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Surgimento da Cristologia no NT
Foram principalmente dois fatores que contribuíram para a diversidade das concepções
cristológicas:
1° Por um lado, o caráter distinto das situações e funções na vida das comunidades
cristãs, envolvendo questões pertinentes à pregação e a liturgia, verificando-se, em cada
caso, formas e ênfases distintas na expressão cristológica.
2° Por outro lado, o caráter distinto de nexos da tradição já existente dos quais proviam
indivíduos ou grupos cristãos; judeus e também gentios de fala e proveniência diversas
Não foi a expressão “Filho do Homem”, “mas sim o titulo “Messias” que se tornou a
afirmação básica da cristologia neotestamentária
Apesar do título “Senhor”, usado para o Jesus exaltado não significar uma transferência
direta de uma designação de Deus para Jesus, a teologia do AT, distinguia o rei
entronizado com predicados divinos. Portanto, quando os primeiros judeus cristãos da
Palestina invocam o Jesus exaltado como Senhor, eles o confessam como Messias e
representante de Deus, subordinando a ele toda a sua existência.
Quando os evangelhos sinóticos narram a vida de Jesus na terra, proclamam também quem
é ele agora, como Cristo e Kyrios ressurreto, que foi anunciado e se faz presente à nós,
olhando-nos e falando-nos.
a) A cristologia evangélica de Marcos é narrativa, razão pela qual não pode ser extraída
dele e transladada para uma forma conceitual-sistemática mais abstrata. Antes, esta é a
história de Jesus Cristo que diz quem ele é. Ela esboça uma cristologia do preceder, onde
Jesus vai curando, servindo, sofrendo, entregando sua vida por todos, ressuscitando e
abrindo caminho para a vida verdadeira
1° Na epístola aos Filipenses Paulo cita um hino cristologico mais antigo, já existente
antes dele e proveniente de judeu-cristãos helenistas. Neste hino, Jesus é sobretudo um
ser humano Humilhado e exaltado que veio de Deus, qualificado como acontecimento de
revelação e salvação.
3° O evangelho de João se inicia com o hino ao Logos. Este hino fala do logos que era no
princípio e por meio do qual tudo foi criado, e recorre a grande abertura bíblica “no princípio” de
Gênesis 1.1 e a “palavra” criadora veterotestamentaria que Deus fala e que pertencente
exclusivamente a ele, sendo por isso divino.