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Fundamentos das Práticas

Integrativas e Complementares
Professor Esp. Leandro Mocci do Nascimento
2021 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2021 Os autores
Copyright C Edição 2021 Editora Edufatecie
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP

N244f Nascimento, Leandro Mocci do


Fundamentos das práticas integrativas e complementares /
Leandro Mocci do Nascimento. Paranavaí: EduFatecie, 2022.
67 p.: il. Color.

1. Naturoterapia. 2. Medicina Alternativa. I. Centro


Universitário UniFatecie. II. Núcleo de Educação a Distância. III. Título.

CDD: 23 ed. 615.535


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Carlos Eduardo Firmino de Oliveira
AUTOR

Professor Esp. Leandro Mocci do Nascimento

● Graduação em Enfermagem.
● Pós-Graduado em Enfermagem Cardiologia.
● Pós-Graduado em acupuntura e técnicas complementares.

Formado em enfermagem pela UniCesumar, Pós-graduado em enfermagem em


cardiologia pela Uningá. Pós-graduado em acupuntura e técnicas complementares pela
UniCesumar. Com projetos de extensão intitulados Identificação e Acompanhamento da
Ocorrência de Pediculose e Escabiose em Crianças de Creches e Escolas da Periferia de
Mandaguari-PR e Acompanhamento de pessoas com câncer e suas famílias. Realização
de estudos na área de saúde coletiva e enfermagem psiquiátrica: Conhecendo o Apoio
social a famílias preservadas do uso de drogas em uma comunidade vulnerável; Razões
para o não uso de drogas em famílias que convivem com elevada circulação de drogas; O
Desvelar do Cuidado Paliativo na Dinâmica da família: Um relato de experiência.

CURRÍCULO LATTES: http://lattes.cnpq.br/4640840656914678


APRESENTAÇÃO DO MATERIAL

Seja muito bem-vindo (a)!

Prezado (a) aluno (a), fico muito contente de ter você aqui cursando esta disciplina
tão importante para a sua formação profissional. Serei seu guia dentro dos conhecimentos
sobre os fundamentos das práticas integrativas e complementares e todos os temas e
legislações que ela abrange em nosso território.
Iremos iniciar nossa viagem neste tema pela Unidade I, compreendendo os conceitos
básicos do SUS, sua perspectiva histórica, Principio do SUS, o conceito da universalidade,
integralidade, equidade. Estudaremos também sobre a participação da comunidade, a questão
da descentralização político-administrativa, e também a hierarquização e regionalização.
Com todos esses conceitos bem definidos, partiremos para a Unidade II, na qual
vamos compreender a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no
SUS; iremos compreender a importância da portaria n° 702, de 21 de março de 2018, O
Documento técnico da PNPIC. E abrangeremos de forma resumida as práticas inclusas no
SUS, e assim por diante.
Já na Unidade III, seguiremos nossa jornada abordando temas importantes
para a área de atuação na saúde e prática integrativa: Política e diretrizes da PIC. Um
aprofundamento sobre a maravilha e o universo da Medicina Tradicional Chinesa e suas
práticas. Introdução sobre homeopatia, terapia floral e termalismo social/crenoterapia.
E para concluir nossa viagem, na Unidade IV, iremos tratar as duas portarias que
nos norteiam. Inclusão da Portaria Nº 849, de março de 2017 e portaria N° 702, de 21 de
março de 2018 e modificações do PNPIC. Seguido dos desafios enfrentados na nossa
profissão no SUS.
Todo este material será um companheiro indispensável durante sua preparação e
desenvolvimento para a vida profissional. Cuide dele com carinho e aproveite ao máximo!

Muito obrigado e bons estudos!


SUMÁRIO

UNIDADE I....................................................................................................... 3
Princípio do SUS

UNIDADE II.................................................................................................... 18
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS

UNIDADE III................................................................................................... 33
Diretrizes das Práticas Integrativas e Complementares e Práticas
Inclusas

UNIDADE IV................................................................................................... 46
Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria Nº702,
de 21 de Março de 2018 e Modificações de PNPIC
UNIDADE I
Princípio do SUS
Professor Esp. Leandro Mocci do Nascimento

Plano de Estudo:
● Introdução e História do SUS;
● Participação da comunidade;
● Descentralização Político-administrativo;
● Hierarquização e Regionalização.

Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar universalidade, integralidade, equidade;
● Compreender a participação da comunidade no SUS;
● Estabelecer a importância da descentralização Político-administrativa;
● Instruir sobre a hierarquização e regionalização da atuação do SUS.

3
INTRODUÇÃO

Olá meu querido aluno (a) tudo bem com você? Espero que sim, que sua vida seja
cada vez mais iluminada. Você alguma vez já se perguntou sobre “o que é o SUS?” ou melhor,
“para que eu preciso do SUS?” Bem meu querido aluno(a) tenho a honra e o prazer de
compartilhar algumas informações com você sobre o que é o SUS, quais são seus objetivos,
como que ele se operacionaliza, e quais as leis do SUS que mais vão nos interessar neste
momento, e acredito que você vai cada vez mais se interessar sobre esse assunto. Vamos lá?
Vamos aprender de uma forma clara e compreensível, os conceitos e Definição
do SUS, podendo assim abranger de uma forma tranquila a concepção da universalidade,
integralidade, equidade, aonde a comunidade se encaixa na participação do SUS e
obviamente qual a lei que o SUS tem como base para a construção dos seus princípios.
Ficou curioso? Ficou com vontade de aprender cada vez mais? Então te convido a
participar dessa nova jornada comigo.

UNIDADE I Princípio do SUS 4


1. INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DO SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS), é um sistema desenvolvido pelo conjunto de


todas as ações e ofícios de saúde oferecidos por órgãos federais, estaduais e municipais
e órgãos públicos que dirigem direta e indiretamente as ações sustentadas pelo poder
público. O SUS pode ser analisado frente uma das maiores aquisições sociais contidas
pela constituição do ano de 1988. Dessa forma, os princípios que marcam para a
democratização dos atos e serviços de saúde, que deixando de ser limitados e passando
a ser de forma classificada mais universal, deixam de ser centralizados e passam a ser
regulados pela descentralização (BRASIL, 2000).
Dessa forma, o SUS concebe a solidificação do novo conceito de saúde do nosso
país, antes, saúde era abrangida como “não doença”, o que cometia toda a conexão girar em
torno da cura dos problemas de saúde. Assim, saúde está pautada em assegurar a qualidade
de vida da população e versa uma série de obras básicas que incluem alimentos, trabalho,
nível de renda, educação, meio ambiente, saúde básica, nível de renda, educação, meio
ambiente, saúde básica, vigilância de saúde e medicamentos, habitação, etc. (BRASIL, 2000).
É importante perceber que a luta pela fundação do sistema SUS dar-se por início na
base social, o pedido para guiar esta empreitada denomina-se “campanha de saneamento”,
primeiramente decretado pelo diretor da Secretaria Municipal de Saúde e catalisado na Oitava
Conferência Nacional de Saneamento, realizada em 1986. A ordem dessa reunião deu os
parâmetros que em seguida foram incluídos na Constituição de 1988. (VICENTE, 2019).

UNIDADE I Princípio do SUS 5


1.1 O princípio da universalidade:
Segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2000), a saúde é classificada como
um direito de todos cidadãos brasileiros, competir ao poder público o encargo de prestar
atendimentos e ações que cubram a saúde. No entanto, universalização não diz apenas
ascensão imediato a obras e serviços saudáveis, por outro lado, a universalização alega a
provocação de apresentar esses ofícios e ações de saúde a todos os que precisam desses
serviços e ações de saúde, entretanto, realça as ações preventivas e reduz o tratamento
dos agravos à saúde. Ainda que o acesso universal, competente, eficaz e aos atendimentos
e ações de saúde seja um procedimento em construção e ainda haja muito trabalho a ser
feito, a cobertura e a abrangência enfatizando a oferta desses ofícios e ações estão se
ampliando cada vez mais rapidamente.
Os destaques apontam que os números de atendimento médico aumentaram
significativamente (BRASIL, 2000).

1.2 Princípio da integralidade:


Seguindo a linha de raciocínio frente o Ministério da Saúde (BRASIL, 2000), esse
princípio é um dos mais valiosos em termos de comprovar que a aplicação à saúde deve
levar em conceito as necessidades especiais de pessoas ou grupos de pessoas, mesmo
que sejam minoria na população total. Em outras palavras, todos abrangem conteúdos
pautados a diferentes níveis de complexidade de acordo com suas próprias necessidades.
Colocá-la em exercício é um desafio constante e dinâmico, nesse sentido, visando
a estrutura da rede de forma estratificada e a complexo dos serviços é cada vez maior. O
centro de gerenciamento de vagas vem contribuindo muito a essa finalidade. Portanto, as
ações de baixa, média e alta complexidade visam se propagar para racionalizar o sistema,
alargar o nível de decisão e sua capacidade de acolhimento à demanda.

1.3 O princípio da equidade:


O princípio da equidade nos apresenta a garantia do respeito, consciência e
individualização do paciente, fixando o direito que todos os usuários do SUS sejam tratados
de forma igual em todos os níveis de atenção. Sales (2019) refere a esse princípio em que
a equidade adapta a regra a um caso específico, a fim de deixá-la mais justa. Esse princípio
é uma forma de fixar o direito do usuário no sistema de saúde. Esse ajuste, aliás, não pode
ser de livre arbítrio e tampouco ser desfavorável ao conteúdo expresso da norma.

UNIDADE I Princípio do SUS 6


SAIBA MAIS

“Tornou-se comum entre nós designar, por princípios e diretrizes do SUS, as linhas
mestras delineadas no texto da Constituição Federal: a universalidade, a equidade, a
integralidade, a descentralização, a participação da população e a organização da rede
de serviços de modo regionalizado e hierarquizado”.

Fonte: MATTOS, Ruben Araujo de. Princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) e a humanização das
práticas de saúde. Interface-Comunicação, Saúde, Educação, v. 13, p. 771-780, 2009.

UNIDADE I Princípio do SUS 7


2. PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE

Ao constituir o conhecimento comunitário como principal ponto organizacional do


SUS, a Constituição Federal de 1988, expôs o valor da união e atuação da população na
formulação de políticas públicas em prol de defesa do direito à saúde (GUIZARDI, 2004).
Além disso, analisando as características de cada região brasileira, verificou-se
a importância frente à fiscalização e domínio de exemplos prevalentes de conduta nacio-
nal, seguindo o mesmo raciocínio da citação anterior, em análise de saúde, a junção da
sociedade também chamada de “participação comunitária”, criada e regulamentada pela
Lei nº 8.142 / 90 (PEREIRA, 2015).
A partir da constituição de comitês de saúde e reuniões de saúde, as três áreas
de governo e instituições colegiadas de gestão estão envolvidas nos serviços de saúde,
dessa forma, pretende-se envolver intérpretes sociais que historicamente não foram in-
cluídos no processo de decisão em nível nacional para incentivar o significado e a prática
de políticas de saúde.
Frente a essa legislação, foi necessário a construção de Conselhos de Saúde para
atuação da sociedade junto aos poderes de saúde. Segundo Brasil (2000) o Comitê de Saúde
é um órgão deliberativo que trabalha de forma estratégica frente participação na solicitação,
formulação, controle e avaliação da implementação de políticas públicas de saúde.

UNIDADE I Princípio do SUS 8


De outra forma, o documento explica que o congresso de saúde consiste em um
fórum público que acontece a cada quatro anos e, por meio de congressos a níveis municipal,
estadual e nacional, tomar parte de avaliações e decisões junto as classes sociais que mais
representa o SUS, gestores do sistema, trabalhadores em geral.
Umas das funções do órgão é propor e estabelecer diretrizes para formular ações de
políticas na saúde. Junto com a gestão desses exemplos e outras formas de esclarecimento
que ajudem a garantir a junção e participação da sociedade.

SAIBA MAIS

“A participação comunitária no âmbito da saúde coletiva foi difundida nos países em de-
senvolvimento no início da década de 70, sendo considerada estratégia essencial para
melhorar o acesso aos serviços de saúde nos setores mais vulneráveis da população.”

Fonte: FERNANDES, Violeta Campolina; SPAGNUOLO, Regina Stella; BASSETTO, Jamile Gabriela
Bronzato. A participação comunitária no sistema único de saúde: revisão integrativa da literatura. Revista
Brasileira em promoção da Saúde, v. 30, n. 1, p. 125-134, 2017.

