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Escatologia Bíblica
A escatologia bíblica é um estudo de grande importância, pois ela nos conduz a
conhecer a Palavra Profética, a evangelizar os homens, a viver em pureza e a defender a
nossa esperança (2 Pe 1.19-21; 2 Co 15.10,11; 1 Jo 3.3; 1 Pe 3.15).
I – PROLEGÔMENOS
1. Etimologia e Conceito
1.1. O termo ESCATOLOGIA é derivado da palavra grega ÉSCHATON (último, fim, últimas
coisas, fim de uma era) e LOGIA (estudo ou exposição de ideias). Portanto, Escatologia
significa “o estudo das últimas coisas” ou “ensino dos últimos acontecimentos”.
1.2. Teologicamente, refere-se ao o estudo dos eventos finais que vão acontecer ao ser
humano (Escatologia Individual) e ao mundo (Escatologia Geral) nos tempos da história
humana e da história eterna, segundo as revelações proféticas da Bíblia.
2. História da Escatologia
Desde o início, o cristianismo foi marcado por uma intensa expectativa com
relação à era presente e à chegada do governo final de Deus. O primeiro sermão de Jesus
declarou que o reino do céu estava próximo (Mt 4.17). Os cristãos primitivos saudavam-se
uns aos outros com a palavra “Maranata”, “Vem Senhor!” A igreja pós-apostólica
universalmente afirmou a segunda vinda de Jesus Cristo. Esse item de fé foi incorporado
ao Credo dos Apóstolos: “Ele voltará para julgar os vivos e os mortos”.
A maioria dos cristãos crê que a alma fica viva e consciente entre a morte e a
ressurreição, mas alguns sustentam que ela está adormecida ou até mesmo morta neste
intervalo. Durante a Reforma, algumas formas de doutrina do sono da alma foram
sugeridas por Lutero e por muitos reformadores radicais. No entanto, o primeiro tratado
teológico de Calvino, Psychopannychia (1534), foi uma refutação dessa idéia. A doutrina
da imortalidade condicional ou da crença de que a imortalidade é dom de Deus, e não um
talento natural para todos, tem sido afirmada por grupos religiosos recentes, como os
adventistas do sétimo dia e os Testemunhas de Jeová.
A doutrina das últimas coisas tem gerado interesse vigoroso em anos recentes.
Uma variante do pré-milenismo, conhecida como dispensacionalismo, ganhou ampla
aceitação em círculos evangélicos contemporâneos. J. N. Darby (1882), na Inglaterra, e a
Bíblia de Referência Scofield, nos Estados Unidos, contribuíram grandemente para
popularizar essa perspectiva. Na virada do século 19 para o século 20, Albert Schweitzer
destacou o contexto teológico radical da mensagem de Jesus. Mais recentemente,
teólogos como Wolfhart Pannenberg e Jürgen Moltmann tem enfatizado o futuro como
uma categoria teológica de grande importância. Seja como for que os detalhes do fim dos
tempos sejam compreendidos, a volta pessoal de Jesus Cristo, a ressurreição e o juízo
finais e a permanência do céu e do inferno pertencem à própria essência da fé bíblica.
II – ESCATOLOGIA INDIVIDUAL
1. A Morte
1.1. A palavra para morte no grego é “tanatos”, e significa “estar separado” (“Dormir”).
1.2. É um espírito criado? castigo pelo pecado (Gn 2.17; Hb 9.27); dissolução da união
existente entre o espírito e o corpo (Ec 12.7); e “o último inimigo a ser destruído” (Ap
21.4; I Co 15.26).
1.3. Tipologia da morte:
a) Morte física: separação entre o corpo, a alma e o espírito (Gn 3.19; Lc 19.19-31);
b) Morte espiritual: separação entre Deus, a alma e o espírito (Gn 2.17; 3.6, 7; Ef 2.1);
c) Morte eterna ou segunda morte: sofrimento final do corpo novamente unido à alma e
ao espírito, no caso do pecador não regenerado, ficando completamente separado de
Deus e dos remidos por toda a eternidade (Ap 20.11-15; 21.8).
2.1. É indicado por termos hebraicos, gregos e latinos: Sheol, Hades e Inferno (*Geena:
castigo eterno/Jr 7.32; Mt 23.15, 33; 25.41,46; Tártaro: 2 Pe 2.4 – anjos maus/abismo).
a) Sheol: Pode referir-se à sepultura (Jó 17.13; Sl 16.10; Is 38.10) e ao lugar para onde
vão os mortos (Gn 37.35; 42.38; Nm 16.33; Jó 14.13; Sl 55.15);
b) Hades: Tradução grega do hb. Sheol. Usado para descrever um lugar de castigo (Mt
11.23; Lc 10.15; 16.23) temporário, e que será lançado no Lago de Fogo (Ap 20.13,14);
c) Inferno: Termo latino usado para indicar o Hades (Lc 16.23).
2.2. Refere-se à existência consciente tanto do justo como do injusto depois da morte e
antes da ressurreição, em um lugar espiritual, extraterreno, temporário e escatológico,
correspondente à situação pré e pós-morte de cada ser humano em relação a Cristo, ou
seja, os que morreram em Cristo irão espiritualmente ao céu/paraíso (2 Co 12.1-4) e, os
que não morreram em Cristo, irão para o sheol ou hades.
2.3. Passou por mudanças depois da obra de Cristo na cruz (Ef 4.7-9) e passará por
mudanças escatológicas (Ap 9.1-3; 20.1-3,13,14).
