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Olá alunos (as), me chamo Cíntia Zani Fávaro Polonio, sou professora, formada
em Ciências Biológicas pela UNIPAR e em Pedagogia pela UniCesumar, especialista em
Biotecnologia pela UEM, Atendimento Educacional Especializado e Psicopedagogia pela
UniCesumar e mestra em Biologia Comparada pela UEM. Atualmente sou pesquisadora
pelo Cnpq na Universidade Estadual de Maringá realizando estudos relacionados com
fungos endofíticos associados à nanoparticulas como sendo possíveis biorremediadores
de corantes têxteis e metais pesados. Além disso, atuo como professora de apoio pela pre-
feitura municipal de Maringá, auxiliando alunos que possuam TEA (Transtorno do Espectro
Autista) e outras dificuldades de aprendizagem. Possuo experiência na área de ensino
em todas as fases, desde o infantil até pós-graduação, como professora e conteúdista em
diversas faculdades, além de orientadora de TCC pela UniCesumar.
Queridos (as) alunos (as), sejam muito bem-vindos (as) a nossa disciplina de
Botânica. Durante nossos estudos, vocês terão acesso a um mundo que se esconde aos
nossos olhos, pois por mais que vejamos as belezas exteriores das plantas, não imaginamos
o quanto são ainda mais surpreendentes diante de toda a complexidade que existe em seu
interior. As plantas apresentam uma infinidade de estruturas e de mecanismos aos quais
parecem nem mesmo acontecer, pois elas não são dinâmicas como os demais seres vivos
que se movimentam todo o tempo, mas, veremos o quanto elas realizam em silêncio.
Em nossa primeira unidade, vamos entender sobre os caminhos percorridos durante
todos os anos até que as plantas chegassem no status que apresentam hoje, tudo isso
graças a evolução. Para que tenhamos um melhor entendimento, precisamos conhecer
as plantas de dentro para fora, por isso vamos conhecer sobre sua estrutura celular, os
tecidos vegetais e apreciar um pouco sobre a fisiologia vegetal.
Durante a segunda unidade, adentraremos em três dos quatro grupos que existem
para classificar as plantas, sendo elas as briófitas, as pteridófitas e as gimnospermas, e
iremos conhecer as principais características que as definem além de entender sobre como
se reproduzem. Já na terceira unidade, vamos explorar o quarto e mais diversos grupos,
que são as angiospermas, e diante de todas as informações, iremos saber o porquê de
tamanha diversificação dessas plantas. Em nossa quarta e última unidade, vamos ver sobre
as interações entre o homem e as plantas, destacando o quanto nós somos dependentes
delas. Também será evidenciado como que a agronomia foi implementada e qual sua
importância para que nossa sociedade se tornasse como conhecemos hoje. Por fim, iremos
compreender mais sobre as aplicações biotecnológicas das plantas e todas as inovações
que elas oferecem para nós.
SUMÁRIO
UNIDADE I....................................................................................................... 4
Botânica
UNIDADE II.................................................................................................... 29
Diversidade: Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas
UNIDADE III................................................................................................... 55
Angiospermas
UNIDADE IV................................................................................................... 80
Aplicações
UNIDADE I
Botânica
Professora Cíntia Zani Fávaro Polonio
Plano de Estudo:
● Evolução das Plantas;
● Estrutura Celular;
● Tecidos Vegetais;
● Fisiologia das Plantas.
Objetivos da Aprendizagem:
● Compreender a evolução das plantas
● Entender sobre as células vegetais e sua composição;
● Conceituar as funções das organelas;
● Conhecer os tecidos vegetais;
● Compreender de uma maneira geral a Fisiologia Vegetal.
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INTRODUÇÃO
Olá alunos (as), sejam muito bem-vindos (as) a disciplina de Botânica! Em nossa
primeira unidade, vamos compreender mais sobre como as plantas evoluíram desde o
primórdio até apresentarem a grande diversidade de espécies que encontramos atualmente,
com as mais variadas formas, tamanhos, cores e nos mais diferentes ambientes.
Cada planta apresenta uma infinidade de funções, sistemas e uma complexidade
muito maior do que podemos ver enquanto contemplamos ela, porém, quando passamos
a conhecer profundamente toda a engrenagem existente para que uma planta seja da
maneira que ela é, entendemos a dimensão e o quanto são majestosas e imponentes, por
mais pequenas que possam ser.
