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Governo do Estado do Rio de Janeiro


Secretaria de Estado de Educação

Comte Bittencourt
Secretário de Estado de Educação

Andrea Marinho de Souza Franco


Subsecretária de Gestão de Ensino

Elizângela Lima
Superintendente Pedagógica

Maria Claudia Chantre


Coordenadoria de Áreas do Conhecimento

Assistentes
Catia Batista Raimundo
Carla Lopes
Roberto Farias

Texto e conteúdo

Aline Assumpção Ribeiro


C.E. David Capistrano

Jeniffer Ribeiro da Cruz


C.E. Brigadeiro Schorcht/C.E. João Alfredo

Pedro Paulo de Abreu Manso


C.E. Pastor Miranda Pinto

Simone Gonçalves Amorim


C.E. Professora Luiza Marinho

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Capa
Luciano Cunha

Revisão de texto

Prof ª Alexandra de Sant Anna Amancio Pereira


Prof ª Andreia Cristina Jacurú Belletti
Prof ª Andreza Amorim de Oliveira Pacheco.
Prof ª Cristiane Póvoa Lessa
Prof ª Deolinda da Paz Gadelha
Prof ª Elizabete Costa Malheiros
Prof ª Ester Nunes da Silva Dutra
Prof ª Isabel Cristina Alves de Castro Guidão
Prof José Luiz Barbosa
Prof ª Karla Menezes Lopes Niels
Prof ª Kassia Fernandes da Cunha
Prof ª Leila Regina Medeiros Bartolini Silva
Prof ª Lidice Magna Itapeassú Borges
Prof ª Luize de Menezes Fernandes
Prof Mário Matias de Andrade Júnior
Prof Paulo Roberto Ferrari Freitas
Prof ª Rosani Santos Rosa
Prof ª Saionara Teles De Menezes Alves
Prof Sammy Cardoso Dias
Prof Thiago Serpa Gomes da Rocha

Esse documento é uma curadoria de materiais que estão disponíveis na internet, somados à
experiência autoral dos professores, sob a intenção de sistematizar conteúdos na forma de uma
orientação de estudos.

©️ 2021 - Secretaria de Estado de Educação. Todos os direitos reservados.

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Sumário:

Introdução 6
Aula 1 – Texto Jornalístico 7
Aula 2 – Texto Literário 15
Aula 3 – Artigo de Opinião 19
Aula 4 – Coesão 24
Aula 5 - Discurso direto, indireto e indireto livre 26
Referencias 28
Bibliografia 29

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COMPONENTE CURRICULAR: Língua Portuguesa
ORIENTAÇÕES DE ESTUDOS para Língua Portuguesa
2º Bimestre de 2020 – 8 º ano do Ensino Fundamental

META:
A meta da disciplina é permitir que os estudantes leiam e produzam
textos de qualidade, além de desenvolver a oralidade.
Formar alunos capazes de usar adequadamente a língua materna, em
suas modalidades escrita e oral, e refletir criticamente sobre o que leem e
escrevem. Esses são os objetivos das aulas de Língua Portuguesa. Saber
argumentar, fazer relações entre os textos lidos e ter uma atitude crítica perante
as informações são habilidades fundamentais para os jovens.

OBJETIVOS:

Ao final destas Orientações de Estudos, você deverá ser capaz de:


Identificar e comparar as várias editorias de jornais impressos e digitais e
de sites noticiosos, de forma a refletir sobre os tipos de fato que são noticiados e
comentados, as escolhas sobre o que noticiar e o que não noticiar e o
destaque/enfoque dado e a fidedignidade da informação.

Justificar diferenças ou semelhanças no tratamento dado a uma mesma


informação vinculada em textos diferentes, consultando sites e serviços de

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checadores de informação.
Produzir artigos de opinião, tendo em vista o contexto de produção
dado, a defesa de um ponto de vista, utilizando argumentos e contra-argumentos
e articuladores de coesão que marquem relações de oposição, contraste,
exemplificação, ênfase.
Utilizar, ao produzir texto, recursos de coesão sequencial
(articuladores) e referencial (léxica e pronominal), construções passivas e
impessoais, discurso direto e indireto e outros recursos expressivos adequados
ao gênero textual

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INTRODUÇÃO

Dedicamos essa Orientação de Estudo para que os alunos compreendam a


importância de um Editorial, que é, basicamente, a posição de um jornal sobre um
assunto. Por isso a necessidade de se estudar artigo de opinião e evitar propagar
por aí as tão faladas “fake news”. Também é essencial conhecer alguns aspectos
de textos literários e não literários e seus usos. Empregar adequadamente as
coesões sequencial e referencial na construção do texto e em situações de
produção. Apropriar-se dos tipos de discurso e empregá-los adequadamente em
situações comunicativas diversas.