UNIDADE I Princípio do SUS 9


3. DESCENTRALIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVO

De acordo com Brasil (2000), a descentralização na saúde vem de forma


estabelecida para cooperação em relação financeira frente aos órgãos das três esferas,
Nacional, Estadual e Municipal.
Pereira (2015) explica que a descentralização foi instituída pela Constituição
Federal de 1988 e regulamentada pela Lei nº 8.080/90 (Lei Orgânica da Saúde) e Lei nº
8.142/90, a gestão e as políticas de saúde no Brasil são de classificação descentralizadas-
integradas entre a União, o Estado e os Municípios. O trajeto para proceder é um dos
princípios organizacionais do Sistema Único de Saúde (SUS).
Com base no conceito constitucional de comando único, todas as esferas de
governo são de ação autônomas e soberanas nas suas decisões e ações, levando em
consideração os princípios do SUS e o conhecimento social. Nesse sentido, a faculdade de
saúde do SUS é exercido: na aliança, pelo ministro da saúde, em cada estado, pelo ministro
estadual da saúde, e, em cada município, pela secretaria municipal de saúde.
Brasil (2011) apresenta o Decreto nº 7.508 de 2011 estipulando a Lei nº 8.080/90,
constituindo um novo regime de descentralização, frisando que os serviços apresentados
serão estabelecidos em unidades geográficas específicas e clientes específicos de
complexidade crescente. Desta forma, as atribuições e prestação de serviços do SUS
devem ser organizadas a partir da conciliação da área sanitária.

UNIDADE I Princípio do SUS 10


Todos os distritos propagados nos estados devem cobrir o atendimento absoluto
por meio de companhias entre os municípios constituintes, todos as ações devem ser
regulamentadas pelo Contrato de Organização de Ação Pública (COAP).

SAIBA MAIS

“A operacionalização das diretrizes constitucionais de descentralização e de participação


social (“da comunidade”) para a organização e gestão do Sistema Único de Saúde (SUS)
vem produzindo expressivas mudanças no desenho institucional da ação governamental
e, não seria exagero dizer, profundas modificações no modo de atuação do Estado
brasileiro no campo social”.

Fonte: LUCCHESE, Patrícia TR. Eqüidade na gestão descentralizada do SUS: desafios para a redução
de desigualdades em saúde. Ciência & Saúde Coletiva, v. 8, p. 439-448, 2003.

UNIDADE I Princípio do SUS 11


4. HIERARQUIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO

Esta diretriz diz respeito sobre o envolvimento frente uma organização sistemática
que deve focalizar o conceito de território, determinar perfis populacionais, referência
epidemiológica, condições de vida e suporte social, e orientar as operações e serviços de
saúde em uma área. Esse contexto se associa junto a gestão de grau municipal visando as
dificuldades de saúde, não podendo esquecer das condições de vida e da cultura da região
ou região que o constitui.
Oliveira (2009) aponta que essa diretriz tem direcionamento na redistribuição das
responsabilidades quanto às ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo,
ou seja: União, Estados, Municípios e Distrito Federal. Dessa forma, tem como diretrizes a
regionalização e a hierarquização dos serviços; a organização de um sistema de referência e
contrarreferência; a maior resolutividade atendendo melhor os problemas de sua área; a maior
transparência na gestão do sistema; a entrada da participação popular e o controle social.
Então, a lógica sugerida é: Quanto mais próximo da população, maior será a
capacidade do sistema de identificar as necessidades de saúde e melhor será a gestão
do acesso e dos serviços da população. A regionalização deve ser pautada pelo nível de
complexidade exigido pelas necessidades de saúde ao qual apresenta os usuários da região,
as ações voltadas em vista de sua complexidade e redes de serviços de saúde devem ser
norteadas por princípios holísticos, desde a organização de ações facilitadoras e preventivas
até ações mais complexas como recursos diagnósticos, hospitalização e cirurgia.

UNIDADE I Princípio do SUS 12


Em outras palavras, o paciente pode iniciar seu atendimento por meio de um posto
de saúde (atenção primária) ou de um pronto-atendimento (urgência ou emergência) e,
se caso houver necessidade, o paciente deve ser encaminhado a um centro de referência
para devida complexidade.

SAIBA MAIS

“Ao final dos anos 1990, início dos anos 2000, ficou claro que, em face do objetivo da
integralidade, a municipalização não poderia ser o caminho. As pactuações federativas
estabeleceram prioridade ao processo de regionalização, entendido como estratégia de
hierarquização dos serviços de saúde e de busca de maior equidade. A publicação, em
2002, da Norma Operacional da Assistência à Saúde (Noas) e, em 2006, do Pacto pela
Saúde, avançaram na definição da responsabilidade sanitária de cada ente da Federação
e no estabelecimento de diretrizes para a criação de redes de ações e serviços de saúde
hierarquizadas e regionalizadas.”

Fonte: JACCOUD, Luciana de Barros; VIEIRA, Fabiola Sulpino. Autonomia, integralidade e desafios de
coordenação no SUS. 2020.

REFLITA

Nessa época de pandemia em que estamos vivendo, vimos que há um herói em cada
um de nós, só precisamos da coragem para colocar a capa.

Fonte: O autor (2021).

UNIDADE I Princípio do SUS 13


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Vimos nessa unidade que o Sistema Único de Saúde (SUS), é um sistema


desenvolvido pelo conjunto de todas as ações e ofícios de saúde oferecidos por Órgãos
Federais, Estaduais e Municipais e Órgãos Públicos que dirigem direta e indiretamente as
ações sustentadas pelo poder público.
Ao iniciarmos o nosso conhecimento sobre os princípios do SUS e também a
nossa jornada no conhecimento da universalidade, ao qual foi possível ver que a saúde
é classificada como um direito de todos cidadãos brasileiros, competir ao poder público o
encargo de prestar atendimentos e ações que cubram a saúde. No entanto, universalização
não diz apenas ascensão imediato a obras e serviços saudáveis, por outro lado, a
universalização alega a provocação de apresentar esses ofícios e ações de saúde a todos
os que precisam desses serviços e ações de saúde, entretanto, realça as ações preventivas
e reduz o tratamento dos agravos à saúde.
Já na integralidade, vimos que esse princípio é um dos mais valiosos em termos
de comprovar que a aplicação à saúde deve levar em conceito as necessidades especiais
de pessoas ou grupos de pessoas, mesmo que sejam minoria na população total. Em
outras palavras, todos abrangem conteúdos pautados a diferentes níveis de complexidade
de acordo com suas próprias necessidades.
Finalizamos o terceiro princípio do SUS no sentido de equidade, que nos apresenta
a garantia do respeito, consciência e individualização do paciente, fixando o direito que
todos os usuários do SUS sejam tratados de forma igual em todos os níveis de atenção.
Foi possível através do nosso estudo, compreender a necessidade da participação
da comunidade, constituir o conhecimento comunitário como principal ponto organizacional
do SUS, a Constituição Federal de 1988, expôs o valor da união e atuação da população
na formulação de políticas públicas em prol de defesa do direito à saúde.
No terceiro tópico de estudo de nossa apostila, estudamos a descentralização na
saúde de forma estabelecida para cooperação em relação financeira frente aos órgãos das
três esferas, Nacional, Estadual e Municipal.

UNIDADE I Princípio do SUS 14


Finalizamos o nosso estudo aprendendo sobre a hierarquização e a regionalização.
Esta diretriz diz respeito sobre o envolvimento frente uma organização sistemática que deve
focalizar o conceito de território, determinar perfis populacionais, referência epidemiológica,
condições de vida e suporte social, e orientar as operações e serviços de saúde em uma área.
Esse contexto se associa junto a gestão de grau municipal visando as dificuldades de saúde,
não podendo esquecer das condições de vida e da cultura da região ou região que o constitui.

Espero que tenha gostado, tudo de bom para você.

UNIDADE I Princípio do SUS 15


LEITURA COMPLEMENTAR

ARTIGO:

O Sistema Único de Saúde: Desafios, Avanços e Debates em 30 Anos de História

Orcélia Pereira Sales


Anderson Fernando Barroso Vieira
Antonio Marques Martins
Leandro Guimarães Garcia

RESUMO: O Sistema Único de Saúde (SUS) tem como princípios doutrinários,


universalidade, equidade, integralidade; e como princípios organizativos, regionalização e
hierarquização, descentralização, comando único, e participação popular. Considerando
que o SUS é o maior plano de saúde do Brasil, este artigo tem por objetivo: Refletir sobre
os avanços e desafios do SUS em 30 anos de história. Trata-se de um artigo de revisão
integrativa. Os artigos selecionados foram pesquisados na Scientific Eletronic Library
Online, e no Ministério da Saúde. Diversos entraves afetam o desenvolvimento do SUS,
entre eles: o sucateamento do serviço, a má gestão, os de ordem, financeira, operacional,
estrutural e de recursos humanos, agravados pela ausência ou pouca participação
popular. Os desafios são tão gigantes quantos o próprio sistema, e após três décadas
de existência ainda luta por sua sobrevivência como política pública gratuita, resolutiva,
equânime e organizadora do cuidar integral de todos os brasileiros.

Fonte: SALES, Oreia Pereira, et al. O Sistema Único de Saúde: desafios, avanços e debates em 30
anos de história. Humanidades & Inovação, v. 6, n. 17, p. 54-65, 2019.

UNIDADE I Princípio do SUS 16


MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: SUS: estrutura organizacional, controle, avaliação e
regulação
Autor: Ivana Maria Saes Busato; Ivana de França Garcia; Izabelle
Cristina Garcia Rodrigues.
Editora: Intersaberes.
Sinopse: O Sistema Único de Saúde (SUS) representa uma
grande conquista para o povo brasileiro, pois proporciona que toda
a população, desde a mais carente, tenha direito a um serviço de
saúde bom e gratuito. Contudo, encontrar soluções administrativas
que garantam a qualidade desses serviços, assimilando as
inúmeras mudanças pelas quais o sistema vem passando, não é
uma tarefa fácil. Conheça nesta obra como funciona a estrutura
organizacional do SUS – assim como as ações que de controle,

FILME/VÍDEO
Título: Muito Além do Peso
Ano: 2012.
Sinopse: Hoje em dia, um terço das crianças brasileiras estão
acima do peso. Esta é a primeira geração a apresentar doenças
antes restritas aos adultos, como depressão, diabetes e problemas
cardiovasculares. Este documentário estuda o caso da obesidade
infantil principalmente no território nacional, mas também nos outros
países no mundo, entrevistando pais, representantes das escolas,
membros do governo e responsáveis pela publicidade de alimentos.

UNIDADE I Princípio do SUS 17


UNIDADE II
Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares no SUS
Professor Esp. Leandro Mocci do Nascimento

Plano de Estudo:
● Introdução das Práticas Integrativas;
● Portaria n° 702, de 21 de março de 2018;
● Documento técnico da política nacional de práticas integrativas e complementares no
SUS (PNPIC);
● As Práticas Inclusas no SUS.

Objetivos da Aprendizagem:
● Conhecer a Portaria n° 702, de 21 de março de 2018;
● Compreender mais sobre o documento técnico da PNPIC;
● Reconhecer as práticas inclusas no SUS
frente a portaria anteriormente citada.

18
INTRODUÇÃO

Prezado aluno (a), nesta unidade vamos conhecer os conceitos e características


de forma clara, e objetiva da Portaria N° 702, de 21 de março de 2018, a sua origem e como
se deu a regulamentação das práticas de terapias integrativas no Brasil.
Veremos ainda sobre o documento técnico da Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC).
Outro fator que será abordado é qual as práticas que foram adicionadas no SUS. E
como prestar um atendimento de excelência e ser referência no mercado.
Esperamos que esta unidade seja imensamente proveitosa e venha a contribuir
ainda mais para os estudos da língua.

UNIDADE III Política


PrincípioNacional
do SUS de Práticas Integrativas e Complementares no SUS 19
1. INTRODUÇÃO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS

Na década de 1970, o Brasil organizou um movimento denominado Reforma


Sanitária, que representava os movimentos sociais e a sociedade como um todo, com o
objetivo de alcançar uma saúde digna e de qualidade (JARDIM, 2018).
Giovanella e Rizzoto (2018) explicam que esse conceito é oriundo da Conferência
de Alma-Ata, que visa buscar a efetivação do direito à saúde para todos, conforme proposto
na reformulação do Sistema Nacional de Saúde e das instituições do SUS.
Em 1986, na 8ª Conferência de Saúde, foram estabelecidos o modelo e as diretrizes
do SUS. Portanto, a Comissão Nacional de Reforma Sanitária foi criada para formular os
capítulos sobre saúde da Constituição de 1988, e a Lei nº 8.080 de 1990 foi promulgada em
conformidade (JARDIM, 2018).
Para que o SUS cumpra seus princípios e mantenha a integralidade na atenção
à saúde, o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) no SUS, que incide em exercer técnicas já desenvolvidas de
forma complementar no Sistema Público (BRASIL, 2006).
Essas práticas alargam as abordagens de atendimento e as probabilidades
terapêuticas para os clientes usuários do sistema público, garantindo maiores integralidade
e resolutividade da atenção primária (BRASIL, 2018).

UNIDADE III Política


PrincípioNacional
do SUS de Práticas Integrativas e Complementares no SUS 20
SAIBA MAIS

“As práticas integrativas e complementares em saúde paulatinamente se tornaram uma


realidade na rede de atenção à saúde pública em todo o país. O seu uso no Sistema
Único de Saúde merece reflexão, especialmente quando se investiga o sentido de sua
adoção no Brasil, uma sociedade complexa que tem incorporado recursos tecnológicos
cada vez mais sofisticados e dispendiosos”

Fonte: TELESI, Emílio. Práticas integrativas e complementares em saúde, uma nova eficácia para o
SUS. Estudos avançados, v. 30, p. 99-112, 2016.

