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Epistemológicos do
Ensino Religioso
Professora Me. Bianca Martins Silva
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Prezado (a) aluno (a), meu convite a você é que possamos aprender juntos sobre a arte
da fé e do ensino religioso. Destacamos que aqui buscaremos nos desenvolver enquanto
indivíduos que promovem um conhecimento e propagação saudável dos temas
concernentes à religião. Na unidade I começaremos a nossa jornada pelo professor de
Ensino Religioso, a importânica da religião na nossa sociedade e como ela rege os nossos
costumes desde séculos passados até então.
Esta noção é necessária para que possamos trabalhar a segunda unidade do livro,
que versará sobre A Importância da História da Religião para a Formação Humana.
Assim, trataremos os valores morais e religiosos como determinante para a formação da
sociedade; A Moralidade e o cristianismo; Religião, liberdade e estado laico e A constituição
brasileira, a fim de destacar definições teóricas acerca da religião, educação e ciências da
religião.
Já na unidade III, vamos ampliar nossos conhecimentos sobre Educação no Século XXI,
visando compreender como deve ser a relação entre a escola e a religião no que tange
ao Ensino Religioso, além da importância do ensino de religiões diversas e respeito a
todas elas.
Depois, na unidades IV vamos abordar sobre algumas linhas pedagógicas que guiam nosso
estudo e atuação enquanto professores.
UNIDADE I....................................................................................................... 3
O Professor de Ensino Religioso
UNIDADE II.................................................................................................... 20
A Importância da História da Religião para a Formação Humana
UNIDADE III................................................................................................... 35
Educação no Século XXI
UNIDADE IV................................................................................................... 49
O Professor de Ensino Religioso
UNIDADE I
O Professor de Ensino Religioso
Professora Me. Bianca Martins da Silva
Plano de Estudo:
● O homem em sociedade;
● A religião;
● Religião como ação social;
● A relevância da religião.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar o homem em sociedade;
● Compreender a dinâmica religiosa na sociedade;
● Estabelecer a importância da religião e ação social.
3
INTRODUÇÃO
● Se existe uma substância que gera todas as outras, há uma causa material, e
essa causa é Deus.
● Existe um motor imóvel, ou seja, se tudo que existe é resultado das causas em
infinitas relações, essas causas devem ter uma origem, que é Deus.
● Há seres necessários e há aqueles que podem vir a ser; Deus é um ser
necessário e, sem ele, nada existe.
● Existem graus de perfeição nas criaturas, que são provenientes do nosso
Criador. Aqueles que mais se aproximam do sagrado são mais perfeitos, sendo
eles: anjos, sacerdotes, seres humanos, animais, etc. Até que se chegue na
perfeição, isto é, Deus.
● Se no mundo há uma ordem racional, uma lógica entre causa e efeito, essa
ordem é Deus.
REFLITA
Então, podemos concluir que, a nossa cultura possui uma influência da religião
muito acentuada nos vários aspectos da nossa sociedade. Com isso, mesmo
que busquemos nos desvencilhar de vários aspectos religiosos, a moralidade
defende pressupostos que encontramos também no cristianismo. Portanto, para
entender como a religião se relaciona com o homem, precisa observar sua própria
cultura, e no nosso caso, o cristianismo faz parte de toda essa gama como nos foi
explicada acima.
Compreendermos a ação social como uma prática religiosa, não é algo novo.
Especialmente no século XVI com a Reforma Protestante é que encontramos esse braço
da religião que é a ação social. Como vimos anteriormente, nossa cultura é permeada
pela religião cristã, e por conta disso, a Bíblia é considerada por muitos como um
manual de fé e prática. Sendo assim, a moralidade acaba estando pautada em
contextos bíblicos e religiosos, ainda que não seja declaradamente afirmado, pois como
estudamos acima, a nossa cultura foi formada por fundamentos cristãos.
Desta forma, a ação social não constitui uma prática que pode ser cumprida ou não
a depender da vontade do indivíduo. Na religião, a ação social é um fator
indispensável, pois ela chega a atestar o caráter moral e religioso do indivíduo. Com João
Calvino (2008), observamos a manifestação dessas ações no âmbito político. Sua
crítica ao sistema religioso questionava a dicotomia entre a teoria e prática, isto é, a
Igreja pregava e manifestava a importância de uma vida pia, das boas obras, da
caridade etc; porém na prática, a própria Igreja disseminava essa distinção entre
as pessoas preferindo e privilegiando a classe nobre em detrimento dos pobres. O
acúmulo de riquezas pela Igreja tomou uma proporção tão exagerada que culminou na
venda das indulgências.