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Aula 1

Olá, alunos e alunas do 8 º ano! Sejam bem – vindos ao 2º bimestre!


Vamos continuar nossa jornada?

Editorial é um texto de cunho jornalístico e opinativo que serve para


apresentar o posicionamento crítico de determinado grupo (empresa, jornal ou
direção) sobre os principais assuntos do momento da publicação. Possui uma
linguagem formal e padronizada na norma culta, com argumentação impessoal. Sua
estrutura se compõe na apresentação do tema, discussão, fundamentação e
conclusão, sendo comumente indicada no topo ou canto da página com algum
indicativo como “carta ao leitor”.
Características e estrutura de um editorial
O editorial é um gênero textual de cunho jornalístico, opinativo e
argumentativo que apresenta a opinião ou o posicionamento crítico da empresa, do
jornal ou da direção a respeito dos temas mais patentes no momento da publicação.
Desse modo, é um texto que sintetiza, em certa medida, a leitura geral do momento
no qual o jornal será publicado, ao mesmo tempo em que apresenta o posicionamento
da equipe.
Por ser um texto profissional e direcionado a amplo público, o trato com a linguagem é
exigente e padronizado, buscando garantir, com isso, uma identidade do texto
jornalístico, bem como a impessoalidade e a acessibilidade à leitura, tendo em vista a
diversidade de tipos de leitores que podem se dedicar ao texto.
Nesse sentido, é essencial que se utilize a língua na norma culta, evitando,
contudo, palavras e expressões muito específicas ou arcaicas, pois podem dificultar a
inteligibilidade do texto. Ainda é comum uma estrutura sintática na voz passiva,
com verbos na terceira pessoa do presente do infinitivo. Além disso, por ser um texto
que representa um coletivo de pessoas, é escrito conjuntamente e não apresenta
assinatura individual. Comumente aparece nos jornais como “carta ao leitor”.

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O editorial se divide em três partes principais:
● introdução;
● desenvolvimento;
● conclusão.
Cada uma dessas partes cumpre uma função importante para garantir ao texto
sua unidade de sentido. Abaixo segue uma breve explicação do que deve conter em
cada uma das partes.
● Introdução: deve apresentar uma contextualização do tema, situando, assim, o
leitor dentro do cenário no qual se insere o ponto de vista apresentado. Por isso, ela
deve trabalhar com as informações mais conhecidas para dar um ponto de partida
para a seguinte discussão. Nesse sentido, também é comum que os editoriais
apresentem uma tese a respeito dos problemas ou questões levantadas.
● Desenvolvimento: aprofunda os tópicos indicados na introdução,
contextualizando o tema por meio de novas informações, apresentando suas teses
com fundamentação e embasamento, principalmente com o uso de dados concretos
e/ou reais.
● Conclusão: faz uma síntese do que foi dito anteriormente, apresentando, em
certa medida, um resumo geral do que se pretendeu afirmar com o texto. É também
comum uma reafirmação da tese apresentada, bem como a retomada de informações-
chaves, além de indicações de possíveis caminhos para o enfrentamento das
questões.
Tipos de editorial

Os editoriais apresentam-se no topo ou lateral da folha com algum indicativo, como

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“carta ao leitor”.
Os editoriais possuem uma estrutura bem semelhante, entretanto é
comum, em alguns jornais, que o editorial venha por setor, ou seja, para cada grande
área (economia, esporte, educação, segurança, etc.), há um editorial. Sendo assim,
apesar de não falarmos de tipos em termos de estrutura, é preciso observar as
variações temáticas.

Como fazer um editorial?


Antes de realizar a escrita, é importante reunir o grupo responsável pelo
editorial, a fim de se debater os assuntos do momento, indicar posicionamentos e
ideias, para que, após um primeiro consenso, o texto possa ser iniciado de fato na
escrita. A tarefa de escrita e revisão do texto pode ser dividida de diferentes modos, a
depender do jornal e da equipe envolvida.
Em relação à estrutura, é importante definir qual tese será defendida sobre
o momento, identificar as informações que já são conhecidas e desconhecidas ao
grande público, pesquisar informações e dados que contribuam na defesa do ponto de
vista, para organizar o material dentro da estrutura do editorial.
É pertinente que o texto se inicie com o que é mais conhecido ao leitor,
apontando para problemas que indicarão a sua tese. Em seguida, no
desenvolvimento, aproveitar para aprofundar o assunto, apresentar outras leituras,
colocar os argumentos, fundamentar as defesas, tudo em direção ao convencimento
do leitor. Na conclusão, propor um desfecho crítico ou propositivo para o assunto.

