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APOSTILA 3 - RESSURREIÇÃO E IMORTALIDADE

AULA 8:
DIVERGÊNCIAS ENTRE (EXPERIÊNCIAS, NARRATIVAS E APARIÇÕES DE JESUS NA
RESSURREIÇÃO) E A HISTÓRIA: Não há condição de dizer com exatidão quando Jesus ressuscitou
dentre os mortos por não ter havido testemunhas de vista do ato de Deus e assim, não se pode
classificar o evento como acontecimento histórico, apesar de haver testemunhas das aparições do
Senhor ressuscitado e de haver testemunhas do túmulo vazio.

1) A CRISE DOS HISTORIADORES:


Isso cria o problema de que alguns historiadores consideram os milagres de Deus como mitologia
e falta de senso do homem moderno.
Para estes, a ressurreição entre os mortos, seria inconcebível e que apenas consideram a
ressurreição como uma suposta aparição mental de fé em Jesus.O que a crítica histórica fala é que os
primeiros discípulos chegaram a crer na ressurreição, mas não explica como nem o porquê.
Alguns estudiosos pensam que os discípulos apenas imaginaram ter visto Jesus como outros
falam de supostas lendas mitológicas de falsos deuses gregos, mas a verdade é que a ressurreição é
um milagre impossível de comprovação, visto ter pertencido ao passado.
Alguns historiadores acham que essa tradição poderia ter sido distorcida com o tempo, mas estes
mesmos não têm base segura para explicar essa possível mudança.
E afinal, que outra explicação histórica da existência da fé na mensagem da ressurreição de Jesus
existe, a não ser da contida nos evangelhos, que são nossa fonte segura de informação primitiva e
original? (2 Tm.3:16).Se a história é baseada em documentos e arquivos históricos, o que dizer de
documentos de lendas não dignas de confiança?
A história é a narrativa de fatos mediante esforço do historiador moderno de reconstituir o passado,
mediante uso crítico de arquivos e documentos antigos.

2) O GRANDE ENFRENTAMENTO FILOSÓFICO SOBRE A RESSURREIÇÃO NO MESMO CORPO:


O enfrentamento da questão da ressurreição de Jesus leva o homem à uma nova realidade sobre
sua própria existência:
* Ou se encara a realidade da ressurreição como Palavra de Deus, sendo fato histórico;
* Ou não se aceita essa verdade como acontecimento histórico e se afasta da realidade da fé
verdadeira.Jesus ressuscitou em favor de todos, visando um futuro de glória e majestade eternas
esperado por todos os que crêem nEle, como Deus.Os homens podem narrar acontecimentos ocorridos
entre os primeiros cristãos, mas não podem provar historicamente o transcendente.
A fé e a esperança cristã (Fp.1:20; Cl.1:5; 2 Ts.2:16) com relação ao futuro, surgiu com a
ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos e suas aparições aos discípulos.
Neste futuro de perspectiva cristã baseado na morte e ressurreição de Jesus, a influência
histórico-universal no cristianismo fica excluída, pois o homem racional, natural, não entende a história
universal, apocalíptica e assim, sem fé, não pode entender ou adentrar nesse plano divino.
Analisando o resumido apocalipse de Marcos 13, Jesus não fala de uma aplicação moral como
uma parábola, mas de uma realidade futura.
A experiência cristã não é um formulado resumido de doutrinas filosóficas oriundas de pesquisas,
comparações ou seleções de fatos históricos diversos no mundo, originando literaturas ou belos
enredos, mas é extraído de realidades baseadas em experiências de pessoas em todas as classes
sociais, nações e tempos, confrontadas com as promessas de Deus já cumpridas através dos tempos.
Realmente não cabe aos homens quererem comprovar o caráter dos milagres através da pesquisa
histórica ou pelos métodos da história.
Não cabe ao homem procurar fazer com que a vontade de Deus se limite a do ser humano ou que
a liberdade de ação do Criador se limite à compreensão humana.Deus não é obrigado a agir da mesma
forma em todos os seus atos e não deve explicação ou obediência a ninguém.
Realmente, à luz do conhecimento científico moderno, é difícil ou até impossível crer em milagre,
como a ressurreição corporal do ser humano, mas Deus não está sujeito à nossa experiência com Ele,

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pois nEle não há limite de ação ou de conhecimento.A obra de Deus em Jesus foi eterna (Hb.7:27) e
quem tentar comprovar a veracidade da ressurreição de Jesus pela historiologia ou método histórico-
crítico, estará inseguro porque não há evidências suficientes para persuadir uma mente fechada a
entender a fina realidade espiritual dos relatos pascais.

3) PERGUNTAS IMPORTANTES:
* Seria justo classificar pessoas de “hereges”, porque afirmam que Jesus não ressuscitou
no mesmo corpo físico no qual Ele morreu?
* Qual é a importância de pregar que Jesus ascendeu ao céu com um corpo físico?
* Não bastaria apenas concordar que de fato Ele ressuscitou, que sua tumba está vazia e
que Ele venceu o poder da morte?
Que diferença faz se Jesus realmente ressurgiu no mesmo corpo de carne no qual viveu e
morreu? A resposta para estas questões encontra respaldo em elementos históricos e teológicos.

4) A RAZÃO PRIMORDIAL DOS QUESTIONAMENTOS:


Há uma razão primordial para a conexão entre o fato da ressurreição física e a verdade do
cristianismo: não há nenhuma evidência real capaz de diferenciar entre uma ressurreição imaterial e
uma não-ressurreição.
Como poderíamos provar a ressurreição de Jesus se ela fosse apenas espiritual?
Um corpo imaterial não tem nenhuma conexão verificável com um corpo material. O único modo
objetivo pelo qual o mundo poderia saber que Cristo ressuscitou era pela ressurreição material (da
carne) do corpo no qual Ele morreu. Como o poeta John Updike declarou: “Se Jesus não ressuscitou
com o mesmo corpo em que morreu, se a dissolução de suas células tomaram seu corpo, se suas
moléculas não se reanimaram, se seus aminoácidos não reacenderam, a Igreja sucumbirá!”