SAIBA MAIS
“Assim, as culturas desses novos territórios passam a ser vistas como primitivas ou
exóticas e, com isso, ocorre a comparação entre as culturas — o modo de conquista se
torna a imposição cultural e religiosa a esses povos. Do ponto de vista histórico e
filosófico, as práticas já iniciadas ao fim da Idade Média e pelo movimento protestante
se tornam um instrumento indispensável de trabalho: a tradução, a filologia, o
detalhamento de tudo que pudesse contribuir à história e à reflexão sobre a religião.”
Neste ínterim, entra em cena Martinho Lutero, manifestando sua crítica no âmbito
teológico. Os apontamentos feitos por ele visam expor a incongruência que a Igreja
apresentava entre sua teoria e prática. Enquanto estava em seu mestrado, o monge
agostiniano estudava o Antigo Testamento quando ao ler o livro de Romanos se depara
com o verso em que afirma que “o justo viverá da fé”. Apesar de questionar sobre a venda
das indulgências, sua crítica exposta nas 95 teses publicada e anexada na porta da
igreja em Wittenberg, abordavam outros dogmas adotados pela Igreja na época que,
segundo o filósofo, eram contra o que estava escrito nas Sagradas Escrituras. (NICHOLS,
2018)
As críticas à religião levantadas neste período de reforma causaram uma revolução
social. Indiretamente, elas promoveram uma inclusão social já que a época privilegiava
a nobreza em detrimento das demais classes sociais, conforme aborda Nichols (2018),
ao relatar que a tradução da Bíblia feita por Lutero e denominada como a Vulgata, que
não apenas traduzia as Escrituras mas expunha seu conteúdo em uma linguagem vulgar,
isto é, que todos poderiam entender.
REFLITA
Todavia, quando analisamos cada uma dessas situações nos fica claro o quanto
uma religião tem papel e relevância em uma sociedade. Quando abordamos
“sociedade”, isso nos permite pensar em um grupo de pessoas. Quando pensamos no
coletivo, precisamos observar aquilo que é importante para todos, ou seja, os pontos em
comuns que atingem um determinado grupo de pessoas. Em uma religião, cada pessoa
com seus gostos e jeitos singulares focam naquilo que elas têm em comum. Assim, cria-
-se uma massa capaz de lutar e produzir algum resultado em sua cultura. Isso quer
dizer que a religião exerce um papel político que muitas vezes nós não nos atentamos de
maneira consciente.
Considerando toda a bagagem histórica e religiosa que trazemos do cristianismo
por exemplo, vemos a revolução que esta religião causou na sociedade contemporânea.
Segundo Alves (1984), a partir do momento em que se tem uma religião em que a todos os
indivíduos é propiciada a oportunidade da redenção, nesse caso a “salvação”, é também
atribuído o fator de igualdade a todos os indivíduos, que são todos pecadores. Desta
forma, somos chamados a transmitir esses atributos da religião e aplicarmos eles à nossa
sociedade.
Ainda de acordo com o mesmo autor, o profissional de ensino religioso precisa
entender e expor aos seus estudantes o fator democrático da religião. A tarefa do
educador implica em se aperfeiçoar nas ferramentas de ensino e neste caso, das religiões
vigentes na sociedade em que está inserido.
UNIDADE I O Professor de Ensino Religioso 15
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Versioni di Sossio Giametta e Mazzino Montinari. Milano, Adelphi Edizioni S.P.A, 1965.
critical edition of the complete works of Nietzsche edited by Giorgio Colli and Mazzino Montinari.
Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras: 2000.
NIETZSCHE, F. W. A Gaia Ciência. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.
NIETZSCHE, F. W. Ecce Homo: como alguém se torna o que é? Trad. Paulo César de Souza.
NIETZSCHE, F. W. Al di là del bene e del male Nota introdutiva di Giorgio Colli e versione
di Ferruccio Masini. Prima edizione digitale. Milano, Adelphi Edizioni S.P.A, 2015.
LIVRO
Título: O nome da Rosa
Autor: Umberto Eco.
Editora: Record.