Abaixo veremos um modelo de editorial:

Protestos no Brasil e a Crise Econômica


Desde o ano passado nos deparamos com as diversas manifestações
que se espalham pelas capitais e cidades do país. Todas elas demostram a
insatisfação dos brasileiros com a política, economia e os problemas sociais no geral.
O que mais ouvimos no café, no supermercado, nas paragens de

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ônibus ou mesmo no trânsito são frases do tipo: “Aonde vamos parar”, “Isso é culpa
do PT”, “Estamos afundando”, “O preço das coisas aumentam e nosso salário nunca”.
Essas frases proferidas pelos mais diversos tipos de brasileiros nos
indicam que a insatisfação e a crise econômica cresce cada vez mais no país, e os
que têm possibilidades (mínima parcela) estão deixando o Brasil para terem vidas
melhores longe da nação verde e amarelo.
Mas será que essa é a solução? Vale ressaltar que muitos dos que
deixam o país têm conhecimentos superficiais sobre a política e a economia e, na
maioria das vezes, são os mais preconceituosos com os nortistas e nordestinos.
Sabemos que a chave para a solução dos problemas instaurados no país,
de ordem social, política e econômica tem somente uma alternativa: o investimento
em políticas públicas voltadas para o desenvolvimento educativo no país, sobretudo
da implementação de disciplinas que abordem as questões sobre diversidade,
pluralidade e gênero.
Mas isso é somente a ponta do iceberg. Ou seja, a solução não é deixar o
país, mas lutar para a melhoria do nosso Brasil, que se deparou com o iceberg e quer
mudar o curso. A frase “salve-se quem puder” deve ser mudada para “salvemos o
nosso país todos juntos”.
Equipe Folhetim de Minas

Referências:
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/o-editorial.htm
MATOS, Talliandre. "Editorial"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/o-editorial.htm. Acesso em 16 de janeiro de 2021.
https://www.todamateria.com.br/texto-editorial/
Para assistir:
https://brasilescola.uol.com.br/redacao/o-editorial.htm

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Atividades:
Leia o editorial a seguir:
O lado bom das coisas

O coronavírus está aí e todos sabem disso. Não existem muitas


alternativas, afinal a doença ainda não tem um tratamento ou cura. O mais indicado é
ficar em casa, em isolamento social. Por causa disso foram fechadas as escolas e
comércios que não são considerados essenciais para a população. A ideia é que,
quanto menos contato com outras pessoas, menos são as chances de contrair e
passar a doença.
Todos têm ciência das dificuldades que surgem em momentos como esses,
mas sempre existe o lado bom das coisas. Pelo menos é necessário repensar e tentar
encontrar pontos positivos em momentos como esse. Um deles é poder ficar em casa,
aproveitando com a família e fora da rotina incontrolável do trabalho. Agora todos têm
tempo para brincar, conversar e fazer coisas juntos dentro de casa.
Sabe aquele livro que está na prateleira a meses esperando ser lido? Esse é
o momento de devorá-lo. Lembra daquela lista de séries e filmes que estão esperando
na Netflix para serem vistos? Porque não colocar tudo em dia agora, com bastante
pipoca e refrigerante. Colocar os prazeres que muitas vezes ficam em segundo ou
terceiro plano em dia é o melhor que se pode fazer.
Isso sem falar de resgatar aquele velho jogo de tabuleiro e fazer uma
jogatina com sua família ou ainda lembrar de histórias de quando eram mais jovens e
passá-las para as próximas gerações – quem não gosta de ouvir causos de seus pais
e se surpreender com eles? Esse é o momento de apreciar as coisas boas que o
isolamento social e a quarentena podem ofertar.
Também pode ser o momento de organizar a casa, arrumar a prateleira de
livros e finalmente pendurar aquele quadro que espera há meses no chão da
dispensa. Por que não rever fotos antigas e matar a saudade daqueles momentos e
pessoas que já não estão mais entre nós? Com certeza isso fará com que você
aproveite ainda mais as pessoas que estão do seu lado.

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Infelizmente esse não é o momento de fazer grandes encontros, comemorar
aniversários e trabalhar. Estamos em um momento de reclusão necessária para que,
em poucas semanas, podermos voltar a nossa rotina. Isso vai fazer com que a
saudade aumente ainda mais e os próximos encontros sejam mais proveitosos. Sem
falar que, se você terá que ficar em casa, por que não aproveitar o lado bom das
coisas?
http://www.jornalasemana.net/outros/editorial/o_lado_bom_das_coisas/1526 Acesso
em 15/01/2021.