5) QUANTO AO CORPO PÓS-RESSURRETO DE CRISTO:


Existem acadêmicos que realmente acreditam que Jesus deixou para trás uma tumba vazia,
entretanto, o corpo de sua ressurreição foi invisível e imaterial em sua natureza.
Distorcem os ensinamentos do apóstolo Paulo e ensinam que “o corpo futuro (ressurreto) dos
crentes não será carnal, mas unicamente um corpo espiritual”.
Afirmam erroneamente que Paulo foi convencido de que o Cristo que lhe apareceu no caminho de
Damasco pertenceu a outra ordem de existência, diferente daquela que os discípulos conheceram em
carne, onde “O Cristo ressurreto não possuiria um corpo físico, mas um corpo espiritual”.
Outros ainda afirmam que “depois da ressurreição de Jesus o estado essencial de seu corpo era
de invisibilidade e imaterialidade” e acham que o corpo de ressurreição dos cristãos não será carnal de
forma alguma.Acreditam que o corpo ressurreto de Jesus não era o mesmo corpo físico que Ele possuiu
antes de sua morte, mas uma espécie de segunda incorporação.

6) O FALSO ESPIRITISMO CRISTÃO:


(Que combate a ressurreição de Cristo):
Estudaremos agora um exemplo de como a verdade histórica pode ser entendida errada, usando
uma abordagem aparentemente bíblica, mas equivocada por mentiras.
A verdade é que Jesus fala de ressurreição corporal, idêntica à dEle.
Reencarnar é a idéia apartente de um processo de expiação e auto-redenção, mas não é um
tipo de Ressurreição, como entendem os espíritas, a libertação do espírito.
Assim fosse, cada um teria sua ressurreição individual. Jesus afirmou que haverá um dia
determinado para a ressurreição (Jo 5.25; 6.44,54; 1 Ts 4.16-17).
O Espiritismo kardecista ou Espiritismo Cristão (que nada tem de Cristo) são a mesma coisa. Allan
Kardec não fez menção alguma à ressurreição de Jesus nos seus livros “O Evangelho Segundo o
Espiritismo” e Livro dos Espíritos os “espíritos”, pois a ressurreição de Jesus é doutrina fundamental do
Cristianismo e se Jesus não tivesse ressurgido dos mortos, então não seria o Messias prometido, e suas
palavras não teriam nenhum sentido.

DIFERENCIANDO REENCARNAÇÃO X RESSURREIÇÃO:

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Reencarnação: Reencarnação é a volta do espírito ao plano material. Quando o homem morre, o
corpo desce à sepultura e o espírito segue para o mundo espiritual. A doutrina da reencarnação sustenta
que o espírito retorna à vida terrena, em novo corpo, tantas vezes quantas sejam necessárias. O
objetivo desse retorno "é fazê-los chegar à perfeição" e proporcionar um "melhoramento progressivo da
Humanidade". "As reencarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porque o progresso é
quase infinito" (Quesitos 132, 167 e 169 do Livro dos Espíritos).

Ressurreição: De acordo com o ensino da Bíblia Sagrada, só há uma separação corpo-espírito,


i.e., o homem só morre uma vez: "E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois
disso o juízo, assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá
segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação" (Hebreus 9.27-28). Como vimos, o
homem morre e fica aguardando julgamento. Haverá um dia em que todos serão julgados.

O USO DE TEXTOS BÍBLICOS DETURPADOS POR ALLAN KARDEC:


QUANTO À RESSURREIÇÃO: DO CORPO OU DOS ESPÍRITOS?
1 Co.15:50 - Os espíritas usam o versículo 50 “E agora digo isto, irmãos, que a carne e o
sangue não podem herdar o reino de Deus...”, onde Kardec tenta convencer que não pode haver
ressurreição corporal, mas não lê o versículo 51 em que Paulo diz que “todos seremos transformados”.
Resposta Bíblica Correta: A ressurreição é do corpo e o Espírito não ressuscita porque tem
vida eterna.Ressurgir significa tornar a surgir e não se pode empregar este termo com relação aos
espíritos humanos, que não morrem.
Retornando ao mistério, os mortos em Cristo ressuscitarão, porém, num corpo transformado; um
corpo glorioso, poderoso, espiritual, adequado às regiões celestiais.
O corpo será o mesmo que desceu à terra, porém revestido de incorruptibilidade, de imortalidade.
Daí haver Paulo dito: “os mortos ressuscitarão incorruptíveis” (1 Co15.52).São os mortos que
ressuscitarão, e não os espíritos. A ressurreição dos crentes será a grande vitória sobre a morte. Assim
como Cristo venceu a morte, nós, com Ele, venceremos (1 Co 15.54; Hb 22.14). Quando a Bíblia fala em
ressurreição dos mortos está se referindo à ressurreição corporal destes. Temos a evidência da
transformação “dos corpos” (1 C0.15:42-43).