(1) A ressurreição de Cristo como as primícias dos muitos que serão ressuscitados (1 Co
15.20,23; Cl 1.18);
(2) A ressurreição dos santos depois da ressurreição de Cristo (Mt 27.50-53; cf. Lv 23.10-
12);
(3) A ressurreição dos mortos redimidos (da Igreja) em Cristo no Arrebatamento (1 Ts
4.16);
(4) O Arrebatamento propriamente dito, que segue ao primeiro grupo de ressuscitados (1
Ts 4.17);
(5) As duas testemunhas, que morrem durante a Grande Tribulação (Ap 11.11-12);
(6) A ressurreição dos mártires da Grande Tribulação (judeus e gentios/Ap 20.4,5);
(7) A ressurreição dos santos da Antiga Aliança, no fim da Grande Tribulação ou quando
Cristo vier para restabelecer o Milênio (Is 26.19; Dn 12.1, 2, 13).
a) Corpo do justo:
(1) Será um corpo redimido (Rm 8.23; Fp 3.21);
(2) Identificado com o corpo sepultado (Jó 19.25-27; Fp 3.20,21);
(3) Dado por Deus (1 Co 15.38; 2 Co 5.1-5);
(4) Semelhante ao corpo glorificado de Jesus (1 Jo 3.2);
(5) Corpo real, como o de Jesus (Lc 24.39);
(6) Corpo reconhecível, como o de Jesus Cristo (Lc 24.31; At 7.55,56; 1 Co 13.12);
(7) Livre das limitações terrenas (Jo 20.19).
b) Corpo do injusto:
(1) Será um corpo característico de morte, corrupto e adaptado à alma corrupta (Mt 5.29;
10.28; Gl 6.7,8; Ap 20.12,13; 21.8).
1.1. É uma profecia, um ensino bíblico e um evento futuro, real e visível: Gn 49.10,11; Dn
7; Zc 12-14; Mt 24; 25; At 1.11; Hb 9.28; Apocalipse.
1.2. É pré-milenial, ou seja, se concretizará antes do Milênio na terra (Zc 12-14; Hb 9.28;
Ap 19.11-20.1-6).
1.3. É constituída de duas etapas ou fases, ou seja, o Arrebatamento da Igreja (1ª fase) e
a Manifestação Gloriosa (2ª fase), tendo um evento escatológico entre elas que durará 7
anos, isto é, a Tribulação escatológica ou a 70ª semana profética de Daniel (Dn 9.24-27).
1.4. Termos gregos usados que tratam da Segunda Vinda e de suas duas fases distintas,
segundo seus contextos peculiares:
2. O Arrebatamento da Igreja
repentinamente” (Mt 11.12; 12.29; 13.19; Jo 6.15; 10.12,28-29; At 8.39; 23.10; Jd v.23).
No NT, o termo harpazõ indica o fato de sermos levados para o céu, ou seja, descreve a
experiência do “terceiro céu” de Paulo (2 Co 12.2,4) e a ascensão de Cristo ao céu (Ap
12.5). Portanto, harpazõ é uma palavra adequada para descrever Deus repentinamente
tomando a Igreja da terra e levando-a para o céu. Quanto ao texto de 1 Ts 4.13-15,
temos duas expressões importantes: “arrebatados” (gr. harpagesometha) que diz respeito
ao que com freqüência é chamado “Arrebatamento”, e “a encontrar o Senhor” (gr. eis
apantesin tou kuriou) pode ser traduzido por “para um encontro com o Senhor”. A palavra
“encontro” freqüentemente era usada como um termo técnico, que descrevia o povo
saindo ao encontro de um rei ou general à alguma distância da cidade para acompanhá-lo
até a entrada. Isto corresponde ao uso do vocábulo “parousia”, que significa
“manifestação, “vinda do Senhor”, o qual tem um status técnico quando se refere à volta
de Jesus e é, muitas vezes, usado para indicar o Arrebatamento.
a) Período Patrístico (100 d.C. – 590 d.C.): (1) Tim La Haye, no seu livro Sem medo da
tempestade, p.171, cita St. Victorino (270 d.C.), Bispo de Petau, que escreveu um
comentário do Apocalipse, onde ele diz o seguinte: “Vi outro grande e prodigioso sinal,
sete anjos com os sete últimos flagelos; pois neles se completa a indignação de Deus. A
ira de Deus sempre ataca os obstinados com nove pragas, ou seja, perfeitamente, como é
dito em Levítico, e elas virão no fim dos tempos, quando a igreja tiver saído do meio”.