1) Qual a finalidade do texto em estudo?

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

2) Qual o fato que gerou o editorial?

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

3) Os editoriais são gêneros textuais que fazem parte de que grupo de textos?
A) ( ) Jurídicos
B) ( ) Religiosos
C) ( ) Publicitários
D) ( ) Jornalísticos

4)No editorial em estudo, o autor do texto faz uso de argumentos e informações que
colaboram para construir sua ideia. Indique quais são os argumentos apresentados no
texto:

_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

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5) Sabe-se que os textos dissertativo-argumentativos são construídos a partir de
argumentos e de informações que comprovem esses argumentos. Então, ao analisar
as frases seguintes retiradas do texto I, informe se elas correspondem à informação (I)
ou à opinião (O).

A) Agora todos têm tempo para brincar, conversar e fazer coisas juntos dentro de
casa. ( )
B) […] foram fechadas as escolas e comércios que não são considerados essenciais
para a população. ( )
C) […] a doença ainda não tem um tratamento ou cura. ( )
D) Pelo menos é necessário repensar e tentar encontrar pontos positivos em
momentos como esse. ( )
E) O mais indicado é ficar em casa, em isolamento social. ( )
F) Esse é o momento de apreciar as coisas boas que o isolamento social e a
quarentena podem ofertar. ( )

6) No trecho: “… fazer uma jogatina com sua família ou ainda lembrar de histórias de
quando eram mais jovens e passá-las para as próximas gerações…” A palavra grifada
introduz uma
A) ( ) oposição.
B) ( ) adição.
C) ( ) alternância.
D) ( ) conclusão.

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7) No período “Isso sem falar de resgatar aquele velho jogo de tabuleiro e fazer uma
jogatina com sua família ou ainda lembrar de histórias de quando eram mais jovens e
passá-las para as próximas gerações…”, o termo em destaque pode ser substituído
por qual outro de mesmo sentido?

A) ( ) Libertar
B) ( ) Recuperar
C) ( ) Escravizar
D) ( ) Redimir

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Aula 2
Partindo do conceito de texto como sendo um conjunto de palavras que
formam um sentido relacionado a um contexto, podemos dividir os textos em dois
grandes grupos: os textos literários e os textos não literários.
Por que fazemos essa distinção? Para estudar os tipos de textos existentes
em nossa sociedade, é importante compreender como podemos usá-los a fim de
tornar nossa comunicação mais clara e aproveitarmos melhor a variedade de textos
que temos a nosso dispor.
Para isso, foi feita a distribuição dos textos por esses dois grupos. Isso
equivale a dizer que a maioria dos textos que existem podem ser colocados em um
desses grupos.
Os textos literários são aqueles que possuem função estética, destinam-se ao
entretenimento, ao belo, à arte, à ficção. Já os não literários são os textos com função
utilitária, pois servem para informar, convencer, explicar, ordenar.
Observe os exemplos a seguir.
Textos literários e textos não literários
(Texto 1) Descuidar do lixo é sujeira
Diariamente, duas horas antes da chegada do caminhão da prefeitura, a gerência de
uma das filiais do McDonald’s deposita na calçada dezenas de sacos plásticos
recheados de papelão, isopor, restos de sanduíches. Isso acaba propiciando um
lamentável banquete de mendigos. Dezenas deles vão ali revirar o material e acabam
deixando os restos espalhados pelo calçadão. (Veja São Paulo, 23-29/12/92)

O primeiro texto – "Descuidar do lixo é sujeira" – se propõe a dar uma informação


sobre o lixo despejado nas calçadas, bem como o que acontece com ele antes de o
caminhão do lixo passar para recolhê-lo. É um texto informativo e, portanto, não
literário.
O texto não literário apresenta linguagem objetiva, clara, concisa, e pretende
informar o leitor de determinado assunto. Para isso, quanto mais simples for o
vocabulário e mais objetiva for a informação, mais fácil se dará a compreensão do

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conteúdo: foco do texto não literário.
São exemplos de textos não literários: as notícias, os artigos jornalísticos, os
textos didáticos, os verbetes de dicionários e enciclopédias, as propagandas
publicitárias, os textos científicos, as receitas culinárias, os manuais, etc.

(Texto 2)
O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.