QUANTO À APARIÇÃO DE JESUS APÓS SUA RESSURREIÇÃO:


Mt. 27:52-53 - Com relação ao aparecimento corporal de Jesus pós-ressurreição, o Espiritismo
atribui o evento à ectoplasmia, ou seja, a capacidade que tem o espírito de materializar-se.
Resposta Bíblica Correta: Nada mais fantasioso do que esse argumento.
Lê-se, ali, que os mortos saíram dos sepulcros logo após a ressurreição de Jesus. Se considerada
a hipótese de materializações ou de perispíritos, não haveria necessidade de os corpos reviverem,
porque as materializações se processariam independentes do corpo morto.
A passagem apresentada como prova é um prenúncio da ressurreição coletiva dos crentes,
quando da vinda de Jesus. A trasladação de Enoque (Gn 5.24; Hb 11.5) e Elias (que não morreram) - (2
Rs 2.11) confirma a possibilidade da ressurreição corporal.
Jesus ressuscitou corporalmente, apareceu a centenas de pessoas, e virá em glória, segunda vez,
para arrebatar a sua Igreja. Nesta ocasião, haverá uma ressurreição coletiva dos santos, (1 Ts 4.16-17).
No final dos tempos, após o Seu reinado de mil anos, os ímpios também ressuscitarão,
coletivamente, para receberem a condenação eterna (Ap 20.5).

MENTIRAS E CONTRADIÇÕES TEOLÓGICAS DO ESPIRITISMO:


* Kardec diz não acreditar na possibilidade de um corpo morto voltar à vida Ele declara que
...”a ressurreição dá idéia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser
materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo
dispersos e absorvidos” (E.S.E. cap. IV, item 4).
* Kardec diz que Jesus foi a Segunda Revelação de Deus e que Ele foi apenas um Espírito
Puro – (mas não Deus) - que veio à terra com a missão divina de ensinar aos homens e que tais
virtudes e títulos colocam Jesus numa condição de insuspeito em tudo aquilo que nos revelou. (Mas não
acredita Mt 26.32; Mt 16.21; Mt 20.19; Jo 2.22; Mt 28.6-7;Jo 5.28-29; 6.39-40,44,54;1 Ts.4.16; 1Co
15.23; Hb.9:27; Ap. 20.4-5, 12-13).

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* Kardec diz que a morte é a própria ressurreição - tenta dizer que “com a morte do corpo, o
Espírito se libertaria para o plano espiritual”, como se significasse uma ressurreição. No livro O
Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo VI-5, Kardec registrou a palavra de um “espírito”, que diz ser
Jesus, nos seguintes termos: “A MORTE É A RESSURREIÇÃO, sendo a vida a prova buscada e
durante a qual as virtudes que houverdes cultivado crescerão e se desenvolverão como o cedro... (O
Espírito de Verdade – Paris, 1860)”. Mas o Jesus bíblico afirmou que a verdadeira ressurreição dar-
se-á num momento futuro, e não logo após a morte: (Jo 5.28).
* Kardec diz não há condenação eterna - o “Jesus” de Kardec disse que “meu Pai não quer
aniquilar a raça humana”, mas Jesus disse que viria com todos os santos anjos para julgar. Os
condenados seriam enviados para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos (Mt 25.31,32,41);
* Kardec diz que a morte e a vida têm uma mesma dimensão temporal - o “Jesus” de Kardec
exorta mortos e vivos a uma mútua ajuda, mas Jesus nos ensinou na história do rico e Lázaro que os
mortos não podem ajudar os vivos (Lc 19.19-31).
* Kardec diz que a verdade está nos espíritos mortos e não nos vivos - o “Jesus” de Kardec
conclama a todos para não mais ouvirem a voz dos profetas e dos apóstolos, e sim a voz dos mortos,
mas o Jesus bíblico, pela história de rico e Lázaro, ensina que devemos ouvir Moisés e os profetas, ou
seja, a Palavra (Lc 16.29). Já ressurreto, Jesus recomendou que o Seu evangelho fosse pregado. (Mt
24.14).* Kardec diz que só há dois mandamentos (diferentes da Bíblia) – o “Jesus” de Kardec falou
de dois mandamentos: (a) Os espíritas deverão amar uns aos outros; e (b) todos devem adquirir
conhecimento. Mas o Jesus bíblico citou mandamentos diferentes: “Amarás o Senhor teu Deus de todo
o teu coração, de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento; amarás o teu próximo como a ti
mesmo” (Mt 22.37-40).
* Kardec afirma um caminho espiritual diferente do que a Bíblia Prega – o “Jesus” de Kardec
disse que o caminho que conduz ao reino de Deus é “reto e largo”. É evidente que o caminho indicado
pelo Espiritismo é largo, folgado, sem dificuldades: sem pecado, sem inferno, sem juízo final, sem
necessidade de perdão, todos atingirão a plenitude, o clímax, a perfeição, mediante sucessivas
reencarnações. Mas o Jesus da Bíblia disse que “estreita é a porta e apertado” (Mt 7.14).
* Kardec deturpa passagens bíblicas para legitimar sua falsa crença reencarnacionista –
Afirma que haverá “ressurreição de espíritos e não de corpos” – usando o texto bíblico, conforme
mencionado acima.
* Kardec quer "filtrar" as palavras de Jesus e dos discípulos e apóstolos, vendo só aquilo que
lhe apraz. Não é a toa que existe o "Evangelho Segundo o Espíritismo". A Bíblia, tal a como
conhecemos hoje, é lacrada e canônica, não tendo outro escrito além dela, como livro máximo, para os
cristãos. Mas as seitas tentam tirar o que lhe agradam e interpretam a seu prazer os textos. Pelo visto, o
autor diz que as palavras dos evangelistas, quando não se conformam à sua doutrina, são só opiniões,
pois as seitas não interpretam o Evangelho como TODO inspirado.
* Kardec impõe dúvida quanto aos milagres de Cristo - como sinais de Sua divindade, tentando
passar a idéia de que todos os milagres tiveram explicação científica, tentando, talvez, onerar Cristo de
seu papel neles e procura culpar a Igreja de conspiração, alteração e guarda de segredos, que podiam
acabar com ela.
Kardec insinua que milagres não são privilégio só da religião cristã e que outras religiões tem ou
tiveram também milagres ou atos miraculosos, alegando que a Igreja só teve como resposta a eles que
eram coisa do demônio.Segundo a Igreja, a divindade do Cristo está firmada pelos milagres, que
testemunham um poder sobrenatural.
Esta consideração pode ter tido certo peso numa época em que o maravilhoso era aceito sem
exame; hoje, porém, que a Ciência levou suas investigações até as leis da Natureza, há mais incrédulos
do que crentes nos milagres, cujo propósito maior é desacreditar ou explorar.
* Allan Kardec discorre sobre as palavras de Cristo (lembre-se que ele parece querer ter dito
que as palavras de Cristo e a dos apóstolos que vão ao encontro das idéias de Kardec é que valem e
que se há discordância era só "opinião pessoal" do hagiógrafo?) e se elas provam que Ele era Deus.
* Kardec passa um "filtro" naquilo que não lhe agrada, dizendo que "só vale a palavra de
Cristo e que se algum discípulo insinuar que Jesus era divino, era só opinião dele". Os espíritas não
crêem em toda a revelação bíblica e que ela é TODA inspirada e só partem para as palavras que eles
gostam, descartando toda exegese e hermenêutica bíblica.

