ESCOLA DE

FUNDAMENTOS
NÍVEL 1
AULA 1
O PECADO DA HUMANIDADE E A
NECESSIDADE DE UM SALVADOR
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1. INTRODUÇÃO
Deus criou os seres humanos à Sua própria imagem
e semelhança (Gênesis 2.26-27). Você já parou para refetir
no que significa a palavra imagem e semelhança? Por que
Deus nos fez a Sua cópia? Por que Ele nos tratou de for-
ma diferenciada? Nós somos semelhantes ao nosso Pai, o
Deus Criador de todas as coisas. Isso é simplesmente ma-
ravilhoso!
2. A CRIAÇÃO DOS SERES HUMANOS
Adão e Eva foram os primeiros seres humanos a ha-
bitar na terra. Adão foi o primeiro homem a ser criado por
Deus, sendo formado a partir do pó da terra e do fôlego de
vida soprado por Deus em suas narinas. Deus soprou da
Sua essência sobre Adão. Nós somos formados a partir da
essência de Deus.
Adão tinha muitas tarefas. Entre essas atribuições
convém destacar: cuidar do Jardim do Éden (Gênesis 2.15),
escolher o nome de todos os animais e das aves da terra
(Gênesis 2.19-20), além de frutificar e encher a terra (Gê-
nesis 1.28).
Contudo, Deus viu a necessidade de que o homem ti-
vesse uma companhia, pois não era bom que ele estivesse
só, precisava de alguém que pudesse ajudá-lo e comple-
tá-lo (Gênesis 2.20). Assim, Deus criou Eva. Ela foi criada a
partir de uma costela que foi tirada de Adão enquanto ele
dormia (Gênesis 2.21-22). Agora o homem já não estava
mais só, tendo uma companheira idônea para se relacio-
nar.
Adão era chamado de filho de Deus (Lucas 3.38). Ti-
nha comunhão com Ele. A Bíblia narra em Gênesis 3.8-9
que Deus visitava Adão no jardim e conversava com ele.
Além disso, lemos em Salmos 8.3-8 que o homem foi co-
roado de glória e honra, e por isso foi encarregado de toda
a criação de Deus.
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O homem antes da queda era abençoado por Deus
(Gênesis 1.28a). Além do mais, ele tinha recebido o livre-
arbítrio (Gênesis 2.17 e Josué 24.15) e estava investido de
autoridade para governar (Gênesis 1.28 e Salmos 115.16).
A Bíblia começa narrando o trabalho do Criador: “No
princípio, Deus criou os céus e a terra” (Gênesis 1.1).
O momento supremo do trabalho criativo de Deus
não foi a criação de galáxias distantes ou das complexida-
des do DNA, foi a criação de seres humanos. Assim como
o resto da criação, somos o produto do trabalho de Deus.
No entanto, de forma singular e distinta de todos os outros
seres criados, somos feitos à imagem de Deus. De todas as
implicações desse fato, isso significa, principalmente, que
fomos criados para ser um refexo de Deus para o mundo,
uma reapresentação dele na terra.
Vemos isso, primeiro, em Gênesis 1.28, que diz: “Se-
jam férteis e multipliquem-se. Encham e governem a ter-
ra. Dominem sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu
e sobre todos os animais que rastejam pelo chão”. Como
todas as outras criaturas, estamos destinados a reprodu-
zir. Porém nós não fomos criados apenas para encher a
terra, como os demais animais. Nós devemos “governá-la”
e “dominá-la”, sobre tudo e sobre todos. Temos trabalho
a fazer. Não é qualquer trabalho. Trata-se de refetirmos,
através do trabalho, a própria natureza de Deus.
Deus é claramente Rei sobre a criação. Ele diz aos se-
res humanos: governem o mundo como meus represen-
tantes, os portadores da minha imagem.
Adão e Eva deveriam cultivar o jardim, fazê-lo crescer
e forescer; eles também foram lá colocados para guardá-
-lo e para protegê-lo de qualquer coisa que pudesse dani-
ficá-lo ou prejudicá-lo.