Sinopse: “Durante a última semana de novembro de 1327, em um
mosteiro franciscano italiano, paira a suspeita de que os monges
estejam cometendo heresias. O frei Guilherme de Baskerville é,
então, enviado para investigar o caso, mas tem sua missão
interrompida por excêntricos assassinatos. A morte, em
circunstâncias insólitas, de sete monges em sete dias, conduz
uma narrativa violenta, que atrai pelo humor, pela crueldade
e pela sedução erótica. Não apenas uma história de
investigação criminal, O nome da rosa, sucesso mundial desde
sua publicação original, em 1980, é também uma extraordinária
crônica sobre a Idade Média. Essa edição de luxo, revisada
pela consagrada tradutora Ivone Benedetti, contém uma
atualização da biografia de Umberto Eco, uma nota de revisão e
um glossário com a tradução dos termos em latim utilizados pelo
autor.”
FILME/VÍDEO
Título: O nome da Rosa
Ano: 1986.
Sinopse: Um monge franciscano investiga uma série de
assassinatos em um remoto mosteiro italiano. Isso provoca
uma guerra ideológica entre os franciscanos e os dominicanos,
enquanto o monge lentamente soluciona os misteriosos
assassinatos.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=V_ei9HJac9M
Plano de Estudo:
● Os valores morais e religiosos como determinante para a formação da sociedade;
● A Moralidade e o cristianismo;
● Religião, liberdade e estado laico;
● A constituição brasileira.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar a importância da religião na formação humana;
● Compreender os tipos de religiões presentes em nossa cultura;
● Estabelecer a importância da religião para a formação humana.
20
INTRODUÇÃO
UNIDADE III A
O Importância
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1. OS VALORES MORAIS E RELIGIOSOS COMO DETERMINANTES PARA
A FORMAÇÃO DA SOCIEDADE
UNIDADE III A
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O que queremos explicar aqui, é que a família irá contribuir com a maneira que a
sociedade se manifesta e estipula os limites, isto é, os valores, o estabelecimento no
senso comum do que é certo e do que é errado, do que é bom e do que é ruim, etc. Isso
nos leva a outro ponto histórico que precisa ser pontuado porque é sabido que a religião
cristã faz parte da construção da nossa sociedade brasileira.
Nos primórdios da colonização brasileira, há a proposta de catequização dos
povos aqui existentes, além disso, vale ressaltar que a proeminência dos países que nos
colonizaram, os espanhóis e portugueses, eram instituições católicas. Estes pontos
embasam a concepção da sociedade brasileira desde os séculos passado até aqui no
século XXI (DAURIGNAC, 2020). Embora existam outras religiões no Brasil, a própria
legislação brasileira possui influência da religião cristã.
UNIDADE III A
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2. A MORALIDADE E O CRISTIANISMO
Existe uma ideia social que afirma que moralidade é uma coisa e o cristianismo é
outra. Porém, ao estudarmos a origem da moralidade observamos que a grande maioria
dos teóricos dessa linha de pensamento possuíam uma coisa em comum: a mesma
religião. Ainda que a gente afirme que a sociedade na qual fazemos parte compõe um
Estado laico, fora da constituição vemos que muitos dos aspectos morais são também
religiosos.
Por exemplo, muitas pessoas na sociedade afirmam que é necessário preservar
os valores da família. Mas o que seriam estes “valores da família”? Os valores familiares
tendem a preencher alguns pré-requisitos como a formação de uma família
heteronormativa, em que a mãe é a responsável pelas funções do lar, enquanto o pai é o
responsável por prover financeiramente esse esquema. Não vamos aqui postular que
toda familia por ser heteronormativa iria se enquadrar em todos estes pontos. Porém, essa
composição familiar é um traço claramente herdado da religião.
Ao estudarmos a moralidade e sua origem encontramos o trabalho do filósofo
Friedrich Nietzsche (1844 - 1900) intitulado a Genealogia da moral. Ele realiza um ensaio
sobre como e o porquê intitulamos práticas aceitáveis e outras inaceitáveis. Vale
ressaltar que para ele o homem é por natureza cruel e deseja constantemente externalizar
sua crueldade.
UNIDADE III A
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Ao analisar o início da trajetória humana, os indivíduos eram capazes de
exercerem suas vontades sem se preocuparem com olhares de julgamentos e
repreensões, pois praticavam aquilo que lhes davam vontade.
O pensamento deste filósofo a partir dessa obra citada acima, o coloca como o
filósofo da moralidade, criticando aspectos morais que vão desde Sócrates e de
ideologias judaico-cristãs. É possível observar inicialmente no prefácio do livro os
questionamentos do filósofo sobre qual seria nossa ideia acerca do “bem” e do “mal”, e
porque consideramos que o “bem” possui um valor superior ao do “mal”? Vale ressaltar
que a crítica de Nietzsche (1887) sobre estes aspectos não partem de uma premissa
transcendente, e nem de um ‘Deus que veio revelar ao homem’, princípios de como agir.
