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CENTRO DE ESTUDOS TEOLÓGICOS ADVENTISTA DA PROMESSA – CETAP

TURMA GERAL EAD

MARIA MESSIAS DOS SANTOS

TEOLOGIA SISTEMÁTICA III (CRISTOLOGIA E PNEUMATOLOGIA)

CAMPO GRANDE
2023
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“A OBRA DE CRISTO”:
PERÍODO DA HUMILHAÇÃO E PERÍODO DA EXALTAÇÃO

“The work of Christ”:


Period of humiliation and period of exaltation

Maria Messias dos Santos.

RESUMO

O presente trabalho científico intitulado "A Obra de Cristo: Período da Humilhação e


Período da Exaltação" aborda de maneira detalhada os principais eventos
relacionados à vida e obra de Jesus Cristo, dividindo-os em dois períodos distintos.
No primeiro, denominado "Período da Humilhação", são analisados os momentos
cruciais da encarnação, morte e sepultamento de Cristo. O texto explora as
implicações teológicas e históricas desses eventos, destacando o significado
profundo da humildade divina manifestada na encarnação e nos sofrimentos até a
morte e sepultamento.

No segundo período, chamado de "Período da Exaltação", o trabalho científico se


concentra na ressurreição, ascensão, exaltação e segunda vinda de Jesus. Aqui, o
texto explora as implicações teológicas da vitória sobre a morte na ressurreição, a
ascensão e exaltação de Cristo à direita do Pai, bem como as expectativas
escatológicas associadas à sua segunda vinda. O trabalho científico busca oferecer
uma análise abrangente, fundamentada em fontes bíblicas e teológicas, para
compreender a importância e o impacto desses eventos cruciais na fé cristã.

Através de uma abordagem cuidadosa e embasada, o texto científico explora a


integralidade da obra de Cristo, conectando os eventos do "Período da Humilhação"
com os do "Período da Exaltação", proporcionando uma visão holística e
aprofundada sobre a centralidade de Cristo na teologia cristã.
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O estudo desses períodos da obra de Cristo não apenas revela a riqueza teológica
da narrativa bíblica, mas também lança luz sobre a compreensão da natureza divina
e humana de Jesus. No "Período da Humilhação", a encarnação destaca a empatia
de Deus ao escolher experimentar a condição humana, compartilhando a jornada da
humanidade. A morte e sepultamento, por sua vez, destacam a redentora obra
sacrificial de Cristo, oferecendo reconciliação e perdão aos cristãos.

Ao transitar para o "Período da Exaltação", a ressurreição evidencia a vitória sobre o


pecado e a morte, fundamentando a esperança cristã na promessa da vida eterna. A
ascensão e exaltação à direita do Pai simbolizam a soberania e a glorificação de
Cristo, estabelecendo-O como Senhor sobre toda a criação. A segunda vinda, por
fim, aponta para a consumação da história e a instauração do Reino de Deus,
inspirando a expectativa e a responsabilidade da comunidade cristã.

A abordagem cuidadosa desses períodos não apenas busca elucidar os aspectos


teológicos, mas também ressalta a relevância prática para a vida dos cristãos. A
obra de Cristo não é meramente um conjunto de eventos históricos, mas uma
narrativa transformadora que molda a identidade e a missão da comunidade cristã.
Dessa forma, o trabalho científico procura fornecer uma compreensão abrangente e
aplicável da obra de Cristo, encorajando uma resposta de fé, adoração e serviço no
contexto da vida cotidiana dos cristãos.

PALAVRAS-CHAVE
encarnação; morte; sepultamento; ressurreição; ascensão; exaltação; segunda vinda

ABSTRACT

The present scientific work entitled "The Work of Christ: Period of Humiliation and
Period of Exaltation" addresses in detail the main events related to the life and work
of Jesus Christ, dividing them into two distinct periods. In the first, called "Period of
Humiliation", the crucial moments of Christ's incarnation, death and burial are
analyzed. The text explores the theological and historical implications of these
events, highlighting the profound meaning of divine humility manifested in the
incarnation and in the sufferings until death and burial.
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In the second period, called the "Period of Exaltation," scientific work focuses on the
resurrection, ascension, exaltation, and second coming of Jesus. Here, the text
explores the theological implications of the victory over death in the resurrection, the
ascension and exaltation of Christ to the right hand of the Father, as well as the
eschatological expectations associated with his second coming. The scientific work
seeks to offer a comprehensive analysis, based on biblical and theological sources,
to understand the importance and impact of these crucial events on the Christian
faith.

Through a careful and grounded approach, the scientific text explores the entirety of
Christ's work, connecting the events of the "Period of Humiliation" with those of the
"Period of Exaltation", providing a holistic and in-depth view of the centrality of Christ
in theology Christian.

The study of these periods of Christ's work not only reveals the theological richness
of the biblical narrative, but also sheds light on the understanding of the divine and
human nature of Jesus. In the "Period of Humiliation," the incarnation highlights
God's empathy in choosing to experience the human condition, sharing humanity's
journey. Death and burial, in turn, highlight the redemptive sacrificial work of Christ,
offering reconciliation and forgiveness to believers.

When transitioning to the "Period of Exaltation", the resurrection highlights the victory
over sin and death, basing Christian hope on the promise of eternal life. The
ascension and exaltation to the right hand of the Father symbolizes the sovereignty
and glorification of Christ, establishing Him as Lord over all creation. The second
coming, finally, points to the consummation of history and the establishment of the
Kingdom of God, inspiring the expectation and responsibility of the Christian
community.

The careful approach to these periods not only seeks to elucidate the theological
aspects, but also highlights the practical relevance for the lives of believers. The work
of Christ is not merely a set of historical events, but a transformative narrative that
shapes the identity and mission of the Christian community. In this way, scientific
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work seeks to provide a comprehensive and applicable understanding of the work of


Christ, encouraging a response of faith, worship, and service in the context of the
everyday lives of Christians.
KEYWORDS
incarnation; death; burial; resurrection; rise; exaltation; second coming
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INTRODUÇÃO

A história da humanidade é marcada por eventos significativos que transcendem o


âmbito temporal e ecoam em dimensões espirituais. Dentre esses eventos, a vida e
obra de Jesus Cristo emergem como um ponto central, um divisor de águas que tem
permeado séculos de reflexão teológica e impactado a fé de milhões de cristãos ao
redor do mundo. Este trabalho científico propõe-se a explorar, de maneira
abrangente e fundamentada, os dois períodos distintos que compõem a obra
redentora de Cristo: o "Período da Humilhação" e o "Período da Exaltação".

No "Período da Humilhação", somos levados a contemplar a grandiosidade da


encarnação divina, o nascimento do Criador na condição humana. A análise da
encarnação não se limita apenas à narrativa bíblica, mas busca compreender as
implicações teológicas de Deus tornar-se homem. Adentramos, então, nos
momentos sombrios da morte e sepultamento de Cristo, onde a soberania divina se
encontra com a fragilidade humana, culminando em um sacrifício redentor que
ressoa através das eras.

Por sua vez, o "Período da Exaltação" desvela a glória que emerge da tragédia da
cruz. A ressurreição, como ápice desse período, simboliza a vitória triunfante sobre o
pecado e a morte. A ascensão e exaltação à direita do Pai ampliam nossa
compreensão da majestade de Cristo, revelando-O como o Senhor soberano que
reina sobre toda a criação. O estudo culmina na expectativa escatológica da
segunda vinda, um evento que trouxed esperança e compromisso ao longo da
história da igreja.

Ao desbravar esses períodos, não apenas buscamos uma compreensão teológica


mais profunda, mas também aspiramos a captar a relevância prática dessa obra
redentora na vida do cristão. A história de Cristo não é um relato distante, mas uma
narrativa que ecoa no presente, moldando identidades e orientando comunidades de
fé em sua jornada espiritual. Neste contexto, adentramos as complexidades
teológicas e as aplicações práticas desses eventos, vislumbrando não apenas o que
aconteceu, mas o que continua a acontecer por meio da obra eterna de Cristo.
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1. A Obra de Cristo, o Período da Humilhação e a Profundidade da Encarnação:


O período da humilhação inicia-se com a encarnação, quando o Verbo eterno se faz
carne (João 1:14). Cristo, sendo Deus, escolhe humilhar-se, assumindo a natureza
humana, sujeitando-se às fraquezas e às experiências humanas.

1.1. A Centralidade da Encarnação na Teologia Cristã: O período da humilhação,


compreendido pela descida de Cristo à terra, é inaugurado pela encarnação, um
evento que transcende os limites da história e irradia implicações teológicas de
magnitude inigualável. Ao analisarmos a centralidade da encarnação na teologia
cristã, este trabalho busca desvelar as profundezas da decisão divina de se fazer
carne. A centralidade da encarnação na teologia cristã representa um pilar
fundamental da compreensão da fé cristã, enfatizando a crença na descida de Deus
à terra na pessoa de Jesus Cristo. A palavra "encarnação" deriva do termo latino
"incarnatio", que deriva do verbo incarnare, que significa "tornar-se carne". Nesse
contexto teológico, a encarnação refere-se à crença de que o Verbo divino, a
segunda pessoa da Trindade, tornou-se humano em Jesus Cristo. Várias passagens
bíblicas destacam a importância da encarnação, sendo João 1:14 um texto-chave
nesse sentido: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de
verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai." Essa declaração
ressoa como um fundamento teológico que influenciou profundamente a forma como
os cristãos compreendem Deus, a humanidade e a salvação. Algumas razões
destacam a centralidade da encarnação na teologia cristã:

1.1.1. Revelação da Natureza de Deus: A encarnação é vista como a máxima


revelação da natureza divina. Em Jesus Cristo, Deus não apenas se comunica com
a humanidade, mas revela Sua natureza, Seu caráter e Seu amor de maneira
tangível. A encarnação é, portanto, um ato revelador que oferece aos seres
humanos uma visão direta da divindade. A encarnação revela a natureza divina de
Deus de maneira única. Ao se tornar humano, Deus demonstra amor, compaixão,
misericórdia e graça de uma forma que transcende qualquer descrição teológica
abstrata. A profundidade da encarnação está na revelação tangível de Deus na
pessoa de Jesus Cristo.
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1.1.2. União Hipostática: É a união perfeita e indivisível das naturezas divina e


humana em Cristo. Sim, a encarnação implica na união das duas naturezas, divina e
humana, na pessoa de Jesus Cristo. A encarnação permite que a divindade e a
humanidade coexistam na pessoa de Cristo sem comprometer a integridade de
ambas as naturezas. Essa união é crucial para a compreensão da obra redentora de
Cristo, pois Jesus é o Deus humanizado que redime a humanidade. Jesus é
verdadeiramente Deus e verdadeiramente humano, sem confusão, mudança, divisão
ou separação nas duas naturezas. Essa união não é apenas um conceito teológico,
mas uma realidade que ressalta a proximidade intrínseca de Deus com a
humanidade, sem comprometer a plenitude das duas naturezas.

1.1.3. Redenção e Reconciliação: A encarnação não é um evento isolado, mas o


início de uma obra redentora. A presença de Deus em carne, na segunda pessoa da
trindade, Jesus Cristo, facilita a reconciliação entre Deus e a humanidade,
proporcionando um caminho para a redenção e a restauração da relação que foi
quebrada pelo pecado.

1.1.4. Exemplo de Humildade e Serviço: A encarnação revela o caráter divino de


humildade e serviço de Cristo. Deus escolheu se tornar humano, na pessoa de
Jesus Cristo, compartilhando a condição humana, sujeito às limitações e
experiências da vida terrena. Esse exemplo de Cristo serve como um modelo de
serviço, amor e humildade para os seguidores de Cristo. A encarnação serve como
um exemplo supremo de humildade e graça. Deus, na pessoa de Jesus, não apenas
se identifica com a humanidade, mas escolhe uma vida de humildade e serviço.
Como já mencionado anteriormente, isso estabelece um modelo para os seguidores
de Cristo em relação à forma como devem viver e servir uns aos outros. Jesus, ao
se encarnar, apresenta um modelo de humildade e serviço. Ele escolheu servir em
vez de ser servido, revelando a profundidade do amor que se manifesta na
disposição de se humilhar em favor da humanidade. Esse modelo continua a
impactar a ética cristã e o chamado ao serviço altruísta.

1.1.5. A Encarnação como Base para a Salvação: A encarnação estabelece o


fundamento para a obra salvífica de Cristo. Sua vida, morte e ressurreição são
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interligadas à encarnação, formando um plano redentor completo. O sacrifício de


Cristo é compreendido à luz da encarnação, mostrando o amor divino expresso de
maneira singular. Em resumo, a centralidade da encarnação na teologia cristã reside
na crença de que Deus, de forma voluntária e graciosa, escolheu habitar entre os
seres humanos em Jesus Cristo. Essa doutrina influencia a compreensão da
natureza de Deus, da salvação, da moral cristã e da vida espiritual, fornecendo um
alicerce teológico sólido para a fé cristã.

1.2. João 1:14: João 1:14 é um versículo crucial no Novo Testamento, pois
encapsula de maneira concisa e profunda o conceito da encarnação de Jesus Cristo.
A passagem faz parte do prólogo do Evangelho de João, onde o autor discute a
natureza e a identidade de Jesus como o Verbo de Deus. A narrativa do Evangelho
de João, em seu capítulo 1, versículo 14, é um ponto de partida essencial para
compreendermos a encarnação. A expressão "O verbo se fez carne" carrega
consigo a concretização da divindade habitando entre a humanidade. Nesta seção,
examinaremos as nuances desse versículo e seu impacto na compreensão da
natureza divina e humana de Cristo.

1.2.1. O Verbo se fez Carne: "O verbo" refere-se a Jesus Cristo como o Logos, um
termo grego que denota a expressão racional e reveladora de Deus. Antes de se
tornar carne, o Logos existia eternamente com Deus (João 1:1). A escolha do termo
"Verbo" destaca a função reveladora e mediadora de Jesus na relação entre Deus e
a humanidade.

1.2.2. "Se fez carne": enfatiza a encarnação, indicando que o Verbo divino assumiu
uma natureza humana. Esse ato representa uma condescendência divina
extraordinária, onde o Criador escolhe habitar na criação, experimentando
plenamente a condição humana.

