
Jesus revelou muito sobre si mesmo por meio de seu ensino, suas obras miraculosas
Jesus obediencia ao Pai. Seu ministério, entretanto, bem como suas obras, revelaram
muitas vezes como Ele entendia qual seria o final, desde o princípio. Ele viera "pan
salvar o seu povo dos pecados deles" (Mt1.21). Todas as pessoas precisam da salva.
gao, ou enfrentarão a ira de Deus, no julgamento do pecado; Em muitas ocasioes,
felis Chamou a atenção do povo para a necossidade do perdão. Perdoou o pecad
com autoridade (Lc7.47,48); Mt16.24,25). Advertiu os que não respondiam aos mila.
gres e ao seu ensino. A maior, porém, de todas as suas obras, a da salvação, acontece.
Ra quando Ele sofresse e momesse na cruz. Tudo o que fez de uma maneira ou outra
ajudou em sua caminhada em direção à cruz.
Tesus considerava esta missão como o cumprimento das Escrituras (Mc9.12; Mt
26.24: Lc24.25-27). Gentilmente, e diante de alguma oposição, mesmo por parte dos
discípulos, Ele ensinou que aquele que reconheciam como o Messias teria de sofrer e
morrer (Mc8.20-33). Seis dias depois de Pedro ter confessado que Jesus era o Cristo,
aconteceu a Transfiguração. O Filho de Deus foi revelado em sua glória, conversando
com Elias e Moisés (Mc 9.2-12). Lucas registrou que o assunto da conversa, na pre-
sença de Pedro, Tiago e João, foi a morte iminente de Jesus em Jerusalém (Lc 9.31).
Quando Cristo soube que já era o tempo, de acordo com a vontade do Pai, encami
nhou-se resolutamente para Jerusalém, onde sabia que o aguardavam muitas prova-
ções (Lc9.51;17.11). Explicou essa jornada aos discípulos em termos de cumprimen-
to das Escrituras (Lc18.31-33). Quando chegou perto da cidade santa, novamente a
natureza deliberada da missão de Jesus foi vista, quando mandou trazer um
jumentinho, sobre o qual entrou em Jerusalém (Lc 19.28-44). Mateus 21.5 mostra esse
evento como o cumprimento das Escrituras. O ato de expulsar os cambistas e outros
vendedores do Templo também era uma ação destinada a determinar a diferença
entre o Evangelho de Cristo e as práticas dos judeus, consideradas aceitáveis naque-
les dias. Nada mais provocaria uma reação tão clara (Mt 21.12-17, 23-27).
A obra de Jesus Cristo só estaria completa quando ele fosse levantado na cruz, o
peso do pecado, lançado sobre seus ombros, o preço, pago e a salvação, efetivada.
Assim, suas palavras "está consumado" eram mais do que uma simples aceitação da
morte; eram também um reconhecimento de que aquela parte do trabalho estava
concluída e Ele realizara a vontade do Pai até o final (Jo 19.30).

A morte de Jesus
A grande obra de Jesus na cruz precisa ser examinada, se desejamos saber mais sobre
quem é Ele e o que tem feito pelos que confiam nele. Conforme disse o apóstolo Paulo:
"mas nós pregamos a Cristo crucificado"(1 Co1.23). E essa obra permanece como
coração do compromisso cristão e da fé em Jesus; 6 na cruz que os propósitos de Dels
para a salvação são realizados e onde verdadeiramente vemos Jesus como o
"Salvador”.