UNIDADE III Política


PrincípioNacional
do SUS de Práticas Integrativas e Complementares no SUS 21
2. PORTARIA N° 702, DE 21 DE MARÇO DE 2018

Para compreendermos sobre a Política Nacional de Práticas Integrativas e


Complementares (PNPIC), há uma necessidade da compreensão de que essa portaria
foi instituída pela Portaria 971GM/MS de 3 de maio de 2006, nos trazendo então
diretrizes norteadoras para um melhor atendimento e atenção aos usuários do SUS,
tais atendimentos como a Medicina Tradicional Chinesa, mais certo em dizer sendo a
acupuntura. Sendo assim, Brasil (2018) aponta as demais técnicas associadas, sendo-
as: Homeopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia, Medicina Antroposófica, e Termalismo
Social/ Crenoterapia, no âmbito do Sistema Único de Saúde.
As terapias complementares são mescladas para uma abordagem de cuidado
e recursos terapêuticos que se ampliaram e têm um enorme papel na saúde global. A
Organização Mundial da Saúde (OMS) apoia e recomenda a inserção dessas técnicas na
atenção terapêutica e assim, reconhece a regulamentação destas práticas. Neste sentido,
Brasil (2018) informa que a atualização das suas diretrizes a partir do documento “Estratégia
da OMS sobre Medicinas Tradicionais para 2014-2023”.
A PNPIC surgiu da necessidade de se definirem abordagens para essas práticas
em todo o território nacional, visando que, os cuidados estavam ocorrendo de forma
desigual e desorganizada. Sendo justificada por fatores de natureza política, técnica,
econômica, social e cultural.

UNIDADE III Política


PrincípioNacional
do SUS de Práticas Integrativas e Complementares no SUS 22
De uma forma clara e objetiva, trarei os tópicos importantes da Portaria já apresen-
tada conforme apresenta Brasil (2018).
Conforme a Portaria GM Nº 702, de 21 de março de 2018 - Diário Oficial da União:
56 - Publicação: 22/03/2018, em sua ementa: Altera a Portaria de Consolidação nº 2/GM/
MS, de 28 de setembro de 2017, para incluir novas práticas na Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares – PNPIC:
O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso das atribuições que lhe
conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e
Considerando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza o
reconhecimento e incorporação das Medicinas Tradicionais e Complementares
nos sistemas nacionais de saúde, denominadas pelo Ministério da Saúde do
Brasil como Práticas Integrativas e Complementares;
Considerando que as diversas categorias profissionais de saúde no país
reconhecem as práticas integrativas e complementares como abordagem de
cuidado;
Considerando que Estados, Distrito Federal e Municípios têm promovido em
sua rede de saúde as práticas a serem incluídas; e
Considerando a necessidade de inclusão de outras práticas na Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares – PNPIC, resolve:
Art. 1º Ficam incluídas novas práticas na Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares – PNPIC.
Parágrafo único. Para fins do disposto no caput, o Anexo XXV à Portaria de
Consolidação nº 2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, passa a vigorar acres-
cido do Anexo 4 e do Anexo A do Anexo 4, nos termos do Anexo a esta Portaria.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Ficam revogados:
I – o Anexo 2 do Anexo XXV à Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, de 28
de setembro de 2017; e
II – o Anexo A do Anexo 2 do Anexo XXV à Portaria de Consolidação nº 2/GM/
MS, de 28 de setembro de 2017.
RICARDO BARROS
ANEXO
ANEXO 4 DO ANEXO XXV
Aprova a definição das práticas de aromaterapia, apiterapia, bioenergética,
constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de
mãos, medicina antroposófica/antroposofia aplicada à saúde, ozonioterapia,
terapia de florais e termalismo social/crenoterapia à Política Nacional de
Práticas Integrativas e Complementares apresentadas no Anexo A .
Art. 1º Ficam incluídas, na Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares – PNPIC, as seguintes práticas: aromaterapia, apiterapia,
bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia,
imposição de mãos, medicina antroposófica/antroposofia aplicada à saúde,
ozonioterapia, terapia de florais e termalismo social/crenoterapiaapresentadas,
nos termos do Anexo A.
Art. 2º As práticas citadas neste Anexo atenderão às diretrizes da Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS.
ANEXO A DO ANEXO 4 DO ANEXO XXV
Definição das práticas de aromaterapia, apiterapia, bioenergética, constelação
familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, medicina
antroposófica/antroposofia aplicada à saúde, ozonioterapia, terapia de florais
e termalismo social/crenoterapiaapresentadas (BRASIL, 2018, online).

UNIDADE III Política


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SAIBA MAIS

“A dor fragiliza, sensibiliza e interfere no conviver diário, exigindo dos profissionais de


saúde, especialmente aqueles que manejam o tratamento da dor, o reconhecimento
dos diferentes recursos para o seu controle e tratamento, sejam eles farmacológicos
ou não farmacológicos. No caso dos últimos, estão incluídas as Práticas Integrativas e
Complementares em Saúde (PICS).”

Fonte: POSSO, Maria Belén Salazar. Práticas Integrativas e Complementares no trata-


mento da dor. 2021.

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3. DOCUMENTO TÉCNICO DA POLÍTICA NACIONAL DE PRÁTICAS
INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NO SUS (PNPIC)

A área de abrangência do PNPIC inclui sistemas de analise médica de aparência


complexa, formas de tratamento referente ao seu diagnóstico, reconhecido pela
Organização Mundial de Saúde (OMS) e Suplemento / Substituição (MT / MCA) como
Medicina tradicional. Tal preceito e recursos abrangem métodos de busca de incentivos
por meio da prevenção natural de doenças e recuperação do processo de recuperação
da saúde de forma segura, agregando o desenvolvimento de vínculos terapêuticos e
integração humana, no meio ambiente e a sociedade (BRASIL, 2015).
Ainda no final dos anos 1970, a OMS desenvolveu a medicina tradicional, ao qual
tal técnica de atendimento visa a formulação de políticas em toda região. Desde então,
a OMS declarou vários comunicados e resoluções, seu compromisso de impulsionar os
Estados a desenvolver e Implementar políticas públicas de utilização racional e abrangente
da MT/MCA no Sistema Nacional de Atenção Básica (BRASIL, 2015).
Sendo assim, seguindo a mesma linha de raciocínio do autor anterior, o Brasil,
frente a legalização e institucionalização dessas abordagens, apresenta um início a
atenção a saúde no ano 1980, principalmente após a implantação do SUS. Com a proposta
da descentralização e participando com o público, estado e municípios têm conquistado
maiores benefícios, autonomia na definição de suas políticas e ações de saúde.

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Brasil (2015), aponta a necessidade do conhecimento de alguns eventos e
documentos merecem destaque na regulamentação e tentativas de construção da política:
1988 – Resoluções da Comissão Interministerial de Planejamento e
Coordenação (Ciplan) – nº 4, n° 5, n° 6, n° 7 e n° 8, de 8 de março de 1988, que
fixaram normas e diretrizes para o atendimento em homeopatia, acupuntura,
termalismo, técnicas alternativas de saúde mental e fitoterapia.
1996 – 10ª Conferência Nacional de Saúde, que, em seu relatório final,
aprovou a “incorporação ao SUS, em todo o País, de práticas de saúde como
a fitoterapia, acupuntura e homeopatia, contemplando as terapias alternativas
e práticas populares”.
1999 – Inclusão das consultas médicas em homeopatia e acupuntura na
tabela de procedimentos do SIA/SUS (BRASIL, 1999).
2003 – Constituição de grupo de trabalho no Ministério da Saúde com o
objetivo de elaborar a Política Nacional de Medicina Natural e Práticas
Complementares (PMNPC) ou apenas MNPC – no SUS (atual PNPIC).
2003 – Relatório da 1ª Conferência Nacional de Assistência Farmacêutica,
que enfatiza a importância de ampliação do acesso aos medicamentos
fitoterápicos e homeopáticos no SUS.
2004 – 2ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovações em Saúde.
A MNPC (atual PNPIC) foi incluída como nicho estratégico de pesquisa dentro
da Agenda Nacional de Prioridades em Pesquisa (BRASIL, 2015, p. 15).

Se observarmos a lista que o Ministério da Saúde (2015) apresenta, é possível


entendermos que à necessidade de se reconhecer atividades que já vêm sendo desenvolvidas
pela rede pública de muitos municípios e estados, ao qual vem adotando como estratégia e
a realização de um atendimento diferenciado já contempladas no Sistema Único de Saúde,
entre as quais se destacam: a medicina tradicional chinesa/acupuntura, homeopatia,
fitoterapia e da medicina antroposófica, além das práticas complementares de saúde.

SAIBA MAIS

“O campo das Práticas Integrativas e Complementares contempla sistemas médicos


complexos e recursos terapêuticos, os quais são também denominados pela Organização
Mundial de Saúde – OMS – de medicina tradicional e complementar/alternativa (MT/MCA).
Tais sistemas e recursos envolvem abordagens que buscam estimular os mecanismos
naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de tecnologias
eficazes e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo
terapêutico e na integração do ser humano com o meio ambiente e a sociedade.”

Fonte: SIMONI, Carmem de; BENEVIDES, Iracema. Política Nacional de Práticas Integrativas e Comple-
mentares no SUS-PNPIC SUS Trajetória de avanços e desafios. Revista de APS, v. 10, n. 1, p. 90-91, 2007.

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4. AS PRÁTICAS INCLUSAS NO SUS

O impulso do desvendamento da PNPIC abrange, os campos: econômico, técnico


e sociopolítico, pois gera a inserção de exercícios de cuidado específicos no discurso e na
ação de produtos e serviços da racionabilidade biomédica (BARROS, 2006).
O baixo custo na prevenção patológico, e associação ao tratamento e a pouco
cruzamento medicamentoso na medicina convencional vem sendo cada vez mais
mencionado como os principais motivos do aumento da inserção das práticas alternativas
no SUS (AMADO, 2017).
Esta Portaria, portanto, atende às diretrizes da OMS e visa avançar na
institucionalização das PICS no âmbito do SUS, sendo assim, segundo Brasil (2018)
algumas das práticas inclusas são:
● APITERAPIA:
A apiterapia é procedimento integrativo que usa os artigos produzidos
pelas abelhas em suas colmeias para promoção e manutenção da saúde,
e auxílio integrante na terapia. Tal procedimento vem sendo praticado
desde a antiguidade. Esses produtos são nomeados apiterápicos e incluem
a apitoxina, a geleia real e o pólen, a própolis, o mel, dentre outros, que
arranjam a categoria (BRASIL, 2018, online).

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● AROMATERAPIA:
A aromaterapia é um exercício terapêutica secular que consiste no uso
propositado de concentrados volúveis extraídos de vegetais, ou seja, os
óleos essenciais (OE) - a fim de causar ou aperfeiçoar a saúde. No Brasil, a
aromaterapia é reconhecida como uma técnica integrativa e complementar,
podendo ser associada a outras práticas como talassoterapia e naturopatia,
e analisada como uma probabilidade de intervir, ou potencializa os resultados
do tratamento adotado. Como prática multiprofissional, vem sendo adotada
por diversos profissionais de com o intuito de auxiliar de modo complementar a
instituir o reequilíbrio físico e/ou emocional do sujeito (BRASIL, 2018, online).
● BIOENERGÉTICA:
A bioenergética considera que o corpo é capaz de traduzir, em linguagem
não verbal, as suas necessidades, por meio de simbolismos ou sintomas
apresentando uma memória celular que registra experiências e reage a
estes padrões. Desta forma, torna-se possível “ler” no corpo, também, as
resistências e defesas do indivíduo, uma vez que ele revela expressões
emocionais vividas até o momento. Este tipo de defesa, reconhecida como
uma couraça, atua tanto na proteção do indivíduo contra ações externas e
experiências traumatizantes, quanto na diminuição, de forma gradual, da
espontaneidade nas relações humanas, da capacidade de auto percepção,
da sensibilidade para o amor, do afeto e compaixão, bem como, dificulta a
respiração plena e profunda (BRASIL, 2018, online).
● TERAPIA DE FLORAIS:
As essências florais são extratos líquidos naturais, inodoros e altamente
diluídos de flores que se destinam ao equilíbrio dos problemas emocionais,
operando em níveis sutis e harmonizando a pessoa internamente e no meio
em que vive. São preparadas a partir de flores silvestres no auge da floração,
nas primeiras horas da manhã, quando as flores ainda se encontram úmidas
pelo orvalho, obtidas através da colheita de flores extraídas de lugares da
natureza que se encontram intactos. A essência floral que se origina da planta
em floração atua nos arquétipos da alma humana, estimulando transformação
positiva na forma de pensamento e propiciando o desenvolvimento interior,
equilíbrio emocional que conduz a novos comportamentos. Não é fitoterápico,
não é fragrância, não é homeopatia, não é droga (BRASIL, 2018, online).