1.2.3. Habitou Entre Nós: "Habitou" traduz o termo grego "eskenosen", que pode
ser literalmente traduzido como "montou sua tenda" ou "acampou entre nós". Essa
imagem evoca a presença de Deus no tabernáculo durante o êxodo, simbolizando
agora a presença divina em Jesus. A expressão "entre nós" realça a proximidade de
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Deus na pessoa de Jesus, que compartilhou a vida cotidiana e os desafios da


humanidade.

1.2.4. Vimos a sua Glória: "Vimos" destaca a experiência testemunhal dos


discípulos, incluindo o próprio autor João, que afirma ter visto a glória de Jesus. "Sua
glória" refere-se à manifestação da divindade de Cristo. A encarnação não oculta a
glória divina, mas a revela de uma maneira única na vida terrena de Jesus.

1.2.5. Glória como do Unigênito que Vem do Pai: "Unigênito" destaca a


singularidade de Jesus como Filho unigênito de Deus, uma relação única e especial
com o Pai. "Vem do Pai" ressalta a origem divina de Jesus, enfatizando Sua
preexistência e conexão intrínseca com Deus.

1.2.6. Cheio de Graça e de Verdade: "Cheio de graça e de verdade" descreve a


natureza de Jesus. A graça destaca o amor incondicional e a benevolência divina,
enquanto a verdade realça a fidelidade e a autenticidade de Cristo. Essa passagem
é fundamental para a compreensão da encarnação, destacando a majestade divina
e a proximidade humana de Jesus. Ao se tornar carne, Jesus revela a graça e a
verdade divinas de maneira acessível e tangível, proporcionando aos cristãos uma
visão íntima e transformadora da natureza de Deus.

1.3. I João 1:1 - O Verbo da Vida Manifesto: O versículo I João 1:1 é outro texto
bíblico crucial que aborda a natureza divina de Jesus Cristo, utilizando o conceito do
"Verbo da Vida Manifesto". Vamos analisar esse versículo em detalhes. A epístola
de João, em I João 1:1, adiciona camadas à nossa compreensão da encarnação ao
falar do "Verbo da Vida que se manifestou". Exploraremos a riqueza teológica dessa
afirmação, destacando como ela revela não apenas a presença de Cristo na história,
mas sua manifestação como a própria fonte de vida. Analisaremos o versículo na
versão NVI.

1.3.1. O que era desde o Princípio: Este início do versículo ressalta a eternidade e
a preexistência de Jesus Cristo. João afirma que aquele que ele está prestes a
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descrever como o "Verbo da Vida" existia desde o princípio, aludindo à existência


pré-encarnação.

1.3.2. O que Ouvimos, o que Vimos com Nossos Próprios Olhos: O autor
destaca a experiência sensorial direta dos apóstolos em relação a Jesus. Eles
ouviram Suas palavras, testemunharam Suas ações e viram pessoalmente o Verbo
da Vida em sua jornada terrena. Isso reforça a natureza concreta e histórica da
revelação divina.

1.3.3. O que Contemplamos e as Nossas Mãos Apalparam: "Contemplamos"


realça a atenção focada dos apóstolos em Jesus, sugerindo uma contemplação
profunda e contínua. "Apalparam" destaca a experiência tátil, enfatizando a
realidade física da encarnação de Jesus. Principalmente João pode relatar a
experiência tátil de tocar em Jesus, pois este recostava-se no peito de Cristo. Essa
expressão sublinha a certeza e a tangibilidade da presença de Jesus entre os seres
humanos.

1.3.4. Isto Proclamamos a Respeito da Palavra da Vida: "Isto" refere-se ao


testemunho direto e pessoal dos apóstolos sobre Jesus. "Palavra da Vida" é uma
expressão significativa, conectando-se ao conceito do "Logos" mencionado no
Evangelho de João. Refere-se a Jesus como a revelação divina da vida e da
verdade. Esse versículo enfatiza a certeza e a autenticidade do testemunho dos
apóstolos sobre Jesus. Eles não apenas acreditaram teoricamente ou receberam
informações de segunda mão; eles tiveram uma experiência direta e íntima com o
Verbo da Vida. O uso da palavra "Vida" não apenas destaca a existência divina de
Jesus, mas também sugere que, Nele, encontramos a fonte e a essência da vida
verdadeira. Essa passagem, assim como João 1:14, enfatiza a encarnação de
Jesus, destacando que o Verbo da Vida se manifestou de maneira palpável e
testemunhável na história humana. Esses versículos, juntamente com outros textos
bíblicos, formam a base teológica para a compreensão da encarnação de Jesus
Cristo na tradição cristã.
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1.4. Implicações Teológicas da Encarnação: Além das análises exegéticas, este


trabalho científico se dedicará a explorar as implicações teológicas da encarnação.
Discutiremos como a encarnação, expressão máxima do amor divino influencia a
compreensão da redenção e da reconciliação.

1.4.1. Manifestação da Natureza Divina: A encarnação de Jesus é uma


manifestação suprema da natureza de Deus. Em Jesus Cristo, a divindade se
manifesta de forma tangível e acessível. Os atributos divinos como amor,
misericórdia, graça e justiça são revelados de maneira concreta na vida terrena de
Jesus.

1.4.2. Redenção e Reconciliação: A encarnação é a base para a obra redentora de


Cristo. Ao se tornar humano, Jesus pôde experimentar plenamente a condição
humana, inclusive a tentação e o sofrimento. Sua morte na cruz, então, assume um
significado redentor, proporcionando a reconciliação entre Deus e a humanidade. A
encarnação torna possível a compreensão da salvação como uma participação
efetiva de Jesus na condição humana.

1.4.3. A União de Deus com a Criação: A encarnação não apenas redime a


humanidade, mas também reconcilia toda a criação com Deus. A Palavra se fazendo
carne não é apenas uma intervenção divina na história humana, mas uma união de
Deus com Sua criação. A redenção de Cristo restaura não apenas os seres
humanos, mas toda a criação que geme em agonia.

1.4.4. O Sacrifício e a Obra Sacerdotal: A encarnação fornece a base para o


sacrifício de Cristo na cruz. O sacerdócio de Cristo é destacado pela Sua
capacidade de compreender plenamente a condição humana e, ao mesmo tempo,
apresentar um sacrifício perfeito que expia os pecados da humanidade.

1.4.5. Mediador Entre Deus e os Homens: A encarnação estabelece Jesus como o


mediador perfeito entre Deus e a humanidade. Ele é capaz de representar ambos os
lados, entendendo plenamente as necessidades e as realidades tanto divinas quanto
humanas. Sua mediação é, portanto, eficaz e única. As implicações teológicas da
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encarnação, portanto, permeiam toda a cosmovisão cristã, influenciando a


compreensão de Deus, da salvação e do propósito da existência humana. Essa
doutrina forma o alicerce de muitas outras verdades teológicas e é central para a fé
cristã.

1.5. A Relevância Contínua da Encarnação na Fé Cristã: Continuaremos nosso


estudo examinando a relevância constante da encarnação na fé cristã. Como a
compreensão da presença de Deus em forma humana impacta a adoração, a
espiritualidade e o engajamento com o mundo ao nosso redor? Esta seção destaca
a encarnação como um fundamento sólido para a vivência da fé cristã no presente.
A relevância contínua da encarnação na fé cristã é uma questão que transcende o
contexto histórico e permanece como uma fonte de significado e orientação para os
cristãos ao longo dos séculos. Vamos explorar detalhadamente por que a
encarnação de Jesus Cristo continua a ser relevante na fé cristã contemporânea:

1.5.1. Compreensão da Natureza de Deus: A encarnação é fundamental para a


compreensão da natureza de Deus. Ao se tornar humano em Jesus Cristo, Deus
revela Sua natureza amorosa, compassiva e acessível. Isso não é apenas um
evento histórico, mas uma verdade eterna que informa a compreensão da natureza
divina, proporcionando aos cristãos um Deus que compreende e se identifica com as
experiências humanas.

1.5.2. Vivência da Fé no Cotidiano: A encarnação de Jesus inspira uma


abordagem prática da fé no cotidiano. Jesus, o Deus encarnado, viveu entre as
pessoas, ensinou, curou, e interagiu de forma tangível. Isso serve como um modelo
para os cristãos, incentivando-os a viverem suas vidas de maneira ativa e
significativa, engajando-se e interagindo de forma amorosa e bondosa com o mundo
ao seu redor.

1.5.3. Relação Pessoal com Deus: A encarnação de Jesus estabelece a base para
uma relação pessoal com Deus. A ideia de Deus se tornando carne sugere uma
proximidade divina que transcende o distante e o inacessível. Isso encoraja os
cristãos a desenvolverem uma relação íntima e pessoal com Deus, reconhecendo-O
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não apenas como um ser supremo, mas como um Deus que se importa
individualmente com cada pessoa.

1.5.4. Solidariedade com a Humanidade: A encarnação revela a solidariedade de


Deus com a humanidade. Jesus experimentou a alegria, a tristeza, as tentações e os
desafios humanos. Essa solidariedade oferece conforto aos cristãos em suas
próprias lutas e sofrimentos, sabendo que têm um Deus que compartilha e entende
plenamente suas vidas e suas dificuldades.

1.5.5. Base para a Espiritualidade: A encarnação de Jesus serve como base para
uma espiritualidade mais profunda, que enfatiza a presença de Deus na vida diária.
Isso encoraja os cristãos a verem a presença sagrada de Deus na vida cotidiana,
reconhecendo que Deus está presente em todas as esferas da vida cristã e não
apenas nos momentos em que estão na igreja.

1.5.6. Desafio ao Egocentrismo: A encarnação desafia o egocentrismo humano ao


mostrar que Deus escolheu se humilhar e se identificar com a humanidade. Isso
incentiva os cristãos a abandonarem a autossuficiência e a adotarem uma postura
de servos humildes em suas interações com os outros.

1.5.7. Esperança para o Futuro: A encarnação de Cristo oferece esperança para o


futuro não se limitando ao evento histórico ocorrido há mais de dois milênios; ela
carrega consigo implicações espirituais profundas que se estendem até o futuro e
moldam a esperança cristã de maneira substancial. A encarnação não é apenas
sobre o passado, mas também sobre a antecipação do cumprimento final da obra
redentora de Cristo. Em resumo, a encarnação continua a ser relevante na fé cristã,
porque não é apenas um evento histórico, mas uma verdade profunda que informa a
compreensão de Deus, da humanidade e do propósito da vida. Ela inspira uma
abordagem prática da fé, uma relação pessoal com Deus e uma esperança contínua
no cumprimento das promessas divinas. A encarnação é, portanto, uma fonte
inesgotável de significado e orientação para os cristãos em sua jornada espiritual.

1.6. A Profundidade da Encarnação e seu Impacto Duradouro: Este trabalho


científico busca não apenas expor os eventos da encarnação, mas também
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mergulhar nas profundezas dessa realidade divina. A encarnação de Cristo não é


apenas um evento histórico, mas uma verdade eterna que continua a moldar a
compreensão da fé cristã e a experiência espiritual dos cristãos ao longo dos
séculos. Ao compreender a obra de Cristo no período da humilhação,
especificamente pela encarnação, somos convidados a contemplar a grandiosidade
do amor divino manifestado de maneira tangível entre nós através de Jesus Cristo.

1.6.1. Identificação com a Condição Humana: A encarnação revela a


profundidade do amor divino ao identificar-se completamente com a condição
humana. Jesus experimentou a alegria, a tristeza, as tentações e as limitações
físicas, proporcionando uma compreensão plena das experiências humanas. Essa
identificação cria uma conexão única entre Deus e a humanidade.

1.6.2. O Valor Incomensurável da Vida Humana: Ao se encarnar, Deus atribui um


valor incomensurável à vida humana. A profundidade dessa verdade ressoa na
dignidade que cada indivíduo carrega, refletindo o amor divino manifestado na
encarnação. Isso influencia a ética cristã e a visão sobre a santidade da vida.

1.6.3. Redenção e Salvação: A profundidade da encarnação atinge seu auge na


obra redentora de Cristo. Sua morte sacrificial na cruz, unida à Sua ressurreição,
oferece a redenção e a salvação à humanidade. A encarnação não é apenas um
gesto simbólico, mas a base concreta para a restauração da relação quebrada entre
Deus e os seres humanos.

1.6.4. Acessibilidade a Deus: A encarnação torna Deus acessível. A profundidade


desse acesso está na ideia de que, por meio de Cristo, os seres humanos podem se
aproximar de Deus com confiança, sabendo que Ele entende suas lutas, anseios e
alegrias. A barreira entre o divino e o humano é transposta pela encarnação.

1.6.5. Esperança Eterna: A profundidade da encarnação se estende à esperança


eterna. Em resumo, a profundidade da encarnação está na revelação íntima de
Deus na condição humana e no impacto duradouro que isso tem na compreensão
da fé cristã. Seu significado transcende o tempo, moldando a teologia, a
espiritualidade e a ética cristã, oferecendo uma base sólida para a esperança e a
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redenção eterna. Essa esperança é uma âncora duradoura que sustenta os cristãos
em meio às vicissitudes da vida.

1.7. Refutando a Teoria da Kenosis: Se baseia principalmente na interpretação de


Filipenses 2:5-7, um texto bíblico que aborda a natureza de Cristo. Aqui está o texto
em questão (NVI): "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em
Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era
algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo,
tornando-se semelhante aos homens." A palavra-chave aqui é "esvaziou-se", que
em grego é "ekenōsen," derivada de "kenosis," que significa "esvaziamento". A
Teoria da Kenosis interpreta esse esvaziamento como um ato voluntário de Jesus ao
assumir a forma humana. A seguir estão alguns pontos importantes refutando a
Teoria da Kenosis:

1.7.1. Plenitude da Divindade: Qualquer interpretação que sugira que Jesus


esvaziou-se de Seus atributos divinos pode levar a uma compreensão inadequada
da plenitude da divindade de Cristo. De acordo com a ortodoxia cristã, Jesus é
totalmente Deus e totalmente humano simultaneamente, sem diminuição de Sua
divindade.