(Manuel Bandeira. Em Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro: J.Olympio/MEC, 1971, p.145)

O segundo texto – “O bicho” – é um poema. Sabemos disso principalmente por


sua forma. O poema é construído em versos e estrofes e apresenta uma linguagem
carregada de significados, ao que chamamos de plurissignificação. Cada palavra pode
apresentar um sentido diferente daquele que lhe é comum.
No texto literário, a expressividade é o mais importante. O conteúdo, nesse
caso, fica em segundo plano. O vocabulário bem selecionado transmite sensibilidade
ao leitor. O texto é rico de simbologia e de beleza artística.
Podemos citar como exemplos de textos literários o conto, o poema, o
romance, peças de teatro, novelas e crônicas.
Resumindo:
Os dois textos apresentam temática semelhante: pessoas que reviram o lixo em
busca de comida. No entanto, o primeiro texto procura ressaltar o transtorno que

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causam os mendigos por deixarem o lixo esparramado pelo chão. A notícia procura
denunciar dois fatos: o restaurante que deixa seu lixo na calçada com antecedência
de duas horas, e a sujeira espalhada nas calçadas pelos mendigos que reviram o lixo.
A única palavra nesse texto que pode denotar algum tipo de sentimentalismo do
autor é “lamentável”. No entanto, ela perde sua carga significativa ao acompanhar a
palavra “banquete”, revelando que o autor da notícia, na verdade, não está
preocupado com as pessoas que se alimentam do lixo, mas com a sujeira causada
pelo tal banquete.
O título do texto também nos faz pensar: “Descuidar do lixo é sujeira”. Sujeira,
no sentido de os mendigos deixarem tudo espalhado pela calçada, dificultando a
limpeza das ruas; sujeira, no sentido de não ser uma atitude correta a falta de
preocupação com o tempo que o lixo ficará na rua à espera do caminhão que irá
recolhê-lo. De qualquer forma, o autor só demonstra preocupação com o lixo e a
sujeira e não com a fome dos mendigos.
Já o segundo texto apresenta preocupação com a forma: é um poema. A
escolha das palavras e o suspense que causa no leitor levam a uma progressão de
sentido que culmina com a revelação de que o bicho é um homem. O poema retrata a
condição degradante a que um homem pode chegar quando atinge o ápice da miséria.
O poeta mostra sua indignação com o fato de um homem se assemelhar a um
bicho por buscar comida no lixo. Compara-o aos animais que têm por hábito revirar
latas de lixo: cachorro, gato e rato. No último verso, declara sua inconformidade com o
vocativo “meu Deus”, demonstrando sua emoção com a revelação de que o bicho era
um homem, ou seja, o poeta não admite que um homem possa se comportar como
um bicho.
Ao lermos o poema, a carga emotiva das palavras escolhidas pelo poeta é
transmitida para nós. Aí está a diferença fundamental entre um texto literário e um
texto não literário: a expressividade.
Referência:
http://educacao.globo.com/portugues/assunto/estudo-do-texto/texto-literario-e-nao-literario

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Atividade:
SOBRE A ORIGEM DA POESIA
A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem.
Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser
poesia. Ou:qual a origem do discurso não poético, já que , restituindo laços mais íntimos
entre os signos e as coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito
primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas,
nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios ou telefonemas [...]
No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermedeiam nossa relação
com as coisas, impedindo nosso contato direto com elas. A linguagem poética inverte
essa relação, pois, vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso
sensível mais direto entre nós e o mundo [...]
Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se
desapegaram das coisas, assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como
a criação se dasapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis – os poemas –
contaminando o deserto de referencialidade.
ARNALDO ANTUNES
No último parágrafo, o autor se refere à plenitude da linguagem poética, fazendo,
em seguida, uma descrição que corresponde à linguagem não poética, ou seja, à
linguagem referencial.

Pela descrição apresentada, a linguagem referencial teria, em sua origem, o


seguinte traço fundamental:
a) O desgaste da intuição
b) A dissolução da memória
c) A fragmentação da experiência
d) O enfraquecimento da percepção

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Aula 3
É um texto onde a opinião do autor é expressa.
O artigo de opinião é um texto onde o autor expõe
seu posicionamento sobre um determinado tema de interesse público. É um texto
dissertativo que traz argumentos sobre o assunto abordado. O escritor, além de
mostrar o seu ponto de vista, deve sustentá-lo com argumentos coerentes.

As ideias defendidas em um artigo de opinião são de responsabilidade do autor, e por


isso, o mesmo deve ter cuidado com a autenticidade dos elementos apresentados,
além de assinar o texto no final. Os artigos de opinião são encontrados em jornais,
revistas, TVs, rádios.