SAIBA MAIS

“Há, atualmente, um crescimento exponencial do uso de Medicinas Alternativas e


Complementares (MAC), principalmente, em países ocidentais desenvolvidos. A
literatura corrente indica que, também em países em desenvolvimento e pobres, a
medicina não convencional permanece como um elemento significativo no tratamento.
1Assim, é necessário o resgate dos principais marcos histórico na saúde que
consolidaram a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC),
sua relação e implicação na formação e atuação do enfermeiro como instrumento de
capacitação e maior alcance da resolutividade das ações em saúde e da cidadania do
usuário do serviço público de saúde.”

Fonte: PENNAFORT, Viviane Peixoto dos Santos et al. Práticas integrativas e o empoderamento da en-
fermagem. Revista Mineira de Enfermagem, v. 16, n. 2, p. 289-295, 2012.

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REFLITA

O melhor investimento que podemos fazer na nossa vida, além do amor, é o conhecimento.
Invista nele, pois é algo que ninguém pode tirar de você.

Fonte: O Autor, 2021

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Olá, chegamos ao fim de mais uma apostila. No nosso estudo, foi possível
compreender que na década de 1970, o Brasil organizou um movimento denominado
Reforma Sanitária, que representava os movimentos sociais e a sociedade como um todo,
com o objetivo de alcançar uma saúde digna e de qualidade. E para que o SUS cumpra
seus princípios e mantenha a integralidade na atenção à saúde, o Ministério da Saúde criou
a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, que incide
em exercer técnicas já desenvolvidas de forma complementar no sistema público.
Ao chegarmos na segunda unidade, estudamos um pouco mais a fundo sobre a
Portaria N° 702, de 21 de março de 2018, e vimos que as terapias complementares são
mescladas para uma abordagem de cuidado e recursos terapêuticos que se ampliaram e
têm um enorme papel na Saúde Global. A Organização Mundial da Saúde (OMS) apoia
e recomenda a inserção dessas técnicas na atenção terapêutica e assim, reconhece a
regulamentação destas práticas. Neste sentido, atualizou as suas diretrizes a partir do
documento “Estratégia da OMS sobre Medicinas Tradicionais para 2014-2023”.
Ao nos depararmos com o próximo assunto, chegamos à conclusão que no final dos
anos 1970, a OMS desenvolveu a medicina tradicional, ao qual tal técnica de atendimento
visa a formulação de políticas em toda região. Desde então, a OMS declarou vários
comunicados e resoluções, seu compromisso de impulsionar os Estados a desenvolver e
Implementar políticas públicas de utilização racional e abrangente da MT/MCA no Sistema
Nacional de Atenção Básica.
Terminamos nosso estudo falando sobre a inclusão das práticas no SUS. Vimos
também que o baixo custo no tratamento e a pouca efetividade da medicina convencional têm
sido citados como os principais motivos da progressiva inserção das práticas alternativas nos
serviços públicos de saúde, sendo a homeopatia a prática terapêutica que mais se destacou.
Dessa forma, me despeço de você meu querido aluno com um abraço, Sucesso a
você!

Até a próxima!

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LEITURA COMPLEMENTAR

Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares


no SUS – PNPIC SUS Trajetória de Avanços e Desafios

Carmem De Simoni
Iracema Benevides

No Brasil, a legitimação e a institucionalização dessas “novas” abordagens de


atenção à saúde iniciaram-se a partir da década de 80, principalmente após a criação do
SUS. Com a descentralização e a participação popular, os estados e municípios ganharam
maior autonomia na definição de suas políticas e ações em saúde, vindo a implantar
experiências pioneiras. Segundo diagnóstico realizado pelo Ministério da Saúde (Brasil,
2006) em 2004, junto aos 5560 municípios brasileiros, acupuntura, homeopatia, fitoterapia,
medicina antroposófica e práticas corporais estavam presentes no SUS em mais de
232 municípios brasileiros, 19 capitais e 2 secretarias de estado. Dados do Sistema de
Informações Ambulatoriais (DATASUS - SIA/SUS) apontam que, em 2006, foram realizadas
no SUS mais de 500.000 consultas entre homeopatia e acupuntura. (BRASIL, 2007a).

Fonte: SIMONI, Carmem de; BENEVIDES, Iracema. Política Nacional de


Práticas Integrativas e Complementares no SUS-PNPIC SUS Trajetória de avanços e
desafios. Revista de APS, v. 10, n. 1, p. 90-91, 2007.

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MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Práticas Integrativas e Complementares no SUS
Autor: Vera Lucia Freitag; Marcio Rossato Badke.
Sinopse: As Práticas Integrativas e Complementares em saúde
(PICS) são recursos terapêuticos, de caráter multiprofissional, que
buscam estimular os mecanismos naturais de prevenção de doença
e promoção da saúde. As PICS representam possibilidades de
oferta de cuidado, partindo-se de um olhar para as necessidades
individuais de cada pessoa, na multidimensionalidade, em especial
para as dimensões física, mental, emocional e espiritual. Atualmente
existem 29 PICS reconhecidas pelo Ministério da Saúde.

FILME/VÍDEO
Título: Karate kid
Ano: 2010.
Sinopse: Dre Parker é um garoto de 12 anos que poderia ser o
mais popular da cidade de Detroit, Estados Unidos, mas a carreira
de sua mãe acaba os levando para a cidade de Pequim, na China.
No novo país, Dre se apaixona pela sua colega de classe Mei Ying,
que se torna sua amiga, mas as diferenças culturais tornam essa
amizade impossível. Pior ainda, os sentimentos de Dre fazem com
que o aluno mais brigão da sala e prodígio do Kung Fu, Cheng,
torne-se seu inimigo, fazendo com que Dre sofra bullying nas
mãos dos amigos de Cheng, sem poder reagir. Sem amigos na
nova cidade, Dre não tem a quem recorrer exceto ao zelador do
seu prédio Mr. Han que é secretamente um mestre do Kung Fu. À
medida em que Han ensina a Dre que o Kung Fu é muito mais que
socos e habilidade, mas sim maturidade e calma, Dre percebe que
encarar os brigões da turma será a aventura de uma vida.

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UNIDADE III
Diretrizes das Práticas Integrativas e
Complementares e Práticas Inclusas
Professor Esp. Leandro Mocci do Nascimento

Plano de Estudo:
● Política e Diretrizes das Práticas Integrativas e Complementares;
● Medicina Tradicional Chinesa e suas Práticas;
● Homeopatia;
● Terapia Floral.

Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender a PIC e suas diretrizes;
● Aprender sobre a Portaria N° 971 e
sua responsabilidade na PIC;
● Introduzir breve conhecimento da MTC e suas práticas;
● Estudaremos sobre Homeopatia e sua origem;
● Conhecer sobre a Terapia Floral e sua história.

33
INTRODUÇÃO

Você está prestes a conhecer um pouco mais sobre a PIC e suas diretrizes,
entender de forma breve sobre a diretriz da Portaria Nº 971, sendo associado a MTC e
suas práticas integrativas.
As técnicas que já foram desenvolvidas há milênios são referidas na história como
uma das técnicas mais antigas no tratamento de patologia humanas.
O intuito dessa unidade é fornecer informações para a compreensão dos efeitos
políticos, introdução das técnicas vista pela MTC e práticas complementares, conhecimento
de seus benefícios dessas práticas. Todo esse conhecimento é de extrema importância
para qualquer estudante da área na qual você escolheu.

Vamos começar?

UNIDADE III Diretrizes das Práticas Integrativas e Complementares e Práticas Inclusas 34


1. POLÍTICA E DIRETRIZES DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES

A inclusão das Medicinas Alternativas e Complementares/Tradicionais, apontadas


pelo governo como Práticas Integrativas e Complementares (PIC), vem apresentando
uma ação lenta na visão da Rede Pública de Saúde Brasileira. Tendo em conceito as
recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), ao qual indica que os países
organizem políticas para um melhor acesso a estas práticas.
Tesser (2008) explica que a procura social pelas PIC tem-se por méritos próprios a
inclusão do paciente como centro da atenção; sendo considerado a relação do terapeuta com o
cliente, sendo apontado como elemento fundamental da terapêutica; sempre buscando meios
simples, que cada vez menos dependentes de tecnologia científica, sendo tratamento menos
caros e, com igual ou maior efeito terapêutico comparado com tratamento convencional.
Barros (2006) aponta em seu estudo sobre PNPIC, a Portaria 971, do Ministério da
Saúde referente a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)
no Sistema Único de Saúde, na qual indica a implantação e implementação dos serviços
complementares no SUS, com o objetivo de focar na prevenção de agravos, na promoção e
na recuperação da saúde e do bem estar do usuário do SUS, como instrumento primordial
a atenção básica, além de recomendar o cuidado contínuo, humanizado e integral.

UNIDADE III Diretrizes das Práticas Integrativas e Complementares e Práticas Inclusas 35


1.1 Diretrizes Políticas segundo o Ministério da Saúde. Portaria 971 –
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no
Sistema Único de Saúde; DOU – seção 1:
Sendo as Diretrizes da Política segundo o Ministério da Saúde (BRASIL, 2006), a
Portaria 971 – Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no
Sistema Único de Saúde; DOU – seção 1 traz:
1.Considera-se a estruturação e fortalecimento da atenção em Práticas
Integrativas e Complementares (PIC) no SUS, mediante: inserção em todos
os níveis de atenção, com ênfase na atenção básica; desenvolvimento em
caráter multiprofissional; estabelecimento de mecanismos de financiamento;
elaboração de normas técnicas e operacionais para implantação; e articulação
com as demais políticas do Ministério da Saúde.
2.Refere-se ao desenvolvimento de estratégias de qualificação em PIC,
em conformidade com os princípios da CARTAS LETTERS Educação
Permanente.
3. Apresenta incentivo a divulgação e a informação dos conhecimentos
básicos das PIC para profissionais de saúde, gestores e usuários, mediante:
apoio técnico ou financeiro a projetos de qualificação de profissionais da área
de informação, comunicação e educação popular; elaboração de materiais
de divulgação; inclusão na agenda de atividades da comunicação social do
SUS; apoio a informação e divulgação em diferentes linguagens culturais; e
apoio a experiências de educação popular.
4.Estimula ações intersetoriais, buscando parcerias que propiciem o
desenvolvimento integral.
5.Propõe o fortalecimento da participação social.
6.Ressalta o provimento do acesso e ampliação da produção pública
de medicamentos homeopáticos e fitoterápicos, mediante: elaboração
da Relação Nacional de Plantas Medicinais e da Relação Nacional de
Fitoterápicos; cumprimento dos critérios de qualidade, eficácia, eficiência e
segurança no uso; e cumprimento das boas práticas de manipulação.
7.Garante o acesso aos demais insumos estratégicos das PIC, com qualidade
e segurança das ações.
8.Incentiva a pesquisa em PIC com vistas ao aprimoramento da atenção à
saúde, avaliando eficiência, eficácia, efetividade e segurança dos cuidados
prestados
9.Propõe o desenvolvimento de ações de acompanhamento e avaliação das
PIC.
10. Promove a cooperação nacional e internacional nos campos da atenção,
educação e pesquisa.
11. Garante o monitoramento da qualidade dos fitoterápicos pelo Sistema
Nacional de Vigilância Sanitária. (BRASIL, 2006, online)

SAIBA MAIS

“Uma das maiores contribuições das Ciências Sociais da segunda metade do século XX
foi a proposta de escavação sociológica sobre o instituído, com o fim de dar visibilidade
às formas soterradas de sociabilidade. No campo da saúde, essa operação tem permitido
emergir explicações bastante diferentes das técnicas dominantes.”

Fonte: BARROS, Nelson Filice de. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS:
uma ação de inclusão. Ciência & Saúde Coletiva, v. 11, p. 850-850, 2006.

UNIDADE III Diretrizes das Práticas Integrativas e Complementares e Práticas Inclusas 36


2. MEDICINA TRADICIONAL CHINESA E SUAS PRÁTICAS

A Medicina Tradicional Chinesa (MTC), apresenta como qualidade principal um


método sistêmico médico integral, tem como origem milhares de anos na China, seus
registros primários são datados na referência dos anos de 5000 a.C., como características
de livros antigos de caráter informativos de seus cotidianos, poético, também de caráter
musical, imagens. São também conceitos que implicam numa mudança do estilo de vida, o
tratamento da acupuntura tem papel fundamental a visão de prevenção. Abe (2006) explica
que a abordagem de cada paciente deve ser vista de forma global, tendo como envolvimento
o corpo, mente, espírito e não deixando de lado o ambiente.
Uma das técnicas da MTC é a acupuntura, de acordo com o Ministério da Saúde
(BRASIL, 2015) é uma tecnologia de intervenção que aborda por inteiro e de forma dinâmico
o processo de saúde-doença, podendo ser associada com outros recursos terapêuticos.
Essa técnica abrange um conjunto de métodos que consentem em estímulo preciso em
locais anatômicos que apresentam formas acentuados por meio da aplicação de agulhas
metálicas para o tratamento, sendo na forma de promoção da saúde, manutenção do
organismo e recuperação da saúde e de seu bem estar.
Ao analisarmos de forma informativa:
Achados arqueológicos permitem supor que essa fonte de conhecimento
remonta há pelo menos 3 mil anos. A denominação chinesa zhen jiu, que
significa agulha (zhen) e calor (jiu), foi adaptada nos relatos trazidos pelos
jesuítas no século XVII como acupuntura (derivada das palavras latinas acus
– agulha e punctio – punção). O efeito terapêutico da estimulação de zonas
neurorreativas ou “pontos de acupuntura” foi, a princípio, descrito e explicado
em uma linguagem de época, simbólica e analógica, consoante com a filosofia
clássica chinesa (BRASIL, 2015, p. 17).

