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Rio de Janeiro
2021
RESUMO
A única certeza que temos e que comunga entre todas as pessoas sejam crentes
ou não crentes é que um dia morreremos. Creio que esse assunto seja o mais
preocupante entre todos os seres humanos independente de religião, e a pergunta que
fica é: O que acontece depois da morte?
ABSTRACT
The only certainty that we have and that we share with all people, whether they
are believers or not, is that one day we will die. I believe that this issue is the most
worrying among all human beings regardless of religion, and the question that remains
is: What is death? When a person dies, where does his soul go?
It is common to find people with doubts in this regard, so we will address these
doubts in the light of the word of God, as each religion and sects contain their “false
truths” about death and eternity.
Como muitos dizem, a morte é a coisa mais certa desta vida. Um dia todos irão
morrer, o problema é que ninguém sabe quando isso vai acontecer principalmente no
caso da COVID-19. A morte não avisa quando vem, e muita das vezes chega de
surpresa inesperadamente.
Quando menos atentamos, ela aparece e alguém deixa esta vida, então, surgem
algumas perguntas: Por que ainda ficamos tão chocados com a morte de uma pessoa?
Como saber para onde iremos depois da morte?
Para grande parte das pessoas, a morte é algo obscuro, cheio de mistério e, até
mesmo, cercado de terror. Para a maioria, significa a separação de pessoas que tanto se
amam.
É interessante observar que os cristãos, mesmo sabendo para onde vamos, e que
somos amparados por Cristo tememos a morte. O versículo mais conhecido da Palavra
de Deus é João 3.16, que diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o
seu único filho, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
Crer em Jesus Cristo é a chave para a porta do céu. Se crermos nele, não morreremos
eternamente. Viveremos para sempre, e mesmo assim temos medo da morte.
1 - https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2019?
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A insegurança de nossos dias continua provocando um crescente interesse pelo
“fim dos tempos”, gerando curiosidade, desconforto sobre a questão da morte e
eternidade.
Essa insegurança não é de hoje, coincidência ou não esta foi a pergunta que os
discípulos de Jesus fizeram no monte das Oliveiras: “E, estando assentado no Monte das
Oliveiras, chegaram-se a ele seus discípulos em particular, dizendo: Dize-nos, quando
serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mt 24:3).
DESENVOLVIMENTO
A morte se tornou o destino inevitável para todos os seres humanos, vemos com
muita clareza no livro Gênesis quando o primeiro homem, Adão desobedeceu a Deus,
“porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” (Gn 2:17), a partir deste
fatídico dia a morte ocorreu de duas formas, na espiritual que causa a separação do
homem de Deus, e na física que ocorre a separação entre o corpo e espírito, “Deus fez o
ser humano como unidade de alma e corpo, e nunca foi sua intenção que , na eternidade,
os dois existissem independentemente um do outro” (FERREIRA; MYATT, 2007,
p.1086). Há um entendimento que a morte não fazia parte do planejamento para
humanidade, pois a morte é relacionado com o pecado na Bíblia, talvez por isso
encaramos a morte como algo estranho, “a morte, no mundo humano, não é um aspecto
da boa criação de Deus, mas um dos resultados da queda do homem no pecado”
(HOEKKEMA, Anthony)2.
Esse tema permeia tanto o Velho quanto o Novo Testamento, ambos indicam a
esperança de salvação e a ressurreição dos salvos.
O Novo Testamento tem a vida além da morte como um dos temas principais,
pois essa esperança de vida eterna justifica o plano de redenção, que tem como o
objetivo a união do homem com Deus. Aqui encontramos a ressurreição e o julgamento
dos mortos como uma realidade fundamental sobre o futuro dos justos e ímpios.
3 - os mortos não voltam para Terra após a morte e muito menos se comunicar
com os vivos.
“No estado intermediário a alma não tem corpo embora esse estado seja de
regozijo consciente dos justos e de sofrimento consciente dos ímpios” (STRONG, 2007,
p.17744).