Sua crítica à moralidade tange a oposição à ética cosmológica dos gregos como a ética
dos medievais e ética racionalista dos modernos. O questionamento do filósofo visa
investigar como surgiram estes conceitos na sociedade (NIETZSCHE, 1998).
É na segunda dissertação que o filósofo expõe como a transvaloração do bem fez
com que os pobres fossem vistos como os bons, ou seja, por conta da “rebeldia” acerca
da opressão sofrida pelos senhores. Essa transvaloração dos valores levou a sociedade a
formular uma psicologia da consciência da moral, pois há a manifestação da má
consciência e da culpa. A antiga e remota história da humanidade demonstra o quanto a
crueldade faz parte da natureza humana. No tempo em que a humanidade não se
envergonha da sua real natureza, eles eram mais felizes e pleno. Após essa constituição
de uma concepção de moral, acaba sendo gerado um mundo interior. Isto é, a partir do
momento em que a humanidade passa a ser regido pelos valores morais, conceito do que
é certo e errado para medir suas ações, os indivíduos passam a internalizar sentimentos
de culpa por conta de não permitirem que seus reais sentimentos sejam manifestados em
suas ações que a partir da ótica da moral seriam cruéis.
Essa interiorização causa a má consciência. Consciência para ele é esse instinto
que foi impedido de se exteriorizar. Essas barreiras estabelecidas pelas organizações
sociais fazem com que toda essa repressão se volte contra os homens, gerando assim a
pior das doenças, que é o homem que se guerreia contra seus próprios instintos.
Sabemos que homem, naturalmente falando, é um animal feroz, quer para o interior ou
para o exterior.
Desta forma, as ideias de dívida, culpa, responsabilidade, e a capacidade de fazer
promessas foram geradas a partir destes pressupostos históricos que levaram a
sociedade a se organizarem considerando uma moral que estabelecesse antônimos a
ideia de “bem”. Portanto, tudo aquilo que vai contra à moral, causam as ideias de dívidas,
de culpa e necessidade de reparação aos demais indivíduos, ou seja, aqueles que foram
feridos por nós. Por isso, a humanidade desenvolveu essa culpa e má consciência acerca
de si mesmos.
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Pela influência cristã que formulou nossa sociedade, pode ser observado o
quanto anteriormente a própria constituição ainda adotava alguns aspectos sociais de
cunho estritamente religioso, como por exemplo a condenação ao adultério, as relações
homoafetivas, e várias outras que ao estudarmos a história podemos compreender. O
cristianismo acaba sendo a religião oficial da sociedade brasileira, ainda que seja
afirmado que o Estado é laico. Acerca deste ponto, vamos discutir agora neste próximo
tópico.
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3. RELIGIÃO, LIBERDADE E ESTADO LAICO
O profissional de ensino religioso deve estar ciente que exercer esta profissão no
Brasil implica em compreender como ela se relaciona com a diversidade de pensamento
religioso e político social. Assim, a construção do professor abrange o conhecimento da di-
dática educacional e das religiões como um todo. Entretanto, todos estes pontos
culminam na manifestação atual da religião, da liberdade e do Estado laico.
Neste contexto, vale ressaltar o que a constituição diz acerca disso tudo. Desde
período da colonização no Brasil, quem era responsável pelo ensino neste período era a
Companhia de Jesus, que se tratava basicamente de um grupo religioso composto por
padres que redigiram e organizaram o ensino. Mesmo após a expulsão desta ordem
religiosa, não houve uma integralização do ensino com uma estrutura laica (CHIZZOTTI,
1996; CUNHA, 2007; SAVIANI, 2007).
A Constituição Brasileira de 1824, reafirma os mesmo atributos que a corte
portuguesa adotava, isto é, ressaltaram a união entre Estado e Igreja, e seguia os mesmo
regimes educacionais propostos pelo padroado. (BRASIL, 1824)
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REFLITA
Tal heteronomia marcou também o campo educacional que sofreu forte influência do
campo religioso. A presença católica na escola brasileira ultrapassa a questão da
disciplina escolar, era um problema curricular, pois praticamente todos os conteúdos
de todas as disciplinas, assim como a formação da maioria dos professores, de uma
forma ou de outra, relacionava-se com a religião católica, seja pelos padrões morais,
seja pela presença física de sacerdotes na estrutura escolar.