1.7.2. A Cláusula "Não Considerou Que o Ser Igual a Deus Era Algo a Que
Deveria Se Apegar": A interpretação da cláusula "não considerou que o ser igual a
Deus era algo a que deveria se apegar", não implica necessariamente em uma
renúncia ou esvaziamento de atributos divinos, mas, ao contrário, indica uma atitude
de humildade e serviço.

1.7.3. A Unicidade da Encarnação: Outro ponto que deve ser destacado é que a
encarnação de Cristo é única e sem precedentes. Ao tentar explicar o esvaziamento
de Cristo, a Teoria da Kenosis pode correr o risco de diminuir a singularidade da
encarnação e de reduzir a magnitude da obra redentora de Cristo.

1.7.4. Preservação da Onipotência Divina: A ideia de que Jesus teria


temporariamente renunciado à plena onipotência divina durante Sua vida terrena,
pode comprometer a soberania e a onipotência de Deus.
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2. A Obra de Cristo, o Período da Humilhação e a Significância da Sua Morte:


Esta seção aborda o período da humilhação de Cristo, focando especialmente na
dimensão da morte como parte integral dessa fase. A descida de Cristo à Terra,
marcada pela encarnação, morte e sepultamento, constitui um elemento crucial da
teologia cristã. Analisaremos a importância teológica, os significados profundos e as
implicações redentoras da morte de Cristo durante esse período. O período da
humilhação de Cristo é um aspecto central da fé cristã, representando a encarnação
e a Sua aceitação voluntária das limitações humanas, tais como a morte. Esta
seção como mencionado anteriormente, concentra-se na dimensão da morte,
examinando como a obra de Cristo durante esse período impacta a teologia cristã.

2.1. A Morte como Ápice da Humilhação: A morte de Cristo representa o ponto


culminante da humilhação. Contrariando expectativas terrenas, o Rei dos Reis
escolhe morrer, demonstrando um amor incondicional ao se entregar por toda a
humanidade. A cruz, símbolo da morte, torna-se o meio redentor e refere-se à
perspectiva teológica que considera o momento da morte de Cristo como o ponto
culminante de Sua humilhação durante o período em que Ele esteve na Terra. Essa
abordagem destaca a singularidade e o significado profundo da escolha divina de
Cristo em enfrentar a morte, um ato que vai além das expectativas e normas
terrenas. Vamos explorar detalhadamente essa ideia:

2.1.1. Voluntariedade da Morte: A ênfase recai na voluntariedade da morte de


Cristo. Ao escolher enfrentar a morte de maneira sacrificial, Cristo demonstra Seu
amor incondicional e Sua disposição em suportar as consequências do pecado em
prol da redenção da humanidade. Essa escolha vai além de qualquer obrigação ou
exigência divina, revelando a extensão do amor divino.

2.1.2. Contradição com Expectativas Terrenas: O conceito destaca a contradição


entre a expectativa humana de poder, triunfo e realeza e a realidade da morte na
cruz. Cristo, o Rei dos Reis, escolhe humilhar-se ao ponto de enfrentar a morte,
desafiando as expectativas terrenas de grandiosidade e poder que frequentemente
estão associadas a líderes e governantes.
18

2.1.3. Identificação Completa com a Condição Humana: A morte de Cristo é vista


como o ápice da identificação de Deus com a condição humana. Ao experimentar a
morte, Cristo não apenas redime a humanidade, mas compartilha plenamente as
dores, as fragilidades e as limitações inerentes à experiência humana. Isso reforça a
compreensão da encarnação como um ato de solidariedade divina.

2.1.4. Exemplo Supremo de Humildade e Submissão: A morte na cruz é


apresentada como o exemplo supremo de humildade e submissão. Cristo não
apenas aceita a humilhação de assumir a forma humana, mas leva isso ao extremo,
sujeitando-se à morte de uma maneira considerada vergonhosa na sociedade da
época. Essa submissão é vista como um modelo para os seguidores de Cristo em
sua própria jornada de fé e serviço.

2.1.5. Redenção e Perdão: A morte de Cristo é central para a teologia da redenção


e do perdão dos pecados. O sacrifício na cruz é o meio pelo qual a humanidade é
reconciliada com Deus. A morte de Cristo não é apenas um fim trágico, mas o
caminho para a restauração da comunhão quebrada entre Deus e os seres
humanos.

2.1.6. Desvelando o Amor Divino: A escolha de Cristo em enfrentar a morte é a


revelação máxima do amor divino. A profundidade desse amor é manifestada na
disposição de Deus em oferecer Seu próprio Filho como um sacrifício para a
salvação da humanidade. Isso destaca a graça e a generosidade divinas que vão
além da compreensão humana. A Morte como Ápice da Humilhação enfatiza a
singularidade e a profunda significância teológica da escolha de Cristo de enfrentar a
morte como parte de Sua obra redentora. Esse conceito ressoa na compreensão
cristã da humildade, sacrifício e amor divino que se revelam plenamente na morte e
ressurreição de Jesus Cristo.

2.2. Significância Teológica da Morte: A morte de Cristo é inextricavelmente ligada


à teologia da redenção. Analisaremos como a morte sacrificial de Cristo na cruz se
encaixa na narrativa teológica da reconciliação, expiação e perdão dos pecados. A
Significância Teológica da Morte de Jesus Cristo é um tema central na teologia cristã
e abrange uma série de doutrinas fundamentais. Vamos explorar detalhadamente a
19

importância teológica da morte de Cristo, destacando seus aspectos redentores e


seu impacto na relação entre Deus e a humanidade:

2.2.1. Reconciliação e Expiação: A morte de Cristo é vista como o meio principal


de reconciliação entre Deus e os seres humanos. O Novo Testamento
frequentemente usa linguagem de reconciliação para descrever a obra de Cristo,
indicando que Sua morte remove a barreira do pecado que separa as pessoas de
Deus. A expiação, entendida como a remoção da culpa e a restauração da
comunhão, é alcançada por meio do sacrifício de Cristo na cruz.
2.2.2. Perdão dos Pecados: A morte de Cristo é fundamental para a teologia do
perdão dos pecados. Por meio de Seu sacrifício, Jesus ofereceu um pagamento
vicário pelos pecados da humanidade. Sua morte é o preço pago para satisfazer a
justiça divina e proporcionar perdão aos que creem Nele.

2.2.3. Substituição e Resgate: Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do


mundo (João 1:29), agindo como substituto pelos pecadores. A morte de Cristo é um
ato de resgate para libertar a humanidade do domínio do pecado e da condenação.

2.2.4. Manifestação do Amor Divino: A morte de Cristo é a manifestação suprema


do amor divino. O Novo Testamento afirma que Deus demonstra Seu amor para
conosco ao enviar Seu Filho para morrer em nosso lugar (Romanos 5:8). A entrega
voluntária de Jesus na cruz é o ápice do amor sacrificial e redentor de Deus pela
humanidade.

2.2.5. Cumprimento das Profecias e Tipologia do Antigo Testamento: A morte


de Cristo é frequentemente interpretada à luz das profecias messiânicas do Antigo
Testamento, incluindo aquelas que descrevem um Servo Sofredor (Isaías 53). Os
eventos da crucificação são vistos como cumprimento dessas profecias. Além disso,
a morte de Cristo é considerada a realização de diversos tipos e sombras presentes
no Antigo Testamento, como o cordeiro pascal e o sacrifício no templo.

2.2.6. Testemunho da Justiça e da Santidade de Deus: A morte de Cristo


testemunha a justiça e a santidade de Deus. Ele não compromete Sua natureza
divina ao perdoar, mas, ao contrário, a justiça é plenamente satisfeita na morte de
20

Cristo. A santidade de Deus é revelada na oferta perfeita de Seu Filho como


sacrifício sem mancha. A Significância Teológica da Morte de Cristo é vasta e
profunda, abrangendo temas cruciais da teologia cristã, como reconciliação, perdão,
amor divino, cumprimento das Escrituras e vitória sobre o pecado e a morte. Esses
elementos formam a base da compreensão cristã da obra redentora de Cristo na
cruz.

2.3. A Experiência Humana de Cristo na Morte: Embora plenamente divino, Cristo


experimentou a morte de maneira autêntica, compartilhando a condição humana.
Sua morte não apenas redime, mas também solidifica Sua identificação com as
dores e os anseios da humanidade. A Experiência Humana de Cristo na Morte
refere-se à compreensão de que, apesar de ser totalmente divino, Jesus Cristo
experimentou a morte de maneira verdadeira, compartilhando plenamente a
condição humana durante Sua crucificação. Vamos explorar detalhadamente essa
ideia:

2.3.1. Identificação com o Sofrimento Humano: A experiência humana de Cristo


na morte destaca Sua identificação profunda com o sofrimento humano. Ele não
apenas enfrentou a morte, mas escolheu vivenciar os aspectos físicos, emocionais e
espirituais do sofrimento humano associado a ela. Essa escolha enfatiza a
compaixão divina e a conexão real de Cristo com a condição humana.

2.3.2. Dor Física e Humilhação: A morte na cruz era uma forma de execução
extremamente dolorosa e humilhante. Ao submeter-se a esse método de execução,
Cristo experimentou não apenas a agonia física, mas também a vergonha e a
humilhação associadas a essa forma de punição. Isso ressalta Sua disposição em
suportar o máximo da condição humana.

2.3.3. Abandono e Solidão: Durante a crucificação, Jesus proclamou as palavras


registradas em Mateus 27:46 e Marcos 15:34: "Eli, Eli, lamá sabactâni?" que
traduzido significa "Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?" Essas
palavras destacam um aspecto da experiência humana de Cristo na morte - a
sensação de abandono e solidão. Isso não implica uma separação real da Trindade,
21

mas destaca o profundo senso de isolamento que Cristo sentiu ao ter o peso do
pecado sobre Si como parte de Sua identificação com o sofrimento humano.

2.3.4. Morte Física Real: A morte de Cristo foi uma morte física genuína. Após
horas na cruz, Ele entregou Seu espírito, morrendo de maneira humana. Essa morte
real é crucial para a teologia cristã, pois confirma a autenticidade do sacrifício de
Cristo como a base da redenção.

2.3.5. Compreensão das Limitações Humanas: Ao experimentar a morte, Cristo


demonstrou uma compreensão completa das limitações humanas, incluindo a
inevitabilidade da morte física. Sua escolha de enfrentar esse destino com
humildade e submissão destaca Sua aceitação voluntária das condições humanas,
sublinhando Sua encarnação.

2.3.6. Solidariedade com o Pecador: A experiência humana de Cristo na morte


também simboliza Sua solidariedade com o pecador. Ao suportar a morte como
parte do castigo pelo pecado, Ele se torna o representante perfeito da humanidade,
compartilhando as consequências do pecado em lugar da humanidade.

2.3.7. Aceitação Voluntária: A escolha voluntária de Cristo em aceitar a morte é um


aspecto essencial dessa experiência humana. Ele não foi forçado ou coagido a
enfrentar a morte, mas escolheu, por amor, submeter-se ao plano redentor do Pai.
Isso destaca Sua obediência e a natureza voluntária de Seu sacrifício. A
compreensão da experiência humana de Cristo na morte ressoa na teologia da
encarnação, revelando um Deus que não apenas se aproxima da humanidade, mas
que compartilha plenamente suas dores, limitações e condição mortal. Esse
entendimento fortalece a base da redenção cristã, destacando o sacrifício singular
de Cristo como o caminho para a reconciliação entre Deus e os seres humanos.

3. A Obra de Cristo: O Período da Humilhação e o Significado do


Sepultamento: Esta seção aborda o período da humilhação de Cristo, focando
especificamente no evento do sepultamento após Sua morte na cruz. Exploraremos
a relevância teológica e simbólica do sepultamento, destacando como esse
22

momento desempenha um papel crucial na narrativa da redenção e na compreensão


da identificação de Cristo com a condição humana.

3.1. A Obra de Cristo, o Período da Humilhação A Sepultura e a Esperança da


Ressurreição: A fase da humilhação se completa com a sepultura de Cristo,
preparando o cenário para a gloriosa ressurreição. A sepultura não é apenas um
ponto final, mas uma transição que simboliza a vitória sobre a morte e a esperança
da vida eterna. A Sepultura e a Esperança da Ressurreição referem-se aos eventos
que sucedem a morte de Jesus Cristo e como eles desempenham um papel
significativo na teologia cristã. Vamos explorar detalhadamente esses aspectos:

3.1.1. O Significado Teológico do Sepultamento: O sepultamento de Cristo não é


um detalhe periférico, mas carrega profundo significado teológico. Ele destaca a
autenticidade da morte de Cristo, serve como transição entre Sua morte e
ressurreição, e cumpre Escrituras que profetizam sobre o destino do Messias após
Sua morte (Isaías 53:9).

3.1.2. O Atendimento ao Corpo Morto: Após a morte de Cristo na cruz, Seu corpo
foi retirado da cruz e cuidadosamente atendido para o enterro. José de Arimateia,
membro do Sinédrio e seguidor secreto de Jesus, desempenhou um papel crucial ao
obter permissão de Pilatos para sepultar o corpo de Jesus. Este ato demonstra
respeito pela dignidade do corpo de Cristo e antecipa a esperança da ressurreição.

3.1.3. O Túmulo Novo: Jesus foi colocado em um túmulo novo, que era uma
sepultura ainda não usada. Isso é mencionado nos evangelhos (Mateus 27:60,
Marcos 15:46, Lucas 23:53). A escolha de um túmulo novo destaca a singularidade
da morte e sepultamento de Cristo, preparando o cenário para a futura ressurreição.

3.1.4. Identificação com a situação Humana: O ato de ser sepultado ressoa na


identificação de Cristo com a situação humana, incluindo a mortalidade. Ele
compartilha plenamente os aspectos da experiência humana, desde a encarnação
até a morte e sepultamento, solidificando Sua conexão com a humanidade.
23

3.1.3. Guardas no Túmulo: Para evitar qualquer interferência ou alegações de


roubo do corpo, Pilatos autorizou a colocação de guardas romanos no túmulo
(Mateus 27:62-66). Isso se torna parte importante da narrativa, pois destaca a
segurança e integridade do sepulcro até o momento da ressurreição. A presença de
guardas romanos no túmulo, mencionada nos evangelhos, adiciona complexidade à
narrativa. Como mencionado anteriormente, enquanto garante a segurança do
sepulcro, também destaca a singularidade do evento, preparando o terreno para a
futura ressurreição.