Nota: O comentário em questão indica através das expressões “quando a Igreja tiver
saído do meio” das “pragas”, de forma clara, a idéia de um arrebatamento da Igreja (“do
meio”) e de uma situação calamitosa, ou seja, uma grande tribulação (“nove pragas”); (2)
Thomas Ice e Timothy Demy apresentam no seu livro Profecias de A a Z, p.159-161 o
seguinte comentário: “[...]. Como fonte histórica, Pseudo-Efraim é uma referência a um
sermão apocalíptico que contém duas declarações sobre o “proto-arrebatamento”, datadas
entre os séculos IV e VII d.C. Hoje em dia ela é conhecida como o “Sermão a respeito do
fim do mundo”. [...]. Algumas das palavras mais significativas no sermão são: “Portanto,
por que não rejeitam os cuidados com as coisas terrenas e se preparam para se encontrar
com o Senhor Jesus Cristo, para que assim Ele possa nos tirar dessa confusão que toma
conta do mundo?... Todos os santos e eleitos de Deus serão reunidos antes da Tribulação
vindoura e serão levados à presença do Senhor, para que não vejam a confusão que se
apossa do mundo proveniente dos pecados da humanidade”. Nota: Pseudo-Efraim
acreditava que os cristãos estavam vivendo nos últimos dias e que em breve
experimentariam um ajuntamento ou arrebatamento de crentes que antecederia o período
de Tribulação de 42 meses, durante o qual o Anticristo reinaria. [...]. O sermão proclama a
expectativa de remoção dos cristãos da terra antes de um período específico de tribulação
– e fez isso há mais de 1.200 anos;
b) Período Medieval (590 d.C. – 1500 d.C.): (1) Tim La Haye e Thomas Ice, no livro
Glorioso Retorno, p.50 dizem: “Embora a igreja dos primeiros três séculos não usasse a
palavra arrebatamento para descrever essa ressurreição dos crentes que já haviam
morrido e o translado dos cristãos vivos, ela esperava ansiosamente o evento. Mesmo
durante a Idade das Trevas, quando a interpretação literal da Bíblia foi ofuscada, alguns
ainda aguardavam o translado iminente da igreja. Mais tarde, os santos cristãos, tais
como, Hugh Latimer (queimado na estaca, em 1555, por causa de sua fé) que expressou
sua segurança no arrebatamento: “Talvez aconteça em meus dias, velho como estou, ou
nos dias de meus filhos... os santos serão levados ao encontro com Cristo nos ares e
depois voltarão com Ele novamente”; (2) Thomas Ice e James Stitzinger (Enciclopédia
Popular de Profecia Bíblica, 2008, p.91-92) diz: “Um estudo recente do texto do século
XIV, A História do Irmão Dolcino, composto em 1316 por uma fonte anônima, revela outra
importante passagem tribulacional. Como líder dos Irmãos Apostólicos no norte da Itália, o
Irmão Dolcino conduziu o seu povo através de tempos de tremenda perseguição papal.
Uma pessoa deste grupo escreveu as seguintes palavras espantosas: O Anticristo estava
entrando neste mundo dentro dos limites do dito período de três anos e meio; e depois de
sua vinda, então ele [Dolcino] e seus seguidores seriam transferidos para o Paraíso, no
qual estão Enoque e Elias. E desse modo seriam preservados ilesos da perseguição do
Anticristo. [...] o escritor desta História acreditava que Dolcino e seus seguidores seriam
transferidos para o paraíso, expressando esta crença com a palavra latina transferrentur,
ou “transladação”, um sinônimo de arrebatamento. Dolcino e seus seguidores se retiraram
para as montanhas do norte da Itália para aguardarem a sua remoção por ocasião do
aparecimento do Anticristo”;
(1) Thomas Ice e James Stitzinger (2008) apresentam como o termo e o ensino do
Arrebatamento já eram usados antes de 1830 para indicar o arrebatamento da Igreja:
“Increase Mather (1639-1723), presidente do Harvad College (1685), foi um importante
puritano americano. No que diz respeito à futura vinda de Cristo, ele escreveu que os
santos “seriam apanhados nos ares” com antecedência, desse modo escapando da batalha
final. [...]. O reformador francês Peter Jurien [...] (1687), ensinou que Cristo viria nos ares
para arrebatar os santos e voltaria para o céu antes da batalha do Armagedom. Ele falou
de um arrebatamento secreto antes da sua vinda em glória e do juízo no Armagedom.
Ambos os comentários de Philip Doddridge sobre o NT (1738) e de John Gill (1748)
usaram o termo arrebatamento e falaram deste como iminente. [...]. James Macknight
(1763) e Thomas Scott (1792) ensinaram que os justos serão transportados para o céu,
onde estarão seguros até que o tempo do juízo termine. A mais clara referência [...] pré-
Darby, de um arrebatamento pré-tribulacional vem de Morgan Edwards (1722-1795), que
via um arrebatamento distinto ocorrer três anos e meio antes do início do Milênio. [...].
Edwards escreveu: “A distância entre a primeira e a segunda ressurreição será de pouco
mais de mil anos [...] devido ao fato de que os santos mortos serão ressuscitados, e os
vivos transformados na „manifestação‟ ou „aparecimento‟ de Cristo „nos ares‟ (1 Ts 4.17)””;
(2) Quanto ao período mais recente, que diz respeito principalmente a John N. Darby
(1800-1882) e à Bíblia de Estudo Scofield, o ensino acerca do Arrebatamento Pré-
Tribulacional foi intensamente estudado à luz de muitos estudiosos que criam e pregaram
o ensino de um arrebatamento como doutrina bíblica e esperança de vida eterna.