De uma forma ou de outra, tanto os justos quanto os ímpios, aguardam a
ressurreição final.
Deus é mais forte do que a morte, portanto sua fidelidade ao ser humano vai além. E
essa fidelidade manifesta-se no fato que Deus ressuscitará a pessoa que morreu. “Essa
convicção cheia de esperança se desenvolve e se revela gradativamente no decorrer da
história de Israel.” (Renold, 1995, p. 101).
Fato é, que após a morte será irrevogável, Jesus deixa nítido à questão ao juízo
final. Em Mateus 25 vemos uma ilustração da volta de Cristo, como o Pastor, quando as
nações estiverem reunidas na sua presença, separando as ovelhas dos cabritos, uns irão
para a direita, os benditos do Pai para entrarem em seu reino, que são as ovelhas, e os da
esquerda os cabritos serão apartados do Pai, com destino ao fogo eterno, o inferno.
(FERREIRA; MYATT 2007).
Fica evidente que todas as pessoas serão julgadas, e esse julgamento ocorre já na
presente vida, muito pela resposta que as pessoas dão a Jesus. O julgamento será
realizado por Deus que será o juiz (Gn 18.25; 2 Tm 4.8), mas o Pai dá autoridade ao
Filho para julgar (Jô 9.39).
O juízo final designará o destino final de cada um, onde passarão a eternidade,
seja no inferno ou no céu.
Não sabemos muito de como será a eternidade, seja o local que for, encontramos
algumas passagens bíblicas a respeito, que são insipientes para que se possa afirmar
com exatidão como serão os dias da eternidade.
Tive uma experiência dessas ministrando uma aula de EBD (Escola Bíblica
Dominical) para pré-adolescentes, na igreja local na qual sou membro. Minha resposta
foi parecida com a de Peter Kreeft (FERREIRA; MYATT 2007), mesmo sem ainda ter
tido a oportunidade de conhecer seus pensamentos a respeito desse assunto.
Deus lavará nossa memória, que ficará limpa. Não se trata de falsidade,
nem de ignorância, mas de verdade, porque, em certo sentido, os condenados já
não existem mais; não estão no lugar mais real de todos, o céu. Deixaram de ser
considerados. São como cinza, não como madeira. Numa época de seres
humanos completos, cheios de vida, homens e mulheres reais. Todavia, o
inferno não é lugar de vida eterna, mas de morte eterna. Não amamos as cinzas,
nem choramos por causa de cinzas; só amamos aquilo que existiu antes de
queimar-se, e só choramos antes. p. 1076
Descrevi aos alunos minhas experiências com a morte, pois no início de minha
juventude perdi meu pai que não era cristão e alguns anos depois perdi um tio muito
querido que também não era cristão, e apesar das perdas, com o passar do tempo nossa
memória vai se apagando, e as lembranças vão se esvaindo ao ponto de não se lembrar
mais dessas pessoas naturalmente. Imagino que será assim na eternidade, como Peter
Kreeft escreveu “Deus lavará nossa memória, que ficará limpa”. O profeta Isaias fala ao
povo: “Não vos lembreis das coisas passadas, nem considereis as coisas dos tempos
antigos.” (Isaias 43.18), aqui as coisas passadas estão relacionadas as experiências no
êxodo, ou coisas dos tempos antigos, mas Deus chama os ouvintes para uma coisa nova,
um novo êxodo, que comparadas, uma trará esquecimento sobre a outra.
Há um ditado popular que diz “quem não é visto não será lembrado”, e podemos
aplicar isso muito bem nesse caso. Na verdade, creio que essas preocupações a respeito
de quem ingressará no inferno nada mais do que um manifesto contrário a retribuição
justa de Deus pela rejeição da oferta de vida eterna através de Jesus Cristo.