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* kardec rouba o conhecimento bíblico como se fora dele próprio, fazendo uma "pré-seleção"
de versículos que parecem ir ao encontro do que querem e ignora totalmente o contexto Encarnação,
missão, messianidade e natureza de Cristo, só interpretando os versículos literalmente, sem se
preocupar com o contexto e a missão de Jesus ("Emanuel").
* Kardec confunde a todo momento a Pessoa de Cristo como Mediador, inserindo que Ele só
fosse um homem. A Trindade não são três deuses mas três Pessoas num Deus. Jesus tinha a dupla
natureza: humana e divina, que os espíritas confundem. Kardec, em Lc. 23.46:

SE O QUE SÓ VALE É O QUE JESUS DISSER:


* Jesus disse que veio de Deus (Jo. 8.42)
Kardec interpreta este versículo isoladamente, ignorando o painel todo, querendo usar este
versículo para provar que Jesus não é Deus. Mas o verbo Porque eu vim de Deus (ego gar ek tou theo
exelthon). Segundo aoristo ativo indicativo de exercomai, evento histórico definido (a Encarnação).
Em todos os momentos vemos que Jesus fazia tudo em uníssono com o Pai, não que era inferior a
Ele. Jesus veio de Deus, portanto, tinha a mesma natureza que Ele.
Não foi criado, mas era co-existente com Deus.
Por comunicação com a essência divina, assim como a união do divino logos com a natureza
humana. Cristo não veio de Si mesmo, como os falsos profetas (Jr. 23.21). Cristo não era só um humano
pregador, mas Deus feito carne no meio de nós.
* Jesus disse: EU SOU – (Jo.8:28)Quer dizer que Jesus estava evocando o mesmo título que
Deus anunciou em Ex. 3.14. Lá Deus disse que "EU SOU O QUE SOU". Não era um nome, mas uma
afirmação do que Deus é. Jesus afirmou isto para si, portanto, Jesus é Deus. Cristo estava querendo
dizer que "Abraão veio à existência", enquanto "Eu Sou" ou seja, "Eu existo de eternidade a eternidade.
* Jesus disse: quem receber a mim recebe aquele que me enviou (Lc.9:48)
Entendendo literalmente o versículo e isolando-o fica fácil pensar que Jesus e Deus eram duas
pessoas separadas e com nada em comum em natureza a não ser objetivo. Os espíritas discordam da
Encarnação, onde Deus se fez homem para nos salvar. Jesus é Jeová, não três deuses, mas UM Deus
em TRÊS pessoas (o Espírito Santo procede do Pai e do Filho).
Allan Kardec aparentemente não entende a relação DEUS PAI e DEUS FILHO aqui e deduz: Jesus
deve ser subordinado ao Pai. Mas isto leva a estranhas conclusões.
O dogma da divindade de Jesus se baseou na igualdade absoluta entre a sua pessoa e Deus, pois
que ele próprio é Deus.
Allan Kardec discorre sobre estes versículos dando a idéia de que Jesus e Deus são
independentes e que Jesus não era divino. Mas Aquele que me enviou, não só comprovam uma
dualidade de pessoas, mas também, como já o dìssemos, excluem a igualdade absoluta entre elas,
porquanto aquele que é enviado necessariamente está subordinado ao que envìa. Não vim de mim
mesmo; foi ele quem me enviou.
* Jesus disse: o Pai é maior do que eu" (Jo.14:28)
Este é o versículo preferido para distingüir entre Jesus e Deus. Mas estaria aqui Jesus sendo
excluído da divindade? Em Jo.10.30 Jesus disse que Ele e o Pai eram um? Jesus não estava falando de
Sua natureza com relação ao Pai, mas de Sua condição. Ele disse que atualmente (quando estava
vivendo aqui) era um Servo, numa situação humilhante (passando tentações, etc.).
Mas, ao partir, teria a condição que tinha com o Pai (aí, sim, igualdade).
Jesus dizia ter atributos que só Deus possui. (Mt. 23.34) - "Por isso, eis que EU vos envio profetas,
sábios e escribas." - O "EU" em grego é bem enfático. E quem é que enviava profetas e sábios no
Antigo Testamento? Deus.
Jesus disse: mas o assentar-se à minha direita e à minha esquerda não me compete
concedê-lo; é, porém, para aqueles a quem está preparado por meu Pai" (Mt.20:23)
Este texto tem sido muito usado para negar a divindade de Cristo e Sua igualdade para com o Pai,
como se servisse a seu propósito, porque Cristo aqui nega Seu poder para dispor do reino do céu; mas
em outros versículos, ele afirma o contrário: (Jo. 10:28 17:2).
Cristo aqui não fala do que estava em Seu poder, mas do que era seu ofício como Mediador;
assim, Seu trabalho era encorajar Seus discípulos para que lutassem com bravura na fé, não dar as
coroas a eles. Cristo não nega que isto estava em Seu poder mas só que estava em Seu poder dar esta
preferência a qualquer um exceto para aqueles a quem o Pai tinha preparado.