Artigo de opinião estrutura


Grande parte dos artigos de opinião segue uma estrutura básica que é dividida em
introdução, desenvolvimento e conclusão.

Introdução – A introdução vem logo no primeiro parágrafo do texto, é onde o autor faz
a apresentação do tema que será visto no corpo do texto.

Desenvolvimento – No desenvolvimento é onde o autor expõe suas ideias para tentar


convencer o leitor a concordar com os argumentos que estão sendo apresentados.

Conclusão – Na conclusão deve ser apresentada uma ideia para solucionar o


problema que foi proposto.

Principais características de um artigo de opinião


Os artigos de opinião têm como principais características:
• O uso da argumentação e persuasão;
• Os textos escritos na primeira e terceira pessoa;
• Normalmente os textos são assinados pelo autor;

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• São textos veiculados nos meios de comunicação: rádio, TV, revista;
• Possuem uma linguagem simples, objetiva e subjetiva;
• A maioria dos seus temas é da atualidade;
• Possuem títulos polêmicos e provocativos;
• O verbo aparece no presente e no imperativo

Como escrever um bom artigo de opinião?

Antes de começar a escrever um artigo de opinião, é recomendável que o


autor leia vários pontos de vista sobre o assunto que será escrito e anote os
argumentos que embasem sua opinião. Esses argumentos poderão ser úteis no
desenvolvimento do seu ponto de vista. Saber para quem se escreve é um fator
importante para a composição de um bom texto, assim você poderá utilizar
a linguagem adequada ao gênero e perfil do leitor. Após anotar os principais
argumentos, escolha alguns para fundamentar sua ideia principal e desenvolvê-la.

O enunciado do artigo de opinião deve expressar a opinião e a ideia


principal que será defendida no texto. O título deve ser convidativo para que o leitor
continue a leitura. Na finalização do texto de opinião retome o que foi exposto e
confirme a ideia principal, se possível trazendo a citação de algum escritor ou alguma
pessoa importante da área que esteja relacionada ao assunto abordado.

Ao terminar seu artigo de opinião releia atentamente, prestando atenção em


seu posicionamento: se ele foi desenvolvido de forma clara e se está bem embasado.
Verifique se a linguagem está adequada ao gênero, se o texto tem um título
convidativo e se você argumentou o suficiente.
Como argumentar?

Para ter bons argumentos em um artigo de opinião, o autor pode fazer


relações entre causa e consequência; comparação entre épocas e lugares; retorno por

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meio da narração de um fato; se antecipar a uma possível crítica do leitor, de forma
que já apresente os contra-argumentos; produção de afirmações de efeito e
estabelecimento de diálogo com o leitor.

Veja um trecho de artigo de opinião sobre violência escrito por Macaé Evaristo

“A escola pública é uma política de promoção da cidadania de caráter


universal, inclusivo. Isso implica uma educação provedora, acolhedora e, sobretudo,
transformadora para que o exercício pleno dos deveres e direitos seja de fato uma
conquista de todos.
Segundo a edição de 2016 do Mapa de Violência, jovens, no intervalo de 15 a 29 anos
de idade, representaram quase 60% das vítimas de homicídios por arma de fogo no
Brasil no período de 2003 a 2014, embora essa faixa etária representasse não mais
do que 27% da população total. Também de acordo com o Mapa da Violência, a
incidência de homicídios entre pretos e pardos é quase o triplo da verificada na
população branca.
Os jovens negros também são os principais alvos da atividade policial e do
encarceramento no Brasil. Estudo do governo federal e do Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), com base em dados de 2012, revelou que
55% dos presos no país tinham menos de 29 anos de idade e que se encarcerava 1,5
vezes mais negros do que brancos...”
Referência:
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/artigo-de-opiniao
Assista ao vídeo!
https://youtu.be/ezArYD9JT44
Atividades:

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Observe o texto a seguir:

Disponível em: https://academiadojornalista.com.br/producao-de-texto-


jornalistico/como-identificar-fake-news / Acesso em 18 de maio de 2020.

1)O que você entende por artigo de opinião?


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
2)O artigo de opinião é um texto:
( ) poético b- ( ) dissertativo c- ( ) narrativo

3)Onde normalmente são encontrados os artigos de opinião?


( ) em livros literários b- ( ) em folhetins de propagandas
c- ( ) em jornais, revistas, TVs, rádios e blogs.

4)Em linhas gerais, qual o objetivo principal do artigo de opinião?