SAIBA MAIS
“A Bíblia é uma “legislação” cunhada na Idade Média pelas populações a quem foi dado
o direito de legislar, lembrando que tal legislação era referente ao mundo cristão e não
ao islamizado. Com a modernidade e com a ascensão da burguesia, cujo fundamento
básico é a liberdade comercial sem a interferência do Estado e da igreja, cresceu a ne-
cessidade de diminuir o grau de influência da religião na vida cotidiana. A retórica liberal,
aliada ao pensamento iluminista do século XVIII, construiu elementos teóricos fortes
na defesa da laicidade. Tornava-se fundamental, então, atacar a força hegemônica da
religião dentro do Estado.”
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Podemos observar através da história que sempre houve o interesse de manter a
Escola e a Política como parceiros que trabalham juntos. Dessa forma, vemos o quanto o
Estado influenciou a disseminação da religião cristã, e vice-versa. A partir do momento em
que fica instituído a obrigatoriedade do ensino religioso como disciplina obrigatória, isso faz
com que os preceitos morais e sociais caminhem junto com os princípios religiosos.
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4. A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA
percurso até ser integrada legalmente. Um desses desafios foi por conta do que Cunha
(2007) denominou de sintonia oscilante. Esta sintonia oscilante faz referência a disciplina
de Educação Moral e Cívica, que tendo sido criada em 1937, visava a substituição da
práticas comunistas, adotou alguns aspectos que lhes convinham. Sendo assim, a
igreja católica se aliou com os liberais privatistas, e por terem essa influência, o Ensino
Religioso enfim foi incluído na grade curricular. Tal questão está presente no Art. 168,
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Neste período, foi possível o exercício da disciplina, entretanto, nos deparamos
com outro desafio. Uma vez que foi concedido o direito de ministrar aulas sobre religião,
ainda que de maneira facultativa; a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº
9394/96, promulgava um revés quanto a ministração dessas aulas nas escolas públicas,
uma vez que não garantiria a remuneração aos professores. O que buscavam promover
é que as aulas fossem conduzidas por representantes religiosos.
Art. 97. O ensino religioso constitui disciplina dos horários das escolas
oficiais, é de matrícula facultativa, e será ministrado sem ônus para os
poderes públicos (grifo nosso), de acordo (sic) com a confissão religiosa do
aluno, manifestada por êle (sic), se fôr (sic) capaz, ou pelo seu
representante legal ou responsável (BRASIL, 1996, online).
Isto quer dizer que esta vitória para o Ensino Religioso e para a igreja católica na
época, seguiram os interesses privados, beneficiando as escolas privadas que continham
uma ordenação religiosa em sua organização. Ou seja, na prática não houve a
concretização de uma política pública que atendesse a sociedade como um todo, a
política da constituição neste momento, visava formar nos conhecimentos morais a elite
brasileira.
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LEITURA COMPLEMENTAR
Fonte:
WEBER, M. Sobre a teoria das ciências sociais. São Paulo: Centauro, 1991.
WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. 11. ed. São Paulo: Pioneira, 1996.
WEBER, M. Ciência e Política: Duas Vocações. 18. ed. São Paulo: Cultrix, 2011.
WEBER, M. Economia e Sociedade: Fundamentos da Sociologia Compreensiva. 4. Ed. Brasília: UNB, 2015.
WEBER, M. Metodologia das Ciências Sociais. 5. ed. São Paulo: Editora Cortez, 2016.
WEBER, M. A política como vocação e ofício. São Paulo: Editora Vozes, 2021.
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: História, legislação e fundamentos do ensino religioso
Autor: Sérgio Rogério Azevedo Junqueira.
Editora: Intersaberes.
Sinopse: Em História, Legislação e Fundamentos do Ensino
Religioso, Sérgio Junqueira resgata as origens históricas da
disciplina no Brasil, demonstrando sua evolução desde os
tempos de nossa colonização “catequética”. Na obra, o leitor
perceberá que o desenvolvimento do Ensino Religioso nas
escolas é reflexo do amadurecimento da sociedade brasileira.
Para tanto, o autor demonstra que manter a disciplina em nossas
salas de aula é uma forma de difundir o diálogo e de compreender
as diversas culturas presentes no país.
FILME/VÍDEO
Título: Deus é brasileiro
Ano: 2003.
Sinopse: Cansado de tantos erros cometidos pela humanidade,
Deus resolve tirar férias dela, decidindo ir descansar em alguma
estrela distante. Para isso, precisa encontrar um substituto para
ficar em seu lugar enquanto estiver fora. Ele resolve então
procurá-lo no Brasil, já que é um país tão religioso. Seu guia
nessa busca é Taoca, um esperto pescador que vê em seu
encontro com Deus sua grande chance de se livrar dos
problemas pessoais. Juntos eles rodam o Brasil em busca de um
substituto ideal.