UNIDADE III Diretrizes das Práticas Integrativas e Complementares e Práticas Inclusas 37


Lupinacci e Cutolo (2013) relembram que a MTC é baseada em práticas essencialmente
preventivas, em que o indivíduo é orientado a ter alguns cuidados para que ele não adoeça.
Estes cuidados excluem a alimentação adequada, do sono de qualidade, prática sexual,
atividade mental e física, entre outros. Porém, diferente do oriente, geralmente no ocidente
as pessoas buscam a técnica quando o sintoma já está doente, e em condições crônicas.
Já no Ocidente, ao analisarmos o período da segunda metade do século XX, a
acupuntura foi mais aceita pela medicina contemporânea e, graças aos estudos científicos
cometidas em vários países, tanto no Oriente como do Ocidente, suas intenções terapêuticas
foram reconhecidas. Brasil (2015) nos diz:
No Brasil, a acupuntura foi introduzida há cerca de 40 anos. Em 1988, por
meio da Resolução nº 5/88, da Comissão Interministerial de Planejamento e
Coordenação (Ciplan), teve as suas normas fixadas para o atendimento nos
serviços públicos de saúde. Vários conselhos de profissões da Saúde regu-
lamentadas reconhecem a acupuntura como especialidade em nosso País,
e os cursos de formação encontram-se disponíveis em diversas unidades
federadas (BRASIL, 2015, p. 18).

SAIBA MAIS

“A DOENÇA significa que MUDANÇAS SÃO NECESSÁRIAS. Como ela é encarada


como um processo, não como fato isolado, é essencial que o indivíduo modifique alguns
hábitos e costumes que possam ter contribuído para o adoecimento. (...) A associação
de técnicas é vista como benéfica porque o tratamento não deve ser isolado. Ele deve
ser incorporado em vários aspectos da vida cotidiana para que novas rotas físicas e
mentais sejam formadas para romper o processo de adoecimento”.

Fonte: ABE, Gislaine Cristina. Medicina Tradicional Chinesa (MTC). Revista Neurociências, v. 14, p. 80-85, 2006.

UNIDADE III Diretrizes das Práticas Integrativas e Complementares e Práticas Inclusas 38


3. HOMEOPATIA

A homeopatia é um método de terapia médica bicentenária que ao longo de


sua história tem demonstrado alta resolutividade, um tratamento de baixo custo, amplo
alcance e aceitação social.
A homeopatia é incluída entre as MTC, sendo assim a prática da clínica médica
que mais se aproxima as técnicas ocidental. Trata-se de uma prática organizada pelo
médico alemão Samuel Hahnemann (nascido em 10 de abril de 1755, Meissen, Alemanha;
falecido em 2 de julho de 1843, Paris, França).
Salles (2008) explica que no período de 1796, foi quando essa prática teve
início. Tendo como origem na Saxônia, sendo realizada até nos dias de hoje. Ainda
complementa que não é apenas a uma prática de baixo custo, mas também não apresenta
efeitos colaterais adversos. Desta forma, é viável acreditar que sua prática adequada
nos Sistemas Nacionais de Saúde, tem como atividade em auxiliar para que as pessoas
enfermas possam dispor desta opção terapêutica, dependendo do caso, podendo até ser
a única forma de tratamento, ou vista como forma integrativa associada a outras técnicas
de tratamento, conforme as diretrizes anteriormente mencionadas.
Já no Brasil:
A partir da década de 1980, alguns estados e municípios brasileiros começaram
a oferecer o atendimento homeopático como especialidade médica aos
usuários dos serviços públicos de saúde, porém como iniciativas isoladas e,
às vezes, descontinuadas, por falta de uma política nacional. Em 1988, pela
Resolução nº 4/88, a Ciplan fixou normas para o atendimento em homeopatia
nos serviços públicos de saúde e, em 1999, o Ministério da Saúde inseriu na
tabela SIA/SUS a consulta médica em homeopatia (BRASIL, 2015, p. 20).

UNIDADE III Diretrizes das Práticas Integrativas e Complementares e Práticas Inclusas 39


Segundo Brasil (2006, p. 35) a prática da homeopatia no SUS importa enorme
tática para um embasamento de um modelo de atenção centrado na saúde uma vez que:
● Recoloca o sujeito no centro do paradigma da atenção, compreendendo-o
nas dimensões física, psicológica, social e cultural.
● Fortalece a relação médico-paciente como um dos elementos fundamen-
tais da terapêutica.
● Atua em diversas situações clínicas do adoecimento.
● Contribui para o uso racional de medicamentos.

Segundo Pustiglione, Goldenstein e Chencinski (2017, p. 06), o mesmo traz uma lista
sobre as vantagens em optar para o tratamento com medicamentos homeopáticos, sendo-as:

● Ser seguro, eficaz e baseado em substâncias naturais;


● Utilizar substâncias simples em micro doses;
● Má escolha em tratamento de infecções, os medicamentos homeopáticos
não agirem diretamente sobre os microrganismos e sim sobre o sistema imu-
ne (autoprotetor) para combater o processo da doença;
● O modo de administração de medicamentos homeopáticos é simples;
● Falta de diagnóstico confirmado não representa um obstáculo para iniciar o
tratamento com medicamentos homeopáticos;
● A abordagem individualizada do tratamento está em consonância com a
crescente tendência do tratamento preconizado na era moderna
● Remédios homeopáticos não viciam: uma vez que o alívio ocorre, a pessoa
doente pode facilmen
● A relação custo-benefício do tratamento homeopático é comparativamente
melhor do que a de outros sistemas terapêuticos.

SAIBA MAIS

“Apesar de ter sido oficialmente introduzida no Brasil em 1840, a homeopatia só foi


reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina como uma especialidade médica em
1980. Sua presença no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda é reduzida, existindo
poucas experiências de serviços de homeopatia em não muitos municípios brasileiros.
Este estudo tem como objetivo conhecer as representações dos usuários do SUS sobre
a homeopatia”.

Fonte: MONTEIRO, Dalva de Andrade; IRIART, Jorge Alberto Bernstein. Homeopatia no Sistema Único
de Saúde: representações dos usuários sobre o tratamento homeopático. Cadernos de Saúde Pública, v.
23, p. 1903-1912, 2007.

UNIDADE III Diretrizes das Práticas Integrativas e Complementares e Práticas Inclusas 40


4. TERAPIA FLORAL

A Terapia Floral é um processo terapêutico natural de prevenção e melhora do


estado psíquico/emocional das pessoas. Os florais usados harmonizam e compensam a
personalidade do indivíduo num processo de homeostase mental, causando uma reação
contra a irritação, o humor depressivo, a ansiedade, o medo, e outros sentimentos. Estes
desempenhos e sentimentos podem ser os motivos de doenças psicológicas e físicas
(SCHEFFER, 2008).
Os florais atuam em apoio para que o paciente possa precaver doenças, atenuando
o efeito dos traumas comportamentais e emocionais, podendo ser em prevenção delas, ou
até mesmo no seu tratamento. Os florais podem ser utilizados sozinhos ou associados com
outros tipos de tratamentos, visto que não interatuam com tratamentos medicamentosos,
tampouco com os homeopáticos. Assim sendo, são totalmente seguros, pois essa prática
não apresenta efeitos colaterais e de forma segura pode ser usada em pessoas de todas
as idades (SCHEFFER, 2008).
Para melhor compreendermos sobre essa terapia, precisamos conhecer um pouco
a história do criador dela. Edward Bach nasceu na Inglaterra, no ano de 1886, era médico
e ao decorrer de sua vida, percebeu que o estado emocional dos seus pacientes interferia
muito no seu tratamento, e ele começou a perceber que as doenças físicas derivam de
condições psicológicas adversas e desequilíbrios emocionais.

UNIDADE III Diretrizes das Práticas Integrativas e Complementares e Práticas Inclusas 41


Então, ao decorrer da sua carreira, Bach descobriu em 1928, três florais, Mimulus,
Impatiens e Clematis e logo em 1930, mudou-se para Cromer, na costa de Norfolk,
descobrindo lá outras 35 essências, incluindo a junção para formação do Rescue, dando
início a modalidade terapêutica (SANTOS, 2008).
Os 12 primeiros florais descobertos por meio da psicometria de Bach foram os
indicados a seguir. E mesmo no Brasil, utilizamos o nome em inglês dos florais, porém,
deixo, entre parênteses, também, alguns nomes utilizados em português.
Confira:
1. Impatiens (Impaciência, Beijo, Maria-sem-Vergonha).
2. Mimilus (Mimosa).
3. Clematis (Clematite, Clematide, Cipó-cruz).
4. Agrinomy (Agrimônia).
5. Chicory (Chicória).
6. Vervain (Verbena).
7. Centaury (Centáurea menor, Fel-da-Terra).
8. Cerato (Plumbago, Dentilária).
9. Sclerantus (Craveiro, Erva-dura).
10. Water Violet (Violeta de água).
11. Gentian (Genciana).
12. Rock Rose (Heliântemo, Helianto, Cisto).

SAIBA MAIS

“O uso de terapias naturais para superar disfunções e desfrutar de uma melhor qualidade
de vida está na ordem do dia. As pessoas procuram sempre mais profissionais não
convencionais para fazer frente à doença e gozar de uma saúde integral. Como explicar
essa proliferação de terapias alternativas em relação àquelas convencionais da medicina
institucionalizada? Certamente, este fato aponta para uma crise das terapias usadas
pela medicina oficial e cientificamente reconhecida”.

Fonte: NEVES, Luciana Cohen Persiano; SELLI, Lucilda; JUNGES, Roque. A integralidade na Terapia Floral
e a viabilidade de sua inserção no Sistema Único de Saúde. O Mundo da Saúde, v. 34, n. 1, p. 57-64, 2010.

REFLITA

Nunca desista dos seus sonhos, pois a sua força está dentro de você.

Fonte: O autor (2021).

UNIDADE III Diretrizes das Práticas Integrativas e Complementares e Práticas Inclusas 42


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme apontado no nosso estudo, vimos a necessidade de incluir as


práticas integrativas e complementares de forma humanizada e nas UBS, dessa forma,
proporcionamos ao próximo a possibilidade de um atendimento sem uso abusivo de
medicamentos, sendo oferecido ações mais benéficas e apresentamos a chance de construir
a sua própria autonomia em prol da sua saúde. Vimos também que uma vez inseridas
essas práticas na assistência ao paciente ele conseguirá visualizar de forma universal o
seu tratamento, cuidar e ser assistido integralmente.
Sendo assim, o conhecimento técnico-científico do profissional é fundamental para
que o mesmo tenha a capacidade de avaliar o paciente e identificar suas necessidades,
podendo assim, aplicar as técnicas com precisão.
Esperamos que você tenha aproveitado ao máximo esse momento de estudo e
reflexão sobre os estudos da linguagem.

Até a próxima!

UNIDADE III Diretrizes das Práticas Integrativas e Complementares e Práticas Inclusas 43


LEITURA COMPLEMENTAR

Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares:


trajetória e desafios em 30 anos do SUS

Gisléa Kândida Ferreira da Silva,


Islândia Maria Carvalho de Sousa,
Maria Eduarda Guerra da Silva Cabral,
Adriana Falangola Benjamin Bezerra,
Maria Beatriz Lisboa Guimarães.

Este artigo analisa a construção e desenvolvimento da Política Nacional de Práticas


Integrativas e Complementares (PNPIC) no SUS e seus antecedentes. O estudo envolveu
revisão de literatura, análise documental e entrevistas com atores-chave no processo de
construção e implementação da política. Apoiou-se no modelo de múltiplos fluxos proposto
por Kingdon no que tange à formulação da agenda política. Os resultados apontam
momentos importantes na trajetória da política: influência de parâmetros internacionais;
papel das conferências nacionais de saúde na construção da demanda social; experiências
iniciais de oferta na rede pública; protagonismo no âmbito do ensino e pesquisa; entrada
na agenda política; condução federal e desafios para a institucionalização. A formulação da
PNPIC ocorre pela pressão de atores estratégicos que empreenderam ações em condições
institucionais favoráveis no âmbito do Ministério da Saúde após mudança política na esfera
do Governo Federal em 2003, criando uma janela de oportunidade política. Tal processo
foi marcado por resistências oriundas da racionalidade biomédica e disputas de interesses.
Apesar do avanço relativo à disseminação e visibilidade da oferta de serviços, as ações
no âmbito da condução federal não foram acompanhadas por mudanças significativas na
formação dos profissionais e nas práticas hegemônicas de saúde.

Fonte: SILVA, Gisléa Kândida Ferreira da., et al. Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares: trajetória e desafios em 30 anos do SUS. Physis: Revista
de Saúde Coletiva, v. 30, p. e300110, 2020.