Também vamos conhecer sobre as estruturas celulares presentes nas plantas e
entender que estão ali para desempenhar diversos processos importantes, permitindo com
que várias funções ocorram, pois elas são as engrenagens que não param. Isso é possível
por conta de várias peças que a compõe, sendo elas chamadas de organelas, e cada
uma delas desempenham um papel fundamental para a planta. Além disso, possuem uma
organela única que é chamada de cloroplasto, responsável pelo grande sucesso evolutivo
por esses organismos que fabricam seu próprio alimento, chamados de autótrofos, que é a
fotossíntese.
Essas células que possuem diversas funções específicas, quando se agrupam
formam os chamados tecidos vegetais. Vamos ver que nas plantas, existem os sistemas
de tecidos, agrupamentos maiores de células que são classificados em três grupos:
fundamental, dérmico e vascular. Cada um deles vão ser muito importantes para que a
planta tenha a estrutura e forma que podemos contemplar em nosso dia-a-dia. Portanto,
precisamos compreender essas características para que assim tenhamos todas as
ferramentas necessárias para abranger todos os grupos existentes entre as plantas, que se
diferem entre si por conta dessas características.
Sabendo disso, passamos para o próximo passo, que é compreender as funções
desempenhadas por cada estrutura, e nesse ponto iremos falar sobre a fisiologia vegetal.
Os hormônios que garantem o desenvolvimento da planta em vários níveis, a fotossíntese
importante para a produção da energia, a nutrição que é fundamental para o desenvolvimento
da planta, e outras diversas situações que vão garantir a planta todo o suporte para que se
desenvolva e cresça da melhor forma possível.
UNIDADE I Botânica 5
Nesse primeiro momento, vamos compreender o mais íntimo da planta para
que tenhamos todas as ferramentas necessárias e entender o todo. Por isso, nunca se
esqueçam de sempre buscar mais informações em locais seguros, tendo como guia nosso
material. Através da leitura e da exploração desse tema tão amplo e magnífico, que sempre
terá muito a ser compreendido, você terá o que precisa para aprender muito sobre o mundo
das Plantas.
UNIDADE I Botânica 6
1. EVOLUÇÃO DAS PLANTAS
As plantas são essenciais para os seres humanos e permeiam suas vidas das
mais diversas formas como sendo fonte de alimento, de renda, utilizada medicinalmente
e na ornamentação como alguns exemplos. Mas o seu papel vai muito além disso, elas
são importantes para que o equilíbrio do nosso meio ambiente ocorra, e através dos ciclos
biogeoquímicos, que são processos que ocorrem na natureza para a manutenção de
diversos elementos como a água, o nitrogênio, oxigênio e carbono, da fotossíntese e até
mesmo na formação dos solos através das interações existentes entre ambos, as plantas
modificam e moldam ambientes (CLARKE; WARNOKE e DONOGHUE, 2011).
Mas, para que tudo isso que vivemos no presente acontecesse, houve uma longa
jornada evolutiva, com diversas mudanças e aperfeiçoamentos por parte das plantas.
O início de tudo é alvo de muitas teorias que são desenvolvidas com base em muitas
informações relacionadas com o caos inicial de nosso planeta, em que muitas interações
entre gases, moléculas orgânicas, descargas elétricas em forma de relâmpagos, chuva
foram se acumulando no decorrer do tempo nas águas dos oceanos, e então as moléculas
ali presentes foram se agrupando por afinidade até formarem pequenos moldes para que
as células primárias fossem formadas, as chamadas microsferas de proteinoides. Alguns
estudos ainda apontam que essas moléculas podem ter sido fonte de energia para as
formas de vida iniciais, sendo que a energia é crucial para que um organismo possa conduzir
variadas ações, entre elas se reproduzir, passando adiante todas as características que
foram adquirindo conforme evoluíram.
UNIDADE I Botânica 7
A endossimbiose primária foi o primeiro passo para que os cloroplastos surgissem.
Nesse processo, um organismo eucarioto (que já possui um núcleo delimitado por uma
membrana) engloba um endossimbionte, que no caso das plantas seria uma cianobactéria
procarionte (sem núcleo delimitado), que foram os primeiros organismos a realizarem
fotossíntese. Mesmo estando dentro de outra célula, ambos formaram uma relação cujo
todos se beneficiaram, resultando no estabelecimento e proliferação dessa informação para
as demais gerações. Esses organismos que continham agora continham um cloroplasto
passaram a desenvolver a capacidade de capturar a luz solar, e transformá-la em energia,
se tornando assim seres autotróficos. Estudos complementares indicam que essa primeira
endossimbiose ocorreu em algas verdes, vermelhas e nas glaucótitas (MAGALHÃES e
NAUER, 2018, RAVEN; EVERT e EICHHORN, 2014).