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UNIDADE III
Educação no Século XXI
Professora Me. Bianca Martins da Silva
Plano de Estudo:
● Desafios da educação no e para o século XXI - papel da religião e a escola;
● A educação no Brasil;
● O ensino religioso e seus desafios;
● A importância das religiões para o século XXI.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar os aspectos educacionais;
● Compreender os tipos de didáticas do ensino;
● Estabelecer a importância da liberdade religiosa.
35
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, nosso foco é a educação religiosa no século XXI. Conforme exposto
anteriormente, a educação no Brasil é regida por uma constituição e todos os professores
precisam estar de acordo com suas diretrizes. Desta forma, uma vez que dissertamos
sobre estes aspectos, cabe também apresentarmos a organização do ensino brasileiro
com século vigente.
O Brasil mesmo em pleno século XXI, ainda possui reflexos do ensino da era
colonial. Sobretudo, há quem afirma que estes resquícios podem oferecer certos
benefícios no que tange a prática do ensino religioso nas escolas como disciplina
curricular, tendo em vista o exercício do ensino por parte dos padres católicos. Entretanto,
buscaremos discutir nesta unidade sobre essas implicações do ensino no século XXI.
O profissional de ensino religioso deve estar ciente que exercer esta profissão no
Brasil implica em estar de acordo com aquilo que a legislação do país permite. Ou seja,
apesar de observamos que há a integralização da disciplina a partir do Estado, ainda
faz se necessário que a diversidade religiosa e cultural presentes no cenário brasileiro
seja respeitada.
O termo ‘educação’ conforme diz Olinto (2001, p.181), consiste no ato de
educar, que seria “ensinar, doutrinar, cultivar o espírito”, além de compor uma gama de
“normas pedagógicas para o desenvolvimento geral do corpo e do espírito”. Quando
depara-se com esta definição, o raciocínio que deve-se fazer é se, de fato, as escolas
brasileiras estão oferecendo uma educação de acordo com seu conceito. Receber uma
educação é algo que vai além de oportunizar uma série de informações e dispor aos
alunos. E não é porque o ensino básico inicia-se quando criança, e os indivíduos são
determinados como menores de idade por lei, que eles podem receber qualquer coisa.
Todos têm o direito a receberem uma educação de qualidade.
O doutor Agostinho dos Reis Monteiro (2003) em seu texto o pão do direito à
educação afirma que:
Depois do pão, a educação é a primeira necessidade do povo”, disse Danton
no tempo da Revolução Francesa, em 1793, na sessão da Convenção de 13
de Agosto. O direito à educação é uma qualidade de pão vital para uma vida
humana. (...) O direito à educação é um direito prioritário, mas não é direito a
uma educação qualquer: é direito a uma educação com qualidade de “direito
do homem. (MONTEIRO, 2003, p. 764)
Ao propor uma reflexão sobre a educação brasileira, vale lembrar que só em meados do
século XX o processo de expansão da escolarização básica no país começou, e que o
seu crescimento, em termos de rede pública de ensino, se deu no fim dos anos 1970 e
início dos anos 1980.
SAIBA MAIS
O Estado se tornou laico, vale dizer tornou-se equidistante dos cultos religiosos em
assumir um deles como religião oficial. A modernidade vai se distanciando cada
vez mais do cujus regio, ejus religio. A laicidade, ao condizer com a liberdade
de expressão, de consciência e de culto, não pode conviver com um Estado portador
de uma confissão. Por outro lado, o Estado laico não adota a religião da irreligião ou
da antirreligiosidade. Ao respeitar todos os cultos e não adotar nenhum, o
Estado libera as igrejas de um controle no que toca a especificidade do religioso e
se libera do controle religioso. Isso quer dizer, ao mesmo tempo, o deslocamento do
religioso do estatal para o privado e a assunção da laicidade como um conceito
referido ao poder de Estado.
FONTE:
FALS BORDA, Orlando. Por la praxis: el problema de cómo investigar la realidad para transformarla.
In: FALS BORDA, Orlando, et al. Crítica y Política en Ciencias Sociales: el debate sobre teoría y
práctica. Bogotá: Punta de Lanza, 1978.
FALS BORDA, Orlando. Conocimiento y poder popular: Lecciones con campesinos de Nicaragua,
México, Colombia. Bogotá: Punta de Lanza; Siglo Veintiuno Editores, 1985.
FALS BORDA, Orlando. Ante la crisis del país: ideas-acción para el cambio. Bogotá: El Áncora
Editores; Panamericana Editorial, 2003.