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Tudo isso já estava ordenado e determinado por Deus, e só ele poderia dispor do reino de Deus
segundo a deliberação eterna. Para mostrar a ordem da ação da Trindade, atos de poder e providência
são dirigidos ao Pai apesar de que em outras escrituras parece que o Filho neles coopera com o Pai.
* Jesus disse: Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é Deus." (Lc.18:18-
19): Kardec parte da dedução que Jesus não era igual a Deus e afirmava ser inferior a Deus, inclusive
em apectos de poder e qualidades morais.
Esta passagem, como esteve nas edições comuns, foi considerada por alguns escritores como
uma inequívoca prova contra a Divindade de Cristo.Uma pessoa muito instruída, numa nota deste
versículo, assim conclui: "Então, nosso Salvador não pode ser DEUS: e a noção de, eu não sei do que,
uma Trindade na unidade.
Neste versículo Jesus não nega Sua divindade. Ele quis dizer que só Deus seria "bom"?
Impossível, pois assim Ele contradiria Suas próprias palavras em Mt. 25.21: E o "bom" aqui é o mesmo
de Lucas, em grego (agathos, que significa "de boa constituição ou natureza" e "excelente").
De fato, este versículo, em vez de favorecer o espiritismo, na verdade o confunde.
* Jesus disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou" (Lc.23:46)
Na tradução que Kardec usou diz "meu ser", mas está errada. No original diz pneuma, em grego
"espírito". Bem, aqui, lógico, ele quer diferenciar de novo o Pai do Filho, se esquecendo da Encarnação
e da mediação do FIlho. Jesus aqui não entrega o Espírito Santo, Sua divindade, mas Sua alma humana
(afinal Jesus era Deus e homem). Deus o Pai é o Deus de Cristo como homem, quem preparou, formou,
ungiu, apoiou, e glorificou Sua natureza humana; e em nesta natureza, ele orou a Ele como Seu Deus,
crendo nele, amando e obedecendo-lhe como tal.
Kardec faz confusão com a palavra "gerar" como dando a idéia de Jesus ter sido criado Em Sl. 2.7
("Tu és meu Filho, hoje te gerei") é um reconhecimento solene desta relação.
A interpretação desta passagem para descrever a inauguração de Cristo como Rei Mediador, de
maneira nenhuma impugna Sua natureza divina.Em At. 13.33 - "Gerar", aqui não significa que Jesus é
criado, mas que Deus livrou da morte pela ressurreição. Deus "gerou" a Jesus, ou a Segunda Pessoa,
na Encarnação, quando se manifestou carne.

REFUTAÇÃO AO ESPIRITISMO:
* JESUS EM CORPO GLORIFICADO:
Jesus passou por portas fechadas (Jo.20:19; Jo.20:26), como espírito e também comeu como
carnal (Lc. 24:36-43) e mostrou suas chagas e marcas a Tomé (Jo.20:25-27) e isso são características
de um corpo glorificado, o mesmo anterior. Falar sobre ressurreiçãoEntenda-se que A redenção em
Jesus não se limita ao espírito recriado. Deus deseja que seu plano de redenção alcance todo o homem,
assim compreendido corpo, alma, espírito. (Rm 8.11; Rm 8.23)

* ONDE ESTÁ O CORPO DE JESUS?


Se o que o espiritismo dizia era verdade e Jesus foi reencarnado, o que dizer quanto ao
desaparecimento do corpo crucificado de Jesus? O sepulcro onde O puseram estava fortemente
guardado, segundo a Escritura do Novo Testamento (Mt 27.64-66). A ninguém interessava roubar o
corpo de Jesus; nem aos seus discípulos, fracos, perseguidos e desanimados; nem aos seus inimigos,
temerosos de que o corpo desaparecesse (Mt 27.64).

7) O QUE ACONTECERIA SE JESUS NÃO TIVESSE RESSUSCITADO NO MESMO CORPO?


O apóstolo Paulo listou uma série de conseqüências relacionadas à negação da ressurreição
física: * Haveria o problema da autenticidade de nossa fé:
Se Cristo não ressuscitou, então: nossa fé é inútil; nós ainda permanecemos em nossos pecados;
os que dormiram em Cristo estão perdidos; os apóstolos são falsas testemunhas; e somos os mais
miseráveis de todos os homens (1Co 15.14-19).
Além dessas conseqüências resultantes da negação literal (carnal) da ressurreição, há outros
problemas teológicos cruciais.
* Haveria o problema da criação:
Deus criou o universo material (Gn 1.1) e tudo o que criou “era muito bom” (v. 31). O pecado,
porém, trouxe a morte (separação) e deteriorou a criação de Deus (Rm 5.12) e por causa do pecado “a
criação ficou sujeita à inutilidade (Rm 8.20).

