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Adaptada e Inclusiva
Professora Dra. Ana Luisa Barbosa Anversa
Professora Me. Bruna Solera
2021 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2021 Os autores
Copyright C Edição 2021 Editora Edufatecie
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
UNIFATECIE Unidade 1
Reitor Rua Getúlio Vargas, 333
Prof. Ms. Gilmar de Oliveira Centro, Paranavaí, PR
Diretor de Ensino (44) 3045-9898
Prof. Ms. Daniel de Lima
Diretor Financeiro
Prof. Eduardo Luiz UNIFATECIE Unidade 2
Campano Santini
Rua Getúlio Vargas, 333
Diretor Administrativo Centro, Paranavaí, PR
Prof. Ms. Renato Valença Correia (44) 3045-9898
Secretário Acadêmico
Tiago Pereira da Silva
Olá estudante,
UNIDADE I....................................................................................................... 3
Educação Física Adaptada e Inclusão
UNIDADE II.................................................................................................... 36
Esportes Adaptados e Paralímpicos
UNIDADE III................................................................................................... 69
Educação Física Escolar e Inclusiva
Plano de Estudo:
● Aspectos históricos da Educação Física Adaptada;
● Pessoa com deficiência: da exclusão à inclusão na sociedade e na escola;
● O que é deficiência: conceitos e características.
Objetivos da Aprendizagem:
● Contextualizar historicamente a Educação Física Adaptada e a deficiência;
● Compreender os modelos e os tipos de deficiência.
3
INTRODUÇÃO
Olá estudante,
Bons estudos!
Você sabia que nos cursos de formação inicial em Educação Física questões sobre
a deficiência, suas características e possibilidades de intervenção só foram inseridas
no currículo na década de 1980, incentivados pelas propositivas do Ano Internacional
da Pessoa Deficiênte (1981), pressões políticas governamentais propostas pelas Or-
ganização das nações Unidas (ONU) e pela renovação crítica/pedagógica que à área
passou nesse período. Mas mesmo assim, o que se vê ainda são fragilidades sobre a
compreensão sobre a deficiência, estando a maioria das ações centradas apenas nos
conhecimentos e vivências dos esportes adaptados.
Fonte: As autoras.
O percurso histórico da pessoa com deficiência não foi fácil, assim como, ainda
não é. Mas após passar pela exclusão e diversos desafios, tais sujeitos chegam aos dias
atuais, dias estes marcados pela inclusão. Você conhece essa história? Vamos conhecê-la
ou relembrá-la.
Existem registros das pessoas com deficiência ao longo da história. Na Grécia Anti-
ga, em Esparta e Atenas, os recém nascidos que possuíam algum tipo de deficiência eram
abandonados em cavernas profundas ou a própria sorte (DIEHL, 2006), assim como em
Roma, na qual as pessoas “defeituosas” (como chamavam-nas na época) eram eliminadas.
Isso acontecia pois, não havia reconhecimento de qualquer humanidade nelas, devido a
presença de “defeitos” (ARANHA, 2001). As pessoas com deficiência passavam por um
momento de exclusão.
No decorrer da Idade Média, as pessoas com deficiência deixaram de ser extermina-
das, no entanto passaram a ser excluídas do contexto social (DIEHL,2006). Com isso, crianças,
jovens, adultos com deficiência passaram a ser isolados em porões, ilhas, vales, asilos, dentre
outros. Esse período passou a ser chamado de segregação (DIEHL, 2006; GAIO, 2006).
Então estudante, as pessoas com deficiência que antes eram eliminadas, agora
são isoladas do convívio social, veja a figura 1.
Tal movimento não deu muito certo! Isso porque só a reabilitação não estava sendo
suficiente para ajudar as pessoas com deficiência a se “normalizarem” e conseguirem convi-
ver em sociedade, então, percebeu-se a necessidade de outra iniciativa, ou seja, viu-se que
a sociedade poderia ter papel essencial nesta questão. Sendo assim, chega-se à inclusão.
A inclusão é um movimento no qual o sujeito passa a fazer parte da sociedade.
Observe a figura 4.
SAIBA MAIS
Você sabia que ao longo da história a pessoa com deficiência já foi chamada de mons-
tro, monstruosidade? Pois é. Com o passar do tempo, várias nomenclaturas foram uti-
lizadas para se referir a estes sujeitos, como deficiente, portador de deficiência. Mas o
termo mais adequado e atual para se referir a elas, é PESSOA COM DEFICIÊNCIA.
Fonte: As autoras.
É possível observar nesta definição a tentativa de junção dos modelos que estamos
tratando neste subtópico, conseguiu identificar? Ao mesmo tempo em que se relaciona
a pessoa com deficiência ao um impedimento, ela afirma que este pode ser fortalecido
por meio da interação com barreiras, o que implica na dificuldade de participação plena e
efetiva na sociedade.
A Paralisia Cerebral (PC), para Diehl (2006, p. 94), “é uma lesão que afeta o Siste-
ma Nervoso Central (SNC) antes que seu desenvolvimento tenha se completado, causando
desordem motora e sensitiva na movimentação ampla e fina do corpo”. A PC pode ser
classificada de acordo com o tipo de alteração do controle de movimento. Veja a seguir.
Espástica: O tônus muscular está aumentado (HERNÁNDEZ et al., 2018). Há uma
desordem nos movimentos voluntários do sujeito, fazendo com que todo o corpo participe
de um movimento, que em pessoas sem a PC espástica, envolveria apenas uma parte do
corpo (DIEHL, 2006).