UNIDADE III Diretrizes das Práticas Integrativas e Complementares e Práticas Inclusas 44


MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Guia Prático de Medicina Chinesa: Para Autoconhecimento,
Saúde e Bem-estar
Autor: Dra. Ana Clélia Mattos.
Editora: Alfabeto 2019.
Sinopse: Um guia que aborda de forma objetiva e abrangente
a Medicina Chinesa e seus conceitos fundamentais, que pode
contribuir para o seu equilíbrio físico, emocional e espiritual. O
Guia Prático de Medicina Chinesa traz a história e os princípios
básicos dessa medicina milenar, as funções dos principais órgãos,
do sangue e dos fluidos corpóreos, elementos da Energia Vital
Qi, e as teorias do Yin-Yang e dos Cinco Elementos, além de
sugestões de tratamentos e medicamentos de acordo com cada
indivíduo. Com mais de 35 anos de rica experiência clínica, Ana
Clélia Mattos, médica especializada em Homeopatia e Medicina
Oriental – que teve como mestres Dr. Saulo José Guedes e Dr.
Lo Der Cheng –, traz, tanto para médicos quanto para leigos, um
livro prático e útil, com ilustrações que facilitam a apreensão do
conteúdo, e ainda um glossário de doenças e sintomas de A a Z.

FILME
Título: O Físico
Ano: 2013.
Sinopse: Inglaterra, século XI. Ainda criança, Rob vê sua mãe
morrer em decorrência da “doença do lado”. O garoto cresce
sob os cuidados de Bader (Stellan Sarsgard), o barbeiro local,
que vende bebidas que prometem curar doenças. Ao crescer,
Rob (Tom Payne) aprende tudo o que Bader sabe sobre cuidar
de pessoas doentes, mas ele sonha em saber mais. Após Bader
passar por uma operação nos olhos, Rob descobre que na Pérsia
há um médico famoso, Avicena (Ben Kingsley), que coordena um
hospital, algo impensável na Inglaterra. Para aprender com ele,
Rob aceita não apenas fazer uma longa viagem rumo à Ásia, mas
também esconde o fato de ser cristão, já que apenas judeus e
árabes podem entrar na Pérsia.

UNIDADE III Diretrizes das Práticas Integrativas e Complementares e Práticas Inclusas 45


UNIDADE IV
Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março
de 2017 e Portaria Nº702, de 21 de Março
de 2018 e Modificações de PNPIC
Professor Esp. Leandro Mocci do Nascimento

Plano de Estudo:
● Alteração das Práticas na PNPIC;
● Portaria nº 849, de 27 de março de 2017;
● Portaria n° 702, de 21 de março de 2018;
● Desafios enfrentados.

Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender as alterações da PNPIC;
● Entender a portaria Nº 849 de março de 2017;
● Aprender sobre a portaria 702 de março
de 2018 e seu motivo de inclusão;
● Estudar as dificuldades enfrentadas sobre
a alimentação da política integrativa.

46
INTRODUÇÃO

Prezado aluno (a),

nesta unidade vamos conhecer os conceitos e características de forma clara e


objetiva sobre as alterações das práticas da PNPIC, também compreenderemos as duas
portarias mais recentes na política de terapia complementar e as técnicas introduzidas nas
portarias. Estudaremos também sobre as dificuldades enfrentadas no programa.
Espera-se que esta unidade seja infinitamente vantajosa para os seus estudos e
venha a contribuir ainda mais para os estudos da prática complementar.

Bons estudos!

UNIDADE IV Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria 47


Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
1. ALTERAÇÃO DAS PRÁTICAS NA PNPIC

Ao relembrarmos sobre a política integrativa da terapia complementar, vimos que já


na década de 90, as práticas das terapias integrativas e complementares vem aumentando
em extensões mundial. O seu desenvolvimento ocorre, especialmente, com incentivo da
Organização Mundial de Saúde (OMS). No ano de 2002, como já vimos antes, a OMS vem
atuando por meio da elaboração de um documento de normas para seus países membros.
Tal documento tende a ampliação e a regulamentação desses exercícios nos serviços de
saúde, tanto como a facilidade do acesso, como do uso lógico e da avaliação da eficácia do
serviço e de sua segurança para aplicação de tais técnicas.
Mantendo esse raciocínio, no ano de 2006, o Ministério da Saúde (MS), por
meio da Portaria nº 971/2006, anunciou a Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), com o propósito de
honrar a integralidade nos serviços de saúde. A partir de então, a oferta ao uso das
Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (PIC), como as técnicas de fitoterapia,
homeopatia, acupuntura, e outras práticas, foram regularizadas no SUS, com o propósito
de ampliação da utilização dessas práticas.
Primeiramente, a PNPIC apresentava apenas cinco PIC em suas diretrizes para serem
utilizada no SUS com a finalidade de gerar a recuperação, a manutenção e a prevenção de
agravos patológicos na saúde dos usuários, seguindo o objetivo primordial do SUS, são elas:
a Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura; a Homeopatia; as Plantas Medicinais/Fitoterapia;
o Termalismo/Crenoterapia; e a Medicina Antroposófica (BRASIL, 2017).

UNIDADE IV Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria 48


Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
Contudo, conforme seu desenvolvimento e reconhecimento da crescente utilização
de outros métodos fundamentadas em ciência tradicional pela população de uma forma em
geral, o ministério da saúde abrangeu, nos anos de 2017 e 2018, novas portarias terapêuticas
à PNPIC, por meio da Portaria nº 849/201726 e da Portaria nº 702/201827. Com os conceitos
das novas portarias, dessa forma, o SUS passou a ofertar, atualmente, 29 dessas práticas.

SAIBA MAIS

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) designa “Medicina Tradicional e


Complementar” um amplo conjunto de práticas de cuidado, saberes e produtos
de uso terapêutico que não pertencem a medicina convencional ou alopática. Tais
práticas podem ser distribuídas em dois grandes grupos: 1- Racionalidades médicas
(naturopatia, homeopatia, Ayurveda, Medicina Tradicional Chinesa, Antroposófica e
Tibetana), e 2- Práticas Terapêuticas, as quais incluem as intervenções mente/corpo,
terapias de manipulação corporal, naturais e energéticas.”

Fonte: AZEVEDO, Cissa, et al. Práticas integrativas e complementares no âmbito da enfermagem: aspec-
tos legais e panorama acadêmico-assistencial. Escola Anna Nery, v. 23, 2019.

UNIDADE IV Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria 49


Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
2. PORTARIA Nº 849, DE 27 DE MARÇO DE 2017

A PNPIC determina as instituições responsáveis pelas implantações das


Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (PICS), norteando as três esferas
públicas, sendo os Estados, Distrito Federal e Municípios estabeleçam suas adequadas
normativas apresentando para o Sistema único de Saúde (SUS) métodos que acolham
as necessidades regionais.
Segundo Brasil (2017), os 10 anos da Política causaram melhoria significativas
para a designação do ingresso e da resolutividade na Rede de Atenção à Saúde.
(...) com mais de 5.000 estabelecimentos que ofertam PICS. O segundo ciclo
do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção
Básica (PMAQ) avaliou mais de 30 mil equipes de atenção básica no território
nacional e demonstrou que as 14 práticas a serem incluídas por esta Portaria
estão presentes nos serviços de saúde em todo o país (BRASIL, 2017, online).

Essa portaria inclui as práticas: Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular,


Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia, Reiki,
Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga à Política Nacional de Práticas Integrati-
vas e Complementares.

UNIDADE IV Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria 50


Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
2.1 Arteterapia
É uma prática que utiliza a arte como base do processo terapêutico. Faz
uso de diversas técnicas expressivas como pintura, desenho, sons, música,
modelagem, colagem, mímica, tecelagem, expressão corporal, escultura,
dentre outras. Pode ser realizada de forma individual ou em grupo. Baseia-se
no princípio de que o processo criativo é terapêutico e fomentador da qualidade
de vida. A Arteterapia estimula a expressão criativa, auxilia no desenvolvimento
motor, no raciocínio e no relacionamento afetivo (BRASIL, 2017, online).
2.2 Ayurveda
(...)No Ayurveda a investigação diagnóstica leva em consideração tecidos
corporais afetados, humores, local em que a doença está localizada,
resistência e vitalidade, rotina diária, hábitos alimentares, gravidade das
condições clínicas, condição de digestão, detalhes pessoais, sociais, situação
econômica e ambiental da pessoa. Considera que a doença inicia-se muito
antes de ser percebida no corpo, aumentando o papel preventivo deste
sistema terapêutico, tornando possível tomar medidas adequadas e eficazes
com antecedência. Os tratamentos no Ayurveda levam em consideração a
singularidade de cada pessoa, de acordo com o dosha (humores biológicos)
do indivíduo. Assim, cada tratamento é planejado de forma individual. São
utilizadas técnicas de relaxamento, massagens, plantas medicinais, minerais,
posturas corporais (ásanas), pranayamas (técnicas respiratórias), mudras
(posições e exercícios) e o cuidado dietético (BRASIL, 2017, online).
2.3 Biodança
Classificasse como uma técnica de integração humana, de renovação
orgânica, de conexão psicofísica, de reeducação afetiva e de reaprendizagem
das funções originais da vida. Seu método estimula uma enérgica de ação que
atua no organismo aumentando a capacidade e o protagonismo do indivíduo
para sua própria recuperação. A inclusão com a natureza, a participação
social e a prática em grupo passam ocupar lugar de destaque nas ações de
saúde (BRASIL, 2017, online).

2.4 Dança Circular


Danças Circulares Sagradas ou Dança dos Povos, ou meramente Dança
Circular é uma técnica de dança em roda, tradicional e contemporânea,
sendo de origem de diferentes folclores que beneficia a aprendizagem e a
interconexão harmoniosa entre os participadores. As pessoas dançam juntos,
passando para círculos e aos poucos começam a alterar os movimentos, com
finalidade de liberar a mente, corpo e alma (BRASIL, 2017, online).

2.5 Meditação
É uma prática de harmonização dos estados mentais e da consciência, pre-
sente em inúmeras culturas e tradições. Também é entendida como estado
de Samadhi, que é a dissolução da identificação com o ego e total aprofunda-
mento dos sentidos, o estado de “êxtase” (BRASIL, 2017, online).

2.6 Musicoterapia
Classificasse com a utilização da música e seus elementos (som, ritmo, melo-
dia e harmonia), podendo ser em grupo ou de forma individualizada, sobre um
processo para facilitar e promover a comunicação, relação intra/interpessoal,
ação cognitiva, mobilização, expressão, organização e outros objetivos tera-
pêuticos salientes. Tendo como objetivo de alcançar necessidades físicas,
emocionais, mentais, sociais e cognitivas. Ainda em desenvolver potenciais
e restabelecer funções do indivíduo para que possa alcançar uma melhor
integração intra e interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade
de vida (BRASIL, 2017, online).

UNIDADE IV Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria 51


Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
2.7 Naturopatia
É compreendida como abordagem de cuidado por meio de métodos e recursos
naturais, estimulando a capacidade intrínseca do corpo para curar-se. Tem
sua origem baseada nos conhecimentos de cuidado em saúde de diversas
culturas, particularmente aquele que ponderam o vitalismo, consistindo na
essência de um princípio vital presente em cada ser, influenciando seu

2.8 Osteopatia
É um método que atua no diagnóstico e terapia no indivíduo de forma integral
a partir da manipulação das articulações e tecidos. Esta prática parte do
princípio que as disfunções de mobilidade articular e teciduais em geral
contribuem no aparecimento das enfermidades (BRASIL, 2017, online).

2.9 Quiropraxia
É conhecida como uma abordagem de cuidados específicos que utiliza técnica de
diagnósticos e terapêuticos manipulativos. Ao qual o objetivo da técnica visa o tratamento
e a prevenção das alterações dos sistemas neurológico, muscular e esquelético, seguido
dos efeitos na saúde em geral.
São utilizadas as mãos para aplicar uma força controlada na articulação,
pressionando além da amplitude de movimento habitual. É comum se ouvir
estalos durante as manipulações, isso ocorre devido à abertura da articulação,
que gera uma cavitação (BRASIL, 2017, online).

2.10 Reflexoterapia
É uma prática que utiliza estímulos em áreas reflexas com finalidade terapêutica.
Parte do princípio que o corpo se encontra atravessado por meridianos que o
dividem em diferentes regiões. Cada uma destas regiões tem o seu reflexo,
principalmente nos pés ou nas mãos. São massageados pontos-chave que
permitem a reativação da homeostase e equilíbrio das regiões do corpo nas
quais há algum tipo de bloqueio ou inconveniente (BRASIL, 2017, online).

2.11 Reiki
É uma prática de imposição de mãos que usa a aproximação ou o toque sobre
o corpo da pessoa com a finalidade de estimular os mecanismos naturais de
recuperação da saúde. Baseado na concepção vitalista de saúde e doença
também presente em outros sistemas terapêuticos, considera a existência de
uma energia universal canalizada que atua sobre o equilíbrio da energia vital
com o propósito de harmonizar as condições gerais do corpo e da mente de
forma integral (BRASIL, 2017, online).

