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E-BOOK

SÉRIE

ressurReição
AS EVIDÊNCIAS DE UM MILAGRE

AULA 1

A IMPORTÂNCIA
DA RESSURREIÇÃO

INSTITUTO
TEOLOGAR
INTRODUÇÃO

14 E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a


vossa fé; 15 e somos tidos por falsas testemunhas de Deus,
porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a
Cristo, ao qual ele não ressuscitou... 1Co 15.14, 15

A ressurreição corporal de Cristo é a prova principal de que


Jesus era quem afirmava ser, Deus em carne humana.

Na realidade, a ressurreição de Cristo em um corpo carnal e de


tamanha importância para a fé cristã que o N.T. insiste em que
pra sermos salvos temos que acreditar em Jesus e na sua
ressurreição.

Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu


coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos,
serás salvo.
Rm 10.9

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A IMPORTÂNCIA DA RESURREIÇÃO DE CRISTO

1 - PARA JESUS

Se Cristo não ressuscitou dos mortos, então ele era um


mentiroso, pois profetizou que isso ocorreria.

E o entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e


crucificado; mas, ao terceiro dia, ressurgirá.
Mt 20.19

Quando as mulheres foram até a sua sepultura procurando por


ele, um anjo disse:

“Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito”


Mt 28.6

A ressurreição testifica que nosso Senhor falava a verdade e,


como diziam os próprios contemporâneos, ele era um
verdadeiro profeta. Sem isso, tudo o que ele disse estaria
sujeito à contestação.

2 - PARA SUA OBRA

Se Cristo não ressuscitou dos mortos, então, claro, ele não


estaria vivo para desempenhar todo seu ministério pós-
ressurreição.

Seu ministério teria terminado em sua morte. Portanto, hoje


não teríamos um Sumo Sacerdote, Intercessor, Advogado
ou Cabeça da Igreja.

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A IMPORTÂNCIA DA RESURREIÇÃO DE CRISTO

3 - PARA O EVANGELHO

O evangelho está baseado em dois fatos essenciais: o Salvador


morreu e hoje vive. Seu sepultamento prova a realidade de
sua morte.

Ele não desmaiou simplesmente, apenas para ser revivido mais


tarde. Ele realmente morreu.

Paulo reiterou essa mesma ênfase dupla em Romanos 4.25: ele


“foi entregue por causa das nossas transgressões e
ressuscitou por causa da nossa justificação”.

Sem ressurreição, não há evangelho.

4 - PARA NÓS

Se Cristo não se levantou dos mortos, então nosso testemunho


é falso, nossa fé é vã e não temos expectativas nem esperança
para o futuro.

1 Charles Caldwell Ryrie, Teologia Básica: Um Guia Sistemático Popular para Entender a Verdade
Bíblica, trans. Jarbas Aragão, Edição atualizada. (São Paulo: Mundo Cristão, 2012), 155.

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APLICANDO A CIÊNCIA

A ressurreição é um acontecimento singular do passado, logo,


precisamos saber como os cientistas abordam acontecimentos
desse tipo.

Poderíamos dizer, de maneira informal, que há efetivamente


dois tipos de ciência: primeiro, o tipo com o qual estamos
mais familiarizados desde a escola, em que usamos
experimentos repetidos para verificar nossas explicações -
experimentos que qualquer outra pessoa com o equipamento
adequado poderia repetir. Chamamos esse processo de
indução.

Entretanto, esse pensamento não funciona quando estamos


estudando acontecimentos que não podem ser repetidos,
como uma erupção vulcânica, ou a extinção dos dinossauros,
ou a origem do universo ou da vida - ou a ressurreição.

Não podemos repetir esses acontecimentos para ver o que se


passou.

No caso de acontecimentos singulares o que fazemos é


empregar o tipo de processo forense que conhecemos das
histórias de detetive.

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APLICANDO A CIÊNCIA

Exemplo:

Sherlock Holmes não pode reprisar um homicídio para ver


quem o cometeu. Assim, ele usa um processo de raciocínio
que se desenrola mais ou menos assim:

Se o suspeito A fosse o assassino, certas coisas, digamos X e Y,


aconteceriam.

Sherlock observa X e Y, e deduz que o suspeito A se encaixa


bem.

Entretanto, depois disso, ele observa um fato adicional, Z, e,


refletindo sobre ele, conclui que A não poderia ter causado Z.

Contudo, há outra suspeito, B. Se ela cometeu o assassinato,


então X, Y e Z teriam acontecido. Sherlock deduz que B se
encaixa melhor como candidato para o assassinato do que A,
e assim por diante.

Por fim, o detetive chega a uma explicação que se encaixa em


todos os fatos e soluciona o caso.

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APLICANDO A CIÊNCIA

Chamamos esse processo de abdução, ou inferência em prol


da melhor explicação.

É um processo que conhecemos em muitas áreas da vida


diária.

Um exemplo recente:

Shakira vai viajar e deixa um pote de geleia na geladeira, ao


voltar de viagem percebe que havia menos geleia no pote.

Fazendo a investigação: ela sabe que os filhos não comem


geleia; e que o marido odeia geleia; deduz-se então que
outra pessoa comeu aquela geleia.

Final da história, Shakira se separa do marido.

Acontece exatamente o mesmo a respeito da ressurreição de


Jesus.

