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De acordo com a doutrina espírita, o espírito do homem é imortal e a desencarnação é o

desprendimento do espírito de seu corpo. Para o espiritismo, o corpo se decompõe,


enquanto o espírito se dirige as esferas do plano espiritual que sejam adequadas ao seu
estagio atual de desenvolvimento. Nessas esferas vibracionais, o espírito passa um
período mais ou menos curto, de acordo com a necessidade de aprendizado e preparação
de sua nova encarnação. Desta forma, o objetivo das reencarnações é promover o
burilamento do espírito, que, com as experiências de varias vidas, iria evoluindo ate
atingia a perfeição.
Em Gênesis 2.17, surge a primeira grande controvérsia, não somente do
espiritismo mas do próprio Universo. No inicio da criação, em dialogo com o homem,
Deus disse “De toda arvore do jardim comeras livremente, mas da arvore do
conhecimento do bem e do mal não comeras; porque, no dia em que dela comeres,
certamente morrerás”. Em seguida, referindo-se a esse mesmo dialogo, Satanás disse:
“E certo que não morrereis.” Gn. 3:4
Ora, se Deus afirma que certamente (e não provavelmente) morreremos, quem
pode contestar essa certeza? Mas a pedra fundamental do espiritismo é de que não
morreremos, mas apenas desencarnaremos. Continuaremos vivos, encarnando e
desencarnando, indefinidamente, até atingirmos a perfeição!
Aqui devemos ressaltar que a perfeição é um atributo exclusivo de Deus. E não
se diga que o termo “perfeição empregado pelo espiritismo é relativo ou figurado, pois
não existe perfeição parcial. Ou é ou não é perfeição.
Há então, como claramente podemos ver, um sério conflito entre o que o
espiritismo prega e as palavras proferidas no principio por Deus. A afirmação “não
morrereis” contém o princípio da imortalidade da alma.
Em Ezequiel 18:4, a bíblia adverte que “a alma que pecar essa morrerá”.
Note-se que o profeta não se refere ao corpo físico, mas especifica expressamente a
alma, definindo-a como mortal.
Quem é imortal então? De acordo com a Bíblia, só Deus é imortal. Paulo diz, em
I Timóteo 6:15 e 16, que Deus é “o Único que possui imortalidade”.
Hebreus 9: 27 e 28 é ainda mais contundente, quando trata do sacrifício de Jesus,
dizendo que, de uma só vez, com Sua morte, Ele pagou por nossos pecados: “E, como
aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois o juízo, assim
também Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos,
aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”.
A assertiva é muito taxativa: “aos homens está ordenado morrerem uma só
vez” Não há brechas ou interpretações: morrer uma só vez! É incabível, portanto, a
teoria da reencarnação, que pressupões inúmeras mortes do homem é incabível à bíblia.
Pior ainda, para essa teoria, quando analisamos a continuação do versículo:
“vindo, depois disso, o juízo”. Ora, como ampla e detalhadamente explicado na Bíblia,
se após uma única morte há um único juízo (em três fases), que definirá o destino de
todas as pessoas, então como se coadunar a tese de múltiplas mortes e reencarnações,
até que o espírito atinja a perfeição?
Pela doutrina espírita, não há uma só morte, mas várias e indefinidas, assim
como não há um só juízo, mas vários, de certa forma, já que após cada desencarnação
há uma definição do novo destino ou da nova vida que o espírito vai seguir em direção a
uma almejada perfeição.
A prevalecer tal entendimento, o ensino bíblico é praticamente inutilizado, do
mesmo modo que o próprio sacrifício de Jesus é anulado. Como explicar a promessa de
Jesus de que voltará uma segunda vez para resgatar os justos vivos e mortos?
Se a própria pessoa pudesse pagar por seus pecados (através do “resgate”, ou lei
do carma, em novas reencarnações), como sugere o espiritismo, e se por suas obras
crescesse até adquirir o direito ao convívio com Deus por atingir a perfeição, então
Jesus, de acordo com essa tese, não quitou nossos pecados com Sua morte na cruz, não
é nosso intercessor único junto ao Pai e não virá nos buscar no dia da execução do juízo,
até porque nem juízo final haveria.
Se a tese do espiritismo pudesse prevalecer, o santuário terrestre e,
principalmente, o celeste (imprescindível estudar esse assunto na Bíblia), com todo o
seu profundo significado de sacrifício de um ser inocente e puro (Jesus) para saldar os
pecados do homem (preconizando a primeira vinda de Jesus), viraria uma “história de
mentira”.