Lamentavelmente, os críticos dizem que este ensino é uma inverdade, pois é fruto de uma
revelação exposta por uma adolescente (Margareth Macdonald). Tal conclusão é fruto de
uma postura racional infiel à história do ensino e de não ser provida de análises
atenciosas, pois quando se lê o relato da revelação da mística adolescente Margareth
Macdonald, ver-se-á que tal revelação não ensina o arrebatamento pré-tribulacional da
Igreja, e sim, outra forma de arrebatamento. Vejamos o que diz o Dr. Charles C. Ryrie
(1997) a respeito: “A mística mencionada foi uma adolescente chamada Margaret
Macdonald [...], e que, segundo se alega, influenciou tanto os seguidores de Irving como
Darby, a respeito do Arrebatamento pré-tribulacionista. Esta acusação é feita por Dave
MacPherson no livro The Incredible Cover-Up (O Incrível Disfarce). [...]. Permita citar
alguns trechos do relato de MacPherson sobre os manuscritos de Margaret Macdonald a
respeito da sua revelação pré-tribulacionista, recebida em 1830, para que possamos ver
se ela de fato ensinou o Arrebatamento pré-tribulacionista: “...o templo espiritual deve ser
e será reerguido, e a plenitude de Cristo derramada em Seu corpo, e então nós seremos
tomados para encontrá-lO... A tribulação da Igreja vem do Anticristo. E será pela
plenitude do Espírito que nós seremos guardados... Oh! Não é conhecido o sinal do Filho
do homem... eu o vi, e era o próprio Senhor descendo do céu com grande vozeiro... Agora
o iníquo será revelado, com todo poder e sinais e maravilhas mentirosas, de tal forma
que, se fosse possível, os próprios eleitos seriam enganados – Esta é a dura tribulação
que virá tentar a todos nós”. Três coisas me preocupam aqui. 1. Essa adolescente fez
uma distinção entre crentes espirituais e outros crentes, e viu somente os espirituais
participando do Arrebatamento. MacPherson conclui erradamente, a partir desse fato, que
Macdonald quis ensinar a vinda secreta [de Cristo]. Na realidade, ela estava ensinando o
ponto de vista do arrebatamento parcial. 2. Ela viu a Igreja (“nós”) sendo purificada pelo
Anticristo. MacPherson entende isso como sendo que a Igreja será arrebatada antes que o
Anticristo surja, ignorando o “nós”. na verdade, Macdonald viu a Igreja suportando a
perseguição do Anticristo durante os dias da Tribulação. 3. Macdonald identificou o sinal
da vinda do Filho do Homem (Mt 24.30), o qual claramente aparece no fim da Tribulação,
como que acontecendo ao mesmo tempo que o Arrebatamento. MacPherson diz que
Macdonald cria ou em um período muito curto de Tribulação, ou, tal como ele, ela
entendeu que o sinal seria visto somente pelos crentes cheios do Espírito antes que o
iníquo fosse revelado. Na verdade, Macdonald se mostra totalmente confusa ao fazer tais
afirmações. No máximo, sua visão equacionaria o sinal do fim da Tribulação com o
Arrebatamento, o que dificilmente seria o ponto de vista pré-tribulacionista! Quanto a essa
jovem [...], temos que classificá-la como “uma defensora confusa do Arrebatamento”. Ela
defendeu elementos de Arrebatamento parcial, pós-, talvez midi-, mas nunca pré-
tribulacionista.”
a) A descida de Cristo a partir dos céus para arrebatar a Igreja, se encontrar com ela nos
ares e estar para sempre com ela (Jo 14.1-3; 1 Ts 4.13-17);
b) A reunião da Igreja através do alarido, da voz do arcanjo e da trombeta de Deus;
c) Ressurreição dos mortos em Cristo (1 Co 15.23; 1 Ts 4.16);
d) Transformação dos vivos (1 Co 15.51,52; 1 Ts 4.17);
e) Os fiéis ressuscitados ou transformados terão um corpo como o corpo de Cristo (1 Jo
3.2): Real (Lc 24.39), reconhecível (Lc 24.31; At 7.55, 56) e livre das limitações terrenas
(Jo 20.19);
f) Todos os que foram arrebatados estarão sendo libertos do mundo apóstata (2 Ts 2.1-3)
que sofrerá o juízo divino da Tribulação de sete anos (Ap 3.10), e comparecerão ao
Tribunal de Cristo nos ares (2 Co 5.9,10) e, depois serão conduzidos às Bodas do Cordeiro
e à Ceia das Bodas (Ap 19.7-9).
crentes não será para condenação, mas para galardão, pois servirá para verificar “como
temos trabalhado” para o Senhor, durante nossa jornada nesta terra (Ap 22.12).
A Palavra de Deus nos exorta para que não percamos o nosso galardão (2 Jo
v.8; Ap 3.11; 22.12; 1 Co 3.15). O galardão é a recompensa das obras dos salvos. Será
distribuído, no futuro, para a Igreja glorificada após o Arrebatamento. Pois todos os salvos
entram na posse da vida eterna sem nenhum mérito próprio, mas somente porque
aceitou, pela fé, o que Cristo já realizou. O cristão glorificado não perderá a salvação, mas
poderá perder o seu galardão.
“amigos do esposo” que assistirão a tão insigne festa. Um dos atos posteriores dessa
maravilhosa festa é a celebração da Ceia do Senhor (Mt 8.10-12; Lc 22.16, 27-30).
Quanto a Ceia das Bodas (Ap 19.9), alguns especulam que esse evento
ocorrerá durante o intervalo de 75 dias (entre a volta gloriosa de Cristo e o início do
Milênio) mencionado em Daniel 12.11,12. No entanto, parece fazer mais sentido vermos a
ceia ocorrendo durante o Milênio (Lc 22.18).
3. A Tribulação
3.1. Ela será um período de juízo, conversão e restauração do povo de Israel (Dt 4.30; Dn
12.1,12).
1
A salvação dos 144.000 judeus, os milagres realizados pelas 2 Testemunhas e salvação de muitas
pessoas, serão obras realizadas pelo Espírito Santo que estará atuando no período da Tribulação. O Dr.