Não podemos repeti-la para ver o que aconteceu, então


devemos fazer uma inferência em prol da melhor
explicação.

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A EXISTÊNCIA DE JESUS

Antes de falarmos da sua ressurreição, precisamos primeiro


provar para os céticos que ele realmente existiu.

Para alguns, o corpo de Jesus nunca foi encontrado porque


ele nunca existiu.

Será que Jesus é realmente um personagem histórico ou se


trata apenas de uma lenda? Será que o corpo nunca foi
encontrado porque ele nunca existiu?

Os críticos da Bíblia alegam que os documentos do Novo


Testamento não são confiáveis, pois foram escritos pelos
discípulos de Jesus. (Obs.: Os documentos das Escrituras são
os mais confiáveis documentos antigos que existem.)

O que muitas pessoas não sabem, é que existem informações


que podem ser extraídas de fontes não cristãs. De pessoas
que não estavam preocupadas em propagar uma lenda ou
uma suposta mentira.

TÁCITO

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A EXISTÊNCIA DE JESUS

Um romano do século I considerado um dos historiadores


mais precisos do mundo antigo. Ele nos oferece o registro do
grande incêndio de Roma. Ele ficou conhecido por duas
grandes obras históricas: as Histórias e os Anais.

“... para acabar com os rumores, [Nero] acusou falsamente as


pessoas comumente chamadas cristãs, que eram odiadas
por suas atrocidades, e as puniu com as mais temíveis
torturas. Christus, o que deu origem ao nome cristão, foi
condenado a morte por Pôncio Pilatos, durante o reinado de
Tibério; ...”
(Ann 15.44,3)
FLÁVIO JOSEFO

Foi um revolucionário judeu que, na época da revolta judaica,


passou a ser leal aos romanos para salvar sua vida. Tornou-se
um historiador, trabalhando sob o patrocínio do imperador
Vespasiano.
Ele menciona Jesus duas vezes na sua obra Antiguidades
Judaicas.

A primeira, ele refere-se a Tiago, irmão de Jesus.

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A EXISTÊNCIA DE JESUS

“Festo está morto, e Albino está a caminho. Assim, ele


[Ananus, o sumo sacerdote] reuniu o Sinédrio dos juízes e
trouxe diante deles o irmão de Jesus, que era chamado
Cristo, cujo nome era Tiago, e alguns outros [ou alguns de
seus companheiros] e, quando havia formulado uma
acusação contra eles como transgressores da lei, ele os
entregou para que fossem apedrejados.”
(Antiguidades 20.9.1)

No livro 18, capítulo 3, seção 3 dessa obra, Josefo, que não era
cristão, escreveu estas palavras:

“Nessa época [a época de Pilatos], havia um homem sábio


chamado Jesus. Sua conduta era boa e [ele] era conhecido
por ser virtuoso. Muitos judeus e de outras nações tornaram-
se seus discípulos. Pilatos condenouo à crucificação e à
morte. Mas aqueles que se tornaram seus discípulos não
abandonaram seu discipulado, antes relataram que Jesus
havia reaparecido três dias depois de sua crucificação e que
estava vivo; por causa disso, ele talvez fosse o Messias, sobre
quem os profetas contaram maravilhas.”
(Antiguidades 18.3.3)

Obs.: Existe uma versão dessa citação na qual Josefo afirma


que Jesus era o Messias, mas a maioria dos estudiosos acredita
que os cristãos mudaram a citação para que fosse lida dessa
maneira. A versão que citamos aqui vem de um texto árabe
que, acredita-se, não foi corrompido.

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A EXISTÊNCIA DE JESUS

SUETÔNIO

“Oficial da corte de Adriano, escritor dos anais da casa


Imperial, registrou:

“Como os judeus, por instigação de Chrestus (uma outra


forma de escrever Christus), estivessem constantemente
provocando distúrbios, ele os expulsou de Roma” (Vida de
Cláudio, 25.4).

Escreveu ainda:

“Nero infligiu castigo aos cristãos, um grupo de pessoas


dadas a uma superstição nova e maléfica” (Vida dos
Césares, 26.2).

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A EXISTÊNCIA DE JESUS

TALMUDE

As obras talmúdicas mais valiosas com relação ao Jesus


histórico são aquelas compiladas entre 70 e 200.
O texto mais significativo e o tratado da Mishná.

Na véspera da Pascoa eles penduraram Yeshu e antes disso,


durante quarenta dias o arauto proclamou que [ele] seria
apedrejado “por prática de magia e por enganar Israel e
fazê-lo desviar-se. Quem quer que saiba algo em sua defesa
venha e interceda por ele”. Mas ninguém veio em sua defesa
e eles o penduraram na véspera da Pascoa”
(Talmude babilônico, Sanhedrin.43a).

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A EXISTÊNCIA DE JESUS

CONCLUSÃO

À luz dessas referências não-cristãs, a teoria de que Jesus


nunca existiu é claramente injustificável.

De que maneira escritores não-cristãos poderiam juntos


revelar uma narrativa congruente com o N.T. se Jesus nunca
tivesse existido? Além disso, temos todos os documentos do
Novo Testamento para confirmar sua existência.

Jesus é um personagem histórico. Ele tinha genealogia (filho


de José e Maria), vivia numa geografia conhecida (nasceu em
Belém, morou em Nazaré), num momento específico da
história (no governo de Pôncio Pilatos).

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