Quem estudar a Bíblia verá com seus próprios olhos a profundidade, a verdade e
a benção contidas nos rituais do antigo santuário terrestre, criado por ordem expressa de
Deus em benefício da salvação do ser humano, como prenuncio de que só através de
Jesus encontraremos o perdão dos nossos pecados.
Há ainda a promessa de Jesus de que ressuscitará os “crentes” no “último dia”
(João 6:54), deixando claro e expresso que haverá ressurreição e não reencarnação, bem
como que haverá um “último dia”, um ponto final em uma única existência. Isso
novamente lança por terra a possibilidade de reencarnações até as perfeição.
Uma vez mais, entre tantas, Jesus é explícito: “Não vos maravilheis disto,
porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e
sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem
praticado o mal, para a ressurreição do juízo” João 5:29
Denota-se, com profunda ênfase, que haverá apenas uma ressurreição e apenas
um juízo para cada pessoa. É importante frisar que esses são ensinamentos do próprio
Jesus Cristo, que se encadeiam com todo o plano de salvação revelado na Bíblia. Daí a
evidência da farsa do espiritismo e sua premeditada, sutil e ardilosa intenção de desviar-
nos do plano de salvação engendrado para nós por nosso Criador. Mais adiante veremos
o que está escondido por trás dessa tragédia.
E a morte, o que é então? Diz Eclesiastes 12:7: “e o pó volte para a terra como
o era, e o espírito volte a Deus que o deu.”
O corpo volta ao pó, e o fôlego da vida retorna a Deus. O Criador apenas retira
da pessoa a vida que lhe havia emprestado ao nascer.
Tomemos uma lâmpada perfeita, pronta para iluminar, como exemplo. Quando a
eletricidade (energia) chega a ela, produz luz. Desliguemos a corrente. O que acontece?
A lâmpada se apaga, pois ela não tem luz própria. Para onde foi a luz? Apagou-se. Não
existe mais. A energia voltou a usina geradora e a lâmpada vira um corpo inerte.
Pois bem, o ser humano (alma) é como a lâmpada. Ele precisa de energia divina, ou
seja, o fôlego da vida para torná-lo alma (pessoa) vivente. Se essa energia é cortada, ele
morre. A luz se apaga. A alma vivente perece, não existe mais. O princípio luminoso
voltou à grande Usina Geradora, que é Deus (“e o espírito volte a Deus, que o deu”).
Após a morte, segundo a doutrina espírita, o espírito permaneceria num estado
chamado de “erraticidade”, onde ele ficaria imantado ao local ou esfera compatível com
seu estado de evolução. Tal doutrina ensina que existiriam, no plano espiritual, cidades
compostas de estruturas próprias e características para abrigar tais espíritos
desencarnados, que se preparam para as novas encarnações. De acordo com sua
necessidade de aprendizado e crescimento espiritual, receberiam programações de vida,
genes, potencialidades, enfim, para suportar as provas e expiações por que teriam de
atravessar em sua próxima vida (encarnação).
Vejamos o que a Bíblia diz acerca do que fazem ou sabem os mortos:
“Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa
nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua
memória ficou entregue ao esquecimento. Tanto o seu amor como o seu ódio e a
sua inveja já pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa
alguma do que se faz debaixo do sol.” Ec. 9: 5-6
Não há mais contato com entes queridos, pedido de perdão, recados
psicografados ou coisa parecida. “Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que
descem ao silêncio;” Sl. 115:17
A elucidação bíblica é diametralmente oposta à doutrina espírita. Os mortos não
sabem coisa alguma e não ficam aguardando reencarnações. Eles tão somente aguardam
o dia da execução do juízo, quando ressuscitarão para a vida ou para a condenação.
“Porque, se os mortos não são ressuscitados, também Cristo não foi ressuscitado.
E, se Cristo não foi ressuscitado, é vã a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados.
Logo, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. ICo 15:16-18
Aqui podemos constatar claramente que a tese da reencarnação não encontra
base bíblica, mas ao contrário, contestação bíblica. A Palavra de Deus expressa que
Cristo ressuscitou, e não que “reencarnou”. E ressuscitou para voltar uma segunda vez,
com o objetivo de resgatar, buscar os justos vivos e mortos, como revela a Bíblia.
Essa passagem bíblica pode explicar aos que não acreditam que, se não fosse possível a
ressurreição dos mortos quando da volta de Jesus, também não seria possível crer na
possibilidade da nossa salvação ou daqueles que morreram acreditando nessa verdade.