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A Crucificação
o romanos condenaram".5,3uo.,ota Moreificado um evento registado em lodos
Os ovangolhos (Ml 22a2 Fia ieles aliaste Morte extremamento desagradavel e ilodos
ora amplamente ugad2 n'a77 2)93128 foi excoutada após Jesus ser severana)rosa
erheado e torturado l Vi.77) 28, 2.3), o edrocodimentos iniciais contra reithan'9 es:
Puidos pelos judeus. Eslavara com medo de seu poder e autoridade sobre a .core
Também temerosos de seus ensinamentos, os quais desafiavam totalmente a aborda.
gem deles sobre Deus em praticamente todos os pontos. Depois de uma audionda:
Prante do Sinédrio, na qual a acusação principal era a de blasfêmia, que exigia a ona
de morte (Mt28.57-68). Jesus foi levado diante da corte romana, presidida pelo gover.
nador Pôncio Pilatos (Nit 27.11-31), Ali, as acusações mudaram. Sem dúvida, para
ponseguir a pena de morte, os judeus acusaram Jesus de ter-se proclamado "Teidos
judeus", em nítida rebelião contra Roma. Jesus não negou essa acusação (V. 11-14).
Finalmente, devido à enorme pressão feita pelos líderes religiosos e pela multidão
que se juntara a eles para apoiá-los, e aparentemente contra a julgamento pessoal de
Pilatos, Jesus foi condenado à morte.
Como já vimos anteriormente, Jesus sabia que iria morrer. O relato dos evange-
lhos sobre a crucificação enfatiza a voluntariedade da morte de Cristo Ele foi para a
cruz por vontade própria e deu sua vida por seu amigos, Jo10.18;15.13) e a necessi-
dade de seu padecimento, dentro dos planos de Deus. Por exemplo, quando Pedro
sacou a espada e feriu um dos homens que foram prendê-lo, Jesus o lembrou de que,
se quisesse, teria pedido ao Pai celestial que enviasse legiões de anjos em sua defesa;
mas as Escrituras precisavam cumprir-se, mediante a sua morte (Mt 26.53,54; veja
também Jo 19.28; etc.).
Tesus morreu entre dois criminosos. Durante todo o longo e doloroso tempo em
que permaneceu na cruz, até sua morte, a multidão o insultava (Mt 27.41-44); ainda
assim, Cristo demonstrou sua prerrogativa divina, ao conceder o perdão a um dos
ladrões ao seu lado, que demonstrou sincero arrependimento (Lc 23.39-43).

Um sacrifício pelos pecados


A morte de Jesus na cruz foi sacrificial, um fato que ficou evidente, de acordo com o
evangelista João, logo no começo do ministério de Cristo, quando o Batista referiu-se
a Ele como "o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" o 1.29). A evidência
mais clara de que Jesus encarava sua própria morte com naturalidade está no relato
da última Ceia. Ali, Cristo estabeleceu um pano de fundo do Antigo Testamento,
quando passou o pão e o vinho ao redor: "Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e,
abençoando-o, partiu-o e o deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu
corpo. Então ele tomou a cálice, e, tendo dado graças, deu-o aos discípulos, dizendo:
Bebei dele todos. Isto é o meu sangue, o sangue da nova aliança, que é derramado por
muitos, para remissão de pecados" (Mt 26.26-28). No AT, o sangue dos animais sacri-
ficados era derramado quando se faziam alianças entre Deus e o seu povo ou quando
eram renovadas (Gn 15; Ex 24; etc.). Na morte de Jesus, para a qual o pão e o vinho
apontavam, uma nova aliança foi estabelecida entre o Senhor e seu povo, pela qual
todos conheceriam a Lei interiormente e experimentariam a presença de Deus com
eles de uma maneira nova e mais pessoal (Jr 31.31; Hb 8).
A relação entre a morte de Jesus e a remoção dos pecados leva a um entendimento
de um sistema sacrificial do AT, no qual diferentes sacrifícios eram feitos para
diversas necessidades; os escritos apostólicos consideravam a obra redentora de Cristo na
cruz como o cumprimento de todo esse sistema sacrificial (Rm6.10; H1b 7.27:9.12;1 Pe
3.18; etc.). Jesus morreu como um sacrifício de expiação, feito de uma vez por todas
(Rm3.25). Trouxe reconciliação entre o homem pecador e o Pai (Rm5.11;2 Co 5.18,19).
Na cruz, o Rei Jesus, como representante de seu povo, morreu para trazer salvação (GI
2.20). Em sua morte, Gristo colocou-se no lugar do homem pecador, como Redentor
(Mc10.45). Cumpriu o julgamento legal sobre o pecado para todos os que têm fé nele.
Devemos notar aqui que Lucas refere-se a Jesus morrendo "num madeiro". Provavel-
mente usou essa palavra deliberadamente, para lembrar aos leitores que Jesus, dessa
maneira, morrera sob a maldição da lei (At 5.30; 10.39; 13.29; veja Dt 21.23). Esse
argumento também é usado por Paulo, o qual ensinou que, sobre a cruz, Jesus morreu
"fazendo-se maldição por nós"
, para nos
"resgatar da maldição da Lei" (Gl 3.13).
Para considerar o sacrifício de Cristo o cumprimento de toda a lei sacrificial do
Antigo Testamento, o tempo de sua morte não deve ser ignorado. Jesus morreu duran-
te a Páscoa, sugerindo que Ele também é considerado a realização do sacrifício pascoal
(Lc22.15). Provavelmente era isso que João Batista tinha em mente Jo1.29) e tam-
bém, com certeza, o que Paulo pensava em 1 Coríntios 5.7: "Pois Cristo, nossa páscoa,
foi sacrificado por nós".