Assim como Deus criou, eles deveriam criar. Assim
como Deus governou, eles deveriam governar e cuidar. As-
sim como Deus criou um mundo frutífero e forescente, eles
deveriam proteger e promover esse forescimento e fecundi-
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dade.
O propósito original do trabalho humano era o avan-
ço do florescimento humano para a glória de Deus. Nosso
trabalho, em qualquer esfera que operemos - em casa, na
igreja, no local de trabalho - é mostrar a bondade e a mag-
niicência do caráter divino como portadores que somos
da imagem de Deus. Fazemos isso enquanto cultivamos o
jardim que nos foi coniado, para o florescimento dos seres
humanos ao nosso redor, para o louvor da glória de Deus.
Em outras palavras, o trabalho é, em primeiro lugar, ado-
ração.
É importante ressaltar que o homem já exercia o tra-
balho e isso não foi uma maldição que foi resultado da
queda. O trabalho dignifica o homem e faz parte da natu-
reza de Deus em nós que cria, constrói e gera vida ao que
está ao seu redor.
3. A QUEDA E SUAS CONSEQUÊNCIAS
A Bíblia relata que o jardim do Éden era cultivado
por Adão. Esse jardim possuía duas árvores, uma delas
era chamada de árvore do conhecimento do bem e do mal
(Gênesis 2.10).
Certo dia quando Eva estava no jardim, foi interpe-
lada pela serpente a respeito de Deus ter dito se eles não
poderiam comer do fruto de alguma árvore do jardim (Gê-
nesis 3.1). Em seguida, Eva afirmou que eles poderiam co-
mer dos frutos da árvore do jardim, exceto aqueles da ár-
vore do conhecimento do bem e do mal; se comessem,
morreriam.
Ao saber disso, a serpente cuidou de contestar essa
informação esclarecendo que certamente eles não mor-
reriam, mas passariam a ter os olhos como os de Deus,
conhecendo assim o bem e o mal.
Eva vendo a beleza da árvore, cujos frutos pareciam
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deliciosos, e, motivada também pela sabedoria que preten-
dia alcançar, resolveu experimentar. Após comer, ofereceu
ao marido. Naquele momento os olhos deles se abriram e
perceberam que estavam nus.
“Então, a serpente disse à mulher: Certamente não
morrereis. Porque Deus sabe que, no dia em que dele co-
merdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus,
sabendo o bem e o mal.“ (Gênesis 3.4-5)
“Certamente não morrereis” - ao afirmar isto ele es-
tava dizendo que Deus mentiu quando disse que “se co-
merdes certamente morrerás” (Gênesis 2.17), acusava a
veracidade de Deus, más muito pelo contrário do que a Bí-
blia nos diz, porque na verdade Satanás é o Pai da Mentira
(João 8.44).
“Se abrirão os vossos olhos” - acusava neste momen-
to que Deus não havia dado a eles um verdadeiro paraíso
más sim que o melhor ainda estava por vir quando vies-
sem “abrir os olhos”.
“Sereis como Deus” - o mesmo sentimento que Lú-
cifer despertou no coração querendo ser semelhante ao
altíssimo (Isaías 14.13-14) agora transmitia para Eva, coisa
esta que seria fácil de desmascarar pois a mulher sendo
uma criatura formada pelas mãos de Deus, não haveria
forma alguma de ser “igual a ele”, apenas tinha a essência
da semelhança.
“E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para
se comer, e agradável aos olhos, e arvore desejável para
dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, deu tam-
bém a seu marido, e ele comeu com ela.” (Gênesis 3.6).
Boa para se comer: Concupiscência da carne. Agra-
dável aos olhos: Concupiscência dos olhos. Desejável para
dar entendimento: Soberba da vida.
Analisando este três desejos rapidamente se faz um
paralelo com 1 João 2.16:
“Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da
carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não
é do Pai, mas do mundo.”
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Essa tríade que agrada ao carne, olhos e o entendi-
mento, é uma das descrições que João usa para descrever
o mundo, observe:
“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mun-
do. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele,
porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a
concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede
do Pai, mas procede do mundo” (1Jo.2.15-16).