2.12 Shantala
É uma prática de massagem direcionada para bebês e crianças, realizada por
uma série de movimentos pelo corpo, permitindo o despertar e a ampliação do
vínculo cuidador e bebê. Com uma ênfase maior em promover a saúde integral,
reforçando vínculos, confiança, criatividade, segurança, equilíbrio físico e
emocional, tanto para o bebe quanto para o cuidador, que normalmente é os
pais. Tendo como objetivo de promove e fortalece harmoniza e equilibra os
sistemas imunológico, respiratório, digestivo, circulatório e linfático, auxiliando
significativamente no desenvolvimento motor, facilitando movimentos como
rolar, sentar, engatinhar e andar (BRASIL, 2017, online).

UNIDADE IV Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria 52


Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
2.13 Terapia Comunitária Integrativa (TCI)
A TCI é ampliada em formato de roda, visando trabalhar a horizontalidade e a
circularidade. Cada participante da sessão é corresponsável pelo processo
terapêutico produzindo efeitos individuais e coletivos. A partilha de experiências
objetiva a valorização das histórias pessoais, favorecendo assim, o resgate da
identidade, a restauração da autoestima e da autoconfiança, a ampliação da
percepção e da possibilidade de resolução dos problemas (BRASIL, 2017, online).

SAIBA MAIS

“A utilização de plantas medicinais no tratamento de várias doenças ocorre há milhares


de anos. As antigas civilizações já conheciam o poder medicinal de algumas plantas e as
cultivavam, repassando os saberes a cada geração. Com o decorrer dos anos e o advento
da medicina, este conhecimento passou a ser desvalorizado pelos profissionais de saúde,
que começaram a enfocar o tratamento alopático. Porém, atualmente, a ciência e as políticas
de saúde estão buscando restabelecer o uso das plantas medicinais pela população”.

Fonte: FEIJÓ, A. M. et al. Plantas medicinais utilizadas por idosos com diagnóstico de Diabetes mellitus no
tratamento dos sintomas da doença. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 14, n. 1, p. 50-56, 2012.

UNIDADE IV Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria 53


Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
3. PORTARIA N° 702, DE 21 DE MARÇO DE 2018

A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), constituída


pela Portaria 971GM/MS de 3 de maio de 2006, nos traz diretrizes para a associação da
Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, Homeopatia, Plantas Medicinais e Fitoterapia, Me-
dicina Antroposófica, e Termalismo Social/Crenoterapia, no serviço do SUS (BRASIL, 2018).
Seguindo essa linha de raciocínio, as técnicas complementares obtêm uma
associação de abordagens de cuidado e recursos terapêuticos. Essa métodos de
abordagem possui um papel importante na saúde global. A OMS fortalece muito a inclusão
dos métodos de práticas integrativas, consideração e regulamentação destas práticas,
dos produtos e de seus clientes/pacientes no SUS. Sendo assim, atualizando as suas
diretrizes a partir do documento “Estratégia da OMS sobre Medicinas Tradicionais para
2014-2023” (BRASIL, 2018), enfatizando que:
Os 10 anos da Política trouxeram avanços significativos para a qualificação
do acesso e da resolutividade na Rede de Atenção à Saúde, com mais de
5.000 estabelecimentos que ofertam PICS. O segundo ciclo do Programa
Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ)
avaliou mais de 30 mil equipes de atenção básica no território nacional e
demonstrou que as 14 práticas a serem incluídas por esta Portaria estão pre-
sentes nos serviços de saúde em todo o país (BRASIL, 2018, online).

UNIDADE IV Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria 54


Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
3.1 Apiterapia
A Apiterapia é método integrativo que emprega os produtos produzidos pelas
abelhas em suas colmeias para realizar a manutenção da saúde. A utilização
da apitoxina como prática complementar recebe a denominação de apicultura,
quando a estimulação ocorre nos pontos estratégicos do corpo similares aos
definidos para a acupuntura, seja pela introdução do próprio ferrão da abelha ou
por meio de agulhas apropriadas. Porém, outros modos consistem em aplicação
sublingual, subcutânea com agulhas, injeções ou tópicas, com processamento
industrializado de doses de apitoxina, o que torna a toxina menos ativa. A apitoxina
age como anestésico na pele, com ação da endorfina muito alta, e apesar da dor
inicial acaba relaxando a área de aplicação (BRASIL, 2018, online).

3.2 Aromaterapia
A aromaterapia é prática terapêutica secular que consiste no uso propositado
de concentrados voláteis extraídos de vegetais, ou seja, os óleos essenciais
(OE), com o propósito de promover ou melhorar a saúde, o bem-estar e a
higiene do usuário. A aromaterapia é adotada como uma prática integrativa e
complementar com aberto uso individual e/ou coletivo, pode ser associada a
outras práticas e considerada uma probabilidade de operação que potencializa
os resultados do tratamento adotado (BRASIL, 2018, online).

3.3 Bioenergética
A bioenergética é uma visão diagnóstica que, unificada a uma compreensão
etiológica do processo de adoecer e sofre, adota a psicoterapia corporal
e os exercícios terapêuticos em grupos, movimentos sincronizados com a
respiração. Essa técnica trabalha o teor emocional por meio da conversa,
da educação corporal e da respiração. Tem como objetivo a interação
homem-corpo-emoção-razão, sendo conduzida a partir da análise desses
componentes por meio de conceitos fundamentais (couraça muscular,
anéis ou segmentos da couraça muscular) e técnicas corporais (grounding,
respiração e massagem) (BRASIL, 2018, online).

3.4 Constelação Familiar


A constelação familiar é uma técnica de representação espacial das relações
familiares que comporta identificar bloqueios emocionais de gerações
ou membros da família. As ações realizadas em consonância com essas
leis favorecem que a vida flua de modo equilibrado e harmônico; quando
transgredidas, ocasionam perda da saúde, da vitalidade, da realização, dos
bons relacionamentos, com decorrente fracasso nos objetivos de vida. A
constelação familiar é indicada para todas as idades, classes sociais, e sem
qualquer vínculo ou abordagem religiosa, podendo ser indicada para qualquer
pessoa doente, em qualquer nível e qualquer idade, como por exemplo, bebês
doentes são constelados através dos pais (BRASIL, 2018, online).

3.5 Cromoterapia
A cromoterapia é prática terapêutica, utiliza as cores no tratamento de
doenças, sendo utilizada pelo homem desde as antigas civilizações, atua do
nível físico aos mais graves com o objetivo de harmonizar o corpo. Entre
as possibilidades terapêuticas utilizadas pelos profissionais de saúde, a
cromoterapia se enquadra como um recurso, associado ou não a outras
modalidades (geoterapia, reflexologia, aromaterapia, imposição de mãos
etc), demonstrando resultados satisfatórios (BRASIL, 2018, online).

3.6 Geoterapia
A geoterapia é método que contribui com ampliação e melhoramentos nos
sistemas de abordagem integrativa. Escritas antigas mencionam que as
argilas eram prescritas para tratamentos de enfermidades e preservação da
saúde, destacando grande emprego em casos de doenças osteomusculares,
processos inflamatórios, lesões dérmicas, cicatrização de ferimentos, entre
outros (BRASIL, 2018, online).

UNIDADE IV Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria 55


Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
3.7 Hipnoterapia
A hipnoterapia é um conjunto de técnicas que, por meio de intenso
relaxamento, concentração e/ou foco, induz a pessoa a alcançar um estado
de consciência aumentado que permita alterar uma ampla gama de condições
ou comportamentos indesejados como medos, fobias, insônia, depressão,
angústia, estresse, dores crônicas. Pode favorecer o autoconhecimento e,
em combinação com outras formas de terapia, auxilia na condução de uma
série de problemas (BRASIL, 2018, online).

3.8 Imposição de Mãos


A imposição de mãos é prática terapêutica secular que implica um esforço
meditativo para a transferência de energia vital (Qi, prana) por meio das
mãos com intuito de reestabelecer o equilíbrio do campo energético humano
auxiliando no processo saúde-doença. Sem envolvimento de outros recursos
(remédios, essências, aparelhos) faz uso da capacidade humana de conduzir
conscientemente o fluxo de energias curativas multidimensionais para dentro
do corpo humano e dos seus sistemas energéticos físicos e espirituais a fim
de provocar mudanças terapêuticas (BRASIL, 2018, online).

3.9 Medicina Antroposófica


A Medicina Antroposófica (MA) foi introduzida no Brasil há aproximadamente
60 anos e apresenta-se como uma abordagem médico-terapêutica comple-
mentar, de base vitalista, cujo modelo de atenção está organizado de maneira
transdisciplinar, buscando a integralidade do cuidado em saúde. Considerada
uma abordagem terapêutica integral com base na antroposofia, avalia o ser
humano a partir dos conceitos da trimembração, quadrimembração e biogra-
fia, oferecendo cuidados e recursos terapêuticos específicos. Atua de manei-
ra integrativa e utiliza diversos recursos terapêuticos para a recuperação ou
manutenção da saúde, conciliando medicamentos e terapias convencionais
com outros específicos de sua abordagem (BRASIL, 2018, online).

3.10 Ozonioterapia
A Ozonioterapia é pratica integrativa e complementar de baixo custo, segu-
rança comprovada e reconhecida, que utiliza a aplicação de uma mistura dos
gases oxigênio e ozônio, por diversas vias de administração, com finalidade
terapêutica. Há algum tempo, o potencial terapêutico do ozônio ganhou muita
atenção através da sua forte capacidade de induzir o estresse oxidativo con-
trolado e moderado quando administrado em doses terapêuticas precisas. A
molécula de ozônio é molécula biológica, presente na natureza e produzida
pelo organismo sendo que o ozônio medicinal (sempre uma mistura de ozô-
nio e oxigênio), nos seus diversos mecanismos de ação, representa um es-
timulo que contribui para a melhora de diversas doenças, uma vez que pode
ajudar a recuperar de forma natural a capacidade funcional do organismo
humano e animal (BRASIL, 2018, online).

3.11 Terapia de Florais


A terapia de florais é uma prática complementar e não medicamentosa que,
por meio dos vários sistemas de essências florais, modifica certos estados
vibratórios auxiliando a equilibrar e harmonizar o indivíduo. O pioneiro das
essências florais foi o médico inglês Edward Bach que, na década de 1930,
inspirado nos trabalhos de Paracelso, Hahnemann e Steiner, adota a utili-
zação terapêutica da energia essencial - energia sutil - de algumas flores
silvestres que cresciam sem a interferência do ser humano, para o equilíbrio
e harmonia da personalidade do indivíduo, reatando laços com a tradição
alquímica de Paracelso e Hildegard Von Bingen, numa nova abordagem da
saúde (BRASIL, 2018, online).

UNIDADE IV Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria 56


Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
3.12 Crenoterapia
O uso das águas minerais para tratamento de saúde é um procedimento
dos mais antigos, utilizado desde a época do Império Grego. Foi descrito
por Heródoto (450 a.C.), autor da primeira publicação científica termal. Como
prática terapêutica, compreende as diferentes maneiras de utilização da água
mineral - com propriedades físicas, térmicas, radioativas e outras - e even-
tualmente submetida a ações hidromecânicas - como agente em tratamentos
de saúde. A eficiência do termalismo no tratamento de saúde está associada
à composição química da água (que pode ser classificada como sulfurada,
radioativa, bicarbonatada, ferruginosa etc.), à forma de aplicação (banho,
sauna etc.) e à sua temperatura (BRASIL, 2018, online).

SAIBA MAIS

“A saúde da mulher e da criança é um dos pilares das Políticas Públicas brasileiras, e


após a promulgação da Lei n° 8080/1990, a atenção universal, equânime e integral a
este binômio tornou se notória (BRASIL, 1990). No país, o atendimento pela Atenção
Primária à Saúde aumentou significativamente a cobertura do pré-natal nos últimos
anos, reduzindo assim os riscos de morbimortalidade e complicações, proporcionando
assim um atendimento de qualidade às mulheres nas ações referentes à saúde”.

Fonte: FERREIRA, R. C.; DE FREITAS, D. N.; ZANELLI, T. L. P.; MARQUES, T. M.; MILAGRES, C. S.
Práticas integrativas e complementares na assistência do período puerperal. Revista Eletrônica Acervo
Saúde, v. 13, n. 1, p. e5254, 8 jan. 2021.

UNIDADE IV Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria 57


Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
4. DESAFIOS ENFRENTADOS

A implantação do PIC no SUS é falha, o que está relacionado à falta de iniciativa


dos profissionais nessas práticas, muitas vezes devido à falta de divulgação da base
teórica da PNPIC e ao reduzido número de pesquisas na área. As diretrizes da PNPIC são
consistentes com a Política Nacional de Atenção Primária à Saúde (APS). Assim, o Ministério
da Saúde (MS) acatou a estratégia de implantação do PIC na APS, que visa abranger
diferentes comunidades, oferecer mais opções de tratamento aos usuários e contribuir para
a promoção da saúde, humanização, educação universal e educação permanente.
Um dos motivos é que o número de profissionais formados em PIC é muito pequeno,
dificultando sua indicação e utilização, pois os profissionais que atuam na APS são limitados
pela falta de informação, o que contraria as recomendações de políticas públicas. Com
isso, a formação profissional não condiz com a nova política pública de saúde, resultando
na redução do número de encaminhamentos, resultando em baixa demanda e utilização
dos usuários. O conhecimento superficial dos profissionais leva a visões preconceituosas
sobre o PIC, aliado ao desconhecimento de seus benefícios e crenças, tende a abandonar
o tratamento convencional e desinteressar muitos profissionais de saúde. Este fato mostra a
importância do esclarecimento da fonte de uso e da PNPIC, em vista que o conceito errado
enfraquece a relação entre profissionais que praticam PIC (terapia mista) e profissionais que
não a praticam, bem como a relação entre profissionais alopatas e pacientes usuários de PIC.