Atetóica: Neste tipo, o tônus muscular apresenta variações, podendo em momen-
tos estar em hipotonia e em outros em hipertonia. Essa mudança se dá conforme a atividade
e também provoca movimentos involuntários anormais (HERNÁNDEZ et al., 2018). Esse
movimento involuntário pode acontecer até mesmo em repouso (DIEHL, 2006).
Atáxica: O tônus muscular tende a estar diminuído com frequência. Há um distúrbio
motor que acarreta em problemas na postura e na coordenação motora, o que conse-
quentemente reflete em dificuldades no equilíbrio e na percepção tátil (DIEHL, 2006. As
crianças podem ter dificuldades em se manter em uma determinada posição (HERNÁNDEZ
et al., 2018).
3.2.3.1 Malformações
Isso pode resultar na ausência de um membro completo ou ausência de alguma parte. Essa
ausência de membro ou de parte dele pode ser causada por toxicidade de medicamentos,
Diehl (2006) aponta que há também outra forma de malformação congênita. Esta
diz respeito à rigidez articular, há a calcificação das articulações de forma com que o sujeito
https://casadaptada.com.br/2016/12/mielomeningocele-causas-sintomas-e-tratamentos/
REFLITA
Você sabia que a principal origem das deficiência físicas no Brasil advém de acidentes
de trânsito e de trabalho? Pois é. Essa informação é verdadeira.
Então estudante, você sabe o que é a deficiência visual e como devemos chamar
tais sujeitos? Vamos juntos descobrir.
A deficiência visual, é um termo que usamos para nos referirmos à perda visual que
não pode ser corrigida com lentes por prescrição regular (SILVA; VITAL; MELLO, 2012),
“se refere a uma limitação sensorial que anula a ou reduz a capacidade ver” (MARQUES;
CIDADE; LOPES, 2009).
A deficiência visual pode ser de origem congênita ou adquirida, ou seja, o sujeito
nasce com a deficiência ou a adquire ao longo da vida. Um exemplo para essa aquisição,
seria o glaucoma, a retinose pigmentar, retinoblastoma, diabetes tipo 1. A pessoas que
possuem deficiência visual ela pode ser cega ou ter baixa visão.
A pessoa cega é aquela que não consegue ver nada. A cegueira é a “ausência
ou perda da visão em ambos os olhos, ou um campo inferior a 0,1 grau do melhor olho”
(DIEHL, 2006, p. 62), isso mesmo após correção. Falando sobre o viés educacional, Diehl
(2006) afirma que a cegueira é vista como perda total da visão ou resíduo mínimo de visão
que leva o aluno a utilizar do Braille (sistema de escrita tátil) para ler e escrever, além
de outros recursos didáticos necessários. Observe a figura abaixo, nela você encontra o
alfabeto em braille.
A pessoa que possui baixa visão, são aquelas que “apresentam desde condições
de indicar projeção luminosa, até o grau em que a redução de sua acuidade visual limite o
desempenho das atividades diárias da vida” (MARQUES; CIDADE; LOPES, 2009, p. 140).
Na educação elas também necessitam de recursos didáticos especiais, como alteração da
cor do papel, impressão com letras grandes.
As pessoas com deficiência visual podem usar uma bengala. Esta bengala possui
cores, que por sua vez ajudam a identificar a deficiência. Veja a figura 16.
Sendo assim, pessoas que têm perda auditiva em ambos os ouvidos e escutam
entre 25 a 40 dB são consideradas pessoas com deficiência auditiva leve. Estes sujeitos
irão conseguir ouvir o som de uma conversa sussurrada, mas eles não ouvem, por exemplo,
os barulhos das folhas. E assim por diante conforme mencionado no quadro 2.
É importante destacar que a surdez pode ser congênita ou adquirida. E a pessoa
com deficiência auditiva utilizará da língua de sinais para sua comunicação. Esta língua “é
uma forma de comunicação estritamente visual, comunicada através de gestos codificados,
tais como expressões faciais e pequenos movimentos do corpo” (DIEHL, 2006, p. 45).
Você já deve ter visto uma criança com Síndrome de Down, não é mesmo estudan-
te? Devido a questão genética, é possível reconhecermos tais sujeitos em boa parte dos
casos, pois a aparência entre eles é muito semelhante. Veja a próxima figura.
Vamos em frente!
LIVRO
Título: Educação Física Adaptada.
Autor: Maria de Fátima Fernanda Vara; Ruth Eugênia Cidade.
Editora: Intersaberes.
Sinopse: A prática de atividades físicas é de suma importância
para a manutenção da saúde das pessoas. Quando a atividade
física é um esporte, os ganhos são ainda maiores, uma vez que
ele proporciona, entre outras habilidades, a de superação de obs-
táculos. Nesse sentido, a educação física adaptada entra em cena
para garantir que o desenvolvimento de práticas tão benéficas da
cultura corporal de movimento e do esporte estejam ao alcance de
todos. Acompanhe-nos nestas páginas e descubra novas formas
de ensinar, explorar e valorizar a possibilidade e o potencial de
cada aluno, de modo que a diferença seja a motivação para novas
oportunidades de aprendizado.
FILME / VÍDEO
Título: Intocáveis.
Ano: 2019.