3.1.4. A Esperança da Ressurreição: A sepultura de Cristo não é o fim da história,


mas sim a preparação para a grande esperança cristã: a ressurreição. A crença na
ressurreição é central para a fé cristã, e a sepultura é o ponto de transição entre a
morte sacrificial de Cristo e a vitória sobre a morte por meio de Sua ressurreição. O
sepultamento não é o começo da derrota, mas sim o começo da vitória; é um elo
vital na narrativa da redenção que antecipa a esperança da ressurreição. A
promessa da ressureição após a morte é intrinsecamente ligada ao evento do
sepultamento e ressurreição de Cristo. O sepultamento de Cristo, parte essencial do
período da humilhação, não apenas valida Sua morte, mas prepara o caminho para
a ressurreição, consolidando a esperança cristã na vitória sobre a morte. Ao
compreender o significado teológico e simbólico do sepultamento, os cristãos são
chamados a contemplar a profundidade do sacrifício de Cristo e a certeza da vida
eterna que Ele assegura.

3.1.5. Cumprimento das Escrituras: A sepultura de Cristo e Sua subsequente


ressurreição são o cumprimento das Escrituras do Antigo Testamento, que
profetizavam sobre o Messias, incluindo Sua morte e ressurreição (Salmo 16:10;
Isaías 53:9).

4. A Obra de Cristo: O Período da Exaltação e a Significância da Ressurreição:


Esta seção aborda o período da exaltação na obra de Cristo, com foco especial na
ressurreição como evento central. Exploramos a relevância teológica da
ressurreição, seu significado na fé cristã e como esse momento se conecta à
exaltação de Cristo à direita de Deus Pai. O período da exaltação na teologia cristã
engloba os eventos após a morte de Cristo, culminando na ressurreição e Sua
24

subsequente exaltação. Esta seção analisa a importância teológica da ressurreição,


destacando como esse evento transcende a história e influencia a compreensão
cristã da redenção.

4.1. A Ressurreição como Clímax da Exaltação: A ressurreição é o ponto


culminante da exaltação de Cristo. O poder de Deus manifesta-se na vitória sobre a
morte, validando a obra redentora de Cristo. A ressurreição não apenas confirma
Sua divindade, mas também antecipa a promessa da vida eterna para os cristãos. A
ressurreição como clímax da exaltação é um conceito fundamental na teologia cristã,
destacando a importância suprema da ressurreição de Jesus Cristo como o ponto
culminante de Sua exaltação. Vamos explorar detalhadamente essa ideia:

4.1.1. Contextualização da Exaltação: A exaltação de Cristo refere-se ao período


após Sua morte e ressurreição, no qual Ele é elevado à posição de honra e
autoridade à direita de Deus Pai. A exaltação abrange a ressurreição, a ascensão e
a posição soberana de Jesus.

4.1.2. A Significância Teológica da Ressurreição: A ressurreição é o evento


central da exaltação e possui profunda significância teológica. Ela representa a
vitória sobre a morte, confirmando a divindade de Cristo e validando Sua obra
redentora. Sem a ressurreição, a exaltação de Cristo perderia sua base crucial.

4.1.3. Confirmação da Vitória sobre a Morte: A ressurreição confirma a vitória de


Cristo sobre a morte. Sua ressurreição não é apenas um retorno à vida física, mas
uma transformação gloriosa para uma existência ressurreta. Esse triunfo sobre a
morte é central para a compreensão da salvação cristã.

4.1.4. Validade da Mensagem Cristã: A ressurreição valida a mensagem cristã. Se


Cristo não tivesse ressuscitado, a fé cristã seria vazia e sem fundamento, como
afirmou o apóstolo Paulo em 1 Coríntios 15:14: "E, se Cristo não ressuscitou, logo é
vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé."

4.1.5. Transformação da Morte em Vida: A ressurreição transforma a morte em


vida. Ao superar a morte, Cristo oferece a promessa da ressurreição aos cristãos.
25

Isso não apenas garante a vida eterna, mas também serve como garantia da futura
ressurreição corporal dos seguidores de Cristo.

4.1.6. Sinal de Glorificação e Exaltação: A ressurreição é um sinal de glorificação


e exaltação. Cristo, ao ser ressuscitado, entra em um estado glorioso, demonstrando
Sua vitória e sendo elevado à posição de supremacia. Sua ressurreição é parte
integrante de Sua exaltação à direita de Deus Pai.

4.1.7. Antecipação da Ressurreição dos Cristãos: A ressurreição de Cristo não é


apenas um evento isolado, mas antecipa a ressurreição dos cristãos. A conexão
entre a ressurreição de Cristo e a futura ressurreição dos seguidores é destacada
em passagens como 1 Coríntios 15:20-23, onde Cristo é chamado das primícias dos
que dormem.

4.1.8. Continuidade da Missão Pós-Ressurreição:

A missão pós-ressurreição confirma a continuidade da obra de Cristo. Após Sua


ressurreição, Ele comissiona Seus discípulos para pregar o Evangelho e fazer
discípulos de todas as nações (Mateus 28:18-20). Isso ilustra a extensão da
exaltação de Cristo na expansão do Reino de Deus. Vale salientar e reiterar que a
ressurreição como clímax da exaltação de Cristo é um elemento central da fé cristã.
Ela não apenas valida a divindade de Jesus e Sua vitória sobre a morte, mas
também serve como fundamento para a esperança cristã na vida eterna. A
ressurreição não é apenas um evento histórico, mas uma realidade transformadora
que continua a impactar a fé cristã ao longo dos séculos.

4.2. Fundamentos Bíblicos da Ressurreição: A ressurreição de Cristo encontra


fundamentos sólidos nas Escrituras, sendo profetizada no Antigo Testamento e
testemunhada pelos evangelhos. Textos como Salmo 16:10 e Isaías 53:10-11
prenunciam o evento, enquanto os relatos nos evangelhos detalham o túmulo vazio
e os encontros pós-ressurreição. Os fundamentos bíblicos da ressurreição de Jesus
Cristo são essenciais para a fé cristã, fornecendo uma base sólida e inabalável para
a compreensão desse evento crucial. Vamos explorar detalhadamente alguns dos
principais fundamentos bíblicos da ressurreição:
26

4.2.1. Profecias do Antigo Testamento: A ressurreição de Jesus foi profetizada no


Antigo Testamento. Por exemplo, em Salmo 16:10, o salmista declara
profeticamente: "Pois não deixarás a minha alma na morte, nem permitirás que o teu
santo veja corrupção." Este versículo foi citado por Pedro no Dia de Pentecostes,
conforme registrado em Atos 2:29-31, para explicar a ressurreição de Jesus.

2. Isaías 53:10-11: Isaías profetizou sobre o sofrimento do Servo Sofredor,


identificado por muitos cristãos como uma referência messiânica a Jesus. Em Isaías
53:10-11, está escrito: "Mas ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando
a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os
seus dias." Este texto é interpretado como antecipação da ressurreição de Cristo.

4.2.3. Os Evangelhos Sinópticos: Os Evangelhos Sinópticos (Mateus, Marcos e


Lucas) oferecem relatos detalhados da ressurreição de Jesus. Cada evangelista
fornece informações específicas sobre o túmulo vazio, as aparições pós-
ressurreição e as interações de Jesus com Seus discípulos. Esses relatos oferecem
uma narrativa consistente e convergente sobre o evento.

4.2.4. Túmulo Vazio: O fato do túmulo vazio é um dos fundamentos mais


destacados da ressurreição. Todos os quatro evangelhos registram que o túmulo
onde Jesus foi sepultado foi encontrado vazio no domingo de manhã após Sua
crucificação. Isso é mencionado em Mateus 28:1-10, Marcos 16:1-8, Lucas 24:1-12
e João 20:1-10.

4.2.5. Testemunho das Mulheres: Um detalhe significativo nos relatos é que as


primeiras testemunhas do túmulo vazio e das aparições pós-ressurreição foram
mulheres. Este é um elemento surpreendente, dado o contexto cultural da época,
onde o testemunho das mulheres não era geralmente considerado válido em
tribunais. Isso sugere autenticidade nos relatos, pois não seria algo inventado pelos
escritores dos evangelhos.

4.2.6. Aparições Pós-Ressurreição: As aparições pós-ressurreição de Jesus são


fundamentais para a fé cristã. Ele apareceu a diferentes pessoas e grupos, incluindo
27

Maria Madalena (João 20:11-18), os discípulos no caminho de Emaús (Lucas 24:13-


35), e os apóstolos reunidos (João 20:19-29). Essas múltiplas aparições reforçam a
realidade da ressurreição.

4.2.7. A Grande Comissão: A Grande Comissão, dada por Jesus aos discípulos
antes de Sua ascensão, também confirma a realidade da ressurreição. Em Mateus
28:18-20, Jesus afirma Sua autoridade sobre o céu e a terra, comissionando os
discípulos a fazerem discípulos de todas as nações. Essa comissão é dada com a
garantia de Sua presença contínua.

4.2.8. Testemunho dos Apóstolos: Os apóstolos, que inicialmente duvidaram da


ressurreição, tornaram-se testemunhas ardentes do evento após suas experiências
pessoais com Jesus ressuscitado. Suas vidas foram transformadas, e muitos deles
sofreram martírio por sua fé na ressurreição de Cristo. Esses fundamentos bíblicos
da ressurreição formam uma base sólida para a fé cristã, conectando profecias do
Antigo Testamento, relatos detalhados nos Evangelhos, a realidade do túmulo vazio,
as aparições pós-ressurreição e o testemunho transformador dos seguidores de
Jesus.

4.3. A Natureza Transformadora da Ressurreição: A ressurreição não é apenas


um evento histórico; é um acontecimento transformador. O Cristo ressuscitado não
volta simplesmente à vida, mas entra em uma gloriosa condição ressurreta. Isso
aponta para a promessa da ressurreição dos mortos no último dia para aqueles que
creem Nele. A natureza transformadora da ressurreição de Jesus é um aspecto
fundamental da fé cristã. Esse evento transcende a mera restauração da vida física
e possui implicações profundas e transformadoras para a compreensão da fé e da
esperança dos cristãos. Vamos explorar detalhadamente a natureza transformadora
da ressurreição:

4.3.1. Vitória sobre a Morte: A ressurreição de Jesus é a suprema vitória sobre a


morte. Ao ressuscitar dos mortos, Ele demonstra Seu poder sobre a última inimiga
da humanidade (1 Coríntios 15:26). Essa vitória não apenas confirma a divindade de
28

Cristo, mas também assegura a esperança da vida eterna para aqueles que creem
Nele.

4.3.2. Transformação do Corpo: A ressurreição não é uma simples reanimação do


corpo; é uma transformação gloriosa. O corpo ressurreto de Jesus não está sujeito
às limitações e fraquezas do corpo terreno. Ele é um corpo espiritual, incorruptível e
imortal (1 Coríntios 15:42-44).

4.3.3. Testemunho da Nova Criação: A ressurreição de Jesus é um antecipação da


nova criação. Sua ressurreição inaugura um novo tempo, simbolizando a renovação
não apenas de indivíduos, mas de toda a criação. Paulo refere-se a Jesus como "as
primícias dos que dormem" (1 Coríntios 15:20), indicando que Sua ressurreição é
precursora da restauração completa da humanidade.

4.3.4. Rompimento com as Limitações Terrenas: O corpo ressurreto de Jesus


rompe com as limitações terrenas. Ele aparece e desaparece, entra em locais
fechados e não é limitado pelas barreiras físicas. Isso destaca a natureza
sobrenatural e transformadora da ressurreição (Lucas 24:31, João 20:19).

4.3.5. Sinal da Promessa da Ressurreição dos Cristãos: A ressurreição de Jesus


é um sinal da promessa da ressurreição dos cristãos. O Novo Testamento destaca
que, assim como Cristo ressuscitou, os cristãos também experimentarão a
ressurreição. Paulo enfatiza essa conexão em 1 Coríntios 15:22, declarando que
"assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em
Cristo."

4.3.6. Transformação da Compreensão Teológica: A ressurreição transforma a


compreensão teológica da redenção. Ela não é apenas a anulação do pecado, mas
a inauguração de uma nova vida em comunhão com Deus. A ressurreição de Jesus
revela a profundidade do amor de Deus, Sua justiça e Sua capacidade de restaurar
o que foi perdido.

4.3.7. Garantia da Esperança Cristã: A natureza transformadora da ressurreição é


a garantia da esperança cristã. Aqueles que estão em Cristo são assegurados de
29

que, assim como Ele ressuscitou, participarão da ressurreição para a vida eterna
(Romanos 8:11). Isso proporciona consolo diante da morte e confiança na promessa
da eternidade.

4.3.8. Impacto na Vida Cotidiana: A compreensão da ressurreição é


transformadora e tem impacto profundo ona vida cotidiana dos cristãos. Ela inspira
uma perspectiva de esperança, coragem diante das adversidades e uma vida vivida
em resposta à nova vida em Cristo.
Em resumo, a natureza transformadora da ressurreição vai além de um evento
histórico; ela molda a fé cristã, oferecendo esperança, significado e transformação
tanto na vida presente quanto na futura. A ressurreição não é apenas um ponto final
na história, mas o início de uma narrativa de restauração e renovação da raça
humana.

4.4. A Confirmação da Divindade de Cristo: A ressurreição é uma confirmação


poderosa da divindade de Cristo. Ao vencer a morte, Ele demonstra Sua autoridade
sobre o domínio espiritual e físico. A ressurreição é um sinal tangível de Sua
natureza como o Filho de Deus. A ressurreição de Jesus Cristo é um evento central
que confirma e ressalta Sua divindade na teologia cristã. Vamos explorar
detalhadamente como a ressurreição serve como uma poderosa confirmação da
divindade de Cristo:

4.4.1. Cumprimento de Profecias: A ressurreição cumpre profecias do Antigo


Testamento que apontavam para a vinda do Messias e Sua vitória sobre a morte. A
própria promessa de Deus, registrada nas Escrituras, encontrou seu cumprimento
em Jesus (Salmo 16:10; Isaías 53:10-11).