O princípio da “reencarnação” traz em seu interior a negação da verdade
cristocêntrica. Este talvez seja o seu maior e mais disfarçado perigo: pregar que o ser
humano não precisa de Cristo para se salvar, mas apenas de si próprio; que ele, por meio
das suas próprias obras, pode evoluir e chegar à perfeição; que Cristo não resgatou
nossos pecados, mas o próprio homem os resgata através das suas reencarnações; que
Cristo não é o caminho, a verdade e a vida, mas sim as reencarnações o são!

Lei do Carma

De acordo com a lei do carma, também chamada de “causa e efeito”, todas as


nossas ações ficariam como que gravadas em nossa “ficha espiritual”, de forma que
tudo o que passamos em nossa vida atual seria resultado, direto ou indireto, de nossas
ações em supostas vidas anteriores. Nossas más atitudes gerariam conseqüências que
deveriam ser resgatadas. Exemplo: se alguém tem deficiência em uma das mãos, seria
provável conseqüência de mau uso de sua mão em vida anterior.
É de se crer que um assunto tão importante e decisivo em nossa vida deveria ser
objeto de abordagem na Bíblia, até como forma de consolação para suportarmos nossas
mazelas. E, com efeito, o é, só que em sentido oposto, contrariando a lei do carma
preconizada pelo espiritismo.
Lemos em João 9:1-3 “E passando Jesus, viu um homem cego de nascença.
Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que
nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para que
nele se manifestem as obras de Deus.”
Ora, esta seria uma grande oportunidade para Jesus confirmar que a cegueira de
nascença daquele homem teria sido imposta por Deus como conseqüência de atos
anteriores dele próprio, até porque, aparentemente, não há causa para tal mal, já que
veio desde seu nascimento. No entanto, Jesus deixa claro que o inocente pode ser
atingido pelo pecado, sim, mas não por uma determinação de Deus.
Romanos 5:12 “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens,
porquanto todos pecaram.”
Deus perdoa o pecado, mas não elimina suas conseqüências.
Êxodo 34:7 “que usa de beneficência com milhares; que perdoa a iniqüidade, a
transgressão e o pecado; que de maneira alguma terá por inocente o culpado; que
visita a iniqüidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até a terceira
e quarta geração.”
Gálatas 6:7 “Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o
que o homem semear, isso também ceifará.”
Os males são conseqüência do pecado e Deus apenas não interfere, porque Ele
marcou um dia em que vai intervir definitivamente e decisivamente: o dia do juízo final.

Médiuns ENVIEI
O que seriam os médiuns, segundo o espiritismo?
Seriam os intermediários entre os espíritos desencarnados e as pessoas.
Pela doutrina espírita, todos seríamos médiuns, cada qual com seu dom, cujo
estado de desenvolvimento seria diversificado. As pessoas serviriam para intermediação
de espíritos diversos. O espiritismo chega a dizer que há quase uma necessidade, em
certos casos, de “desenvolver” esses dons ou essa mediunidade, mediante o estudo e o
trabalho nas casas espíritas.
Partindo da premissa que a atuação dos médiuns serviria para interpretar ou
traduzir o que os espíritos nos têm a transmitir, e na hipótese de que complementassem,
explicassem, esclarecessem as mensagens celestes, lembrassem os ensinamentos do
Mestre Jesus, obviamente deviam receber toda benção divina e ter um tratamento
específico na Bíblia.
Outra vez, assim ocorre. Realmente, os médiuns têm um tratamento específico
na Bíblia. Note que em algumas versões a palavra “necromante” é traduzida como
“médium”.
Levítico 19:31 ”Não vos voltareis para os que consultam os mortos nem para os
feiticeiros; não os busqueis para não ficardes contaminados por eles. Eu sou o
Senhor vosso Deus.”
Levítico 20:6 “Quanto àquele que se voltar para os que consultam os mortos
e para os feiticeiros, prostituindo-se após eles, porei o meu rosto contra aquele
homem, e o extirparei do meio do seu povo.”
Levítico 20:6 “O homem ou mulher que consultar os mortos ou for
feiticeiro, certamente será morto. Serão apedrejados, e o seu sangue será sobre
eles.”
Deuteronômio 18: 10-12 “Não se achará no meio de ti quem faça passar pelo
fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem
agoureiro, nem feiticeiro, nem encantador, nem quem consulte um espírito
adivinhador, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz
estas coisas é abominável ao Senhor, e é por causa destas abominações que o
Senhor teu Deus os lança fora de diante de ti.”