Sinopse: O filme “Intocáveis”, escrito e dirigido por Eric Toledano
e Olivier Nakache, conta a história de tetraplégico milionário, que
contrata um homem da periferia para ser o seu acompanhante,
apesar de sua aparente falta de preparo. Ao longo do filme, a
relação que antes era profissional cresce e vira uma amizade que
mudará a vida dos dois.
1.
Plano de Estudo:
● Esportes Adaptados x Esportes Paralímpicos;
● Esportes Paralímpicos de Verão;
● Esportes Paralímpicos de Inverno.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e caracterizar os Esportes Adaptados e Esportes Paralímpicos;
● Conhecer as modalidades de verão e inverno de Esporte Paralímpico.
36
INTRODUÇÃO
Olá estudante,
Seja bem vindo (a) a segunda unidade da nossa apostila de “Educação Física
Adaptada e Inclusiva”!
Esta unidade, intitulada de “Esportes Adaptados e Paralímpicos” tem como objetivo
possibilitar a você conhecimentos acerca das modalidades esportivas que foram adaptadas
ou criadas para pessoas com deficiência, destacando os esportes Paralímpicos de verão e
de inverno.
Sendo assim, dividimos esta unidade em três momentos: tópico 1 “Esportes
Adaptados x Esportes Paralímpicos”, tópico 2 “Esportes Paralímpicos de Verão” e tópico 3
“Esportes Paralímpicos de Inverno”.
No primeiro tópico iremos conceituar esporte adaptado e esporte paralímpico, assim
como diferenciá-los. Você conhece essa diferença? Já no tópico seguinte, você terá a opor-
tunidade de conhecer as modalidades que integram o programa de esporte paralímpico de
verão, como, a bocha, basquete em cadeira de rodas, canoagem, ciclismo, entre outros. E
por fim, no terceiro tópico, haverá a exposição das modalidades esportivas paralímpicas de
inverno, como esqui cross country, curling em cadeira de rodas, hóquei no gelo, snowboard,
esqui alpino e biatlo.
Será uma caminhada incrível que contribuirá com a sua formação e atuação
profissional.
Bons estudos!
Modalidades de Inverno:
Esqui Cross-Country; Curling em Cadeira de Rodas; Esqui Alpino; Biatlo; Hóquei no
Gelo; Snowboard. Conheça essas modalidades nos próximos tópicos.
Este símbolo é composto por 3 Agitos das cores vermelho, azul e verde. O Agito
significa “Eu me movimento” em latim. As cores dos Agitos representam as cores mais
utilizadas em todas as bandeiras do mundo. Os três agitos circulam um ponto central, com
o objetivo de enfatizar o papel do Comitê Internacional Paralímpico (IPC) em reunir atletas
de todo o mundo e fazê-los competir.
Stoke 1.100
41
Mandeville, Inglaterra
Inglaterra Atletismo e
1984 Inglaterra ; 24o 31 22
Nova York, 1.800 natação.
45 EUA
EUA EUA
Na última edição dos Jogos Paralímpicos, Rio 2016, o megaevento contou com
mais de 4.000 atletas de 170 países (quadro 2), sendo 283 atletas brasileiros que com-
petiram nas 23 modalidades do programa paralímpico, com cobertura jornalística de 154
países (PORTAL BRASIL, 2016).
CONTINENTE PAÍS
Algéria Angola
Benin Botsuana
BurundI Camarão
Burkina Faso Cabo Verde
República da África Central Congo
República Democrática Costa do Marfim
do Congo
Egypt Etiópia
ÁFRICA Gabon Gâmbia
Ghana Guiné
Guinea-Bissa Quênia
Líbia Madagascar
Lesoto Moçambique
Malauí Namíbia
Mauritânia Nigéria
Marrocos Ruanda
São Tomé e Principe Senegal
Note estudante, que com o passar das edições do Jogos Paralímpicos, houve uma evolução
na participação do Brasil, assim como, teve um aumento no ganho de medalhas e melhor
posicionamento na classificação geral, tendo atingido o 7º lugar em Londres, o melhor
deles. No Rio 2016, apesar de colocado em 8º lugar, o país levou maior número de atletas
e conquistou mais medalhas que na edição anterior.
O termo paralímpico é “uma associação entre o prefixo grego “para”, que significa pa-
ralelo, e o termo “olímpico”, que segundo o IPC(2010), representa a condição paralela
entre os Jogos Olímpicos e Paralímpicos” (PARSONS; WINCKLER, 2014, p. 6). Vale
ressaltar que por muitos anos foi utilizado o termo paraolímpico, unindo “paraplegia” e
“olimpíada”, mas o fato de envolver outras deficiências para além de cadeirantes, soma-
da a questões linguísticas resultou na mudança do termo.
http://rededoesporte.gov.br/pt-br/noticias/brasil-alcanca-feito-inedito-vence-a-coreia-do-sul-e-e-ouro-na-bocha
Estudante, nesse tópico você irá conhecer alguns dos Esporte Paralímpicos de
verão. Vamos lá?
2.1 Atletismo
O atletismo é uma modalidade adaptada para as pessoas com deficiência física, vi-
sual e intelectual, seja eles, do sexo feminino ou masculino. Os competidores são divididos
em classes esportivas, geralmente os números indicam o grau de comprometimento (quan-
to menor o número mais grave à deficiência) e as letras indicam o tipo de esporte. Essas
classes consideram a funcionalidade na prática esportiva para os atletas com deficiência
física e a acuidade visual para os atletas com deficiência visual (COMITÊ PARALÍMPICO
BRASILEIRO).