4.4.2. Poder sobre a Morte: Ao ressuscitar dos mortos, Jesus demonstra um poder
que vai além das capacidades humanas. A morte é considerada o último inimigo, e a
ressurreição de Cristo confirma Sua autoridade e domínio sobre a morte (1 Coríntios
15:54-57).

4.4.3. A Afirmação de Sua Preexistência: A ressurreição reafirma a preexistência


de Cristo. Antes de Sua encarnação, Ele existia com o Pai desde a eternidade. Ao
30

triunfar sobre a morte, Ele demonstra que Sua vida não teve início na manjedoura,
mas que Ele é o eterno Filho de Deus (João 17:5).

4.4.4. Sinal de Sua Autoridade Divina: A ressurreição é um sinal claro da


autoridade divina de Jesus. Ele não apenas ressuscitou pelo poder do Pai, mas
também ressuscitou a Si mesmo (João 2:19-22). Esse ato soberano ressalta Sua
divindade e Seu controle sobre a vida e a morte.

4.4.5. Aceitação Divina do Sacrifício: A ressurreição é a aceitação divina do


sacrifício de Cristo na cruz. A morte de Jesus foi o pagamento pelos pecados da
humanidade, e a ressurreição é a validação divina de que o preço foi pago
integralmente. Isso confirma Sua divindade como o Salvador prometido.

4.4.6. Confirmação dos Títulos Divinos de Jesus: Títulos divinos atribuídos a


Jesus, como "Filho de Deus" e "Senhor," são confirmados pela ressurreição. Os
apóstolos e seguidores reconheceram que, em Sua ressurreição, Jesus é
verdadeiramente o Filho de Deus (Romanos 1:4) e Senhor e Cristo. (Atos 2:36).

4.4.7. Testemunho dos Anjos e Discípulos: O testemunho dos anjos no túmulo


vazio e dos discípulos que encontraram o Cristo ressuscitado destaca a dimensão
divina da ressurreição. Os anjos proclamam a boa notícia da ressurreição como algo
sobrenatural e divinamente orquestrado (Mateus 28:5-7).

4.4.8. Confirmação por Meio de Milagres Pós-Ressurreição: Jesus realizou


milagres após Sua ressurreição, como aparecer em locais fechados (Lucas 24:36-
49), comer com Seus discípulos e prover grandes pescarias (João 21:1-14). Esses
milagres pós-ressurreição confirmam Sua divindade, pois revelam um corpo
ressurreto com propriedades sobrenaturais.

4.4.9. Adoração dos Discípulos: A adoração dos discípulos diante de Jesus


ressuscitado é um testemunho claro de Sua divindade. Tomé, ao tocar nas feridas
de Jesus, exclamou: "Senhor meu e Deus meu!" (João 20:28). Essa adoração reflete
o reconhecimento da divindade de Cristo.
31

Em resumo, a ressurreição de Jesus é uma confirmação vital de Sua divindade. Ela


vai além de um simples retorno à vida; é a demonstração suprema de Seu poder
sobre a morte, a validação do sacrifício expiatório e a garantia da esperança eterna
para todos que creem Nele como o Filho de Deus.

4.5. A Exaltação à Direita de Deus Pai: Após a ressurreição, Cristo é exaltado à


direita de Deus Pai, conforme mencionado em textos como Efésios 1:20-21. Essa
exaltação destaca Sua supremacia e soberania, colocando-O em uma posição de
honra e autoridade. A exaltação à direita de Deus Pai refere-se à posição elevada de
Jesus Cristo após Sua ressurreição e ascensão, simbolizando Seu predomínio,
poder e senhorio. Este tema é mencionado em várias passagens bíblicas e possui
profundo significado teológico. Vamos explorar detalhadamente a exaltação à direita
de Deus Pai:

4.5.1. Base Bíblica: A exaltação à direita de Deus tem fundamentos bíblicos que
remontam ao Antigo Testamento. O Salmo 110:1, por exemplo, profetiza: "Disse o
Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus
inimigos por escabelo dos teus pés." Jesus referiu-se a este versículo para destacar
Sua identidade messiânica (Mateus 22:41-46).

4.5.2. Cumprimento em Jesus: As Escrituras do Novo Testamento afirmam que


Jesus, após Sua ressurreição, foi exaltado à direita de Deus Pai. Em Marcos 16:19,
lemos que "o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e
assentou-se à direita de Deus."

4.5.3. Símbolo de Autoridade e Honra: Sentar à direita era uma posição de grande
honra em antigas cortes reais. Na cultura judaica, a posição à direita era
considerada a mais honrosa e indicava uma posição de igualdade e autoridade. A
exaltação de Jesus à direita de Deus simboliza Sua autoridade divina e soberania.

4.5.4. Vitória sobre a Morte: A exaltação à direita de Deus também destaca a


vitória de Jesus sobre a morte. Ao ser exaltado após a ressurreição, Ele demonstra
que a morte não tem mais poder sobre Ele. Essa exaltação é uma confirmação da
validade de Sua obra redentora.
32

4.5.5. Papel na Intercessão: A carta aos Hebreus destaca que Jesus, como Sumo
Sacerdote, (está à direita de Deus) intercedendo por nós (Hebreus 7:25). Sua
posição não é apenas simbólica, mas também funcional, desempenhando um papel
contínuo na mediação entre Deus e a humanidade.

4.5.6. Glorificação da Trindade: A exaltação à direita de Deus glorifica a Trindade,


revelando a cooperação entre o Pai e o Filho. Esta posição destaca a harmonia e a
unidade divina, sublinhando que Jesus compartilha a mesma essência divina com o
Pai.

4.5.7. Aplicação Prática para os Cristãos: Para os cristãos, a exaltação à direita


de Deus tem implicações práticas. Isso significa que Jesus é o Senhor soberano e
que os cristãos podem confiar Nele como seu Mediador e Rei. A confiança na
exaltação de Cristo oferece conforto, segurança e esperança. A exaltação à direita
de Deus é um tema teológico rico que destaca a posição de honra e autoridade de
Jesus Cristo após Sua ressurreição e ascensão. Essa verdade é central na
compreensão da divindade de Cristo e da esperança cristã na consumação do reino
de Deus.

4.6. Implicações Teológicas da Ressurreição: A ressurreição tem implicações


teológicas profundas, afetando a soteriologia, escatologia e cristologia. Ela assegura
a esperança da vida eterna, confirma a vitória sobre o pecado e a morte, e valida a
identidade única de Jesus como o Messias prometido. As implicações teológicas da
ressurreição de Jesus Cristo são profundas e abrangentes, afetando vários aspectos
centrais da fé cristã. Vamos explorar detalhadamente algumas dessas implicações
teológicas:

4.6.1. Confirmação da Divindade de Cristo: A ressurreição é a confirmação


suprema da divindade de Jesus Cristo. Ao ressuscitar dos mortos, Ele demonstra
que tem poder sobre a vida e a morte, confirmando as afirmações sobre Sua
divindade durante Seu ministério terreno.
33

4.6.2. Vitória sobre o Pecado e a Morte: A ressurreição é a vitória decisiva sobre o


pecado e a morte. O apóstolo Paulo destaca em 1 Coríntios 15:17 que, se Cristo não
ressuscitou, a fé cristã seria vazia e sem esperança. A ressurreição assegura a
redenção completa e a vida eterna para os cristãos.

4.6.3. Fundamentação da Fé Cristã: A ressurreição é um pilar fundamental da fé


cristã. Ela valida a mensagem do Evangelho e fornece uma base sólida para a
crença na salvação pela graça mediante a fé em Jesus Cristo. A fé cristã repousa na
realidade histórica da ressurreição.

4.6.4. Cumprimento das Escrituras Proféticas: A ressurreição cumpre numerosas


profecias do Antigo Testamento, estabelecendo a continuidade e a coerência entre
as Escrituras judaicas e a mensagem cristã. O Salmo 16:10 e Isaías 53 são apenas
alguns exemplos de passagens proféticas que encontram seu cumprimento na
ressurreição de Cristo.

4.6.5. Efeito Transformador na Vida Cristã: A ressurreição tem implicações


práticas na vida dos cristãos. Paulo afirma em Romanos 6:4 que assim como Cristo
ressuscitou dentre os mortos, os cristãos também podem andar em novidade de
vida. A ressurreição capacita os cristãos a viverem uma vida transformada em
comunhão com Deus.

4.6.6. Garantia da Ressurreição dos Cristãos: A ressurreição de Cristo serve


como garantia da futura ressurreição dos cristãos. Paulo destaca em 1 Coríntios
15:20 que Cristo é as primícias dos que dormem, indicando que Sua ressurreição
antecipa a ressurreição dos seguidores de Cristo no final dos tempos.

4.6.7. Testemunho Autêntico dos Apóstolos: O testemunho autêntico dos


apóstolos sobre a ressurreição é crucial para a validade da fé cristã. O fato de esses
homens, que inicialmente duvidaram, tornarem-se testemunhas fervorosas da
ressurreição fortalece a credibilidade histórica desse evento.
34

4.6.8. Estabelecimento da Nova Aliança: A ressurreição é um evento que ratifica a


nova aliança entre Deus e a humanidade. Jesus, ao vencer a morte, inaugura uma
nova etapa de relacionamento entre Deus e Seu povo.

4.6.9. Esperança da Segunda Vinda: A ressurreição está ligada à esperança da


segunda vinda de Cristo. A ascensão de Jesus ao céu e Sua promessa de retorno
garantem que Sua obra redentora será concluída e que Ele estabelecerá Seu reino
de justiça e paz.

4.6.10. Testemunho ao Poder de Deus: A ressurreição testemunha ao poder


sobrenatural de Deus. Ela destaca a soberania divina sobre a criação e reforça a
capacidade de Deus de realizar obras extraordinárias que transcendem as leis
naturais. As implicações teológicas da ressurreição são vastas e fundamentais para
a fé cristã. Ela não apenas confirma a divindade de Cristo e a vitória sobre o pecado
e a morte, mas também tem repercussões práticas na vida dos cristãos e estabelece
a base para a esperança da segunda vinda de Cristo.

4.7. Testemunho e Missão Pós-Ressurreição: Após a ressurreição, Cristo aparece


a seus seguidores, fortalecendo sua fé e comissionando-os para proclamar o
Evangelho. O testemunho pós-ressurreição é essencial para a propagação da
mensagem cristã e a formação da comunidade da fé. A ressurreição, como parte
integrante da exaltação de Cristo, é um pilar fundamental na teologia cristã. Seu
significado transcende o histórico, influenciando a fé, a esperança e a compreensão
da identidade divina de Jesus. Ao compreendermos a importância teológica da
ressurreição, somos levados a contemplar a grandiosidade da obra de Cristo e a
certeza da vida eterna oferecida aos que creem Nele. O testemunho e a missão pós-
ressurreição referem-se ao papel vital que os discípulos de Jesus desempenharam
após a ressurreição, testemunhando o evento e sendo comissionados para
compartilhar a mensagem do Evangelho. Essa fase é crucial para a propagação do
cristianismo e está intrinsecamente ligada ao impacto transformador da ressurreição.
Vamos explorar detalhadamente esses aspectos:

4.7.1. Testemunho da Ressurreição: Após a ressurreição de Jesus, os discípulos


tornaram-se testemunhas oculares desse evento transcendental. Eles viram Jesus
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vivo, conversaram com Ele, tocaram em Suas feridas e compartilharam refeições


com Ele. Esse testemunho direto formou a base de sua fé e se tornou a pedra
angular para proclamar a mensagem do Evangelho.

4.7.2. Efeito Transformador no Testemunho: O testemunho da ressurreição


transformou completamente os discípulos. Homens que inicialmente estavam
desanimados, temerosos e descristãos tornaram-se ousados proclamadores do
Evangelho. Pedro, que havia negado Jesus, tornou-se um pregador corajoso,
enfatizando a ressurreição como prova da messianidade de Jesus (Atos 2:22-36).

4.7.3. Comissão Missionária: Antes de Sua ascensão, Jesus deu uma comissão
missionária aos Seus discípulos. Essa comissão, frequentemente chamada de
"Grande Comissão", é registrada em Mateus 28:18-20, Marcos 16:15-18, Lucas
24:46-49 e Atos 1:8. Essa missão incluía fazer discípulos de todas as nações,
batizá-los e ensiná-los.

4.7.4. A Autoridade de Jesus: Na Grande Comissão, Jesus afirma Sua autoridade


sobre o céu e a terra. Essa autoridade é a base para a missão dos discípulos. A
ressurreição não apenas confirma a divindade de Cristo, mas também estabelece
Sua autoridade sobre toda a criação.

4.7.5. Testemunho por Meio dos Milagres: O livro de Atos relata os milagres
realizados pelos apóstolos como parte do testemunho pós-ressurreição. Esses
milagres, como a cura do coxo junto à Porta Formosa (Atos 3:1-10) e a ressurreição
de Dorcas (Atos 9:36-42), validaram a mensagem que proclamavam.

4.7.6. Expansão para Além de Jerusalém: Inicialmente concentrados em


Jerusalém, os discípulos, impulsionados pela missão pós-ressurreição, começaram
a espalhar o Evangelho para além das fronteiras de Israel. A mensagem da
ressurreição tinha um alcance global, cumprindo a comissão de ir a todas as nações.

4.7.7. Formação de Comunidades Cristãs: O testemunho e a missão pós-


ressurreição resultaram na formação de comunidades cristãs. As pessoas que
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responderam à mensagem foram batizadas e começaram a viver em comunhão,


seguindo os ensinamentos de Jesus e dos apóstolos (Atos 2:41-47).

4.7.8. Perseverança Diante de Oposição: Os discípulos enfrentaram oposição e


perseguição, mas o testemunho da ressurreição os capacitou a perseverar. A
convicção de que serviam um Senhor ressuscitado deu-lhes coragem diante das
ameaças e desafios.

4.7.9. Continuidade na Atualidade: O testemunho e a missão pós-ressurreição não


foram limitados ao primeiro século. Eles estabeleceram um padrão para a missão
contínua da igreja ao longo dos séculos. A proclamação da ressurreição permanece
central na pregação cristã.