Isaías 8:19 ” Quando vos disserem: Consultai os que têm espíritos familiares
e os feiticeiros, que chilreiam e murmuram, respondei: Acaso não consultará um
povo a seu Deus? acaso a favor dos vivos consultará os mortos?”
Como claramente se pode depreender, se Deus abomina os médiuns dessa forma,
obviamente é porque as manifestações mediúnicas são provenientes do mal. Não se
discute, assim, a existência em si das manifestações mediúnicas, mas sim sua origem e
autoria. Com efeito, não há uma passagem na Bíblia sequer que seja silente quanto aos
médiuns, mas todas atacam frontalmente. Como aceitar então uma doutrina cuja prática
depende de um fundamento abominado expressamente por Deus?

Evolução
] O espiritismo, como visto, ensina que a morte não existe, que o espírito do
homem é imortal e que atravessa encarnações indefinidas em direção à perfeição.
A seguinte máxima do espiritismo bem define sua forma de ver a evolução do espírito:
“O espírito nasce no mineral, dorme no vegetal, se agita no animal e acorda no homem.”
Ela dá a entender que o espírito usaria vestes de diferentes naturezas em suas
peregrinações evolucionistas.
Mas, em Eclesiastes 3:19-20, nos defrontamos com a verdade incontestável de
que os homens não são uma encarnação em fase mais adiantada do que os espíritos dos
animais, mas ambos morrem uma só vez, retornando ao pó. “Pois o que sucede aos
filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos brutos; uma e a mesma coisa
lhes sucede; como morre um, assim morre o outro; todos têm o mesmo fôlego; e o
homem não tem vantagem sobre os brutos; porque tudo é vaidade. Todos vão para
um lugar; todos são pó, e todos ao pó tornarão.”
A Bíblia é precisa em esclarecer que o homem foi criado originalmente para não
morrer, mas para viver eternamente na presença de Deus. Mas, com o pecado, vieram a
dor, o sofrimento e a morte. Como por um homem o pecado entrou no mundo, por um
Homem (Jesus) o perdão veio ao mundo. Basta primeiro crer em Jesus e após isso,
seguir Seus passos, fazer Sua vontade, cumprir Seus mandamentos, para viver
eternamente com Deus.

Outras Contradições
É importante abordarmos alguns outros aspectos da doutrina espírita que
contrariam a Bíblia. Para começar, os livros doutrinários do espiritismo ensinam que o
diabo não existe, mas apenas espíritos obsessores influenciando e causando o mal. O
espiritismo tenta nos induzir a um erro grosseiro, bastando lembrar que a Bíblia
menciona centenas de vezes a existência do diabo ou Satanás e seus demônios. Como
exemplo, citamos a passagem em que os discípulos pedem a Jesus que explique a
parábola do joio do campo, e o Mestre esclarece, com todas as letras, cada uma das
figuras utilizadas na parábola. “E ele, respondendo, disse: O que semeia a boa
semente é o Filho do homem; o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do
reino; o joio são os filhos do maligno; o inimigo que o semeou é o Diabo; a ceifa é o
fim do mundo, e os celeiros são os anjos.” Mateus 13:37-39
Ainda como demonstração de absurdo dessa tentativa ilusória, é importante ler
Mateus 4:1; 25:41; Lucas 4:2, 8-12; João 6:70; e:44; 13:2; Efésios 4:27; 6:11; II
Timóteo 2:26; Tiago 4:7; I João 3:8; Judas 9; Apocalipse 2:10; 12:9.
E nem se pense em dizer que “diabo” e “Satanás” sejam “figuras imaginárias”
ou “personagens ilustrativos”, porque a Bíblia é muito vasta e explicativa acerca da
origem do pecado e todo o desenvolvimento do mal engendrado pelo anjo caído Lúcifer,
também chamado Satanás. O Antigo e o Novo Testamentos são ricos em demonstrar a
influência e o trabalho de Satanás como ser individual, existente e concreto, mantenedor
do mal e do sofrimento humano, auxiliado pelos outros anjos caídos, os demônios.
Os anjos do bem e os anjos do mal (demônios) não são “espíritos desencarnados”, como
ensina a doutrina espírita. Eles têm outra natureza. Na verdade, anjos são seres criados
por Deus, superiores ao homem em força e poder (II Pedro 2:11). Dotados de livre-
arbítrio como o homem, eram todos bons e muitos se tornaram maus segundo as
escolhas que fizeram.