Charles C. Ryrie (1978) comenta o seguinte: “A Igreja será arrebatada da terra antes que comece a Grande
Tribulação. Este conceito do arrebatamento prévio à Tribulação inclui a retirada ao mesmo tempo daquele
que detém o anticristo (2 Ts 2.6-8). Ou seja, a garantida presença permanente do Espírito nos crentes fará
necessário a retirada do Espírito quando os cristãos serem arrebatados. Isto não significa, nem implica, que
a obra do Espírito chegue ao seu fim nesse momento. Como o Onipresente Espírito obrava em favor dos
homens nos tempos do AT, assim também continuará obrando depois do arrebatamento da Igreja, pois a
tarefa de edificar o Corpo de Cristo haverá terminado. Durante o período da tribulação se converterão
muitíssimas pessoas: a) No começo do período, Deus selará 144.000 judeus, e desse ato de serem
selados, compreende-se a salvação deles mesmos (Ap 7.4; 14.4); b) Durante a Tribulação, uma multidão
tão grande que não poderá ser contada se voltará ao Senhor “de todas as nações, tribos, povos e línguas”
(Ap 7.9). Se diz expressamente que este grupo de pessoas sairá da Grande Tribulação (Ap 7.14); c) Ao final
do tempo, os israelitas que viverão nesse momento e passarão pelo juízo, se converterão (Rm 11.25; Zc
13.1). Neste último caso, a obra do Espírito se relaciona com a salvação dos incrédulos no período da
Tribulação (Zc 12.10). Nos demais casos, não há indicação clara sobre a parte que terá o Espírito nas
conversões, se bem que não parecerá desacertado supor que terá sua parte nelas. Aparentemente a obra
do Espírito nos crentes durante o período da Tribulação seguirá o esquema de sua atividade nos tempos do
AT. Estará presente e ativo no mundo; virá a morar em seu povo e os dotará de poder; se valerá dos
crentes para o Testemunho do Cordeiro. São escassos os textos que provam isto concretamente, porque a
Bíblia fala muito pouco acerca do ministério do Espírito durante este período. Um texto que se pode usar é
Joel 2 em Atos 2, porque, qualquer que tenha sido o motivo pelo qual se citou no dia de Pentecostes,
resulta evidente que não se cumpriu cabalmente esse mesmo dia. Para o cumprimento completo há que se
esperar os dias da Tribulação, já que a passagem vincula expressamente o derramamento do Espírito com
a época em que o sol escurecerá e a lua se volverá em sangue. Estes acontecimentos terão lugar ao
término da Tribulação, imediatamente antes da 2ª fase da Segunda Vinda de Cristo (Mt 24.29,30). Outro
possível texto probatório é Apocalipse 11.3,4, que une o ministério das duas testemunhas durante a
Tribulação com o poder do Espírito (Zc 4.6). (Texto traduzido do livro em espanhol El Espiritu Santo –
Charles C. Ryrie).
3.2. Ela será um período do julgamento de Deus sobre o mundo. As três séries de juízos
descrevem esse julgamento (selos, Ap 6; trombetas, Ap 8-9; taças, Ap 16).
3.3. O Anticristo escatológico se manifestará e se tornará o governante do mundo (Ap 13).
3.4. Os judeus terão reconstruído o templo em Jerusalém (Is 66.1; Ap 11.1, 2) e aceitarão
um pacto de sete anos com o Anticristo (Dn 9.27 e Jo 5.43).
3.5. Após três anos e meio, o Anticristo trairá o pacto e revelará o seu verdadeiro caráter
(Dn 9.27; 2 Ts 2.3; Ap 11.7 e 13.1).
3.6. Começa a “Grande Tribulação” ou “Tempo da Angústia de Jacó” ou, ainda,
“Abominação da Desolação”, principalmente para os judeus (Ap 7.14; Jr 30.7; Mt 24.15).
3.7. As nações e os reis da Terra se reúnem contra Jerusalém (Zc 14.2) na batalha contra
o Senhor e Seu Ungido – Batalha do Armagedom (Ap 16.14, 16; 17.14; 19.19).
3.8. O Senhor sairá com os Seus santos a fim de destruir os inimigos e libertar o Seu povo
(Is 13.3-6; 26.21; Zc 12.9, 10; Mt 24.29ss).
Quanto ao Anticristo escatológico, vários nomes têm sido aplicados a ele: Besta
(Ap 13.1); Anticristo (1 Jo 2.18); O iníquo (2 Ts 2.8); o rei que faz conforme a sua
vontade (Dn 11.36); rei feroz (Dn 8.23); homem da iniqüidade (2 Ts 2.3); pastor inútil (Zc
11.17); chifre pequeno (Dn 7.8); o tirano (Is 51.13); o opressor (Is 16.4,5) etc. Seu
principal nome é “anticristo”, que significa “contra Cristo”, assim como substituição ou
oposição. No NT, a palavra aparece 5 vezes (1 Jo 2.18,22; 4.3; 2 Jo 7).