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A criação tem gemido e esperado pela libertação da servidão da corrupção para a liberdade da
glória dos filhos de Deus (Rm 8.21).
Igualmente, nós, os crentes, “esperamos avidamente pela nossa adoção como filhos, a redenção
de nossos corpos. Porque nesta esperança somos salvos” (Rm 8.23,24).
Considerando que a criação material de Deus caiu, ficou claro que, para que a redenção fosse
efetivada, teria de restabelecer esta criação material.
Os humanos pecam e morrem em corpos materiais e devem ser resgatados nos mesmos corpos
físicos. Qualquer outro tipo de libertação seria uma admissão de derrota. Igualmente, por causa da
queda do homem, a criação toda de Deus foi entregue à decadência para a recriação de um céu novo e
uma nova terra (Ap 21.1-4).
Se a redenção não restabelecer a criação física de Deus, incluindo nossos corpos materiais, então
o propósito original de Deus, criando um mundo material, teria sido frustrado e impediria a soberania de
Deus em seu propósito criativo e graça redentora.
* Haveria o problema da encarnação:
A negação de que Cristo veio ao mundo em carne humana é chamado de docetismo.
Conseqüentemente, a negação de que Cristo ressuscitou em carne humana é uma espécie de
neodocetismo.
Ambos minimizam a humanidade plena de Cristo, o primeiro (docetismo) antes da ressurreição, o
outro (neodocetismo), depois da ressurreição.
O docetismo foi o termo usado para designar uma seita que surgiu dentre o gnosticismo. O
apóstolo João escreveu sua epístola advertindo a igreja contra aqueles que negavam que “Jesus Cristo”
veio em carne (1Jo 4.2).
Tal declaração joanina insinua que Jesus veio em carne no passado e permanecia na carne
quando o apóstolo escreveu estas palavras, após a ressurreição e adverte contra os “que não
confessam que Jesus Cristo veio em carne” (2Jo 7).
João considerava um erro doutrinário negar a carne de Cristo, tanto antes como depois de sua
ressurreição. A razão é óbvia: a carne humana faz parte da nossa verdadeira natureza humana criada
por Deus. Conseqüentemente, negar que Cristo ressuscitou em carne humana é privá-lo da plenitude de
sua natureza humana.
* Haveria o problema da salvação:
Se Jesus não ressuscitou fisicamente, não há salvação (Rm 10.9), a ressurreição é o centro do
evangelho pelo qual somos salvos (1Co 15.1-5).
A salvação é vitória sobre a morte (1Co 15.54,55). Como a morte foi o resultado do pecado, e
envolve diretamente o corpo material, o corpo que é ressuscitado deve ser material, para que ocorra
uma vitória real sobre a morte.
Fracassar na confissão de que Cristo ressuscitou em um corpo material lança por terra todo o
evangelho de Cristo. Se Cristo ressurgiu no mesmo corpo físico no qual Ele morreu, podemos dizer que
“Cristo efetuou a conquista sobre a morte” e conseqüentemente, a ressurreição de Cristo foi e a
ressurreição dos cristãos também será física em sua natureza.
Um desvio nessa confissão representa a aniquilação dos propósitos redentivos de Deus para com
a raça humana.
* Haveria o problema da decepção:
Haveria um grande problema moral, pois para os que achavam os aparecimentos de Cristo como
meras “materializações” realizadas com o fim de convencer os discípulos da realidade de sua
ressurreição, mas não exatamente sua materialidade.
Jesus disse: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo; apalpai-me e vede, pois
um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que eu tenho” (Lc 24.39).
Jesus desafiou Tomé a tocar em suas cicatrizes e a “deixar de ser incrédulo e ser crente” (Jo
20.27).
Pela correlação e identificação das cicatrizes com o corpo antes da ressurreição, a única
impressão que estas palavras poderiam causar na mente dos discípulos era de que Jesus obviamente
estava reivindicando ter literalmente ressuscitado no mesmo corpo em que morreu, um corpo material,
tangível, palpável.
Ou cremos desta forma ou somos impelidos a dizer que Jesus ludibriou (enganou)
descaradamente os seus seguidores. Qual alternativa se harmoniza com o evangelho?

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* Haveria o problema de imortalidade:
A negação da natureza material do corpo da ressurreição é fatal para a crença cristã da
imortalidade.
Ao contrário dos gregos antigos, os cristãos acreditam que a verdadeira imortalidade envolve a
pessoa inteira, inclusive seu corpo, ou seja, não se trata somente da continuidade da existência da alma.
Se Cristo não ressuscitou no mesmo corpo físico em que Ele morreu, então não temos nenhuma
esperança real de que atingiremos a verdadeira (plena) imortalidade.
Paulo declarou que “Jesus Cristo, aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo
evangelho” (2Tm 1.10; 1Co 15.55; 1Co 15.18).
* Haveria o problema da verificação:
Uma ressurreição imaterial não possui valor comprobatório algum. Se Cristo não ressurgiu no
mesmo corpo material que foi encerrado na tumba, então a ressurreição perde totalmente o seu valor
como uma evidência para a reivindicação de sua divindade.
Entretanto, vemos nos evangelhos que Jesus freqüentemente apontou sua ressurreição como
prova cabal de suas reivindicações (Jo 2.19-22; 10.18;Mt 12.39,40).
Os apóstolos também ofereceram os aparecimentos da ressurreição de Jesus como sendo “muitas
provas convincentes” (At 1.3).
Eles empregaram o fato da ressurreição inúmeras vezes como um dos principais fundamentos da
pregação ousada e destemida que empenhavam (At 2.22-36; 4.2,10; 13.32-41; 17.1-4,22-31;At 17.31).