_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________

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5)Marque (V) para as afirmações verdadeiras ou (F) para as falsas:
a)( ) Os temas encontrados nos artigos de opinião costumam ser polêmicos e de
relevância social.
b)( ) O artigo de opinião deve ser assinado por seu autor, assumindo toda
responsabilidade do que escreveu.
c)( ) É um gênero textual que pertence à esfera artístico-literária.
d)( ) O escritor não precisa se preocupar com a verdade em seu artigo de opinião.

6)Explique o que você entendeu sobre a estrutura do artigo de opinião:


a)Introdução: ________________________________________________________
_____________________________________________________________________

b)Desenvolvimento: ___________________________________________________
_____________________________________________________________________

c)Conclusão:__________________________________________________________
_____________________________________________________________________

7)Marque apenas a alternativa que não faz parte das características principais do
artigo de opinião:
a)( ) O verbo aparece no presente e no imperativo.
b)( ) Normalmente os textos são assinados pelo autor.
c)( ) Possui uma linguagem de difícil compreensão.
d)( ) A maioria dos temas é da atualidade.

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Aula 4

A coesão sequencial pode ser conteúdo importante para a produção de


textos e para as questões objetivas. Quando tratamos desse tipo de coesão levamos
em consideração, principalmente, o uso dos conectivos. Os conectivos, além de
estabelecerem relação de sentido entre as orações, são elementos coesivos entre
períodos e parágrafos.
A ideia de sequência está relacionada à progressão do texto, por isso sua importância
para a construção coerente dos períodos e parágrafos. A ideia atrelada ao conectivo é
também importante para que a progressão se confirme.
Vejamos um exemplo:
Quero encontrar João e pedir um favor. Mas não sei se ele vai aceitar, ainda
que seja muito meu amigo. Se ele aceitar, ganhará minha confiança para sempre.
O primeiro conectivo (E), apresenta uma ideia de adição à sequência
apresentada. O conectivo MAS insere ideia de adversidade ao texto; o SE é uma
conjunção integrante e sua continuidade insere um complemento para o verbo “saber”.
O uso do AINDA QUE apresenta sentido de concessão ao período; o SE, logo na
sequência, introduz ideia de condição.
Nesse pequeno trecho, podemos perceber a importância desses conectivos
para a coesão sequencial do trecho. A ausência desses marcadores discursivos pode
prejudicar a coerência e dificultar a compreensão adequada da ideia pretendida.
Assim, fica evidente que, para a construção de textos dissertativos ou para
questões de compreensão e interpretação, conhecer e dominar o uso desses
elementos será um diferencial.
A coesão referencial está relacionada, assim como a sequencial, aos textos
dissertativos e às questões objetivas. O nome dessa coesão já é um indicador do tipo
de relação que ela estabelece. Para a coesão referencial, existirão diversas classes
de palavras que podem ser utilizadas.
Devemos partir do entendimento de que os textos devem evitar repetições,
para isso, será preciso fazer uso de elementos que promovam o sucesso dessa

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intenção. O uso mais comum desses elementos se dá com o pronome, uma vez que
essa classe de palavras, em sua função morfológica, pode acompanhar ou substituir
um nome.
É mais comum que a coesão se realize com o uso de pronomes, no entanto
também é muito frequente o uso de sinônimos ou outras construções para estabelecer
a coesão referencial. Vejamos mais um exemplo.
Maria olhava as flores na calçada. Seus cabelos esvoaçaram e fizeram-na
perder as margaridas de vista. Ela desejava o ramalhete, era uma menina
determinada.
Nesse trecho temos os referentes “Maria” e “margaridas”. O primeiro aparece
inicialmente, o segundo tem um elemento catafórico que o antecede. AS FLORES é o
elemento catafórico de MARGARIDAS; SEUS tem como referente MARIA; NA
também tem como referente MARIA; ELA é outro elemento anafórico de MARIA; O
RAMALHETE se refere às margaridas; MENINA tem como referente Maria.

Saiba mais!
https://www.youtube.com/watch?v=FYjTTHVuRJA&ab_channel=BrasilEscola
https://www.youtube.com/watch?v=tF2TtVYeRYo&list=LLNoEHogGQAnDSF4-
rUHkbCg&index=828&ab_channel=BrasilEscola

Atividade:
Leia o trecho da obra "Dom Casmurro" de Machado de Assis, e indique os
marcadores verbais que auxiliam na coesão sequencial da narrativa:

"Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um rapaz
aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou-se ao pé de mim, falou
da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos."
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Aula 5 - Discurso direto, indireto e indireto livre
Para entender o que é discurso direto, indireto e indireto livre, é preciso saber
que são formas textuais usadas para reproduzir falas e pensamentos de
interlocutores.