Para os atletas T12 o atleta-guia e apoio são opcionais. Já os T13 não podem usar
atleta-guia e nem apoio no salto.
A partida de BCR tem duração de quatro quartos de 10 minutos e suas regras são
as mesmas do basquete olímpico, contando com uma adaptação: cada atleta deve quicar,
arremessar ou passar a bola a cada dois toques de dedo na cadeira (COMITÊ PARALÍM-
PICO BRASILEIRO). Em quadra, cada equipe deve conter 5 atletas. Cada time possui uma
pontuação referente aos atletas em quadra, e essa pontuação não pode ultrapassar 14
pontos no total.
A bocha conta com 4 classes, elas são divididas de acordo com o grau da deficiên-
cia e da necessidade de auxílio ou não. Vamos conhecê-las?
BC1: o atleta apresenta paralisia cerebral com disfunção motora que afeta todo o
corpo (VIEIRA; CAMPEÃO, 2012). Nesta classe a opção de auxílio de ajudantes, estes por
sua vez podem estabilizar a cadeira de rodas do jogador e entregar a bola, quando pedido).
BC2: o atleta também apresenta paralisia cerebral com disfunção disfunção motora
que afeta o corpo todo (VIEIRA; CAMPEÃO, 2012), no entanto, o seu comprometimento é
menor do que na classe BC1. Estes atletas não podem ter assistente.
Fonte: CQ.
BC4: Os atletas nesta classe também possuem deficiência severas, eles tem uma
grave disfunção locomotora nos quatro membros (VIEIRA; CAMPEÃO, 2012). Recebem
assistência apenas os atletas que jogam com o pé.
2.4 Ciclismo
O Ciclismo é uma modalidade adaptada que pode ser praticada por pessoas com
paralisia cerebral, deficiência visual, amputação e lesão medular (usuários de cadeira de
rodas), de ambos os sexos. Esta modalidade segue as regras da União Internacional de
Ciclismo, tendo apenas algumas diferenças.
As provas provas podem ser de estrada e pista. Temos quatro tipos de Bikes. De
acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro, são elas:
Convencionais: Esta bikes são para atletas amputados e com outras deficiências
físico-motoras. Elas podem ter adaptações específicas para o uso de câmbios e freios.
Triciclos: Estas bikes possuem duas rodas atrás para dar mais equilíbrio. Os atle-
tas que a usam são aqueles com paralisia cerebral.
http://www.jornalexemplo.com.br/jornal/indaiatuba-recebe-copa-brasil-de-paraciclismo/
Handbikes: São impulsionados pelos braços. São para atletas com paraplegia e
tetraplegia.
Tandem: são bicicletas de dois lugares, elas são utilizadas pelos atletas com deficiên-
cia visual que vão atrás e são conduzidos por seus guias que vão na frente (CIVATTI, 2012).
2.5 Futebol de 5
O Futebol de 5 é uma modalidade adaptada e exclusiva para cegos e pessoas
com deficiência visual do sexo masculino. Sua elaboração baseia-se nas regras do futsal
adotadas pela FIFA (FREIRE; MORATO, 2012). As adaptações que existem, vem para con-
templar as especificidades da deficiência. As medidas da quadra de jogo são as mesmas do
futsal e o seu piso pode ser madeira, borracha sintética, mas ultimamente tem se utilizado
grama sintética (COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO).
imagens/guia-de-estudo/D/futebol-para-cegos-chamador.jpg
-disputa-do-brasileiro-de-futebol-pc-7-em-sao-paulo/
2.7 Goalball
O Goalball é uma modalidade criada exclusivamente para pessoas com
deficiência visual, tanto para o sexo feminino quanto masculino. O objetivo deste esporte
é fazer gols, é balançar a rede adversária. Os arremessos são realizados com as mãos
e devem ser rasteiros ou tocar pelo menos uma vez nas áreas obrigatórias.
A equipe é composta por 3 atletas em quadra que são ao mesmo tempo
arremessadores e defensores. E 3 jogadores são reservas. Os atletas podem ser cegos
ou de baixa visão, e para que não haja vantagem, todos os atletas devem entrar em
quadra bandados e vendados (MORATO; ALMEIDA, 2012).
A quadra tem as mesmas dimensões da quadra de vôlei (9m de largura por 18m de
comprimento). De cada lado da quadra, há um gol com 9m de largura e 1,30m de altura.
Neste momento vamos falar sobre os esportes paralímpicos de inverno, Esqui Cros-
s-Country; Curling em Cadeira de Rodas; Esqui Alpino; Biatlo; Hóquei no Gelo; Snowboard.
3.4 Biatlo
De acordo com o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), o Biatlo é um esporte que
combina o esqui cross-country com o tiro esportivo. Os atletas são divididos nas categorias
sentado, em pé e com deficiência visual. O esporte foi adotado como uma disciplina formal
nos Jogos Paralímpicos de Inverno de Lillehammer, em 1994.
3.6 Snowboard
No snowboard os atletas são divididos em dois grupos, com comprometimento nos
membros inferiores (categorias SBLL-1, SBLL-2) e com comprometimento nos membros
superiores (categoria SB-UL) . Há provas de:
Snowboard cross: na qual os atletas percorrem um trajeto cheio de obstáculos.