8) PROVAS DA RESSURREIÇÃO NA CARNE:


Mas, através dos séculos, os cristãos ortodoxos sempre confessaram o credo dos apóstolos:
“Creio na ressurreição da carne”.
Esta confissão de fé na ressurreição “carnal” dos crentes é fundamentada na fé da ressurreição do
corpo de Cristo.
Apesar da convicção inabalável da igreja histórica na ressurreição da carne, existem, em nossos
dias, alguns que se julgam ortodoxos, mas não aceitam esta doutrina.
No passado, também houve aqueles que se apartaram dessa confissão pregada pelo cristianismo
apostólico, negando a realidade da ressurreição.
Hoje, igualmente, alguns continuam sendo tentados a mudar de rumo negando a materialidade da
ressurreição.
O que nos chama a atenção nisso tudo é que os tais não têm dificuldades em pregar uma “tumba
vazia” enquanto, de forma irônica, negam que um corpo material (carnal) possa ter emergido desta.
Em resumo, enquanto negam a materialidade da ressurreição, confessam sua objetividade, e,
baseados nesta confissão, concluem que detém uma fé bíblica.

9) QUANTO AO PROPÓSITO DOS EVANGELHOS:


O Evangelho não pode conter lendas: Paulo não teria nenhum motivo para largar a Lei e a sua
posição de destaque perante o Sinedrio e os políticos da época para seguir e morrer por uma lenda.
Se você analisar a datação dos Evangelhos e os livros que compõem o Novo Testamento, você irá
perceber que muitas das testemunhas oculares estavam vivas e qualquer informação lendária poderia
ser refutada pelos discípulos e outras testemunhas, assim sendo, as lendas não teriam sucesso.
Para que uma lenda venha a vingar é preciso que as informações que são passadas não tenha
nenhuma prova testemunhal,é defendido por alguns estudiosos que só depois de 4 a 8 gerações, as
lendas tem seu lugar ao sol devido as informações se perdem no tempo e ninguém poder refuta-las.
* Lucas foi escrito por volta do Ano 60 DC, provavelmente em Cesaréia;
* Mateus foi escrito em Antioquia entre os anos 60 e 65 dC;
* Marcos foi escrito entre os anos 60 e 65 dC, em Roma.
* João foi escrito na Cidade de Éfeso, provavelmente entre os anos 90 e 96 d.C.
Segundo a tradição oral, pelo menos uma geração estava se indo depois dos acontecimentos da
vida de Jesus.
Durante o período intermediário, o material referente aos eventos narrados pelos evangelistas
foram preservados na Igreja e repassados de boca em boca, de pessoa para pessoa pela tradição oral.
A verdade é que as narrativas da ressurreição contêm direcionamentos específicos como por
exemplo, Lucas foi escrito para os gregos para demonstrar a existência de Deus; Mateus foi escrito para

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os judeus convertidos, mostrando Jesus em análise às passagens do Antigo testamento para explicar o
motivo de sua vinda; Marcos foi escrito para os cristãos romanos dando ânimo nas perseguições anti-
cristãs.
Além disso, os evangelhos evocam narrativas direcionadas especificamente para as comunidades
de Mateus, Marcos e Lucas, representando os judeus convertidos, os crentes vivendo entre os romanos
e os crentes em sociedades de influência grega.
Assim, é interessante afirmar que as narrativas da ressurreição teriam que serem direcionadas
diretamente para o entendimento destas comunidades, visto terem influências diferentes, como que
contemplando o mesmo assunto de maneira diferente.
As experiências e julgamentos dos discípulos naturalmente possuem uma visão escatológica de
expectativas, esperanças e questões levantadas no futuro prometido por Jesus, como por exemplo, o
cumprimento das profecias aos judeus, o destino quanto o corpo aos gregos e as relações entre a
praticidade das obras e a utilização e propósito da fé para os romanos.
Observemos que primeiramente as profecias cristãs do A.T., como predizendo nascimento e morte
do Messias, deram origem à fé pascal (morte e ressurreição de Jesus).
Contudo, essa fé do A.T. (veterotestamentária) na promessa agora é inferior à cristologia profética,
sendo parte dela, pois Jesus cumpriu o A.T. e assume uma nova promessa de retorno na parousia
(2a.vinda), conforme escrito no Novo testamento.

10) A CONFISSÃO DA IGREJA QUANTO Á RESSURREIÇÃO:


* A Confissão da Igreja Cristã: Não há como negar a contundente confissão da igreja cristã, que
não apenas sempre afirmou a imortalidade do corpo da ressurreição, mas também sua materialidade. A
igreja sempre concordou com o apóstolo Paulo de que o corpo da ressurreição é um corpo “espiritual”,
ou seja, um corpo dirigido pelo espírito, porém, jamais negou que fosse também um corpo material. Isto
está de acordo com o que o apóstolo ensina: “Semeia-se corpo natural, ressuscitará corpo espiritual. Se
há corpo natural, há também corpo espiritual” (1Co 15.44).

* O Testemunho Apostólico: Desde o princípio, a igreja cristã confessou que o corpo físico de
Jesus foi elevado ao céu. Esta convicção está baseada em várias referências explícitas do Novo
Testamento e em vastas evidências tangíveis.
O próprio Jesus disse que o corpo que Ele ressuscitou era de “carne e ossos” (Lc 24.39). Falando
sobre a ressurreição de Cristo, Pedro insistiu neste assunto ao pregar que a “carne dele (Jesus) não viu
a corrupção” (At 2.31).
Escrevendo posteriormente sobre a ressurreição, João declarou que Jesus veio [e permaneceu]
em carne” (1Jo 4.2. Cf. 2Jo 7). O corpo que emergiu da tumba na manhã pascal foi visto por aqueles
que duvidaram (Mt 28.17), foi ouvido por Maria (Jo 20.15,16), e até mesmo abraçado pelos discípulos
(Mt 28.9) em muitas ocasiões depois da ressurreição. Além disso, Jesus se alimentou pelo menos quatro
vezes após sua ressurreição (Lc 24.30; 24.42,43; Jo 21.12,13). Ele também mostrou as cicatrizes de sua
crucificação quando desafiou Tomé, dizendo: “Põe aqui o teu dedo, e vê as minhas mãos; e chega a tua
mão, e põe-na no meu lado; e não sejas incrédulo, mas crente” (Jo 20.27).

