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Faculdade de Teologia
Teologia da Esperança
Introdução a teologia
2. Redescoberta da Escatologia
O teólogo alemão diz que “Na vida cristã, a prioridade pertence à fé, mas o
primado, à esperança”. Ou seja, a esperança tem seu princípio na fé e dá sentido a ela. A
fé em Cristo sem a esperança produz um conhecimento sem frutos, enquanto a
esperança sem a fé é utopia. “A esperança (…) é o ‘companheiro inseparável’ da fé e dá
à fé o horizonte oniabrangente do futuro de Cristo” (GIBELLINI, 1998, p.282).
Moltmann tenta responder qual a tarefa da comunidade cristã, sendo que este
está marginalizado, sendo colocado de lado de sua função de compromisso social, sendo
assim, é preciso assumir uma postura de abertura, não se pode de maneira alguma
permanecer fechada em si mesma. “A comunidade não existe para si, não existe em
função de uma ‘eclesialização’ do mundo [...] ela vive de uma promessa que que
descortina num horizonte de esperança para a humanidade.” (GIBELLINI, 1998, p.285).
Moltmann, ver o cristianismo com uma religião messiânica que tem como
fundamento a esperança na vinda do Reino de Deus. Essa esperança é vivida pelos
cristãos como uma expectativa ativa, que os impulsiona a trabalhar pela transformação
do mundo e pela construção de uma sociedade mais justa e solidária.
6. Considerações Finais
Para Moltmann, a esperança cristã não se resume a uma espera passiva pela
salvação, mas deve ser ativa e engajada. A esperança é vista como uma força
transformadora que nos permite enfrentar as dificuldades da vida e trabalhar pela justiça
e pelo bem-estar da humanidade. Isso implica em uma mudança de perspectiva sobre o
papel da Igreja no mundo, que deve ser ativa na transformação da sociedade, ao invés
de se isolar dela.
GIBELLINI, R., A Teologia do Século XX, trad. João Peixoto Neto, São Paulo:
Edições Loyola, 1998