A classificação é feita com tomada de tempo individual. Depois os competidores avançam
conforme cada round;
Banked slalom, os atletas têm o trajeto com banco de viradas, todos os atletas
descem três vezes, o melhor tempo determina o resultado final.
FIGURA 23. SNOWBOARD
Fonte: As autoras.
Vamos em frente!
Caro(a) estudante, você reparou ao longo dessa unidade, que os Jogos Paralímpi-
cos contemplam as deficiências físicas, visuais e intelectuais? Frente a isso, você deve ter
pensado e a deficiência auditiva, porque não é contemplada nesse evento?
A resposta é simples, os atletas surdos participam de um evento específico, co-
nhecido como “Surdolímpiadas”. O Comitê Paralímpico Internacional, apresenta que a
realização de evento específico para os atletas surdos se dá pela limitação do número
de atletas nos Jogos Paralímpicos, não sendo possível contemplar todos os atletas das
diferentes deficiências. E devido ao alto custo que envolveria a contratação de intérpretes
de línguas de sinais.
Em relação a Surdolimpíadas, a primeira edição do evento ocorreu em 1924 em
Paris-França, sendo nomeado de Jogos Internacionais para Surdos ou Jogos Internacionais
Silenciosos, essa nomenclatura foi adotada até o ano de 1965. De 1966 a 1999 a compe-
tição assumiu o nome de Jogos Mundiais para surdos e em 2000, passou-se a adotar o
termo Surdolimpíadas (assumido até hoje) (WINNICK, 2004).
O evento é organizado pelo Comitê Internacional de Desporto para Surdos (ICSD)
e ocorre a cada quatro anos. Para participar dos jogos é preciso que o atleta tenha perdido
55 decibéis no seu melhor ouvido e não é permitido o uso de recursos para a deficiência,
como aparelhos auditivos, implantes cocleares, entre outros.
Esse evento paradesportivo também possui sua versão verão e inverno. Nos jogos
de verão são contempladas 13 modalidades esportivas individuais (atletismo, badminton,
boliche, caratê, ciclismo, judô, lutas, natação, orientação, tênis, tênis de mesa, taekwondo
e tiro desportivo) e quatro modalidades esportivas coletivas (basquete, futebol, vôlei e vôlei
de praia). Já no evento de inverno são contempladas quatro modalidades individuais (esqui
alpino, esqui cross-country, snowboard e xadrez) e duas coletivas (Curling e Hóquei no gelo).
Atualmente, o evento conta com a participação de 108 federações nacionais. O
Brasil teve sua primeira participação no evento na década de 1990, mas até os dias de hoje,
conta com poucos atletas e apoio financeiro, devido a falta de visibilidade.
Por fim, vale ressaltar que a Surdolimpíadas apresenta algumas particularidades.
Não há adaptações nas modalidades, elas seguem as mesmas regras dos esportes para
as pessoas sem deficiência, a única adaptação é à substituição de avisos e sinalizações
sonoras por visuais, por exemplo, apitos são substituídos por sinais de luz, placas ou ban-
deiras com cores, etc.
LIVRO
Título: Esporte Paralímpico.
Autor: Marco Túlio de Mello e Ciro Winckler.
Editora: Atheneu
Sinopse: O Livro Esporte Paralímpico tem como objetivo divulgar
e consolidar o conhecimento sobre um dos movimentos esporti-
vos que mais cresce no Brasil nos últimos anos. O livro tem seu
conteúdo dividido em 3 grandes tópicos: Na primeira parte, serão
tratados os aspectos históricos, filosóficos e políticos do esporte
paralímpico; no segundo tópico serão abordados os impactos da
deficiência sobre o rendimento esportivo e a classificação esporti-
va das pessoas com deficiência; e no terceiro serão apresentadas
as 20 modalidades esportivas disputadas no programa dos Jogos
Paralímpicos de Verão.
FILME/VÍDEO
Título: Pódio para todos (Rising Phoenix)
Ano: 2020
Sinopse: O filme, “Pódio para todos”, é um documentário que traz
depoimentos de nove atletas de elite de diferentes países, ativistas
e dirigentes, sobre os Jogos Paralímpicos e como esse evento
se reflete na forma que vemos a deficiência, à diversidade e a
excelência.
Plano de Estudo:
● Questões legais acerca da inclusão de pessoas com deficiência;
● Acessibilidade x Barreiras;
● Aulas de Educação Física Inclusivas: o que, como e porque fazer?
Objetivos da Aprendizagem:
● Conhecer as questões legais acerca da inclusão de pessoas com deficiência na escola;
● Compreender a acessibilidade;
● Estudar as aulas de Educação Física como espaço para
inclusão dos alunos com deficiência.
70
INTRODUÇÃO
Olá estudante,
Seja bem vindo (a) a Unidade III da apostila de “Educação Física Escolar e Inclusiva”!
Após você ter adquirido conhecimentos acerca da deficiência, do esporte adaptado,
dos tipos de deficiência, das modalidades de esporte paralímpico, nesta unidade chamada
de “Educação Física Inclusiva” as discussões se ampliarão, e será possibilitado a aquisição
de saberes acerca da Educação Física como meio de promover, contribuir e trabalhar com
a inclusão, seja na escola ou fora dela.
Para isso, nossa unidade está dividida em 3 tópicos. Tópico 1 “Questões legais
acerca da inclusão de pessoas com deficiência”, tópico 2 “Acessibilidade x barreiras” e
tópico 3 “Aulas de Educação Física inclusivas: o que, como e porque fazer?”.