FALS BORDA, Orlando. Una sociología sentipensante para América Latina. Compilado por Victor
Manuel Moncayo. Bogotá: Siglo del Hombre y Clacso, 2009.
FALS BORDA, Orlando. Pesquisa-Ação, ciência e educação popular nos anos 90. In: STRECK,
Danilo (Org.). Fontes da Pedagogia Latino-Americana: uma antologia. Belo Horizonte: Autêntica
Editora, 2010 [1995].
FALS BORDA, Orlando; ZAMOSC, León. Balance y perspectivas de la IAP. In: GARCÍA, Carlos
(Org.). Investigación Acción Participativa en Colombia Bogotá: Punta de Lanza; Foro Nacional
por Colombia, 1985.
LIVRO
Título: Contra a escola
Autor: Fausto Zamboni.
Editora: Vide editorial.
Sinopse: Por que a escola não educa e condena tantas vidas ao
desperdício e à esterilidade? A educação (ex-ducere,
conduzir para fora) deixou de ser uma abertura à razão e ao
espírito, convertendo-se em engenharia social, em manipulação
dos instintos baixos para a realização da vontade de poder. O
homem, não mais educado naquilo que tem de essencialmente
humano, passou a ser instrumentalizado em vista de algum
interesse econômico ou social. Em consequência, desumanizou-
-se, transformando-se no imbecil que, com base em concepções
erradas acerca da natureza humana, cria políticas desumanas.
Nessa situação de doença linguística e espiritual, perdeu a
experiência de amplas faixas da realidade ligadas à razão e ao
espírito, assim como a capacidade de compreendê-las e
expressá-las. De nada nos serve essa louca pretensão de alterar
a natureza humana e remodelar o mundo. Cabe a nós, então,
fazer o inventário dos nossos descaminhos, e retomar a estrada
mestra abandonada.
FILME/VÍDEO
Título: A onda
Ano: 2008
Sinopse: O filme do alemão Dennis Gansel apresenta a
experiência conduzida por um professor diante de uma turma
desmotivada, que precisava aprender o conceito de autocracia. O
diretor reforça a importância da escola na formação dos jovens
para que erros históricos, como o fascismo, não venham a ser
repetidos.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?
v=QBKEi8qamKM
Plano de Estudo:
● Conceitos e definições da Pedagogia da Autonomia;
● O perfil do professor de Ensino Religioso;
● A ciência das religiões;
● A finalidade do Ensino Religioso.
Objetivos da Aprendizagem:
● Estabelecer a importância do conhecimento pedagógico para o Ensino Religioso;
● Compreender a importância do respeito à diversidade religiosa;
● Contextualizar as definições teóricas acerca da religião,
educação e ciências da religião.
49
INTRODUÇÃO
REFLITA
“Laico é o Estado imparcial diante das disputas do campo religioso, que se priva
de interferir nele, seja pelo apoio, seja pelo bloqueio a alguma confissão religiosa. Em
contrapartida, o poder estatal não é empregado pelas instituições religiosas para o
exercício de suas atividades.”
A ciência das religiões é a área de estudo que permite estudar e analisar todos os
tipos de movimentos e manifestações religiosas. Quanto ao Brasil, a religião
predominante como já foi abordado, seria o catolicismo. Além disso, a religião cristã acaba
por ser uma boa ferramenta de estudo pois ela contém um “manual” que rege o
funcionamento da prática religiosa. Desta forma, para definir uma prática ou
comportamento cristão, basta verificar se está de acordo com as Escrituras Sagradas.
(OLIVEIRA, 2007)
Entretanto, não é porque a religião predominante no nosso hemisfério seja a cristã,
que é apenas ela que devemos e podemos estudar. No Brasil, encontramos uma
comunidade de fé Islâmica consolidada, portanto, como profissionais estudantes das
religiões, precisamos conhecer os atributos e pressupostos desta religião. Assim como
ocristianismo, neste caso, temos uma religião que possui também uma Escritura
Sagrada a qual pauta como deve ser a postura e prática de fé dos seus fiéis.
Porém, ainda encontramos diversas religiões consolidadas em nossa sociedade
e as principais são as descritas abaixo. (OLIVEIRA, 2007; NOGUEIRA, 2020)
SAIBA MAIS
Neste ano, o racismo religioso se agravou muito. De acordo com os dados do Disque
100, em 2016, tivemos 759 denúncias de “discriminação religiosa”; em 2017/18,
a média foi de 500 denúncias anuais e, em 2019, somente no primeiro semestre,
354 denúncias, ou seja, certamente em 2019 a situação se agravou novamente.