Se o inferno será desagradável o céu será um lugar diferente, e de acordo com o
evangelho de João, Jesus se refere ao céu como uma grande casa, uma casa eterna (Jo
14.2,3), o céu também é descrito como paraíso, ligado ao Jardim do éden, de onde
vieram nossos pais, fazendo uma representação do paraíso celestial (Lc 24.43);
conhecido também por ser a nossa pátria (Hb 11.13,14); Nova Jerusalém, a Jerusalém
celestial, a cidade santa, é o céu como cidade (Ap 21.1,2).
O céu é um lugar espiritual onde teremos comunhão eterna com Deus, um lugar
sem lágrimas, sem dor e sem tristeza.
Temos a segurança na Bíblia que no céu teremos uma alegria incomparável com
qualquer alegria que tenhamos experimentado em nossa passagem nesta vida, afinal de
contas estaremos com Cristo o nosso salvador.
CONCLUSÃO
É certo que todos, sendo justos ou ímpios morrerão fisicamente, apenas os que
estiverem vivos no retorno de Cristo não conhecerão a morte física.
Quando este estágio passar e a ressurreição chegar, o corpo dos justos será
transformado, será semelhante ao de Cristo.
Então será determinada pelo Juiz a sentença final, os justos herdarão o reino dos
céus e os ímpios o inferno.
O estado final dos justos é descrito como vida eterna (Mt 25.46), glória (2Co
4.17), descanso (Hb 4.9), conhecimento(1Co 13.8-10), santidade Ap 21.2), serviço Ap
22.3), adoração (Ap 19.5), sociedade (Hb 12.23) e comunhão com Deus (Ap 21.3).
Não sabemos quando a morte nos virá e nem o retorno de Cristo por isso é
preciso que todos levem muito a sério sua conduta, seu modo de vida, pois a vida eterna
que Jesus nos oferece vai depender da resposta que é dada ao chamado do evangelho.
O evangelho de Mateus diz que Cristo virá como um ladrão na noite: "Sabei,
porém, isto: se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão,
vigiaria e não deixaria minar a sua casa." (Mt 24.43). Ninguém sabe quando ele voltará,
e temos que estar em um estado de preparação, sempre esperando pelo Seu retorno
iminente. Jesus advertiu que devemos estar sempre preparados porque ninguém senão o
Pai sabe a hora do Seu retorno (Mt 24.36-44).
A morte já foi vencida por Cristo na cruz e na ressurreição, por isso os justos, os
cristãos não precisam temer a morte, pois lhe foi assegurado a vida eterna, pela graça de
Deus. No evangelho de Mateus, Jesus responde a Marta: “e todo aquele que vive e crê
em mim nunca morrerá. Crês tu isto?”. (Jo 11.26).
Por mais que saibamos que teremos a vida eterna em Cristo Jesus, nenhum de
nós quer antecipar sua ida.
Mesmo diante da vida eterna que nos espera sentimos receio de partir, talvez
porque achamos em nossa insignificância que ainda não é chegado a hora. O humorista
Chico Anísio em uma de suas entrevistas disse não temer a morte, mas ter pena de
morrer, pois assim ele não poderia desfrutar da família, ver seus netos e bisnetos
crescerem. 4 Um belo posicionamento para um ímpio, e talvez seja uma definição que
define o justo.
Temos a presença do Espírito Santo de Deus para nos ensinar e nos guiar. Temos
tudo de que precisamos para viver uma vida piedosa em obediência à Palavra de Deus,
não deixando nenhuma desculpa para não estarmos preparados.
https://www.google.com.br/amp/s/www.terra.com.br/amp/diversao/gente/tenho-pena-de-morrer-nao-medo-diz-chico-
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Precisamos ser gratos a Deus por nos amar o suficiente para fornecer o caminho
para escaparmos da morte eterna. Esse caminho é Jesus Cristo. Ao aceitarmos Jesus
Cristo como nosso Senhor e Salvador, e pela graça de Deus, recebemos o perdão dos
pecados, misericórdia e a salvação com a promessa de vida eterna. A nossa salvação em
Cristo é o meio pelo qual podemos estar preparados e nos alegramos em seu retorno ou
até mesmo em nossa partida.
BIBLIOGRAFIA