b) Terá grande habilidade pessoal (Ap 13.3,4). Ele será ferido e providenciará a sua
própria cura;
c) Durante os três anos e meio da grande tribulação, o anticristo terá o apoio da nação
judaica (Dn 9.27). Nesta época, os judeus estarão confusos, e olharão para o anticristo,
como o messias prometido;
d) Terá o poder de satanás (Ap 13.2). Grande poderio;
(18) Seu apogeu se dará nos últimos três anos e meio da Tribulação de sete anos, nos
quais se vários acontecimentos importantes se realizarão:
a) Quebra o seu tratado com os judeus e interrompe o sacrifício no templo (Dn 9.27);
b) Mata as Duas Testemunhas de Deus (Ap 11.3-7);
c) Tendo interrompido a adoração no templo, apresenta-se no mesmo e exige adoração e
honrarias divinas (2 Ts 2.4; Ap 13.14,15);
d) Essa adoração tornar-se-á quase universal (número/666 e marca da besta – Ap 13.8);
e) Visto que muitos judeus resistirão a ele, tornar-se-á seu perseguidor e prevalecerá
contra eles por três anos e meio (Dn 7.21,22,25; Ap 13.15; Mt 24.15,21);
f) Em seguida iniciará a destruição da igreja apóstata (Ap 17.16,17); e
g) Finalmente chegará ao apogeu de todos os poderes terrenos, religiosos, econômicos e
militares (Ap 13.18);
(19) Sua queda:
a) Seu reino e súditos serão consumidos no julgamento (Dn 7.25,26; Ap 16);
b) Sua cidade e seu sistema de comércio são destruídos (Ap 18.1);
c) Ele se levantará contra Cristo (Dn 8.25). Virá com um exército contra Cristo, porém será
lançado no lago de fogo, junto com o falso profeta (Ap 19.19).
4. A Batalha do Armagedom
6.1. Ovelhas: Aquelas que trataram os judeus com benevolência (Mt 25.35, 36);
6.2. Bodes: Aquelas que maltrataram ou perseguiram os judeus (Mt 25.41-45); e
6.3. Irmãos: Os judeus que reconheceram a Cristo como o seu Messias (Is 4.1-3).
Além do Tribunal de Cristo e do Juízo das Nações, dois outros juízos futuros de
grande expressão irão ser realizados, um antes do Milênio (Juízo de Israel) e outro, depois
do Milênio (Juízo Final). Quanto ao Juízo de Israel, Kepler Nigh (1998, p.144) diz o
seguinte: “...Este juízo acontecerá no final da tribulação. Cristo fará com que os judeus
sejam reunidos e julgados...” (Ez 20.33-38; Mt 19.28).
7. O Milênio
a) Jesus Cristo será o Governante no Milênio (Jr 23.5; Lc 1.31-33; Ap 11.15; 19.6);
b) Quanto ao caráter do governo de Cristo, as Escrituras nos ensinam que será na
plenitude do Espírito (Is 11.2-5), que será em equidade e justiça (Jr 23.5-6), que o pecado
será castigado (Salmo 2.9; 72.1-4; Is 65.20; Zc 14.16-21), que será próspero e glorioso
(Jr 23.5; Is 24.23), e que será um reinado de paz (Is 2.4; 11.5-9; 65.25; Mq 4.3);
c) O centro do governo no Milênio será Jerusalém (Is 2.3). Jerusalém será um lugar santo
(Is 4.3-5); um lugar de grande glória (Is 24.23); o local do futuro templo (Is 33.20);
reconstruída (Jr 31.38-40); o centro espiritual de toda a terra (Is 62.1-7); e o regozijo de
toda a terra (Sl 48.2);
d) Três grupos de pessoas serão relacionados com o governo milenial:
(1) Israel: Será reunido e restaurado pelo Senhor em sua salvação, exaltado, abençoado e
favorecido através deste período.
(2) Nações: As nações serão súditos do Rei durante o Milênio (Sl 72.11; 86.9; Dn 7.13,14;
Mq 4.2; Zc 8.22).
(3) Igreja: A Igreja (glorificada) reinará com Cristo, não como súdita do Rei, e sim, como
uma que de direito compartilhará o reino, ou seja, como a rainha do Rei dos reis (2 Tm
2.12; Ap 5.10; 20.6).
No fim do Milênio, Satanás será solto e sairá a enganar as nações (Ap 20.7-10).
Por que satanás será solto novamente? É bom saber que:
a) Muitos nascerão no Milênio e terão de ser evangelizados e ensinados sobre Cristo, sua
obra e seu reinado;
b) Depois de mil anos de bênçãos na Terra, os homens terão de ser “testados” quanto à
sua obediência para com Cristo.
Essa revolta será de caráter mundial e o destino das nações rebeladas (Gogue e
Magogue – Ap 20.8) será a morte, a ressurreição para o juízo e o lago de fogo (Ap 20.11-
15).
8. O Juízo Final
pelo fogo (2 Pe 3.10-12). O juiz será o Senhor Jesus Cristo (Jo 5.22, 27; At 17.31; 2 Tm
4.1), que será auxiliado pela Igreja glorificada (1 Co 6.1-3).
8. O Estado Eterno
a) A expressão “Novos Céus” é usada no plural, na maioria das vezes que é citada quanto
ao fato de ser uma nova criação (Is 65.17; 66.22; 2 Pe 3.10-13; Hb 1.10-12; Sl
102.25,26;), o que implica ser uma nova referência a todo o universo, ou seja, todo o
Cosmo celestial ou espaço sideral com suas galáxias, planetas e demais astros serão
destruídos e desaparecerão, sendo substituído por outro melhor;
b) O termo hebraico usado para céus está no plural (Shamayim – quer dizer “as alturas”).