Vitória sobre a morte e Satanás


A vitória sobre Satanás e suas forças demoníacas é claramente demonstrada na paixão
e morte de Cristo. Ele reconheceu isso quando se dirigiu aos que foram enviados para
prendê-lo e disse: "Esta, porém, é a vossa hora e o poder das trevas" (Lc 22.53). Jesus,
porém, também sabia que sua crucificação ocasionaria a queda de Satanás: 'Agora é o
tempo do juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo o 12.31). Ao
tomar sobre si mesmo o juízo de Deus sobre o pecado, Cristo removeu o medo do
julgamento e da condenação eterna de todo o que se submete à sua autoridade. Essas
pessoas estão assim livres da "escravidão" causada pelo "medo da morte" (Hb2.15). De
fato, como ser humano, Jesus compartilhou as experiências de todos nós, "para que
pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo" (v. 14).
A morte entrou no mundo como castigo de Deus sobre os que seguem a Satanás.
Desta maneira, ela é a evidência mais clara da pecaminosidade do homem e também
torna-se uma clara evidência do poder do diabo. A remoção do juízo da morte e do
medo que a acompanha nos dá uma prova clara da derrota de Satanás. Ao tomar a
morte sobre si, em seu auto-sacrifício, Jesus morreu no lugar dos que mereciam a
condenação. Porém, os que confiam nele e o servem não precisam mais temer a mor-
te, pois reconhecem que o poder de Satanás foi quebrado de uma vez por todas na
cruz. A morte não podia reter Jesus. Por isso, o Pai o ressuscitou dentre os mortos e o
exaltou em glória. Como diz o apóstolo Paulo: "E, tendo despojado os principados e as
potestades, os expôs publicamente ao desprezo, e deles triunfou na cruz (Cl 2.15).
Para todo o que crê em Cristo, ocorreu uma transferência: "(O pai) nos tirou do poder
das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" (Cl1.13).

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A ressurreição de Jesus
A Bíblia também ensina que Jesus ressuscitou dentre os mortos por Deus Pai. Os
evangelhos nos dizem que o milagre da ressurreição aconteceu "no terceiro dia", isto
é, depois da crucificação, cedo, na manhã do primeiro dia da semana, que agora
diamamos de domingo, eXta hdo enhuma descrição da manoira como jesus ressuscit.
dia De fato embora a pada una fechava o timulo tenha sido removida por tintascto
"''Senhor (Mt 28:2) ele apeñas revelou que a rossurreição ja havia Do tia anjo
dadados romanos que guardavam o sepulcro para que o corpo não fosse Tono.ado.
soemeram de medo dele e ficaram como mortos" (V.4). As mulheres que toranda.
sppulcro, logo ao amanhecor do dia simplesmente foi dito: "Ele não esta agu. a
Jessurgil.. e vai adiante de vos para a Galiléia" (v. 6). Quando retomavam. ala
Tontar aos discípulos, Jesus saiu-lhes ao encontro e elas o adoraram (Mt28. 4-0). Cada
um dos evangelhos relata eventos diferentes ocorridos naquela manha. Muitas tenta
vivas foram feitas para reuni-los e explicar a ordem exata dos acontecimentos. Não se
sabe, porém, se isso seria possivel ou não, com as informações limitadas dadas pelos
escritores. Cada um deles, entretanto, conta o fato da ressurreição. Jesus fora sepulta-
do, mas depois foi visto vivo novamente (veja também Mc 16; L.c 24;J0 20).
O assombroso fato da ressurreição deixou muitas dúvidas na mente dos discipu-
los. O próprio Jesus explicou a dois deles, que se dirigiam para Emaús, que sua morte
fora necessária. Cristo explicou que tudo ocorrera daquela maneira para que as Escri-
turas se cumprissem. Ao que parece, os olhos deles estavam deliberadamente fecha-
dos: por isso, não reconheceram o Senhor até que este orou com eles e partiu o pão;
naquele momento, então, "ele desapareceu de diante deles" (Lc 24.13-35).
O corpo de Jesus, após a ressurreição, era suficientemente real; mas, mesmo as-
sim, era diferente daquele que fora tirado da cruz. As marcas dos pregos ainda esta-
vam lá e o Cristo ressurreto movimentava-se à vontade, aparentemente por todas as
partes, sem ser visto, pois andava de um lugar para outro o 20.27). João sugere isso,
ao descrever que no cenáculo onde os temerosos discípulos estavam escondidos,
com medo dos judeus, Jesus simplesmente chegou e pôs-se no meio deles (v. 19).
Talvez seja a mesma ocasião em que Lucas descreveu: "Tesus se apresentou no meio
deles, ...eles, espantados e atemorizados, pensavam que viam um espírito" (Lc
24.36,37). Cristo mostrou-lhes suas cicatrizes, para que entendessem ser Ele mesmo,
o Mestre que eles tanto estimavam. A natureza extraordinária deste milagre também
é vista nas dúvidas demonstradas por Tomé, o qual recusou-se a acreditar até que viu
por si mesmo as cicatrizes. Quando contemplou Jesus e o reconheceu, a resposta dele
manifestou o enorme impacto que tivera em toda a sua maneira de pensar. Simples-
mente olhou para Cristo, atribuiu-lhe a divindade e disse: "Senhor meu e Deus meu!"
Vo 20.28).
Embora estivesse noutro estágio, a ponto de ser reconhecido como Deus, Jesus
ainda era humano e possuía um corpo material, pois podia ser tocado (Le24.30;1 )0
1:1,3), ouvido, e comeu junto com eles (Lc 24.41,42; Jo21.12). Em várias ocasioes
Cristo aparece, para enfatizar que a ressurreição aconteceu segundo as Escrituras.