No primeiro tópico iremos falar sobre Leis, declarações que dão suporte, que ga-
rantem direitos às pessoas com deficiência, tanto com relação a sua presença no espaço
escolar, como o direito à vida, a reabilitação, a saúde, ao trabalho, a moradia.
Já no tópico seguinte, vamos estudar a acessibilidade. Você sabe o que é a aces-
sibilidade? Será que em sua cidade as ruas, as calçadas, o transporte público oferece con-
dições para o ir e vir das pessoas com deficiência? Vamos juntos desvendar tais questões.
E por fim, no terceiro tópico, vamos focar nas aulas de Educação Física como meio
de promoção da inclusão e como espaço de envolvimento e participação de todos os alunos,
independente de sua condição. Assim como, traremos dicas e estratégias para utilizarmos
em nossa prática profissional, seja ela, dentro ou fora da escola, para envolver a todos.
Esperamos que aproveitem esta parte da caminhada rumo a uma formação profis-
sional que respeita e envolve a todos em suas intervenções.
Bons estudos!
Caro aluno, como vimos anteriormente, a Organização das Nações Unidas (ONU)
define a pessoa com deficiência como aquela que tem impedimentos de natureza física,
intelectual ou sensorial, que diante de barreiras diversas, tem sua participação plena e
efetiva na sociedade e com as demais pessoas limitada.
Vimos também que para que ocorra a efetiva inclusão da pessoa com deficiência
na sociedade, é importante que a sociedade se adapte a pessoa com deficiência e não o
contrário, reduzindo barreiras arquitetônicas, comunicacionais, metodológicas ou pedagó-
gicas e atitudinais ou sociais.
A Lei Brasileira de Inclusão (BRASIL, 2015) aponta que é fundamental garantir o
acesso à informação e a comunicação e tratar com punição quem descumpre esses pon-
tos, quebrando as barreiras que impedem a efetiva inclusão. Para se atingir esse propósito,
algumas questões legais são implementadas. Dentre as Leis e indicativos internacionais de
inclusão podemos destacar:
● 1990: Declaração de Jomtien (Tailândia), indicando a necessidade da inclusão e
permanência de todos na escola. Esse documento foi elaborado na Conferência
Mundial sobre Educação para Todos e traz pontos referentes às necessidades
básicas de aprendizagem para crianças, jovens e adultos. Não é específico
da pessoa com deficiência, mas traz indicativos importantes para a vida com
dignidade e qualidade de vida.
Para as pessoas com deficiência física é preciso que se tenham rampas, espaço
reservado para a deficiência física, como na figura 2. Banheiros também devem ser ade-
quados, possibilitando condições para o uso independente (figura 3).
Fonte: CIVIAM.
Para Solera (2020) a TA vem como uma possibilidade para posicionar o aluno no
centro do processo educacional e, com isso, contribuir com sua autonomia. Bersch (2007,
p. 37), afirma que a TA se organiza por modalidades. Veja abaixo.
● Auxílios para a vida diária e vida prática;
● Comunicação Aumentativa e Alternativa ;
● Recursos de acessibilidade ao computador;
● Adequação Postural (posicionamento para função);
● Auxílios de mobilidade;
● Sistemas de controle de ambiente;
● Projetos arquitetônicos para acessibilidade;
● Recursos para cegos ou para pessoas com visão subnormal;
● Recursos para surdos ou pessoas com déficits auditivos;
● Adaptações em veículos.
Fonte: Meu Anjo Gabriela, 2014. Disponível em:http://meuanjogabriela.com.br/gabi-no-parapodium/. Acesso em: 23 de jul. 2021.
-inclusao/cuerdas-es-un-cortometraje-de-animacion-escrito-y-dirigido-por-pedro-solis-garcia-2/
3.1.1 Atitudes dos professores para com os alunos com deficiência física
De acordo com Marques, Cidade e Lopes (2009), são atitudes positivas dos profes-
sores para o trabalho com alunos com deficiência física:
● Acolher e valorizar o nosso aluno com ênfase em suas potencialidades;
● Criar um clima que ofereça segurança e confiança para que o aluno consiga
expressar suas vivências, expectativas, preocupações e medos;
● Ficar alerta com possíveis situações de apatia, tristeza e cansaço;
IMPORTANTE!
Atitudes:
● Aja naturalmente;
● Não superproteger o aluno com deficiência intelectual;
● Garanta a participação de todos;
● Promova desafios;
● Garanta a autonomia;
● Estimule a prática esportiva sem preconceitos ou medos;
● Não subestime a capacidade dos alunos;
Na prática:
● Selecionar atividades que estejam de acordo com o desenvolvimento do aluno;
● Seja criativo, proponha atividades que chame a atenção dos alunos;
● Se necessário faça adaptações nas atividades;
● Atividades mais complexas devem ser desenvolvidas por etapas;
● Evite instruções longas e preze por orientações claras e breves.
Na figura 22, os alunos estão jogando Bocha. Para isso você pode utilizar qualquer
bolinha que se tenha na escola, bolinhas de plástico, bolinhas de meia, bolinhas de alpiste.
Basta que você tenha 6 bolas azuis, 6 bolas vermelhas e uma bola branca.
Dependendo do material das bolas, você escolherá qual o melhor piso para o jogo.