4.7.10. Impacto Duradouro no Cristianismo: O testemunho e a missão pós-


ressurreição tiveram um impacto duradouro no cristianismo. A mensagem da
ressurreição é central para a identidade cristã e continua a transformar vidas ao
redor do mundo. O testemunho e a missão pós-ressurreição representam a resposta
dos discípulos ao evento mais significativo da história cristã. Esse testemunho não
apenas transformou suas vidas, mas também impactou comunidades, moldou a
missão da igreja e continua a influenciar o cristianismo até os dias de hoje.

5. A Ascensão de Jesus Cristo: Segundo Passo na Exaltação e Cumprimento


Profético: Esta seção investiga o segundo passo no processo da exaltação de
Jesus Cristo, caracterizado pela ascensão, com base na revelação profética,
especificamente no Salmo 68:18. Analisaremos a importância teológica da
ascensão, seu cumprimento das profecias e seu impacto na compreensão da obra
de Cristo. O período da exaltação de Cristo culmina na ascensão, um evento
revelado tanto pelos profetas quanto pelo próprio Cristo. Este estudo busca
examinar em detalhes a significância teológica desse evento, usando como base o
Salmo 68:18 como indicativo profético. Esta seção buscará oferecer uma
compreensão aprofundada da ascensão de Cristo, fundamentada nas Escrituras,
destacando seu papel na exaltação do Salvador e sua relevância para a fé cristã.
37

5.1. Contextualização Bíblica da Ascensão: A ascensão é um tema que permeia


os Evangelhos e os livros de Atos. Este trabalho enfocará o relato bíblico da
ascensão de Jesus, especialmente a antecipação dessa realidade nas Escrituras.

5.1.1. Salmo 68:18 como Prefiguração Profética: O Salmo 68:18, atribuído a Davi,
serve como uma prefiguração profética da ascensão de Cristo. A expressão "Tu
subiste ao alto, levaste cativo o cativeiro" aponta para a ascensão de Cristo como
um ato de triunfo e domínio sobre as forças espirituais.

5.1.2. Confirmação Profética no Novo Testamento: O estudo investigará como o


Novo Testamento confirma a ascensão de Jesus como o cumprimento da profecia
do Salmo 68:18. Passagens em Efésios 4:8-10 e 1 Pedro 3:22 serão exploradas
para corroborar essa conexão profética.

5.1.3. Significado Teológico da Ascensão: A ascensão confirma a exaltação de


Cristo, indicando Sua vitória sobre a morte e Sua entrada triunfante no céu. Ela
estabelece a soberania de Jesus e Seu papel contínuo como Sumo Sacerdote e
Intercessor.

5.1.4. A Promessa Cumprida aos Discípulos: A ascensão não é apenas uma


partida; é uma promessa cumprida. Jesus prometeu aos discípulos que Ele iria
preparar lugares para eles, e Sua ascensão é o início desse cumprimento.

5.1.5. Impacto na Missão da Igreja: O estudo abordará como a ascensão desafia e


capacita a missão da igreja. O retorno de Jesus ao céu não é um afastamento, mas
uma comissão para os discípulos serem testemunhas do Evangelho em todas as
nações. A ascensão de Jesus, como revelada nas Escrituras e prefigurada no Salmo
68:18, é um passo crucial na obra redentora e na exaltação do Senhor. Sua
importância teológica ressoa através das profecias cumpridas, da confirmação nas
epístolas e do impacto contínuo na missão da igreja.

5.2. A Promessa de Jesus e a Preparação de Lugares: O discurso de Jesus aos


discípulos, registrado em João 14:1-3, oferece uma visão perspicaz da relação entre
Sua ascensão e a promessa de preparar lugares para eles na casa do Pai. Nessa
38

passagem, Jesus encoraja os discípulos a não se perturbarem, ressaltando a


necessidade de crerem Nele da mesma forma que creem em Deus. Ele revela a
existência de muitas moradas na casa do Pai e promete preparar lugares
específicos para cada um deles.

5.2.1. A Antecipação da Volta de Jesus: A promessa de Jesus não termina com


Sua ascensão; ela se estende à Sua futura volta. Ele afirma claramente que, após
preparar lugares, retornará para levar os discípulos consigo, proporcionando-lhes a
certeza da comunhão eterna com Ele. Essa promessa não apenas tranquiliza os
corações dos discípulos naquele momento, mas também alimenta a esperança da
segunda vinda de Cristo.

5.2.2. A Conexão com a Ascensão: Ao unir a promessa de preparar lugares com


Sua ascensão, Jesus estabelece uma conexão intrínseca entre os dois eventos. Sua
ida para preparar lugares na casa do Pai é uma extensão da ascensão, indicando
que Sua partida terrena tem um propósito específico e redentor.

5.2.3. O Impacto na Compreensão da Ascensão: A promessa de Jesus


proporciona uma compreensão mais profunda da ascensão. Ela não é apenas uma
partida, mas uma preparação para o encontro futuro com Ele. A ascensão não
significa separação definitiva, mas sim a garantia da reunião plena na presença de
Deus.

5.2.4. O Significado da Morada na Casa do Pai: A menção de "moradas na casa


do Pai" simboliza um relacionamento íntimo e eterno com Deus. A ascensão de
Jesus não é apenas sobre Sua exaltação pessoal, mas sobre abrir caminho para
que os discípulos também participem da comunhão celestial.

5.2.5. A Continuidade da Presença de Cristo: A promessa de Jesus destaca que


Sua volta não é apenas simbólica; ela visa trazer os discípulos para Si mesmo. Isso
evidencia a continuidade da presença de Cristo, agora não apenas espiritualmente,
mas também fisicamente na consumação dos tempos.
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5.2.6. A promessa de Jesus aos discípulos, no contexto da ascensão: Ela


transcende o consolo imediato e aponta para a grandiosidade da obra redentora. A
ascensão é o segundo passo na exaltação de Cristo, preparando um lugar na casa
do Pai para aqueles que creem Nele. Sua promessa reforça a esperança, a
comunhão e a certeza da presença contínua de Jesus nas vidas dos cristãos. A
interconexão entre a ascensão de Cristo, Sua promessa aos discípulos e a futura
volta, oferece uma compreensão abrangente do significado teológico desses
eventos na obra redentora.

5.3. A Importância da Evidência Testemunhal na Ascensão: A evidência


testemunhal desempenha um papel crucial na compreensão da ascensão de Cristo.
O relato em Atos 1:12,9-11 oferece uma das mais importantes provas bíblicas desse
evento, uma vez que foi testemunhada por várias pessoas. A multiplicidade de
testemunhas confirma a veracidade e a historicidade desse momento
transcendental.

5.3.1. A Narrativa em Atos 1:12,9-11: A narrativa em Atos 1:12,9-11 descreve os


eventos que cercam a ascensão de Jesus. Os discípulos, juntamente com Maria e
outras mulheres, testemunham o momento em que Jesus é elevado aos céus. A
presença dos anjos reforça a natureza divina desse evento.

5.3.2. A Credibilidade da Multiplicidade de Testemunhas: O fato de que várias


pessoas testemunharam a ascensão confere credibilidade ao relato bíblico. A
presença de testemunhas oculares múltiplas, incluindo os próprios discípulos,
aumenta a confiança na autenticidade desse episódio transcendental.

5.3.3. Consistência nos Relatos: A consistência nos relatos das testemunhas


reforça ainda mais a confiabilidade da narrativa. O registro em Atos é coeso com
outros relatos sobre a ascensão encontrados nos Evangelhos, proporcionando uma
convergência harmoniosa de testemunhos.

5.3.4. Implicações Teológicas da Evidência Testemunhal: A evidência


testemunhal da ascensão possui implicações teológicas significativas. Ela confirma
não apenas a realidade histórica desse evento, mas também a natureza divina de
40

Cristo e Sua exaltação. A multiplicidade de testemunhas valida a grandiosidade e a


transcendência desse acontecimento na história da redenção.

5.3.5. Continuidade da Missão dos Discípulos: A presença de várias testemunhas


da ascensão foi essencial para capacitar os discípulos a cumprir sua missão. O
testemunho ocular robusto foi crucial para a pregação do Evangelho e para a
fundação da igreja primitiva, uma vez que os discípulos transmitiram a verdade da
ascensão com convicção e autoridade.

5.3.6. A Ascensão como Fundamento da Fé Cristã: A evidência testemunhal da


ascensão solidifica esse evento como um fundamento inabalável da fé cristã. A
multiplicidade de testemunhas confirma a importância central da ascensão na
narrativa redentora, conectando-se diretamente à obra de Cristo e à continuidade de
Sua presença na vida dos cristãos.

5.3.7. A evidência testemunhal da ascensão: especialmente conforme registrada


em Atos 1:12,9-11, é uma peça fundamental na compreensão da obra redentora de
Cristo. A multiplicidade de testemunhas não apenas valida historicamente esse
evento, mas também fortalece a fé cristã, proporcionando uma base sólida para a
continuidade da missão dos discípulos e a crença na exaltação de Jesus Cristo.

Este estudo destaca a importância da evidência testemunhal na ascensão de Cristo,


destacando como a multiplicidade de testemunhas contribui para a credibilidade e a
significância teológica desse evento crucial na obra redentora.

5.4. A Ascensão como Confirmação Messiânica: A ascensão de Jesus


desempenha um papel crucial na comprovação da messianidade, conectando-se a
eventos-chave desde o seu nascimento. Líderes judeus, desde o início,
questionaram a filiação divina de Cristo devido à sua origem humilde e
circunstâncias modestas (João 1:11). No entanto, a ascensão torna-se uma prova
inescapável e final dessa messianidade.

5.4.1. Ressurreição e Ascensão: Provas Inescusáveis: A ressurreição de Jesus


já é uma prova contundente de sua messianidade. No entanto, a ascensão
41

acrescenta uma dimensão adicional a essa confirmação. Ela não apenas valida a
ressurreição, mas também demonstra a consumação da obra messiânica de Cristo,
conectando-se à sua exaltação celestial.

5.4.2. A Modesta Origem e a Ascensão: Incompatibilidade Questionada: A


objeção dos líderes judeus baseava-se na incompatibilidade percebida entre a
modesta origem e as circunstâncias do nascimento de Jesus com a idealização
messiânica deles. Contudo, a ascensão desafia essa visão limitada e confirma que a
missão messiânica de Jesus transcende as expectativas humanas.

5.4.3. Cumprimento das Profecias Messiânicas: A ascensão não é apenas um


evento isolado, mas cumpre profecias messiânicas que apontavam para a exaltação
do Messias. Passagens como Salmo 110:1, que prediz a ascensão e a posição à
direita de Deus, tornam-se cumpridas na narrativa da ascensão de Cristo.

5.4.4. Transformação da Percepção Messiânica: A ascensão desafia e transforma


a percepção tradicional messiânica. Ela revela que a missão de Jesus não se alinha
com as expectativas limitadas dos líderes judeus, mas transcende para um reino
celestial, consolidando assim sua identidade como o Messias prometido.

5.4.5. A Ascensão como Culminação da Missão: A ascensão não é apenas uma


prova isolada; é a culminação da missão messiânica de Jesus. Sua ressurreição e
ascensão estabelecem a vitória sobre o pecado e a morte, inaugurando uma nova
fase na história da redenção.

5.4.6. A Ascensão como Selo da Messianidade: A ascensão, portanto, atua como


um selo indelével da messianidade de Jesus. Ela valida sua identidade, confirma
sua obra redentora e desafia as preconcepções limitadas dos líderes judeus,
oferecendo uma compreensão mais profunda e transcendente do papel messiânico
de Cristo. A ascensão de Jesus não apenas prova sua messianidade, mas também
desafia concepções preconcebidas e revela a grandiosidade da obra redentora. Ao
conectar a ascensão com a ressurreição, cumpre profecias e transforma a
percepção tradicional messiânica, a ascensão emerge como um evento central,
42

validando a missão de Cristo e consolidando sua posição única na história da


redenção.

5.4.7. A Ascensão como Início da Glorificação: A ascensão de Jesus marca o


início da sua glorificação, sinalizando o ponto de partida para a exaltação celestial e
sua coroação como Rei dos reis e Senhor dos senhores. Este momento
transcendental não apenas simboliza a vitória final, mas também inaugura uma fase
de exaltação que transcende os limites terrenos.

5.4.8. Consolidação da Vitória como Filho do Homem: A ascensão consolida de


maneira definitiva a vitória de Jesus como Filho do homem. Ao subir aos céus em
seu corpo ressurreto, Ele não apenas demonstra triunfo sobre a morte, mas também
assume sua posição gloriosa à direita de Deus Pai, como predito nas Escrituras.

5.4.9. Triunfo como Filho de Deus: A ascensão não é apenas a consolidação da


vitória como Filho do homem, mas também afirma e glorifica sua filiação divina. Ao
ascender aos céus, Jesus entra na plenitude de sua glória como o Filho de Deus,
estabelecendo assim sua posição única e inigualável.

5.4.10. Coroação como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores: A ascensão não é
apenas uma elevação; é uma coroação. Ao chegar aos céus, Jesus é coroado como
Rei dos reis e Senhor dos senhores. Essa coroação não é baseada em conquistas
terrenas, mas na redenção e salvação proporcionadas por sua obra na cruz.

5.4.11. Ascensão como Fundamento Teológico: A ascensão de Jesus não é


meramente um evento; é um fundamento teológico essencial. Ela revela a
continuidade da obra redentora e a consumação da missão divina na terra,
preparando o caminho para a exaltação celestial.

5.4.12. Vitória Transcendental: A ascensão não é um ponto final; é um ponto de


partida para uma vitória transcendental. Ao subir aos céus, Jesus transcende as
limitações terrenas e estabelece sua presença e soberania em dimensões celestiais,
cumprindo as profecias e confirmando sua natureza divina.
43

5.4.13. Relevância Teológica da Ascensão: A ascensão de Jesus tem relevância


teológica profunda. Ela não apenas valida sua identidade messiânica e divina, mas
também abre portas para a compreensão da intercessão contínua, da posição à
direita de Deus e da esperança da segunda vinda.