Observe as falas abaixo:


1) O juiz perguntou:
– Algo a declarar?
2) O juiz perguntou se havia algo a declarar.
3) Então, o juiz conduzia a sessão e tentava o mais rápido que podia fazer a
conciliação. Logo hoje que tenho uma agenda cheia! Ele não sabia se conseguiria
resolver aquela situação. Tomara que eu consiga!

É possível perceber que há diferenças na organização dos discursos acima, não é


mesmo? No primeiro caso, percebe-se uma referência direta à fala do interlocutor ou
do personagem, ou seja, tenta-se reproduzir fielmente como a fala é expressa. Já no
segundo, percebe-se que essa referência ganha um aspecto indireto, ou seja, não há
uma descrição exata do que foi dito. E, finalmente, no terceiro caso, vemos que há a
presença dos dois modelos linguísticos, direto e indireto, em que há, ao mesmo
tempo, uma descrição fiel da fala do interlocutor, bem como uma referência indireta a
ela dentro do mesmo discurso. Essas três formas de referir-se às palavras ou
pensamentos de interlocutores são chamadas de discurso direto, discurso
indireto e discurso indireto livre, e cada uma delas possui características específicas
que vamos analisar agora.

● Discurso direto
É aquele no qual reproduzimos fielmente nossas palavras e as do nosso interlocutor
em um diálogo. Durante a construção desse tipo de discursos, é comum o uso
de verbos declarativos, que podem ser: disse, respondeu, afirmou, ponderou, sugeriu,
perguntou, indagou, etc.

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Exemplo:
– Por que chegou tão tarde? Perguntou-lhe nervosa com as mãos na cintura e os pés
batendo no chão.
– Estive em reunião com a diretoria. Redarguiu, tentando disfarçar o hálito alcoólico.
– Foi uma reunião regada a álcool? Replicou ironicamente a esposa.

● Discurso indireto
É aquele no qual a fala do interlocutor é incorporada à fala do narrador. É também
comum o uso de verbos declarativos, que iniciam o discurso, e as falas, em geral,
aparecem como orações subordinadas substantivas.
Exemplo:
Perguntou-lhe porque chegara tão tarde.
Redarguiu que estivera em reunião com a diretoria.
Perguntou ironicamente se fora a uma reunião regada a álcool.
Atenção! Observe a mudança do tempo verbal na transformação do discurso direto
para o indireto, do pretérito perfeito para o pretérito mais-que-perfeito.

● Discurso indireto livre


É a junção do discurso direto e do discurso indireto, ou seja, há uma proximidade
entre o narrador e o personagem sem que haja uma separação das falas de ambos.
Assim, há o emprego do discurso direto e discurso indireto no mesmo enunciado,
conservando as interrogações e exclamações da forma original.
Exemplo:
A esposa nervosa com as mãos na cintura e os pés batendo no chão aguardava-o em
casa. Por que chegou tarde? Apressou-se em respondê-la, disfarçando o hálito
alcoólico, dizendo que estivera em reunião com diretoria. Contudo, ela, percebendo
sua intenção, replicou-lhe ironicamente se houvera sido uma reunião regada a álcool.
O discurso indireto livre tem sido amplamente utilizado na literatura moderna.

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Referência: https://brasilescola.uol.com.br/o-
que-e/portugues/o-que-e-discurso-direto-
indireto-indireto-livre.htm

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em todas as aulas há referências a


vídeos e textos. Não deixe de assistir aos vídeos e ler mais sobre o assunto de que
você gostou mais ou que não tenha entendido muito bem.
Vamos juntos!

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INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES. Irandé. Análise de Textos – Fundamentos e práticas. São Paulo: Parábola,
2010.
BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Paábola
Editorial, 2012.
BECHARA. Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. Rio de Janeiro: Lucerna, 2018.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:
língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.
CUNHA, Celso, CINTRA, Lindley. Nova Gramática da língua portuguesa. Rio de
Janeiro: Lexicon, 2016.
KOCH, Ingedore G.V. A coerência textual. São Paulo: Contexto, 1991.
OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber – a
teoria na prática. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.
ROJO, Roxane, org. A prática de linguagem em sala de aula: praticando os PCNs. São
Paulo:Educ; Campinas: Mercado de Letras, 2000.
TRAVAGLIA, Luis Carlos. Gramática e interação – uma proposta para o ensino de
gramática no 1º e 2º graus. São Paulo: Cortez Editora, 1996.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA NA “WEB”


http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-
praticas/ensino-fundamental-anos-finais/

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