O pecado da humanidade trouxe consequências gra-
ves para a vida humana. A partir do momento em que
Adão e Eva erraram, tiveram a sua comunhão com Deus
quebrada (Gênesis 3.22-24). Isso fez com que eles fossem
separados de Deus (Isaias 59.2 e Romanos 3.23). Essa se-
paração gerou uma mudança de natureza do homem (Efé-
sios 2.1-3) e sua morte espiritual (Gênesis 2.17).
Quando Adão pecou, a culpa entrou no mundo. Como
resultado disso, a morte passou a todos os homens (Ro-
manos 5.12), que desde o momento em que são gerados,
carregam a marca do pecado (Salmos 51.6). Assim, não há
necessidade de se ensinar uma criança a pecar, pois desde
que sai do ventre esta será sua inclinação natural (Salmos
58.3).
Além da morte espiritual, o pecado teve ainda as se-
guintes consequências sobre a vida do homem:
a) Maldição sobre o corpo - Gênesis 3.16;
b) Maldição sobre o trabalho - Gênesis 3.17-19;
c) A escravidão do pecado - João 8.34 e Romanos 6.16;
d) A escravidão de Satanás - 2 Pedro 2.19, Efésios
2.1-3 e Colossenses 1.13.
A Terra também sofreu consequências por causa do
pecado da humanidade. A primeira consiste no fato de que
ela foi amaldiçoada (Gênesis 3.17-18) e o pecado se tornou
a causa da sua destruição (Jeremias 23.10 e Oseias 4.1-4).
A consequência que esta queda logo nos primeiros
humanos foi desastrosa ao ponto da semente do pecado
passar por todos (Adão e Eva eram os representantes le-
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gais da geração humana ali no Éden, logo por nossos re-
presentante pecarem todos também fomos afetados) e
todos nascerem em pecado como diz Davi em seu Salmo:
“Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me
concebeu minha mãe.” (Salmos 51.5)
“O Senhor olhou desde os céus para os ilhos dos ho-
mens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e
buscasse a Deus. Desviaram-se todos e juntamente se ize-
ram imundos; não há quem faça o bem, não há sequer um.”
(Salmos 14.2-3).
4. O PECADO DA HUMANIDADE E A
NECESSIDADE DE UM SALVADOR
Deus prometeu a salvação antes mesmo da queda
de Adão e Eva. O Senhor declarou que o juízo sobre Sata-
nás viria através do descendente da mulher (Gênesis 3.15).
Jesus é o cumprimento dessa promessa (Mateus 1.21 e Lu-
cas 2.10-11).
A redenção do homem não estava ao seu alcance,
pois todos estavam na condição de pecadores diante de
Deus (Romanos 3.23 e Romanos 5.12).
Como a recompensa do pecado é a morte (Roma-
nos 6.23 e Ezequiel 18.4), o problema do pecado só pode-
ria resolvido através sangue (morte). Sem sangue não há
remissão de pecados Hebreus 9.11-12), com isso surge a
necessidade de um sacrifício.
Sendo assim, Deus instituiu o sacrifício (Gênesis 3.21
e Êxodo 12.3-7) e um homem sem pecado poderia fazer
isso, pois Ele seria o substituto ideal. Os sacrifícios prefi-
guravam a obra de Cristo (João 1.25 e 1 Coríntios 5.7).
O homem por si mesmo não consegue salvar-se por-
que tem uma natureza pecaminosa caída, más com o re-
dentor isto se tornou possível, porque do mesmo modo
que a morte veio por um só homem a salvação também
viria (João 3.16).
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“Sendo, pois, justiicados pela fé, temos paz com Deus
por nosso Senhor Jesus Cristo.” (Romanos 5.1)
Somente através da expiação de Cristo Jesus no cal-
vário conseguimos ser justificados pelo seu sangue, por-
que o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de
Deus é a vida eterna por Cristo Jesus nosso Senhor (Ro-
manos 6.23).