5.4.14. A Ascensão e a Exaltação Permanente: A ascensão não é um evento


isolado; é o prelúdio para uma exaltação permanente. Jesus, à direita de Deus Pai,
continua a exercer sua soberania, intercedendo pelos cristãos e preparando o
caminho para a consumação final de todas as coisas. A ascensão de Jesus não é
apenas um movimento vertical aos céus; é um evento que inicia sua glorificação,
consolida sua vitória, e estabelece as bases teológicas para a fé cristã. Ao coroar-se
como Rei e Senhor, Jesus oferece esperança, segurança e uma visão celestial que
transcende a compreensão humana. A ascensão como o início da glorificação de
Jesus, explorando sua significância teológica e sua conexão com a vitória
messiânica e divina

5.5. A Relação entre a Ascensão e a Vinda do Consolador: O elo entre a


ascensão de Jesus e a vinda do Consolador, o Espírito Santo, é um aspecto crucial
da obra redentora. As palavras de Jesus, registradas em João 16:7, destacam a
necessidade de Sua partida para que o Consolador viesse aos discípulos. Esta
seção explora a interconexão vital entre a ascensão e a chegada do Espírito Santo.

5.5.1. A Verdade Revelada por Jesus: Ao afirmar "Convém que eu vá", Jesus
revela uma verdade transcendental. Sua partida não é apenas uma sequência
lógica; é um requisito essencial para o desdobramento da próxima fase da obra
redentora. Essa verdade é enfatizada pela afirmação de que, se Ele não fosse, o
Consolador não viria.

5.5.2. O Papel do Consolador na Ausência Física de Jesus:


A vinda do Consolador é significativa na ausência física de Jesus. Enquanto o
Mestre partia fisicamente, Ele prometia enviar o Espírito Santo como um Consolador
e Guia, garantindo que a presença divina continuaria a influenciar a vida dos
cristãos.
44

5.5.3. Condicionamento à Glorificação de Jesus no Céu: As palavras de Jesus


estabelecem uma condição fundamental para a vinda do Consolador: Sua própria
glorificação no céu. A ascensão, portanto, não é apenas uma transição; é um evento
determinante para desencadear a obra do Espírito Santo na terra.

5.5.4. Exaltação de Jesus e o Derramamento do Espírito: A glorificação de Jesus


no céu está intrinsecamente ligada ao derramamento do Espírito Santo. A ascensão
não apenas valida a vitória de Cristo, mas serve como o catalisador para a
concessão do Consolador, capacitando a igreja para a missão e fortalecendo os
cristãos em sua jornada espiritual.

5.5.5. A Conexão Teológica entre a Ascensão e o Pentecostes:


A conexão teológica entre a ascensão de Jesus e o evento de Pentecostes é
evidente. A promessa do Consolador é cumprida dramaticamente após a ascensão,
quando o Espírito Santo é derramado sobre os discípulos, capacitando-os para uma
nova fase na história da redenção.

5.5.6. A Ascensão e a Atuação Contínua do Espírito Santo: A ascensão não é


um evento pontual; é o catalisador para a atuação contínua do Espírito Santo na
vida dos cristãos. O Consolador, presente desde Pentecostes, continua a guiar,
consolar e fortalecer a igreja, demonstrando a continuidade da presença divina após
a ascensão de Jesus. A relação entre a ascensão de Jesus e a vinda do Consolador
destaca a sabedoria divina por trás dessa sequência de eventos. A ascensão não é
apenas o cumprimento da missão terrena de Cristo, mas o ponto de partida para
uma nova dimensão espiritual, capacitando a igreja a viver em comunhão íntima
com Deus através do Espírito Santo. A ascensão de Jesus desempenha um papel
determinante na vinda do Consolador, evidenciando a sabedoria divina na sequência
de eventos redentores.

5.5.7. A Ascensão como Prenúncio do Arrebatamento da Igreja: A ascensão de


Jesus não apenas sela Sua vitória, mas também serve como um poderoso
prenúncio do arrebatamento da Igreja. Correlacionando a ressurreição de Cristo com
as primícias dos que dormem, a ascensão estabelece paralelos intrincados entre a
experiência de Cristo e o destino futuro daqueles que Nele creem.
45

5.5.8. Cristo como as Primícias Ressuscitadas: A referência em 1 Coríntios 15:20


deixa claro que Cristo é as primícias dos que dormem. Sua ressurreição não é
apenas singular, mas serve como o primeiro fruto da colheita vindoura, garantindo a
certeza da ressurreição para todos que estão em Cristo, tanto os que já dormiram
quanto os que ainda vivem.

5.5.9. Triunfo sobre Potestades Malignas: A ascensão de Cristo é o triunfo


manifesto sobre potestades malignas e todo mal. Ao ser elevado às alturas, Ele não
apenas demonstra domínio sobre as forças espirituais adversas, mas inaugura uma
nova era de vitória para os redimidos por Sua graça.

5.5.10. Elevação dos Salvos às Alturas: Assim como Cristo foi elevado após Sua
vitória, os salvos, vitoriosos pela graça divina, estão destinados a serem elevados às
alturas. A promessa do arrebatamento, destacada em 1 Tessalonicenses 4:16-17,
torna-se uma realidade em que os cristãos participarão da glória celestial após a
vitória final sobre o mal.

5.5.11. A Ascensão como Prefiguração: A ascensão de Jesus não é um evento


isolado, mas uma prefiguração da futura ascensão daqueles que Nele confiam. Ela
antecipa e estabelece um padrão para o destino dos redimidos, indicando que assim
como Cristo foi elevado às alturas, a Igreja também experimentará uma elevação
gloriosa.

5.5.12. Esperança na Promessa do Arrebatamento da igreja: A ascensão oferece


uma esperança inabalável na promessa do arrebatamento da igreja. O evento futuro,
quando os cristãos serão arrebatados para encontrar o Senhor nos ares, reflete a
realidade prefigurada pela ascensão de Cristo, proporcionando consolo e certeza
àqueles que aguardam Sua vinda.

5.5.13. Paralelos entre a Ascensão e o Arrebatamento:


Os paralelos entre a ascensão e o arrebatamento são evidentes. Assim como Cristo
subiu triunfante após Sua vitória, os cristãos serão elevados para encontrar o
Senhor nos ares. A ascensão não é apenas um evento histórico, mas um modelo
46

profético que aponta para a consumação final da redenção. A ascensão de Jesus,


além de marcar Sua vitória e exaltação, serve como um quadro antecipado do
arrebatamento da Igreja. Este segmento ressalta a conexão intrínseca entre esses
eventos, demonstrando como a ascensão de Cristo não é apenas um evento
passado, mas um farol de esperança para os cristãos que aguardam a consumação
final de sua redenção.

5.6. Assentado à Direita nos Céus: Significado Teológico: A declaração bíblica


de que, após Sua ascensão, Deus fez Jesus assentar à Sua direita nos céus
(Efésios 1:20; Atos 2:33; Hebreus 10:12; 1 Pedro 3:22; Apocalipse 3:21) é carregada
de significado teológico profundo. Esta seção do trabalho científico explora as
implicações dessa posição celestial, cumprindo a profecia do Salmo 110:1.

5.6.1. Cumprimento da Profecia em Salmo 110:1: A posição à direita nos céus


cumpre diretamente a profecia do Salmo 110:1, que declara: "Disse o Senhor ao
meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo
dos teus pés". A ascensão e a posição à direita confirmam o cumprimento divino
desta promessa messiânica.

5.6.2. 1) Obra Concluída: O fato de Jesus estar assentado à direita de Deus nos
céus denota a conclusão de Sua obra redentora. Sua morte, ressurreição e
ascensão são eventos que culminam na obra da salvação. Ao assumir a posição à
direita de Deus, Jesus indica que o preço pelo pecado foi pago integralmente, e a
obra da redenção foi consumada.

5.6.3. 2) Posição de Domínio: A posição à direita nos céus não apenas simboliza
uma obra concluída, mas também uma posição de domínio e autoridade. Estar à
direita do soberano era uma posição de grande honra e influência. Jesus, ao
assumir essa posição, demonstra Sua soberania e supremacia sobre todas as
coisas, incluindo principados e potestades.

5.6.4. Autoridade Conferida pelo Pai: A posição à direita nos céus não é uma
usurpação, mas uma concessão do Pai. O Pai confere a Jesus essa posição como
reconhecimento de Sua fidelidade e obediência perfeitas durante Sua missão
47

terrena. Isso ressalta a unidade e harmonia da Trindade na realização do plano


redentor.

5.6.5. Intercessão Contínua e Sacerdócio Eterno: Além de indicar obra concluída


e posição de domínio, a posição à direita também está ligada à intercessão contínua
de Jesus. Como Sumo Sacerdote, Ele intercede pelos cristãos diante do Pai,
assegurando a continuidade da obra redentora e a aplicação de Sua graça na vida
dos fiéis.

5.6.6. Relevância Contínua para a Fé Cristã: A posição à direita nos céus é


fundamental para a fé cristã. Ela assegura aos cristãos a confiança na obra
redentora consumada por Cristo e Sua autoridade sobre todas as coisas. Essa
verdade é uma fonte de esperança, conforto e segurança para os seguidores de
Jesus. A posição à direita nos céus não é meramente simbólica; é uma realidade
teológica profundamente significativa. Este segmento destaca como isso representa
a obra concluída de Cristo, Sua posição de domínio e autoridade, Sua intercessão
contínua e a relevância contínua dessa verdade para a fé cristã.

6. A Segunda Vinda de Cristo: Nossa Grande Esperança: Este segmento do


trabalho científico aborda a dimensão final da exaltação de Cristo: Sua segunda
vinda, que representa a grande esperança dos cristãos. O texto base que orienta
essa discussão é uma compilação de passagens bíblicas que apontam para a
iminente e gloriosa volta de Jesus.
6.1. O Fundamento da Esperança na Segunda Vinda: A esperança cristã repousa
na promessa da segunda vinda de Cristo, conforme indicado pelas Escrituras. O
retorno de Jesus é uma certeza que permeia as páginas da Bíblia, oferecendo aos
cristãos conforto, expectativa e confiança em meio às incertezas da vida.

6.1.1. A Natureza do Evento: A natureza exata da segunda vinda de Cristo é


frequentemente descrita em termos de majestade, poder e juízo. Passagens como
Lucas 21:27, Mateus 25:31, Apocalipse 3:11 e outras retratam a vinda de Cristo
como um evento sobrenatural e glorioso, revelando Sua autoridade divina sobre toda
a criação.
48

6.1.2. O Propósito da Segunda Vinda: A segunda vinda de Cristo não é apenas


um evento escatológico, mas serve a propósitos específicos. Passagens como II
Timóteo 4:1 e Judas 14-15 indicam que esse acontecimento está relacionado ao
julgamento final e à manifestação do reino de Deus. A vinda de Cristo será o
culminar de Sua obra redentora e o estabelecimento pleno de Seu governo.

6.1.3. Antecipação da Redenção Completa:


A segunda vinda de Cristo garante a redenção completa para os cristãos. Filipenses
4:5 destaca a proximidade da vinda do Senhor, indicando que Sua chegada trará a
consumação final da salvação e a transformação total da criação.

6.1.4. Vigilância e Preparação: Diversas passagens, como Hebreus 10:37; Tiago


5:8 e Apocalipse 22:20, exortam os cristãos à vigilância e preparação para a
segunda vinda. Essa ênfase destaca a importância de viver em expectativa
constante, vivendo de acordo com os princípios do Reino, aguardando o retorno do
Salvador.

6.1.5. Impacto na Vida Cristã Atual: A crença na segunda vinda de Cristo não é
apenas uma especulação escatológica, mas deve moldar a vida cristã presente.
Essa esperança impacta a forma como os cristãos vivem, encorajando uma vida de
retidão, serviço e dedicação ao Senhor.

6.1.6. A Exortação à Igreja: Atos 1:11 destaca uma exortação angelical à igreja
sobre a segunda vinda de Cristo. A mensagem é clara: assim como Ele subiu aos
céus, assim também voltará. Essa exortação enfatiza a confiança e a certeza da
promessa divina. A segunda vinda de Cristo é o ápice da exaltação, a promessa final
que aguarda os cristãos. Destacamos a fundamentação bíblica dessa esperança, a
natureza e propósito do evento, além de sua aplicação prática na vida cristã atual.

6.2. Características da Segunda Vinda: Visibilidade e Universalidade:

a). Visibilidade Pública: A segunda vinda de Cristo será um evento de notoriedade


pública, como indicado pelo próprio Jesus. A analogia do relâmpago saindo do
oriente e mostrando-se até no ocidente (Mateus 24:27) enfatiza a visibilidade
49

impactante e instantânea desse acontecimento. Esta visibilidade pública destaca a


manifestação gloriosa e inconfundível de Cristo.

b). Manifestação Universal: A promessa de Jesus, registrada em Mateus 24:30


(NTLH), destaca que Sua chegada será percebida universalmente. A expressão
"Todos os povos da terra verão o Filho do Homem descendo nas nuvens" aponta
para a abrangência global deste evento escatológico. Não será um acontecimento
localizado, mas uma exibição cósmica percebida por toda a humanidade.

6.2.1. Cumprimento das Profecias: Essas características da segunda vinda não


apenas refletem a clareza das palavras de Cristo, mas também cumprem profecias
do Antigo Testamento, como Daniel 7:13. A visibilidade e universalidade da vinda de
Cristo são elementos essenciais para a validação das promessas proféticas.

6.2.2. Objetivo da Visibilidade: A visibilidade pública da segunda vinda serve a


vários propósitos teológicos e escatológicos. Destacaremos alguns desses objetivos
fundamentais:

a). Manifestação da Glória Divina: A visibilidade extensa da segunda vinda não


apenas revela o Filho do Homem em Sua majestade, mas também manifesta a
glória divina de Cristo. Esse evento será uma demonstração pública do poder e da
soberania do Redentor sobre toda a criação.

b). Testemunho à Humanidade: A visibilidade universal proporciona um


testemunho impactante à humanidade. Todos, sem distinção, serão confrontados
com a realidade da presença de Cristo, chamando à responsabilidade e decisão
diante do Senhor.

6.2.3. Confirmação das Promessas Bíblicas:


A visibilidade da segunda vinda confirma as promessas bíblicas e estabelece a
fidelidade divina. Cada olho testemunhará o cumprimento das Escrituras, validando
a confiabilidade das promessas de Deus ao longo da história. A compreensão da
visibilidade e universalidade da segunda vinda destaca não apenas a clareza das
50

palavras de Cristo, mas também a magnitude e importância desse evento


escatológico.