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As testemunhas da ressurreição

Os escritores dos evangelhos demonstram claramente o interesse que têm em estabe-


lecer a veracidade histórica da ressurreição. Falam sobre muitas testemunhas. O tes-
temunho das mulheres que primeiro foram ao túmulo, cedo de manhã, é relatado
com pouquíssimas variações nos detalhes nos quatro evangelhos. Havia testemunhas
de que o túmulo estava vazio entre os discípulos, como Pedro e João, e entre os solda-
dos romanos que ficaram aterrorizados e temeram pela própria vida (Mt28.11-15);
testemunhas ouviram as palavras do anjo; viram Jesus conversar no caminho de Emaús;
contemplaram-no no cenáculo, entre os discípulos; presenciaram-no comer com os
discípulos na praia da Galiléia 0o 21.10-14). e muitas outras. O apóstolo Paulo men-
ciona, posteriormente, sobre a importância dessas testemunhas oculares para esse
evento que transformou o mundo, em 1 Coríntios 15,5-8, e cita que em uma ocasiao
Jesus apareceu para mais de 500 pessoas ao mesmo tempo.

O significado da ressurreição
A ressurreição de Jesus vindicou toda a missão que o levara a
"se fazer carne" (o1.14), viver, sofrer e morrer em obediência ao Pai, para a salvação da
humanidade. O
Messias sofredor, o que morreu pelo pecado, foi revelado como vitorioso sobre a
morte e os poderes do maligno. A ressurreição também mostrou a aceitação de Deus
do sacrifício expiatório de Cristo e atestou o cumprimento de muitas promessas do
Antigo Testamento (Rm 6.8-10; Ap 1.18; etc.).
A ressurreição física de Jesus tornou-se o centro da pregação do cristianismo, por
todas as razões já mencionadas e também porque assegura a salvação e o perdão dos
pecados, por meio da fé: "Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue
seremos por ele salvos da ira. Pois se nós, quando éramos inimigos, fomos reconcili-
ados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, sere-
mos salvos pela sua vida" (Ri 5.9,10). Além disso, a ressurreição tornou-se a garantia
de que também os cristãos, por meio da fé em Cristo, um dia ressuscitarão no corpo e
receherão a vida eterna (At 4.2; 26.23; 1 Co 15.12-34; etc.).

