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LIÇÃO 12: FÉ PARA CRER NA RESSURREIÇÃO DE CRISTO

TEXTO PRINCIPAL
“Mas Deus remirá a minha alma do poder da sepultura, pois me
receberá.” (SI 49.15)

RESUMO DA LIÇÃO
A ressurreição de Jesus é a garantia de que todos os que morreram em
Cristo um dia também ressuscitarão.

OBJETIVOS
 DESTACAR as teorias a respeito da ressurreição;
 SABER quais são as evidências da ressurreição de Jesus;
 COMPREENDER a natureza da ressurreição de Jesus.

TEXTO BIBLICO
Lucas 24.1-7
1 E, no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram elas ao
sepulcro, levando as especiarias que tinham preparado,
2 E acharam a pedra do sepulcro removida.
3 E, entrando, não acharam o corpo do Senhor Jesus.
4 E aconteceu que, estando elas perplexas a esse respeito, eis que
pararam junto delas dois varões com vestes resplandecentes.
5 E, estando elas muito atemorizadas e abaixando o rosto para o chão,
eles lhe disseram: Por que buscais o vivente entre os mortos?
6 Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos como vos falou, estando
ainda na Galileia.
7 Dizendo: Convém que o Filho do Homem seja entregue nas mãos de
homens pecadores, e seja crucificado, e, ao terceiro dia, ressuscite.

INTRODUÇÃO
Prezado(a), você já deve saber que Deus criou o homem à sua imagem
e semelhança, e que antes da Queda, a morte não tinha domínio sobre
a humanidade. Contudo, como um ser moralmente livre, o homem
pecou permitindo que o pecado entrasse no mundo e com ele, a morte.
Mas Jesus veio ao mundo, morreu na cruz por nossos pecados e a sua
morte e ressurreição garantiram que a penalidade do pecado, a morte,
fosse vencida. Na lição deste domingo, estudaremos a respeito da fé na
ressurreição de Jesus Cristo. Veremos que se o Filho de Deus não
ressuscitasse vã seria a nossa fé.

I- TEORIAS A RESPEITO DA RESSURREIÇÃO


1- A ressurreição aconteceu? A busca pela razão e provas
“incontestes” da realidade, levou muitos pensadores a duvidarem da
ressurreição de Jesus Cristo. Gotthold Ephraim Lessing, filósofo alemão,
foi um dos que colocaram a ressurreição em dúvida. Ele entendia que as
verdades da religião estavam, ou deveriam estar, entre as verdades da
razão. Por isso, entendia que as verdades religiosas não podem jamais
ser provadas pela investigação histórica. Assim, se ele estivesse certo, a
apologética histórica a favor do Cristianismo não passaria de um esforço
inútil. Por que deveria crer em algo que nunca viu e nem teve nenhuma
experiência pessoal ou imediata? Para ele, os Evangelhos não eram
fontes confiáveis. No centro da discussão do iluminismo estava a ideia
de que ser forçado a aceitar o testemunho alheio equivaleria a
comprometer a autonomia intelectual do ser humano. Conforme a ótica
de Lessing, a ressurreição não passava de um fato que não aconteceu,
de um grande equívoco.
2- A ressurreição é um mito? Alguns filósofos influenciados pelo
iluminismo buscaram compreender a fé cristã a partir de pressupostos
de que milagres são impossíveis, tal como a ressurreição. David
Friedridch Strauss, desenvolveu a ideia da ressurreição como mito, sem
a resposta do milagre. Ou seja, para ele a crença na ressurreição de
Jesus não deve ser explicada como uma resposta à vida que foi
restaurada literalmente, mas sim como algo que ocorre na fé das
pessoas, algo concebido na mente, uma projeção da memória, que
levou à ideia de uma presença viva. Portanto, de acordo com ele, um
Cristo morto literalmente foi transformado em um ressurreto imaginário e
mítico. Então, Strauss populariza a falsa ideia de que os Evangelhos
possuíam um caráter mítico, por apresentarem pessoas que
compartilhavam uma visão mítica que dominava o mundo no qual
estavam inseridos.
3- A ressurreição não é um fato histórico? Rudolf Bultmann, teólogo
alemão, entendia que na era científica seria simplesmente impossível
acreditar em milagres e na ressurreição corpórea de Cristo. Para ele “é
impossível recorrer ao auxílio da medicina ou das descobertas
científicas modernas e, ao mesmo tempo, acreditar no mundo dos
espíritos e dos milagres apresentados no Novo Testamento”. Apoiado
em uma filosofia existencialista, ele propôs uma nova interpretação do
Novo Testamento. A ressurreição, segundo o seu pensamento, deveria
ser entendida como um mito. Não concordamos e nem aceitamos a
proposta de Bultmann, pois, embora a doutrina da ressurreição dos
mortos não estivesse plenamente revelada nas páginas do Antigo
Testamento (cf. Is 26.19; Dn 12.2), havia o ressuscitamento de algumas
pessoas (cf. 1 Rs 17.22-24; 2 Rs 4.32-37; 2 Rs 13.21). O Novo
Testamento registra vários casos de pessoas que experimentaram o
ressuscitamento e algumas foram efetuadas pelo Senhor Jesus,
enquanto outras por seus apóstolos (Mc 5.35; Lc 7.11; Jo 11.11; At 9.36;
20.9). Entretanto, em todos estes casos, exceto na ressurreição de
Jesus, as pessoas ressuscitadas morreram novamente.

II- EVIDÊNCIAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS


1- A ressurreição de Jesus. A ressurreição de Jesus é uma das
verdades fundamentais do Evangelho; a outra é a sua morte expiatória
(1 Co 15.1,3,4). Cremos que Cristo morreu por nossos pecados, e que
Ele ressuscitou dos mortos ao terceiro dia. Sem a ressurreição, a morte
de Jesus seria apenas um ato heroico, de algum mártir, como tantos
outros que já ocorreram. A ressurreição é a afirmação da divindade de
Cristo. Sem a ressurreição de Jesus dentre os mortos, a fé cristã seria
em vão.
2- As evidências dos Evangelhos (Mt 28.1-10; Mc 16.1-8; Lc 24.1-12
e Jo 20.1-10). Temos nos Evangelhos, quatro relatos independentes a
respeito da ressurreição de Jesus, embora exista harmonia e coerência
entre eles. A harmonia nas narrativas se deve ao fato de que são relatos
pessoais de diferentes indivíduos. É simplesmente improvável que
quatro pessoas se sentassem para escrever, separadamente, um relato
que jamais havia ocorrido. É preciso mais fé para acreditar nisso do que
para crer na veracidade das testemunhas.
3- Evidências circunstanciais. O cerne da mensagem pregada pelos
cristãos do primeiro século era a ressurreição de Jesus Cristo. Você
acredita que eles usariam uma mentira como pedra fundamental de sua
pregação e credo? Será que estariam dispostos a morrer por causa de
uma fraude? Um outro fato circunstancial foram os primeiros discípulos
passarem a se reunir no domingo. Nada é mais complexo que mudar
dias sagrados, pois é um costume enraizado. Outro aspecto que deve
ser levado em consideração foi a mudança de atitude dos discípulos.
Após a crucificação eles ficaram arrasados, desiludidos, seguiram outros
caminhos. Porém, após se encontrarem com o Cristo ressurreto, sua
disposição foi alterada.

III- A NATUREZA DA RESSURREIÇÃO DE JESUS


1- Uma ressurreição literal. Foi o próprio Jesus, depois de ressuscitar,
que afirmou: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo;
tocai-me e vede, pois um espírito não tem carne nem ossos, como
vedes que eu tenho” (Lc 24.39). A ressurreição de Jesus foi um evento
físico no qual o seu corpo foi revivificado. Escrevendo aos Coríntios, o
apóstolo Paulo assevera que toda a fé cristã seria falsa caso a
ressurreição de Jesus não tivesse acontecido de forma corporal (1 Co
15.14,15).
2- Os discípulos no caminho de Emaús. O texto de Lucas 24.13-
35 mostra o encontro que dois discípulos de Jesus estiveram com Ele
no caminho de Emaús, depois da sua ressurreição. O texto bíblico nos
diz que Jesus havia ressuscitado com um corpo físico e tangível. João
também relata no capítulo 20,10-18 a ressurreição do Salvador. Nos
relatos dos Evangelhos, podemos observar que as pessoas para as
quais o Senhor apareceu viram o seu corpo, conversaram com Ele e até
mesmo chegaram a tocar em seu corpo. Não se tratava, portanto, de
uma visão ou sonho, mas de um encontro real.
3- A ressurreição de Jesus foi ímpar. A ressurreição de Jesus difere
de todas as outras narradas nas Escrituras Sagradas. Pois, Ele é o
Deus que se fez carne (Jo 1.14). O que morreu por nossas
transgressões (Rm 4.25) e ressuscitou para nossa justificação” (Rm
4.25).

CONCLUSÃO
Cremos que Jesus ressuscitou dos mortos e que Ele é a cabeça da
Igreja (Cl 1.18). Entretanto, se alguém está determinado em não crer,
nenhum argumento o convencerá. Mas o Espírito é o que nos convence
e continua ativo no mundo para convencer o homem do pecado, da
justiça e do juízo (Jo 16.7-11).

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