* O Testemunho Pré-Niceno: Seguindo o testemunho apostólico, o testemunho Pra-Niceno (isto


é, anterior ao conselho de Nicéia, registrado no ano 325 d.C.), também evidencia a crença na
ressurreição da carne.
* Justino Mártir (100-165 d.C.) disse claramente: “A ressurreição é a ressurreição da carne que
morre”. Em relação àqueles que insistem que Jesus ressuscitou apenas espiritualmente, dizendo que
seu corpo tinha somente uma “aparência” de carne, Justino declarou que “tais pessoas buscam privar a
carne da promessa”. Justino até relaciona que a ascensão de Cristo aponta que é possível “a carne
ascender ao céu”.
* Tertuliano (160-230 d.C.) declarou que a ressurreição da carne é uma “regra de fé” para a igreja
quando disse que isto foi “ensinado por Cristo” e somente negado por hereges.
Em seu tratado, “A ressurreição do corpo”, Tertuliano comenta sobre um professor cristão do
segundo século, Athenagoras, que havia chegado à conclusão de que “o poder de Deus é suficiente
para ressuscitar corpos mortos, e este poder é mostrado pela criação destes mesmos corpos [...]

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Se quando os corpos físicos não existiam, Deus os criou em sua primeira formação, com seus
elementos originais, Ele (Deus) poderá, quando estes corpos se dissolverem, de qualquer maneira, os
elevar novamente com a mesma facilidade com a qual os criou [...] Isto também foi igualmente possível
a Ele (Jesus)”.

* O Testemunho Pós-Niceno: * Epifânio No quarto século, o segundo credo de (374 d.C.)


confessou que “a Palavra se tornou carne [...] o mesmo corpo carnal que sofreu; ressuscitou e foi
elevado ao céu [...] Ele (Jesus) virá no mesmo corpo em glória para julgar os vivos e os mortos”.
* Cirilo de Jerusalém (315-386 d.C.) classificou como herética a reivindicação de que “o Salvador
ressuscitou como um ‘fantasma’, não real fisicamente”, pois isso contraria o que Paulo disse que Deus
prometeu “acerca de seu Filho que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, declarado Filho
de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo,
nosso Senhor” (Rm 1.3,4).
* Agostinho (354-430 d.C.) declarou: “É indubitável que a ressurreição de Cristo e sua ascensão
ao céu em carne já foram proclamadas e cridas no mundo inteiro”. Agostinho chega até a afirmar que
Deus juntará novamente ao corpo da ressurreição “todas as porções que foram consumidas pelas
bestas ou foram incendiadas, ou foram dissolvidas em pó e cinzas...”.

* O Testemunho Medieval: * Anselmo de Cantuária (1033-1109 d.C.) também insistiu na


natureza material do corpo da ressurreição. Falando sobre o assunto — “como o homem subirá com o
mesmo corpo que possui neste mundo” — asseverou que: “se o homem será perfeitamente
restabelecido, sua restauração deveria torná-lo como se ele jamais tivesse pecado [...] Então, como
homem livre do pecado, ele seria transformado com o mesmo corpo anterior, mas a um estado imortal.
Assim, quando ele for restabelecido, deverá possuir o ‘próprio corpo’ em que ele viveu neste
mundo”.
* Tomás de Aquino (1224-1274 d.C.), disse acerca da ressurreição: “O espírito em si não torna
um corpo ilusório ou divino, ou um corpo com outra constituição orgânica, antes um corpo humano é
composto de carne e ossos e todos esses elementos desfrutam de existência”.

* O Testemunho da Reforma Protestante: A Reforma Protestante prosseguiu afirmando a


ortodoxia da natureza material do corpo da ressurreição.
* A Fórmula de Concórdia Luterana (1576 d.C.): “Acreditamos, ensinamos e confessamos [...] os
artigos principais de nossa fé sobre a criação, a redenção, a santificação e a ressurreição da carne...”.
* A Confissão de Fé Francesa, preparada com o auxílio de João Calvino e aprovada pelo
Sínodo de Paris (1559 d.C.), pronunciou que: “Embora Jesus Cristo, ressurreto dentre os mortos, tenha
evidenciado a imortalidade de seu corpo, contudo, não negou a verdade de sua natureza, e nós o
consideramos em sua divindade, sem, contudo, despojá-lo de sua humanidade”.
A Confissão de Fé Belga (1561 d.C.), adotada no Sínodo de Dort (1619 d.C.), declara que:
“Todos os mortos ressurgirão da terra, e suas almas unir-se-ão aos corpos nos quais viveram antes de
morrerem”.
* Os Trinta e Nove Artigos que a rainha Elizabete estabeleceu como posição doutrinária para
a Igreja da Inglaterra (1562 d.C.) confessa que: “Cristo verdadeiramente ressurgiu da morte,
novamente em seu corpo, com carne, ossos e com todas as propriedades necessárias para a perfeição
de sua natureza humana; por meio do qual Ele ascendeu ao céu...”.
* A Confissão de Westminster (1647 d.C.) proclamou o seguinte: “Jesus foi crucificado, e morreu;
foi enterrado, e permaneceu debaixo do poder da morte, porém, não viu qualquer corrupção. No terceiro
dia Ele ressurgiu dos mortos, com o mesmo corpo no qual sofreu e também ascendeu ao céu...”.
Diante dessa “multidão” de testemunhos, nem mesmo aqueles que negam que Jesus ascendeu ao
céu em carne são capazes de recusar que “até os tempos da Reforma Protestante os credos ocidentais
falaram somente da ressurreição da carne”.

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