Sabemos que a Bocha é jogada na quadra, mas isso não impede que façamos uma adap-
tação do local. Durante o jogo os alunos podem ficar sentados no chão ou em cadeiras.
Na figura 23, temos o vôlei sentado. Veja que tal modalidade pode ser facilmente
trabalhada em suas aulas. Na grande maioria das escolas, há bola de vôlei e rede,
sendo assim, para jogar basta adaptar a altura da rede. Na ausência dela, utilize uma
corda.
Além do auxílio prestado pelo amigo tutor a pessoa com deficiência, podemos contar
com o trabalho colaborativo e a consultoria. O trabalho colaborativo ocorre quando dois
profissionais ou professores atuam de modo conjunto, ou seja, se tem um direcionado
para a ação a ser desenvolvida (por exemplo o professor regular, preparador físico) e
um professor ou prosional especialista em Educação Física Adaptada, nesse caso à
ação se dá em planejar em conjunto as atividades à serem desenvolvidas, pensando
em metodologias inclusivas e adaptações necessárias às práticas propostas. Já na con-
sultoria o auxílio prestado é indireto, o professor/profissional que trabalha com pessoas
com deficiência busca auxílio de um especialista que o ajuda a identificar as potencia-
lidades e dificuldades, presta feedback das ações desenvolvidas e reanalisar as ações
de modo a torná-las mais significativas, atuando assim na estruturação do planejamento
e na solução de problemas.
REFLITA
A Educação Física é para todos, logo precisamos saber como auxiliar a pessoa com
deficiência ou alguma limitação de forma natural e espontânea. Por isso é importante
que informações sobre as deficiências e as formas específicas de ajuda sejam propaga-
das na sociedade, de modo a reduzir o preconceito e aumentar as formas de inclusão e
participação ativa das pessoas com deficiência. Reflita como você pode contribuir com
essa ação.
Fonte: As autoras.
Vamos em frente!
LIVRO
Título: Deficiência e Inclusão Escolar
Auto:. Elsa Midori Shimazaki e Edilson Roberto Pacheco (Org.)
Editora: Eduem (Disponível em: http://old.periodicos.uem.br/~e-
duem/novapagina/?q=node/710)
Sinopse: O livro Deficiência e Inclusão Escolar, traz reflexões de
pesquisadores da área sobre a educação especial, abordando a
relação com à família, à inclusão escolar, a aprendizagem e o de-
senvolvimento, as características morfofuncionais das deficiências
e as tecnologias assistiva, além de indicativos para inclusão das
pessoas com deficiência no ensino regular.
FILME/VÍDEO
Título: Extraordinário (Wonder)
Ano: 2017
Sinopse: Auggie Pullman (Jacob Tremblay) é um garoto de 10
anos com uma deformação facial congênita, que já passou por
muitas cirurgias. O filme retrata seu ingresso no ensino regular, e
como ele lida com a constante observação e avaliação dos colegas
de escola.
Plano de Estudo:
● Obesidade, gestantes e idosos e a atuação do profissional em
espaços formais e informais;
● Transtorno do Espectro Autista e Transtorno do déficit de atenção
com hiperatividade.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conhecer a obesidade, gestantes e idosos e a atuação
do profissional em espaços formais e informais;
● Estudar o Transtorno do Espectro Autista e Transtorno do déficit
de atenção com hiperatividade.
101
INTRODUÇÃO
Olá estudante,
Seja bem vindo (a) a última unidade da nossa apostila de “Educação Física Adap-
tada e Inclusiva”!
Nesta unidade intitulada de “Educação Física: foco em outras condições” você terá
a oportunidade de conhecer populações com necessidades especiais ou transtornos, e
como você pode intervir com esse grupo quando se deparar com eles ao longo de sua
caminhada profissional.
Para tanto, essa unidade está estruturada em dois tópicos. No tópico 1 “Educação
Física e Populações Especiais”, abordaremos conhecimentos que possibilitarão a você
conhecer aspectos relacionados à obesidade, às gestantes e aos idosos, assim como, os
cuidados devem ser considerados para a intervenção com essa população.
Já no tópico 2 “Educação Física: foco nos transtornos” você terá oportunidade
de estudar e se aproximar do Transtorno do Espectro Autista e Transtorno do déficit de
atenção com hiperatividade, vendo as principais características destes e como atuar de
modo a amenizar os reflexos desses transtornos no cotidiano de ações e/ou no processo
de aprendizagem.
Bons estudos!
A inclusão não se refere apenas às pessoas com deficiência, mas sim, a todas
minorias ou possíveis pessoas que estejam ou possam ser excluídas da sociedade devido
às suas necessidades especiais. Sendo assim, devemos também incluir em nossa prática
pedagógica esses grupos, e para tanto precisamos conhecê-los em suas características,
potencialidades e limitações.
FIGURA 1. OBESIDADE
Fonte: ZANUTO; ZWARG; TEIXEIRA, 2008. Adaptado de Halpern e Mancini (2002) e Pi-Sunyer (2002).
Então caro estudante, a obesidade é uma doença de várias causas que se mani-
festa por meio do excesso de massa corporal, excesso de gordura no corpo, este excesso
é algo anormal e com isso prejudica a saúde, levando a patologias como as mencionadas
no quadro 1.
A obesidade pode ser classificada de acordo com a distribuição da massa de gor-
dura. Sendo assim ela pode ser andróide e ginóide (figura 2).
SAIBA MAIS
Há estudos que indicam que em 2025 o Brasil será o quinto país do mundo a ter proble-
mas de obesidade em sua população.