O site da Federação Espírita Brasileira, convidando o usuário a conhecer o
espiritismo, faz uma série de considerações que foram compiladas da doutrina espírita,
merecendo destaque alguns de seus pontos mais importantes:
Segundo os espíritas, o espiritismo:
 É o conjunto de princípios e leis revelados pelos espíritos superiores, contidos nas
obras de Allan Kardec.
 Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus.
 Revela o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da existência
terrena, qual a rezão da dor e do sofrimento.
 É o Consolador prometido, que veio, no devido tempo, recordar e complementar o
que Jesus ensinou.
Ora, a Bíblia contém todas as leis reveladas por Deus, sejam de natureza física,
espiritual ou ética.
Quantos às leis físicas, por exemplo, a Bíblia chega ao ponto de especificar os
alimentos q devemos ou não ingerir para ter saúde e bem-estar. Leia Levítico 11.
Quanto às leis espirituais ou éticas, a maior, mais abrangente, imutável e eterna
está em Êxodo 20: Os dez Mandamentos. Note-se que os quatro primeiros tratam-se da
nossa relação com Deus, e os seis últimos da nossa relação com outras pessoas.
É importante lembrar que a lei maior, apesar das vãs tentativas humanas,
permanece inalteradas, imutável e em plena vigência.
Assim é que Jesus disse acerca do cumprimento da lei: “Não penseis que vim
destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade
vos digo que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só
i ou um só til, até que tudo seja cumprido. Qualquer, pois, que violar um destes
mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o
menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado
grande no reino dos céus. Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos
escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no reino dos céus.” Mateus 5: 17-20
Em Lucas 16:17 “É, porém, mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da
lei.” Está evidente, pois, que não há lei nova a ser revelada. É pior ainda quando se
altera a lei original e verdadeira (como, por exemplo, a versão espírita sobre a origem e
o destino do ser humano através das reencarnações, em contradição com Hebreus 9: 27-
28). O que dizer então, de “conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus?”
Deus fala de Si e por Si. Ninguém mais. E somente na Bíblia! Ele é Eterno, Imutável,
Único, Onipotente. Quanta irreverência falar em conceitos “novos” a respeito de Deus!
Por fim, a alegação de ser o “Consolador prometido por Jesus” é derrubada pela própria
complementação do texto inserido no site e nos fundamentos da doutrina espírita: “que
veio no devido tempo, recordar e complementar o que Jesus ensinou”. E destaquemos
que Jesus indentificou o Consolador em João 14:26 “Mas o Consolador, o Espírito
Santo...” O Espírito Santo é parte da Divindade; é Deus, portanto!
Assim, não há que se falar em “espíritos superiores”. Leiamos I Coríntios 2:11-13
“Pois, qual dos homens entende as coisas do homem, senão o espírito do homem
que nele está? Assim também as coisas de Deus, ninguém as compreendeu, senão o
Espírito de Deus. Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, mas sim o
Espírito que provém de Deus, a fim de compreendermos as coisas que nos foram
dadas gratuitamente por Deus; as quais também falamos, não com palavras
ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito
Santo, comparando coisas espirituais com espirituais.” Esta passagem mostra que o
Espírito Santo é o próprio Espírito de Deus.
Agora vejamos o que ensina I Coríntios 12:1-11 “Ora, a respeito dos dons
espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Vós sabeis que, quando éreis
gentios, vos desviáveis para os ídolos mudos, conforme éreis levados. Portanto vos
quero fazer compreender que ninguém, falando pelo Espírito de Deus, diz: Jesus é
anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão pelo Espírito Santo. Ora,
há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios,
mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que
opera tudo em todos. A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o
proveito comum. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a
outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência; a outro, pelo mesmo Espírito, a
fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; a outro a operação de milagres;
a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de
línguas; e a outro a interpretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera
todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer.”
O Consolador é, assim, Deus sob a forma do Espírito Santo. Fica
definitivamente esclarecido que o Consolador não é uma doutrina (o espiritismo) ou um
conjunto de espíritos (espíritos superiores, obecessores, ou de outras diversas escalas),
mas, um só e o mesmo: Espírito Santo (Deus).
Voltemos agora a João 14:26 11 “Mas o Consolador, o Espírito Santo a quem
o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar
de tudo quanto eu vos tenho dito.”