Já o termo grego usado é “ouranos”, que significa “o que está elevado”. São termos
usados por mais de 700 vezes na Bíblia e, em geral, referem-se a três diferentes locais:
atmosfera (nosso céu), ao universo (espaço sideral) e à morada de Deus (2 Co 12.1-4);
c) Os céus abaixo do céu de Deus (a atmosfera terreno-celestial e o universo) serão
destruídos, pelos seguintes motivos:
(1) Eles não são mais puros à vista de Deus, pois se tornaram pecaminosos (pecado dos
anjos e dos homens – Jd v.6; Rm 8.18-23; Gn 3);
(2) Se tornaram um campo de batalha espiritual (Jó 1.6-12; 2.1-6; 15.15; Ef 2.2; 6.10-12;
Ap 12.7-9);
(3) Estes céus (e a terra), de agora, são uma habitação inadequada para o Estado Eterno
ser concretizado;
(4) Eles serão destruídos (tanto os céus de hoje como a terra) não em termos de
renovação, e sim, no sentido de serem extintos ou desintegrados. A Bíblia usa expressões
como “passarão”, “mudados” e “guardados” e “guardados para o fogo” (serão queimados
com grande estrondo, o que resultará num desaparecimento total dos atuais céus e terra
e de tudo o que eles contém (2 Pe 3.10-12).
d) A Nova Terra será um novo planeta, onde habitará justiça em todos os aspectos, sejam
eles geográficos (não haverá mais mar; novos pontos cardeais serão implantados),
políticos (o trono de Deus estará na Nova Terra), climáticos (não haverá mais sol, noite
etc.) e ético-espirituais (não haverá pecado) (2 Pe 3.10-13; Ap 21 e 22).
e) Nova Jerusalém: A Nova Jerusalém será a principal cidade do Estado Eterno, pois nela
estará o trono de Deus e do Cordeiro. Ela é uma cidade literal, construída por Deus (Hb
11.10,16), através de materiais celestiais e com uma arquitetura igual em comprimento,
altura e largura, tendo moradas suficientes para todos os seus moradores (Jo 14.1-3).
Será uma realidade visível apenas no Estado Eterno (Ap 21;22), proporcionando muitas
bênçãos para os seus moradores e para os povos e nações da Nova Terra, através,
principalmente do fruto da árvore da vida (Ap 22.1-5). Segundo alguns teólogos, a Nova
Jerusalém terá 8.000.000 (oito milhões) de avenidas, com o comprimento de 2.200 km
(dois mil e duzentos quilômetros) cada uma, segundo as medidas apresentadas em
Apocalipse 21.9-17.
Razões da Nova Jerusalém ser uma cidade literal: (1) Jesus voltou ao céu para
preparar um lugar ou cidade para a Igreja (João 14.2,3); (2) Ela foi arquitetada e
construída por Deus com sólidos alicerces celestiais (Hebreus 11.10); (3) Os heróis
da fé desejavam uma cidade celestial, a qual foi preparada por Deus (Hebreus
11.16); (4) A Nova Jerusalém ora preparada para a Igreja, pertence a Deus
(Hebreus 12.22). Ao aceitarmos a Cristo, nos aproximamos da Nova Jerusalém
como futuros moradores dela; (5) Hebreus 13.14 diz que não temos na terra uma
cidade ou morada fixa, pois vivemos em busca de uma cidade que foi preparada,
prometida e que virá aos moradores que lhe buscam; (6) A Igreja é cidadã do céu,
apesar de morar na terra. Mas, do céu ela aguarda vir a sua cidade ou morada
preparada por Deus, que é o Senhor Jesus, que ao voltar glorificará o nosso corpo
terreno em um celestial, semelhante ao Seu, adaptando-nos assim, à Jerusalém
celestial (Filipenses 3.20,21; Hebreus 12.22); (7) A Nova Jerusalém é o nome da
cidade construída por Deus. Apocalipse 3.12 diz que o nome dela vai ser gravado
na vida de todo membro da Igreja que será reconhecido como vencedor; (8) A
"Jerusalém do alto", como Paulo a identifica (Gálatas 4.26) ou "a nova Jerusalém,
que desce do céu" como João a nomeia (Apocalipse 3.12), é contrastada por Paulo
com um cidade real, ou seja, a Jerusalém atual (Gálatas 4.25). Assim, é lógico dizer
que a Nova Jerusalém é uma cidade real ou literal, e não um símbolo da Igreja; (9)
O apóstolo Paulo trata simbolicamente a nova Jerusalém de "a nossa mãe", tendo
em vista, ensinar que somos (a Igreja) gerados e acolhidos por ela. Tal expressão
de Paulo assemelha-se à expressão "minha cidade natal", que indica que você não
é cidade, mas tem uma cidade; (10) Os capítulos 21 e 22 de Apocalipse a
descrevem com tantos detalhes de arquitetura e de construção, que, pelo bom
senso hermenêutico, é mais adequado reconhecer que é uma cidade literal do que
um símbolo da Igreja ou da nova criação. O uso de inúmeros símbolos ou imagens
terrenas tencionam destacar (de forma aproximada) sua grandeza
arquitetonicamente celestial.
a) Deus e o Cordeiro governarão a nova terra e os novos céus a partir da Nova Jerusalém
(Ap 22.3,5);
b) A nova vida se concentrará em conviver com Deus, servi-lo com adoração e reinar
junto com Ele, sem ter lembranças das coisas antigas (Ap 22.3-5; Is 65.17,18);
c) Os santos glorificados da Igreja e da antiga Aliança morarão na Nova Jerusalém e
governarão a Terra sob Cristo (Dn 7.18, 27; Ap 22.1-5);
d) Os salvos oriundos do Milênio (povos e nações) viverão para sempre na Terra,
mediante a árvore da vida (Ap 2.7) e não pela ressurreição (Ap 22.1-5).
IV – SISTEMAS ESCATOLÓGICOS
1.1. Dispensacionalismo
pós-tribulacional (de acordo com o qual os cristãos deverão passar pela tribulação, porém
com a certeza de que se juntarão posteriormente a Cristo).