FIGURA 3. GESTANTE
Mas quando devemos iniciar tais práticas com essa população? Para Pfrimer e
Teixeira (2008), este momento é sempre após a autorização médica. No início deve-se
evitar estímulos novos, já que o bebê está em formação. Após o terceiro mês o bebê já
está quase que totalmente formado, a partir daí ele irá crescer e desenvolver o que já está
pronto. Assim, se a gestante era sedentária, a prática do exercício físico deve-se iniciar
após o terceiro mês, mas se ela já era uma pessoa ativa antes de engravidar, ela deve
continuar desde o primeiro trimestre (restrições podem existir no caso de se tratar de uma
gravidez de risco).
Na escola também podemos nos deparar com adolescentes grávidas, então du-
rante as aulas de Educação Física, deve-se também ter a permissão do médico para o
olhar individualizado por se tratar de uma temática complexa envolvida na rotina escolar”
(SOUZA et al., 201?, p. 261). Mas é preciso considerar que “as aulas de educação física
podem ser o único acesso às atividades esportivas e os cuidados com a saúde durante a
201?, p. 261).
Veja estudante, que tanto dentro quanto fora da escola, nós como profissionais de
assim como, devemos conhecer esta condição para poder intervir de forma adequada. Aqui
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Você já deve ter ouvido falar sobre a Síndrome de Asperger, um transtorno neurobio-
lógico que leva à pessoa a ter dificuldade de socialização, atos motores repetitivos
e interesses restritos, gerando, por vezes, grandes habilidades devido a repetição de
movimentos. No entanto, desde 2013 com a quinta edição do Manual de Diagnóstico
da Associação Americana de Psiquiatria (DSM-5) o termo entrou em desuso, passando
a ser considerado uma forma branda de autismo (não apresenta perdas intelectuais ou
verbais).
Fonte: As autoras.
REFLITA
Você sabia que o autismo afeta quatro a cinco vezes mais meninos do que meninas? E
que a estimativa é que uma em cada 68 crianças apresentam o transtorno? Será que
estamos preparados para trabalhar junto com esse público?
Fonte: As autoras.
LIVRO
Título: Autismo: fala, linguagem e comunicação
Autor: Silva Dias Caldas
Editora: Contentus
Sinopse: O Livro, disponível em nossa biblioteca virtual, traz maio-
res informações sobre o Autismo. Estruturado em seis capítulos,
você aprofundará seus conhecimentos sobre o desenvolvimento
da linguagem, a linguagem no transtorno do espectro do autismo,
comunicação, sistemas de comunicação, aprendizagem e autismo
e brincadeiras e autismo.
FILME/VÍDEO
Título: Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador
Ano: 1993
Sinopse: “No filme Gilbert Grape - Aprendiz de Sonhador, lançado
em 1994, o ator Leonardo DiCaprio interpreta Arnie, um adoles-
cente que está prestes a completar 18 anos e sofre de autismo.
Na trama, o personagem passa por crises constantes, nas quais,
por vezes, tenta fugir de casa ou agredir a si próprio.” (AGÊNCIA
UNIVERSITÁRIA DE NOTÍCIAS, Ano: 48 - Edição Nº: 116)
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=MuwJ41XNN2E
BARKLEY, R.À. Aprendendo a viver TDAH: transtorno do Déficit de Atenção com Hiperati-
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121
CONCLUSÃO GERAL
Prezado(a) aluno(a),
Ao longo deste material, procuramos trazer para você os principais conceitos a
respeito da Educação Física Adaptada. Iniciamos nossos estudos e reflexões contextuali-
zando a deficiência ao longo da história e quais as principais características das deficiências
físicas e sensoriais.
Esse percurso histórico nos ajudou a compreender que as deficiências são tão
antigas quanto à própria humanidade, mas por muito tempo permaneceram veladas pela
sociedade, por serem vistas como um pecado ou castigo. Até chegar na compreensão de
que a deficiência se trata de um caráter patológico de causa orgânica, as pessoas desse
grupo social passaram por momentos de eliminação, aceitação até conquistar meios e
diretos em busca de sua efetiva inclusão.
Compreendido à deficiência ao longo da história e seus desdobramentos na socie-
dade, discutimos sobre os esportes adaptados e paralímpicos, de verão e de inverno, des-
tacando ações que levam a prática esportiva, à importância da Educação Física Adaptada e
algumas ações que nos levam a refletir se realmente os esportes paralímpicos são inclusivos.
Dando sequência conhecemos as questões legais da inclusão da pessoa com
deficiência na escola e na sociedade, conhecendo os meios e barreiras de acessibilidade e
como podemos intervir junto a esse grupo no cenário escolar e não escolar.
Por fim, conhecemos alguns grupos que também demandam uma prática interven-
tiva diferenciada, mesmo não tendo deficiência a população especial requer uma prática
diferenciada e adaptada aos seus anseios e necessidades. Obesos, gestantes, idosos,
pessoas com transtornos intelectuais apresentam peculiaridades e precisam de atendimen-
to especializado, uma vez que, à prática de exercício físico se faz de suma importância para
a saúde, qualidade de vida, autonomia e inclusão social dos mesmos.
A partir de agora acreditamos que você já está preparado para desenvolver uma
boa prática interventiva, compreendendo esse público não em suas limitações mas sim em
suas potencialidades.
Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigado!
122
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