6.3. Aspecto Pessoal da Segunda Vinda: Uma Abordagem Teológica:

6.3.1. Declaração Paulina:


O apóstolo Paulo, alinhando-se com o ensinamento de Jesus, reforça o caráter
pessoal da segunda vinda em sua carta aos tessalonicenses. A expressão enfática
"o Senhor mesmo" sublinha a natureza íntima e direta da volta de Cristo (1
Tessalonicenses 4:16).

6.3.2 Significado Teológico:


A pessoalidade da segunda vinda é crucial para compreender a natureza única
deste evento escatológico. Algumas implicações teológicas fundamentais incluem:

a). Relação Íntima com os Cristãos: O fato de ser "o Senhor mesmo" que descerá
dos céus destaca a relação íntima entre Cristo e os cristãos. Sua volta não será
intermediada, mas uma manifestação direta que estabelece uma conexão pessoal
com Seu povo.

b). Cumprimento das Promessas: A pessoalidade da segunda vinda confirma o


cumprimento fiel das promessas divinas. O próprio Cristo, em Sua identidade e
autoridade, realiza esse evento, validando todas as promessas relacionadas à Sua
volta.

6.3.3. Presença Física e Tangível: O uso da expressão "descerá dos céus" destaca
a presença física e tangível de Cristo na segunda vinda. Sua volta não será
espiritual ou simbólica, mas envolverá Sua presença real no cosmos.

6.3.4. Objetivo da Pessoalidade:


O aspecto pessoal da segunda vinda atende a propósitos teológicos específicos:
51

a). Relacionamento Vivo e Ativo: A pessoalidade enfatiza um relacionamento vivo


e ativo entre Cristo e Sua igreja. Sua volta não é apenas um evento histórico, mas
um encontro pessoal que redefine a comunhão entre o Noivo e Sua noiva.

b). Reconhecimento Universal: A vinda pessoal de Cristo, ouvida pelo arcanjo e


ressoada pela trombeta de Deus (1 Tessalonicenses 4:16), garante que todo o
universo reconheça Sua presença. Não será um evento oculto, mas uma revelação
universal da glória do Senhor. A compreensão da pessoalidade da segunda vinda,
conforme enfatizado por Paulo, destaca a unicidade e a magnitude deste evento
escatológico. Este aspecto, em conjunto com a visibilidade e universalidade, molda
uma imagem mais completa da natureza da volta de Cristo.

6.4. A Gloriosa Segunda Vinda: Uma Análise Teológica:

6.4.1. Consenso nos Evangelhos Sinóticos: Os evangelhos de Mateus, Marcos e


Lucas convergem ao descrever o segundo aparecimento do Filho do Homem como
glorioso. A ênfase na glória do Pai e a presença dos anjos destacam a
grandiosidade e majestade deste evento (Mateus 16:27, Marcos 8:38, Lucas 9:26).

6.4.2. Características da Gloriosa Vinda: A descrição da segunda vinda como "na


glória de seu Pai" e "sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória" ressalta
várias características da gloriosa manifestação de Cristo:

6.4.3. Manifestação da Divindade: A glória associada à segunda vinda reflete a


manifestação plena da divindade de Cristo. Sua vinda não será apenas como um
líder ou profeta; será uma demonstração visível e gloriosa de Sua natureza como
Filho de Deus.

6.4.4. Acompanhamento Angelical: A presença dos anjos destaca a magnitude


celestial do evento. A vinda de Cristo não será um acontecimento isolado, mas uma
celebração cósmica que envolve a participação dos seres celestiais.

6.4.5. Aparição sobre as Nuvens: A imagem de Cristo aparecendo sobre as


nuvens do céu, referenciada em várias passagens (Daniel 7:13, Mateus 24:30,
52

Marcos 13:26, Lucas 21:27, 1 Tessalonicenses 4:17, 2 Tessalonicenses 1:7-8,


Apocalipse 1:7), destaca a transcendência e majestade divina dessa chegada.

6.4.6. Propósito da Gloriosa Manifestação: A glória da segunda vinda atende a


propósitos teológicos significativos:

a). Revelação da Majestade Divina: A manifestação gloriosa revela a majestade e


a glória do próprio Deus. A chegada de Cristo não apenas confirma Sua divindade,
mas também evidencia o esplendor do Pai.

b). Cumprimento das Profecias: A glória associada à vinda de Cristo cumpre as


profecias do Antigo e do Novo Testamento. A descrição detalhada desse evento
confirma a fidelidade de Deus às Suas promessas ao longo da história.

c). Convocação Universal: A vinda gloriosa de Cristo é uma convocação universal


para toda a criação. A visão de Cristo sobre as nuvens do céu e com poder chama a
atenção de todos, desde os céus até a terra. A análise da gloriosa segunda vinda,
conforme descrita nos evangelhos sinóticos e em outras passagens, destaca a
grandiosidade, majestade e significado profundo desse evento escatológico. Este
aspecto, juntamente com a visibilidade, universalidade e pessoalidade, compõe uma
imagem completa da natureza extraordinária da volta de Cristo.

6.5. Motivos Bíblicos para a Segunda Vinda: Acerto de Contas

6.5.1. Base Bíblica: A Escritura, especificamente em Hebreus 9:27, estabelece o


princípio fundamental de que cada pessoa enfrenta a morte uma vez e, em seguida,
encara o julgamento divino. O encerramento do "livro da sua vida" e o
pronunciamento do julgamento ocorrem após a morte, mas a Vinda do Senhor é
apresentada como o momento em que a humanidade conhecerá plenamente os
resultados desse julgamento.

6.5.2. Significado Teológico:


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a). Cumprimento do Juízo Final: A segunda vinda de Cristo serve como o evento
culminante que completa o processo de julgamento iniciado após a morte de cada
indivíduo. Ela é apresentada como o momento em que as decisões eternas são
reveladas de maneira abrangente e definitiva.

b). Prestação de Contas Diante de Deus: A Vinda do Senhor representa o tempo


em que cada pessoa, ao comparecer diante de Deus, presta contas de sua vida. Os
registros divinos são examinados em detalhes, e os destinos eternos são selados
com base no relacionamento de cada pessoa com Cristo.

c). Transparência e Justiça Divina: bA transparência do julgamento na Vinda do


Senhor reflete a justiça divina. Nesse momento, não há ocultação de motivos, ações
ou intenções. A plenitude do juízo revela a retidão absoluta de Deus e Sua justiça
imparcial. O acerto de contas apresentado como um motivo para a segunda vinda de
Cristo enfatiza o cumprimento do juízo final e a prestação de contas diante de Deus.
Este motivo ressalta a transparência e a justiça divina na revelação dos destinos
eternos.

6.6.1. Motivos Bíblicos para a Segunda Vinda: Renovação da Criação

a). Fundamentação Bíblica: A Escritura oferece um segundo motivo para a


segunda vinda de Cristo, centrado na renovação da criação afetada pela queda.
Romanos 8:19-22 destaca como a criação aguarda a manifestação dos filhos de
Deus, e 2 Pedro 3:7-10 e Apocalipse 21:1 indicam a transformação radical que
ocorrerá com a chegada de Jesus.

6.6.2. Significado Teológico:

a). Consequências da Queda: A queda de Adão e Eva não apenas impactou a


humanidade, mas teve efeitos abrangentes sobre toda a criação. A violência, a
pobreza e a injustiça são resultados diretos da entrada do pecado no mundo.

b). Redenção e Renovação: A segunda vinda de Cristo é apresentada como o


momento em que Deus intervém para redimir não apenas os seres humanos, mas
54

toda a criação. A velha terra, marcada pela corrupção, será transformada, cumprindo
a promessa de Deus de fazer novas todas as coisas.

6.6.3. Cumprimento Escatológico: As passagens em 2 Pedro 3:7-10 e Apocalipse


21:1 descrevem a consumação final da redenção escatológica. A renovação da
criação não é apenas uma restauração temporária, mas um evento cósmico que
antecipa a Nova Jerusalém e a erradicação total do pecado e do sofrimento.

6.6.4. Implicações Teológicas:

a). Esperança na Restauração: O motivo da renovação da criação proporciona


esperança na restauração completa da ordem original estabelecida por Deus. A
criação, que gemeu sob o peso do pecado, será liberta e restaurada à sua glória
original.

b). Ação Redentora de Deus: A intervenção divina na renovação da criação


destaca a ação redentora de Deus não apenas na vida humana, mas em todo o
cosmos. A segunda vinda não é apenas para resgatar indivíduos, mas para
restaurar e transformar a totalidade da criação. A renovação da criação, apresentada
como um motivo para a segunda vinda de Cristo, sublinha a extensão abrangente da
redenção divina. Este motivo oferece uma visão teológica da transformação cósmica
que ocorrerá com a volta de Jesus. No próximo segmento, exploraremos um terceiro
motivo bíblico que a Escritura apresenta para a segunda vinda, a saber, o
estabelecimento pleno do Reino de Deus.

6.7. Motivos Bíblicos para a Segunda Vinda: O Encontro com a Noiva

6.7.1. Base Bíblica: Um terceiro motivo para a segunda vinda de Cristo é


apresentado no contexto do relacionamento entre Cristo e Sua igreja,
frequentemente descrito nas Escrituras como a relação entre o Noivo e a Noiva.
Efésios 5:25-27 destaca o amor sacrificial de Cristo por Sua Noiva, enquanto Mateus
25:6 e Apocalipse 19:7 indicam o aguardado encontro festivo entre o Noivo e a
Noiva.
55

6.7.2. Significado Teológico:

a). Amor e Sacrifício do Noivo: A analogia do Noivo e da Noiva destaca o amor


profundo e sacrificial de Cristo por Sua igreja. Sua primeira vinda envolveu a entrega
completa por Sua Noiva, evidenciando o compromisso inabalável do Noivo.

b). Sofrimento da Noiva: Entre a partida e o retorno do Noivo, a Noiva (a igreja)


experimentou dificuldades e perseguições. A analogia reflete a realidade da igreja
enfrentando desafios enquanto aguarda a consumação final de seu relacionamento
com Cristo.

c). Alegria no Encontro: A expectativa da segunda vinda é marcada pelo anúncio


do encontro entre o Noivo e a Noiva. A alegria e a felicidade são expressas na
convocação para a festa de casamento, indicando a realização final e gloriosa da
união entre Cristo e Sua igreja.

6.7.3. Implicações Teológicas:

a). Perseverança da Noiva: A Noiva, representando a igreja, demonstra


perseverança e fidelidade mesmo diante de adversidades. O compromisso contínuo
da Noiva destaca a força da relação entre Cristo e Sua igreja ao longo da história.

b). Consumação da União: O encontro entre o Noivo e a Noiva na segunda vinda


simboliza a consumação final da união entre Cristo e Sua igreja. A festa de
casamento representa a plenitude e a alegria da comunhão eterna. O encontro com
a Noiva, como motivo para a segunda vinda de Cristo, destaca a profundidade do
relacionamento entre Cristo e Sua igreja. Este motivo ressalta a perseverança da
Noiva e a consumação final da união na festa de casamento.

CONCLUSÃO:

O período de humilhação na obra de Cristo, compreendendo desde o Logos


Preexistente até o Sepultamento, revela o extraordinário misericórdia divina em
busca da redenção da humanidade. Cada estágio desse processo demonstra a
56

incrível jornada do Filho de Deus, desde a eternidade até a sepultura terrena, e


ressalta a profundidade do amor divino manifestado na encarnação.

Iniciando como o Logos Preexistente, Cristo era a expressão eterna da divindade,


mas voluntariamente assumiu a forma humana como o Esperado, cumprindo as
profecias messiânicas. Sua encarnação foi um ato divino, concebido pelo Espírito
Santo e realizado miraculosamente, anunciando o início de Sua missão redentora.

Ao longo de Sua vida terrena, Jesus identificou-se plenamente com a humanidade,


desde Seu nascimento até Seu batismo, onde, ao ser identificado com pecadores,
inaugurou Sua obra redentora. Como o Anunciador do Reino, trouxe ensinamentos
transformadores e desafiou as estruturas religiosas estabelecidas.

Contudo, o Servo Sofredor e Crucificado revelam a culminação da humilhação,


quando Cristo suportou agonia e morte na cruz, experimentando o abandono divino.
Seu sacrifício, expresso no ato final da morte e do sepultamento, foi a base da
redenção e reconciliação entre Deus e a humanidade.

Neste período de humilhação, testemunhamos não apenas a grandiosidade da


divindade de Cristo, mas Sua humildade extraordinária. Cada estágio ressalta Sua
entrega incomparável para restaurar a comunhão perdida entre Deus e o homem.
Assim, o período de humilhação na obra de Cristo é uma expressão divina de amor,
misericórdia e graça que transcende toda compreensão humana.

O período de exaltação na obra de Cristo, abrangendo o Seu papel desde o Juiz


Final do Último Dia até a Ressurreição, representa a consumação triunfante da
missão redentora iniciada no período de humilhação. Cada etapa desse processo
revela o cumprimento das promessas divinas e a exaltação do Filho de Deus ao
mais alto patamar.

Como o Juiz Final do Último Dia, Cristo emerge como a autoridade suprema, diante
da qual toda a criação será julgada. Sua volta, profetizada e esperada, é o
cumprimento das promessas de restauração e renovação. Ele não apenas volta
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como aquele que exerce juízo, mas também como o Intercessor que compreende as
fraquezas humanas, intercedendo em favor daqueles que O acolheram.

Sentado à mão direita do Pai, Cristo assume Sua posição de supremacia e


soberania. A ascensão aos céus não apenas confirma Sua vitória sobre o pecado e
a morte, mas também inaugura um reinado eterno. Ele, que foi Ressuscitado dentre
os mortos, é agora o Senhor da Vida e o mediador eficaz entre Deus e a
humanidade.

O período de exaltação representa a consumação da obra redentora de Cristo, onde


Ele não apenas redime, mas também restaura, renova e reina. Sua ressurreição é a
garantia da nossa esperança e a promessa da vida eterna. Portanto, ao refletirmos
sobre o período de exaltação na obra de Cristo, somos levados a adorar e glorificar
aquele que é digno de todo louvor e honra, tanto agora quanto na eternidade.

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