UNIDADE IV Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria 58


Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
Outro motivo enfatiza a importância de discutir o PIC com mais profundidade
durante a graduação para ajudar os alunos a tomarem decisões importantes sobre um
melhor desempenho profissional de forma humana e seguindo as necessidades da
multidão. Obviamente, as instituições de ensino públicas são as que mais investem na
formação do PIC para alunos com base na PNPIC e no SUS. Além disso, é importante
esclarecer a PNPIC aos profissionais que ingressaram no mercado de trabalho, pois se
observa isso quando os profissionais são introduzidos PNPIC, eles parecem ser propícios
para a implementação da política (TAKESHITA, 2021).

SAIBA MAIS

“Outros desafios importantes estão relacionados à capacitação e ao incentivo dos


membros da equipe de saúde, ao apoio aos profissionais não médicos, assim como a
percepção e a compreensão das perspectivas das PIC. Estes fatores são essenciais
para o sucesso da inserção das PIC no SUS, e para que os princípios da PNPIC sejam
assegurados, contribuindo para a promoção da saúde em toda rede de atenção”

Fonte: RUELA, Ludmila de Oliveira, et al. Implementação, acesso e uso das práticas integrativas e com-
plementares no sistema único de saúde: Revisão da literatura. Ciência & Saúde Coletiva, v. 24, p. 4239-
4250, 2019.

REFLITA

“Não é bom agir sem reflexão; quem anda apressado acaba tropeçando. A insensatez
faz a pessoa tropeçar e ela, depois, se exaspera contra Deu”.

Fonte: (Provérbio 19: 2-3).

UNIDADE IV Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria 59


Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesta última unidade, enfatizei as alterações das práticas na PNPIC, Portaria nº 849,
de 27 de março de 2017; Portaria n° 702, de 21 de março de 2018; e os Desafios enfrentados.
Desta forma, vimos que já na década de 90, a PNPIC vem aumentando em
extensões mundial. Inclusive, o seu desenvolvimento ocorre, especialmente, com estímulo
da Organização Mundial de Saúde (OMS). Já no ano de 2002, como já vimos antes, a
OMS vem atuando por meio da elaboração de um documento de normas para seus países
membros. Contudo, conforme vimos o desenvolvimento da prática e o reconhecimento
da crescente utilização de outras práticas fundamentadas em conhecimentos tradicionais
pela população de uma forma em geral, foi possível notar que o MS realizou abrangência,
nos anos de 2017 e 2018, novas portarias terapêuticas à PNPIC, por meio da Portaria nº
849/201726 e da Portaria nº 702/201827. Sendo assim, resultando em 29 práticas.
Em seguida, compreendemos um pouco mais sobre a Portaria Nº 849, DE 27
de março de 2017 e surgimento dos Planos de Atenção nas Práticas Integrativas no
Brasil, essa portaria inclui as seguintes práticas: Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança
Circular, Meditação, Musicoterapia, Naturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexoterapia,
Reiki, Shantala, Terapia Comunitária Integrativa e Yoga à Política Nacional de Práticas
Integrativas e Complementares, sendo um enorme benefício para o paciente ter em seu
tratamento através do SUS.
Logo a seguir, você pode entender que a Política Nacional de Práticas Integrativas
e Complementares (PNPIC), instituída pela Portaria 971GM/MS de 3 de maio de 2006, nos
traz diretrizes norteadoras para Medicina Tradicional Chinesa/Acupuntura, na qual vimos
que busca eliminar, prevenir e diminuir riscos no tratamento do paciente. Compreendendo
que a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem como papel essencial no fortalecimento,
inclusão, consideração e regulamentação das práticas, dessas portarias e de seus
praticantes nos Sistemas Nacionais de Saúde. Sendo assim, atualizando as suas diretrizes
a partir do documento “Estratégia da OMS sobre Medicinas Tradicionais para 2014-2023”.

UNIDADE IV Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria 60


Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
Finalizamos nosso estudo compreendendo que um dos desafios encontrados na
realização das práticas é que o número de profissionais formados em PIC é muito pequeno,
inibindo sua indicação e utilização, pois os profissionais que atuam na Atenção Primária a
Saúde (APS) são limitados pela falta de informação, o que contraria as recomendações de
políticas públicas. Temos a obrigação de sempre darmos o nosso melhor, e com isso tenho
certeza que você será um profissional diferenciado.

Um abraço, Sucesso a você!

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Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
LEITURA COMPLEMENTAR

ARTIGO:

Potencialidades e fragilidades de implantação da Política


Nacional de Práticas Integrativas e Complementares

Pedro Henrique Leonetti


Fernanda Martin Catarucci
Vânia Hercília Talarico Bruno
Ivan Beteto da Silva
Violeta Campolina
Marcelo Marcos Piva Demarzo
Regina Stella Spagnuolo
Karina Pavão Patricio

RESUMO: Esta revisão narrativa tem por objetivo analisar a produção científica
sobre as Práticas Integrativas e Complementares (PIC) no Sistema Único de Saúde (SUS)
visando compreender as potencialidades e fragilidades do processo de implantação da
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Após busca nas
bases de dados, 25 artigos foram selecionados e os seus resultados analisados criticamente.
Da análise do material emergiram cinco temas principais que explicitaram potencialidades
e fragilidades de implantação da política: 1) Formação profissional em PIC para o SUS; 2)
Estruturação da oferta em PIC, acesso e promoção da saúde; 3) Conhecimento, acesso
e aceitação de usuários em relação às PIC; 4) Conhecimento de profissionais e gestores
em relação à PNPIC; e 5) Escopo, monitoramento e avaliação da PNPIC. Os resultados
se alinham aos relatórios de gestão da PNPIC aprofundando o conhecimento acerca da
implantação da política e reforçando a necessidade de empoderamento dos atores do SUS
para o enfrentamento de seus desafios.

Fonte: HABIMORAD, Pedro Henrique Leonetti, et al. Potencialidades e fragilidades


de implantação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. Ciência &
Saúde Coletiva, v. 25, p. 395-405, 2020.

UNIDADE IV Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria 62


Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Recursos Técnicos em Estética
Autor(a): Maria de Fátima Lima Pereira.
Editora: Difusão, 2016.
Sinopse: A Série Curso de Estética surge em um momento em
que a qualidade de vida e o bem-estar estão no topo das pautas. A
busca por profissionais especializados em tratamentos estéticos e
cuidados com a beleza, tornou-se parte do cotidiano das pessoas.
Neste livro, os autores abordam temas como: Biossegurança
em Estética; Primeiros socorros na área da Estética; Aspectos
psicológicos do toque; História da massagem; Massagem
relaxante corporal; Massagem modeladora; Massagem facial
relaxante; Massagem facial: método Miototerapia; Drenagem
linfática no Brasil; Drenagem linfática manual: método Vodder;
Drenagem linfática manual: método Godoy & Godoy; Limpeza de
pele e organização do ambiente de trabalho; Hidratação, nutrição
e lifting; Peles com acne; Discromias; Peelings.

FILME/VÍDEO
Título: 9000 Needles/9000Agulhas
Ano: 2009.
Sinope: O filme documenta o destino de Devin Dearth, um
empresário de sucesso e fisiculturista campeão que sofreu um
derrame devastador causado por um sangramento no tronco
cerebral, que o deixou paralisado do lado direito, incapaz de
andar e com dificuldade para falar. Com a ajuda de seu irmão
Doug (diretor de cinema), eles viajam para Tianjin, na China,
para experimentar um centro de reabilitação de derrame que usa
acupuntura e medicina tradicional chinesa.

UNIDADE IV Inclusão da Portaria Nº849, de 27 de Março de 2017 e Portaria 63


Nº702, de Março de 2018 e Modificações do PNPIC
REFERÊNCIAS

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p. 80-85, 2006.

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no Sistema Único de Saúde 10 anos: avanços e perspectivas. JMPHC| Journal of
Management & Primary Health Care| ISSN 2179-6750, v. 8, n. 2, p. 290-308, 2017.

BARROS, Nelson Filice de. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares


no SUS: uma ação de inclusão. Ciência & Saúde Coletiva, v. 11, p. 850-850, 2006.

BRASIL, Constituição. Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011. Regulamenta a Lei


nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para dispor sobre a organização do Sistema
Único de Saúde-SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde ea articulação
interfederativa, e dá outras providências. Diário Oficial da União, v. 123, p. 1-3, 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Política Nacional de Práticas Integrativas e


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uma realidade no SUS. Revista Brasileira Saúde da Família. Brasília: MS, 2008.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria nº 145, de


11 de janeiro de 2017. Altera procedimentos na Tabela de Procedimentos, Medicamentos,
Órteses, Próteses e Materiais Especiais do SUS para atendimento na Atenção Básica.
Diário Oficial da União 13 jan. 2017. Disponível em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/
saudelegis/sas/2017/prt0145_11_01_2017.html. Acesso em: 20 set. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria nº 702, de


21 de março de 2018. Altera a Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, de 28 de setembro
de 2017, para incluir novas práticas na Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares – PNPIC. Diário Oficial da União 22 mar. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria nº 849, de 27


de março de 2017. Inclui a Arteterapia, Ayurveda, Biodança, Dança Circular, Meditação,
Musicoterapia, Neturopatia, Osteopatia, Quiropraxia, Reflexologia, Reiki, Shantala,
Terapia Comunitária Integrativa e Yoga à Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares. Diário Oficial da União 28 mar. 2017.Disponivel em: https://bvsms.saude.
gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt0849_28_03_2017.html. Acesso em: 20 set. 2021.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria n° 702, de 21 de março de
2018. Altera a Portaria de Consolidação nº 2/GM/MS, de 28 de setembro de 2017, para
incluir novas práticas na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares -
PNPIC. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/
bvs/saudelegis/gm/2018/prt0702_22_03_2018.html. Acesso em: 20 set. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Gabinete do Ministro. Portaria nº 971 de 03 de maio de


2006. Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no
Sistema Único de Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 971, de 03 de maio de 2006. Dispõe sobre a


política nacional de práticas integrativas e complementares no sistema único de saúde.
diário oficial da união, Brasília, 4 maio 2006. seção 1, p. 20. Disponível em:

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Geneva: WHO, 2002.

67
CONCLUSÃO GERAL

Como você pôde perceber, prezado (a) estudante, os temas tratados nesta disciplina
trazem importantes aspectos de natureza conceitual, contextual e histórico das Políticas
Públicas de Saúde no Brasil, portanto, foi possível perceber que as políticas da saúde são
parte integrante das políticas públicas.
Neste sentido, na Unidade I, com o tema “Princípio do SUS” apresentamos a você
os principais aspectos de natureza conceitual e histórica do SUS em relação às políticas
Públicas, abrangendo de forma clara e respeitosa sobre os temos de universalidade,
integridade e equidade, em seguida estudamos sobre como é importante a participação da
comunidade em tomadas de decisão, sabendo que todo benefício é para a comunidade. E
com ênfase na descentralização político-administrativo podemos perceber como o poder do
estado chega ao município e foca na regionalização.
Na Unidade II, “Política Nacional de Práticas Integrativas Complementares no
SUS (PNPIC)”, você compreendeu o que representa o SUS na sociedade, trazendo todas
as técnicas complementares a população, saindo um pouco da indústria farmacológica e
tratando a população de uma forma mais natural. Desta forma, tivemos a introdução da
PNPIC, juntamente com a Portaria Nº 702 e sua importância para a nossa atuação nas
práticas integrativas. Foi possível estudar a documentação técnica da política nacional das
práticas integrativas e compreender quais são as inclusas no SUS.
Na Unidade III, com a temática “Política e diretrizes das práticas integrativas e
complementares”, destacamos a organização e a competência da medicina tradicional
chinesa, e todo seu trajeto até o dia de hoje. Neste aspecto, compreendemos como outras
técnicas de tratamento tem a eficácia frente desordens emocionais e patológicas, como a
terapia homeopata, floral e termalismo social.
Ao final do nosso livro, na Unidade IV, estudamos o assunto: “Inclusão da Portaria
nº 849, de 27 de março de 2017 e Portaria nº 702 de 21 de março de 2018 e modificações do
PNPIC”, apresentamos uma integração da saúde suplementar, sua importância no contexto
da saúde e do SUS, bem como as formas de regulação tanto das ações no âmbito do SUS
quanto no âmbito da assistência privada.

Espero, ter contribuído com vosso aprendizado, um abraço e Sucesso!

68
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