Complementando, lemos em João 16:7-16 “Todavia, digo-vos a verdade,
convém-vos que eu vá; pois se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu
for, vo-lo enviarei. E quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e
do juízo: do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para meu
Pai, e não me vereis mais, e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está
julgado. Ainda tenho muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora.
Quando vier, porém, aquele, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a
verdade; porque não falará por si mesmo, mas dirá o que tiver ouvido, e vos
anunciará as coisas vindouras. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu, e
vo-lo anunciará. Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso eu vos disse que ele,
recebendo do que é meu, vo-lo anunciará. Um pouco, e já não me vereis; e outra
vez um pouco, e ver-me-eis.”
Jesus Cristo expressamente identifica o Consolador e Sua missão. É o Espírito
Santo, que tem a missão de lembrar o que Jesus nos disse a respeito do pecado, da
justiça e do juízo. Nessa passagem, Jesus deixa claro que o Consolador não falaria de si
mesmo, ou seja, não traria leis e conceitos novos, mas diria tudo o que ouviu de Jesus,
anunciando o juízo que há de vir.
O espiritismo não pode, portanto, ser o Consolador, na medida que, ao invés de
lembrar o que Jesus ensinou, contraria, muda, altera, cria conceitos e leis novas! Muito
pior: o espiritismo ensina que Jesus seria “um espírito muito evoluído”, governador do
planeta Terra”. Esta parte da doutrina é extremamente grave e antibíblica, pois tenta
reduzir o Filho de Deus à condição de mero “espírito evoluído”.
A Bíblia é por demais expressa quando, inúmeras vezes, faz a declaração de que
Jesus é Deus, parte da Divindade e não meramente um “espírito evoluído”. “Eu e o Pai
somos um.” Disse Jesus (João 10:30). É absurdo!
Quem poderia tentar reduzir a divindade de Jesus, senão o inimigo, o diabo,
Satanás? Quem poderia ter interesse em induzir-nos a pensar que por nossas próprias
obras (reencarnações) obteríamos a salvação e chegaríamos a uma imaginária e irreal
“perfeição” (perfeito só Deus), senão o inimigo, o diabo, Satanás?
Quem poderia engendrar uma forma sutil de nos desviar do plano de salvação
elaborado por Deus antes da criação da humanidade, senão o inimigo, o diabo, Satanás?
Esse plano foi meticulosamente anunciado nos rituais do santuário e consumado
na morte de Jesus na cruz, evidenciando que o modo de salvação é a fé em Jesus. “Eu
sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” João
14:6.

Conclusão
O espiritismo é uma doutrina sutilmente construída com o objetivo de desviar o
ser humano do plano de salvação, na medida em que nega Jesus como nosso único
intercessor perante o Pai (“Ninguém vem ao Pai senão por Mim”) e cria uma gama de
“entidades intercessoras” e “espíritos superiores”, personalidades inexistentes.
Suas premissas aparentemente trariam conforto. Sua intenção é nos iludir com
uma argumentação irreal. Tenta nos levar a crer que não há problema de errarmos nesta
vida, pois teríamos inúmeras outras vidas (encarnações) para corrigirmos nossas faltas e
nos aprimorarmos espiritualmente em direção à perfeição. Se tal idéia fosse verdadeira,
não haveria razão para qualquer preocupação com a santificação espiritual nesta vida.
Pela perspectiva espírita, nossa fé em Jesus seria limitada ao vê-lO como simples
espírito muito evoluído, e não como parte da divindade que Ele é. Dessa maneira, todo
plano de salvação, preparado com amor por Deus para nós, seria desvirtuado e milhares
de seres despencariam abismo abaixo, por se apegarem aos ensinos frágeis da doutrina
espírita, ao invés de se apoiarem nos braços fortes de nosso Mestre e Salvador.
Naturalmente, o inimigo encontrou uma forma sutil de iludir as pessoas, sem
atacar frontalmente a verdade cristocêntrica. Ele camufla a sua tese, adotando o
evangelho como base de sua doutrina, mas introduz interpretações contrárias ao
contexto bíblico. Note-se que ele não nos chama a falar de coisas mundanas, mas nos
convida a estudar o evangelho, só que à sua maneira, sob sua interpretação, com os seus
enganos, contrariando as Escrituras.
É uma estratégia, sem dúvida, muito sagaz. Por isso mesmo, tem iludido
multidões. O inimigo oferece um cardápio variado de teses, seitas e religiões para todos
os gostos e níveis intelectuais nos dias atuais, mas o espiritismo é sua obra-prima.

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