Vale destacar que não é algo valorizado pelo governo que assume a presidência em
2019 e isso certamente, fortalece as subnotificações. A polarização também
religiosa é usada para o que chamo de proselitismo político, têm agravado as
perseguições e os movimentos de satanização das religiões de origem negra e
isso pode ser visto refletido no discurso espalhado no cotidiano das pessoas
principalmente nas redes sociais.
Fonte: PORTAL GELEDÉS. ‘O racismo religioso se agravou muito no Brasil nos últimos
nos-ulti-mos-anos/?
noamp=available&gclid=Cj0KCQjw5uWGBhCTARIsAL70sLJJRX3zsgJqovbVBuPcUco5Zkw-
Fonte:
LIVRO
Título: Todos os jeitos de crer
Autores: Alessandro Bigheto e Dora Incontri.
Editora: Ática.
Sinopse: Ensinar sobre religião significa também falar das
realidades humanas, em suas múltiplas, complexas e atuais
manifestações. Todos os Jeitos de Crer contribui, assim, com
grande variedade de temas transversais, que possibilitam aos
alunos uma reflexão inter-religiosa, ética, filosófica e histórica e o
respeito mútuo, dentro e fora da sala de aula, reforçando a visão
ecumênica e interdisciplinar da coleção. As fotografias e as obras
de arte de diversos períodos e movimentos presentes na coleção
auxiliam na compreensão e na expansão dos conteúdos,
tornando o aprendizado mais agradável e significativo. O
conteúdo é apresentado em capítulos independentes, permitindo
a escolha dos temas que serão trabalhados ao longo do ano, na
ordem em que preferir.
FILME/VÍDEO
Título: Escritores da Liberdade
Ano: 2007
Sinopse: Uma jovem e idealista professora chega a uma escola de
um bairro pobre, que está corrompida pela agressividade e
violência. Os alunos se mostram rebeldes e sem vontade de
aprender, e há entre eles uma constante tensão racial. Assim,
para fazer com que os alunos aprendam e também falem mais de
suas complicadas vidas, a professora Gruwell aposta em métodos
diferentes de ensino. Aos poucos, os alunos vão retomando a
confiança em si mesmos, aceitando mais o conhecimento e
reconhecendo valores. Disponível no Amazon Prime.
AGOSTINHO. Confissões. 2. ed. São Paulo: Paulus, 1997. ARISTÓTELES. Metafísica. São
Paulo: Loyola, 2001.
ALVES, R. O que é Religião. São Paulo: Brasiliense, 1984. (Coleção Primeiros Passos).
BÍBLIA. Almeida Edição Contemporânea. 1. ed. São Paulo: Editora Vida, 2005.
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Unesp, 2007.
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nos de Pesquisa, v. 37, n. 131, p. 285-302, maio/ago. 2007. Disponível em: https://www.
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ZAMBONI, F. Contra a escola – Ensaio sobre literatura, ensino e Educação Liberal. Campi-
nas: Vide Editorial, 2016.
68
CONCLUSÃO GERAL
Buscamos tratar neste breve ensaio sobre o Ensino Religioso um panorama geral
da história da religião e suas contribuições históricas e filosóficas. Para tanto, abordamos
as definições teóricas acerca da religião, educação e ciências da religião. Optamos por
detalhar aspectos sociais e filosóficos que permeiam a sociedade brasileira no que tange a
religião em geral. Desejamos que tudo que foi colocado até aqui tenha sido proveitoso para
sua jornada enquanto estudante dessa arte que denominamos religião.
Destacamos também a importância do respeito à diversidade religiosa, uma
vez que estudar e apresentar este tema, visa a democratização do pensamento e das
escolhas de cada indivíduo. Vale ressaltar que nosso país é extenso geograficamente e
em cultura, por conta disso, buscamos explorar todos os contextos religiosos que
influenciam nosso pensamento e constituição social.
A educação, parte muito importante desse nosso estudo, esclarece o quanto
o profissional de Ensino Religioso precisa estar atento aos estudos pedagógicos e de
aprendizagem para que o mesmo esteja apto a prever qual conteúdo deve ser abordado
e qual a melhor metodologia a ser utilizada de acordo com seu público. Desta forma,
esperamos que todo conteúdo abordado até aqui tenha sido proveitoso e instigante para
que cada um de vocês possa prosseguir em seus estudos, se profissionalizando nas
áreas de interesse que concerne a cada indivíduo.
69
+55 (44) 3045 9898
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