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A glorificação de Jesus
O vocábulo "glorificação" é usado corretamente para descrever toda a obra da salva-
ção alcançada por Jesus por meio da cruz, ressurreição, ascensão e do envio do Espí-
rito Santo. Parece que o apóstolo João falou sobre a glória de Cristo de uma maneira
inclusiva Jo12.16, 23, 28; 13.31; 17.1). Essa glorificação, entretanto, descreve mais
especificamente sua ascensão ao Céu e sua exaltação Jo17.5; 1 Pe 1.21).
Depois de um período em que Jesus viveu sobre a terra e muitas pessoas testemu-
nharam que Ele havia ressuscitado, Cristo finalmente retornou ao céu. A ascensão,
que aconteceu perto de Betânia, é registrada em Lucas 24.50-53 e Atos 1.9-11. Esse
acontecimento descreve o retorno de Jesus à glória (para a presença do Pai no céu) e
sua exaltação por Deus. O fato de que foi encoberto por uma "nuvem" (At 1.9) prova-
velmente também indique esta "glória", pois no Antigo Testamento Deus revelava sua
"glória" numa nuvem (Ex 16.10; 24.16). A ascensão também cumpriu parcialmente a
oração de Jesus em João 17.5,24, na qual pediu que os discípulos vissem sua glória.
Essa glória foi vista primariamente na exaltação de Jesus em sua posição de supre-
ma autoridade, à mão direita do Pai, onde foi coroado como Rei dos reis (Fp 2.9-11; Cl
3.1; Ap 17.14; 19.16). Do céu, Cristo governa não somente a Igreja, mas todos os
povos e nações. Também será de lá que Ele um dia voltará para julgar (At 1.11; Hb
9.28; 2 Co 5.10; 2 Tm 4.1; Ap 1.5; etc.). A ascensão de Jesus, porém, não signitica
simplesmente que Ele se tornou Rei dos reis, mas também o qualificou para cumprir
seu único papel como sumo sacerdote. Isso significa que Ele, como as primícias da
ressurreição, teve acesso ao céu para todos os crentes (1 Co 15.20) e pôde enviar o
Espírito Santo, a fim de estar com seu povo Jo 7.39; At 2.33).

A obra contínua de Jesus


A Bíblia ensina que Jesus está vivo, hoje, no céu, onde exerce uma soberania plena,
como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ele vigia as nações, seu povo e todo o
cosmos. Como Senhor exaltado, que subiu aos céus na presença de seus discípulos,
Ele distribui as bênçãos do seu Reino, que podem ser resumidas na palavra "vida (2
Tm1.1,10). Jesus também cumpre seu papel de Sumo Sacerdote. Como Mediador
entre Deus e os homens, Ele entrou nos céus, e levou consigo todos os pecadores
arrependidos à presença do Senhor. Ele se encontra no Santo dos Santos, na presença
do Pai. De lá do trono de Deus, Cristo intercede em nosso favor; como ser humano na
presença do Senhor, Ele permanece como representante da humanidade na glória. Ao
fazer isso, completa a obra da redenção que se inicia naqueles que crêem (Rm 8.34;
Hb6.19,20; 9.24). Jesus intercede por seu povo, com base no sacrifício feito de uma
vez por todas pela humanidade, capacitando-a assim ao recebimento do perdão.
Embora entronizado no céu como Senhor da glória, Jesus também continua a
operar no meio de seu povo na terra, por meio do Espírito Santo. Os que pertencem a
Ele pela fé são controlados pela terceira pessoa da Trindade, que se constitui em sinal
dos que pertencem a Cristo: "Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não
é dele" (Rm 8.9; veja Espírito Santo).
Conclusões
Acima, mencionamos alguns dos ensinos da Bíblia sobre Jesus. Quanto mais estuda-
mos as evidências bíblicas, mais fica claro que os autores do NT observavam todo o
AT cumprir-se no nascimento, vida, morte, ressurreição e exaltação do Senhor Jesus
Cristo. Portanto, em Cristo Deus veio a este mundo, verdadeiramente humano mas
sem pecado. Jesus é visto como Deus, embora tenha temporariamente colocado de
lado algumas de suas prerrogativas, a fim de ser o Mediador do grande amor e da
misericórdia do Senhor para com o homem pecador. Em sua vida, sua incrível auto-
ridade como Filho de Deus foi vista quando curou, expeliu espíritos malignos, anun-
ciou o reino de Deus e fez com que até mesmo a natureza lhe obedecesse. Sua capa-
cidade de perdoar pecados, de ver o coração de uma pessoa e conhecer sua mente. de
confrontar a hipocrisia e a falta de entendimento dos líderes religiosos da época, tudo
isso levou muitos a considerar quem realmente era Jesus. No final, tudo isso foi de-
mais para eles. Sentiram-se ameaçados e foram incapazes de ver que Cristo era o
caminho, a verdade e a vida, e por isso pediram sua crucificação. Nesse ato, entretan-
to, residia o último cumprimento do grande e eterno plano de Deus: a salvação pela
graça. Jesus ofereceu o sacrifício definitivo pelo pecado, ao morrer na cruz; assim,
completou a obra da salvação e redenção de todo o que tem fé nele. Sua ressurreição
demonstrou que Deus aceitou tal sacrifício e, a seguir, sua verdadeira condição de Rei
dos reis e Senhor dos senhores foi revelada em sua exaltação à destra do Pai. Confor-
me os cristãos primitivos entenderam rapidamente, a única resposta apropriada é o
louvor a Cristo: "Proclamando com grande voz: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de
receber poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor" (Ap 5.12).

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