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Introdução
Assim como nunca entenderemos as regras de Deus para o casamento e seu chamado
para esposos e esposas sem o entendimento de Gênesis 2, também nunca entenderemos o
que significa ser homem — solteiro ou casado — sem estudar este capítulo de importância
vital. Gênesis 2 nos diz quatro coisas essenciais sobre o homem: quem ele é, onde está, o que
é e como deve cumprir sua vocação. Obviamente, isso é algo muito importante, essencial para
uma compreensão correta de nosso chamado como homens.
Gênesis 2.7 fala de como Deus formou o homem de maneira especial: “Então, formou
o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem
passou a ser alma vivente”. Essa criação do homem é única de duas maneiras.
Primeiro, Deus não fez nenhuma outra criatura com esse cuidado manual. Para criar
os animais, Deus simplesmente falou, e sua declaração foi suficiente. Mas Deus formou o
homem do pó, moldando-nos com cuidado paternal.
Segundo, Deus soprou no homem seu próprio sopro — o sopro da vida eterna.
Devemos perceber que isso significa que Deus fez o homem para ser diferente. Não somos
apenas mais um tipo de criatura entre muitas. Homens e mulheres são criaturas espirituais.
Antes, a Bíblia diz que Deus fez o homem “à sua imagem” (Gn 1.27). Tanto em nossos corpos
mortais como em nossos espíritos imortais (aquele sopro de vida de Deus), fomos capacitados
a conhecer a Deus e chamados a carregar sua imagem no mundo criado.
Deus nos deu uma natureza espiritual para que pudéssemos carregar sua imagem
como seus adoradores e servos. Isso é quem somos como homens.
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ESCOLA DE FUNDAMENTOS
RESTAURANDO PRINCIPIOS DA MASCULINIDADE
O próximo versículo, Gênesis 2.8, nos dá informações importantes que são facilmente
ignoradas. Depois de Deus ter feito esse homem como algo único — uma criatura espiritual —,
onde, no grande globo terrestre, o colocou? Afinal, havia apenas um Adão, que só poderia
estar em um lugar, e, durante todo o processo de criação, Deus estava claramente sendo
bastante intencional em todas as suas ações. Certamente, o posicionamento do homem seria
igualmente intencional. A resposta é: “E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, na direção
do Oriente, e pôs nele o homem que havia formado”.
O que devemos pensar sobre esse jardim? O jardim é o lugar no qual Deus se relaciona
de maneira pactual com sua criatura humana, e onde Deus leva o homem a relacionamentos e
obrigações pactuais. Em termos da história bíblica do homem, o jardim era originalmente o
lugar no qual toda a ação acontecia. Adão deveria inserir-se na obra de criação de Deus, a
começar pelo jardim, que ele deveria cultivar e trabalhar, a fim de que a glória de Deus
crescesse e se espalhasse, e para que o conhecimento de Deus se estendesse por todo o
cosmos. O onde do homem, pelo menos antes da queda de Adão no pecado (Gn 3), é o jardim:
o reino feito por Deus de relacionamentos e deveres pactuais para a glória do Senhor.
“Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a”, disse Deus a Adão e a Eva
em conjunto (Gn 1.28). Aqui começamos a ver “o quê” da masculinidade, ou seja, que Adão foi
colocado no jardim para ser seu senhor e servo. Adão deveria glorificar a Deus ao se dedicar a
frutificar em nome de Deus, começando no jardim e estendendo-se por toda a criação. Por
essa razão, Adão era o assistente de Deus, exercendo autoridade sobre a criação: “dominai
sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra” (Gn
1.28).
Essa é a vocação da humanidade como um todo, tanto dos homens como das
mulheres, mas especialmente dos homens. Deus colocou Adão em um papel de liderança em
relação a Eva, referindo-se a ela como a “auxiliadora” de Adão (Gn 2.18, 20). Deus fez a mulher
para Adão, e foi Adão quem deu nome à mulher, como havia nomeado todas as outras
criaturas; pois ele era o senhor do jardim, servindo e representando o Senhor, seu Deus, que
está acima de tudo. Adão não deveria dedicar-se, portanto, a infindáveis buscas por sua
identidade masculina; ele deveria ser o senhor e o guardião do reino criado por Deus, trazendo
glória ao Criador ao buscar espelhar a imagem de Deus como um servo fiel.
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RESTAURANDO PRINCIPIOS DA MASCULINIDADE
Gênesis 2.7–8 nos diz quem o homem é, uma criatura espiritual feita para conhecer e
glorificar a Deus; onde o homem está, colocado por Deus no coração do jardim que ele fez; e o
que o homem é, o senhor e servo da glória criada por Deus. Finalmente, avançando alguns
versículos até Gênesis 2.15, aprendemos como o homem deveria cumprir seu chamado:
“Tomou, pois, o Senhor Deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o
guardar”.
Cultivar e guardar: aqui está o como da masculinidade bíblica, o mandato da Escritura para os
homens:
Cultivar. Cultivar é trabalhar para fazer com que as coisas cresçam. Envolve nutrir, cultivar,
cuidar, construir, orientar e governar.
Com base no ensinamento de Gênesis 2, os homens devem entrar no mundo que Deus
criou como os homens que ele nos fez para ser, senhores e servos sob sua autoridade, a fim de
que possamos cumprir nosso mandato: cultivar e guardar.
A aventura começa
Deus tem algo muito mais empolgante para você e para mim; pois é em obediência às
Escrituras que a aventura da vida de um homem realmente começa. Deus nos chama para
carregar sua imagem no mundo real, neste jardim que foi corrompido pelo pecado, mas está
sendo redimido pelo poder da graça de Deus em Cristo. Ele nos chama para fazer isso na
condição de líderes e servos na causa definitiva de espelhar a glória de Deus e frutificar o amor
de Deus em relacionamentos reais. Este é o Mandato Masculino: que sejamos homens
espirituais colocados em relacionamentos definidos por Deus no mundo real, como senhores e
servos sob Deus, para dar o fruto de Deus ao servir e liderar.
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