Ela propõe a idéia de que as Escrituras podem ser divididas em duas alianças:
1) Aliança das Obras e 2) a Aliança da Graça. Os participantes da primeira aliança eram
Deus e Adão. A promessa da aliança era a vida. O requisito era a total obediência de
Adão. Caso não fosse cumprida, a penalidade seria a morte. Para salvar o homem da
penalidade de sua desobediência, uma segunda aliança, feita para toda a eternidade,
passou a ser usada, ou seja, a Aliança da Graça.
2.1. Preterismo
preteristas, Apocalipse refere-se a algo similar quando afirma que Cristo vem “em breve” e
que seu retorno está próximo. Após terem concluído que essas profecias precisavam ter se
cumprido no século I, eles passaram a argumentar que estão agindo corretamente ao
crerem que todas as passagens referem-se ao cumprimento local (Jerusalém), ao invés de
tratar-se de um cumprimento mundial.
Por sua vez, os preteristas extremistas ou consistentes, como eles preferem ser
chamados, acreditam que toda a profecia bíblica foi cumprida na destruição de Jerusalém,
em 70 d. C. Eles acreditam que, existe uma Segunda Vinda futura, mas a Bíblia não fala
sobre ela.
2.2. Historicismo
Europa pelos Estados Unidos. Algumas dessas pessoas acham que o EUA estão cumprindo
as profecias referentes à Babilônia.
2.3. Futurismo
2.4. Idealismo
3.1. Pré-Tribulacionismo
O Pré-Tribulacionismo declara que a Igreja não provará qualquer parte dos sete
anos da Tribulação, visto que estará com o Senhor. Ele chega a esta posição mantendo
uma clara distinção entre o modo de Deus lidar com a Igreja de Cristo e o tratamento
divino para com a nação de Israel. Os que apóiam este ponto de vista crêem que Deus
retirará a Igreja do mundo e, então, Sua atenção voltará a Israel e às alianças que fez
com a nação no Antigo Testamento. Além do mais, pré-tribulacionistas concluem que,
visto que a Igreja está isenta da ira de Deus (1 Ts 1.9,10; 5.9), ela não estará na terra
durante aqueles sete anos da Tribulação. Este ponto de vista também mantém o conceito
da iminência (“a qualquer momento”) do retorno do Senhor Jesus para retirar a Igreja do
mundo, significando que não há sinais ou eventos que precisem ocorrer antes do
Arrebatamento.
3.3. Pós-Tribulacionismo
Ensina que somente os que foram fiéis na Igreja serão arrebatados no início da
Tribulação. Somente os crentes considerados dignos serão arrebatados antes da ira de
Deus ser derramada sobre a Terra; os que não tiverem sido fiéis permanecerão na Terra
durante a Tribulação.
4. Sobre o Milênio
4.1. Pré-Milenismo
(1) A volta de Jesus se dará antes do Milênio, mas não reconhece a existência das
dispensações;
Escatologia Bíblica – Prof. Israel de Jesus
Escatologia Bíblica 27
(1) Essa linha de interpretação de interpretação profética é pré-milenista porque crê que a
volta de Cristo se dará antes do Milênio (Ap 20.4-6);
(2) Esta forma chama-se dispensacionalista por dividir a história humana em grandes
dispensações. Uma dispensação normalmente é entendida como um período de tempo
caracterizado por um modo distinto de Deus se relacionar com o ser humano;
(3) Faz distinção fundamental e permanente entre Israel e a Igreja, Deus tem, então, dois
povos com os quais lida ainda nos dias de hoje;
(4) O Antigo Testamento ensina que haverá um reino futuro, milenar e terreno;
(5) O reino seria dado aos judeus quando Cristo veio pela 1ª vez, e nesse tempo se
cumpriria a Septuagésima Semana de Daniel 9. Mas quando os judeus rejeitaram e
crucificaram Jesus, essa semana foi adiada e, conseqüentemente, o reino foi transferido
para o futuro;
(6) O tempo entre a semana 69 e 70 de Daniel é chamado de Era da Igreja, sendo
encarado como um parêntese na história e no plano divino. Isso faz com que seja
necessário arrebatar a Igreja da terra para que os propósitos de Deus se cumpram em
Israel;
(7) A volta de Cristo se dará em duas fases: Primeiro, Ele virá buscar sua Igreja; e depois
de um curto período (7 anos), voltará para reinar no Milênio. Entre o Arrebatamento da
Igreja e o Milênio acontecerá a Grande Tribulação;
(8) Jesus Cristo reinará na terra por mil anos. Seu trono e sede do reinado será Jerusalém,
de onde governará todo o Universo. O Templo de Jerusalém e o sacerdócio do Antigo
Testamento serão novamente restaurados.
4.2. Amilenismo
mille, que significa “mil” [chilias em grego], e annus, que significa “ano” [etos em grego].
Portanto, amilenismo significa “não mil anos”. Outros títulos: milenismo simbólico,
milenismo realizado etc.
4.3. Pós-Milenismo
Há dois tipos principais de pós-milenismo: (1) um tipo bíblico que tira seu
material da Bíblia e seu poder de Deus; (2) e o tipo evolucionário ou teológico-liberal que
baseia-se na confiança de que o homem pode alcançar progresso através de meios
naturais. Esses dois sistemas muito diferentes entre si têm uma coisa em comum: a idéia
de progresso e da solução definitiva das dificuldades atuais.
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