Analises filogenéticas que utilizam caracteres genéticos, indicam que as plantas
evoluíram a partir de algas streptophytas (Figura 1). Essas mudanças que ocorreram para que
a grande diversidade que conhecemos pudesse acontecer, foram possíveis por processos
que mudavam as informações a partir da alteração de sequências dos nucleotídeos, no
número de cromossomos ou ainda em sua estruturação, sendo denominadas de mutações.
Quando as plantas terrestres surgem, existem indícios de que ocorreu também um aumento
de maneira gradual dos níveis de Oxigênio (O2) e a redução de dióxido de Carbono (CO2),
culminando no resfriamento do planeta (VRIES e ARCHIBALD, 2018; VEASEY et al. 2011).
UNIDADE I Botânica 8
A evolução é muito importante, pois é por meio dela que podemos compreender o
presente. Assim como a história conta o passado da humanidade, a evolução conta como
que as plantas evoluíram até que conquistasse todos os tipos de ambientes, as mais diversas
formas, tamanhos, maneiras de se reproduzirem e até mesmo de interagir entre si e com
tudo o que está ao seu redor, além de compreender também as classificações que iremos
ver durante os nossos estudos na Botânica. Embora nosso foco não esteja na evolução
em si, é fundamental que tenhamos esse conhecimento básico para que então todo o
nosso estudo tenha uma sequência que fará com que todas as informações futuras sejam
compreendidas. Então, como vimos, por meio do processo evolutivo surgiram células que
continham novas estruturações, sendo uma delas o cloroplasto. A partir de agora, vamos
conhecer toda maquinaria existente dentro de uma célula vegetal, compreendendo as
funções de cada uma delas e também qual a sua importância, mesmo sendo tão pequena,
para que o todo aconteça.
UNIDADE I Botânica 9
2. ESTRUTURA CELULAR
UNIDADE I Botânica 10
2.1 Compreendendo a célula vegetal
A célula vegetal é composta por diversas estruturas, e cada uma desempenha
funções importantes e vitais para o desenvolvimento da planta. Como podemos observar na
Figura 2, diversas são as estruturas que compõem uma célula, e agora, vamos compreender
sobre as suas funções para dessa maneira entender o quanto ela é fundamental.
UNIDADE I Botânica 11
● Membranas plasmáticas: envolvem o protoplasto em seu interior, e ela apresenta
uma característica muito relevante que é a seletividade, permitindo passar moléculas
não carregadas e água, e excluindo outras substâncias não necessárias. Essa ação
é realizada pelas proteínas de transporte que estão presentes em sua composição.
UNIDADE I Botânica 12
● Mitocôndrias: são responsáveis pela respiração celular, e possui as chamadas
cristas, que são dobras presentes na membrana interna, aumentando assim o
local onde as enzimas estarão presentes, e consequentemente todas as reações
referentes a elas.
● Núcleo: é a maior das organelas, possui um duplo envoltório que contém poros,
mas seu interior é livre para que todo o material genético esteja armazenado ali.
Também estão presentes os nucléolos, em que são constituídos os precursores
de ribossomos (RAVEN; EVERT e EICHHORN, 2014; BRESINSKY et al., 2012).
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3. TECIDOS VEGETAIS
UNIDADE I Botânica 14
No Sistema Dérmico estão agrupados os tecidos da epiderme, que reveste o corpo
externo da planta em seu crescimento primário, e depois no crescimento secundário em
que é denominado de periderme. A epiderme (Figura 4) reveste folhas, frutos, sementes e
partes das flores. Em raízes e caule elas estão presentes até que seu crescimento alcance o
segundo estágio. A disposição das células que compõem os tecidos da epiderme ocorre de
maneira compacta, o que garante uma proteção de ações mecânicas. Nas partes aéreas,
essas células possuem uma camada que recobre sua parede celular, que é a cutícula, e
seu principal papel é garantir uma menor perca de água pelas folhas. Um dos principais
constituintes da cutícula é a cera, que garante o aspecto mais brilhante nos frutos e nas folhas.
Uma das características mais interessantes é que a epiderme possui uma sensibilidade de
perceber a presença e a ausência da luz, controlando os movimentos relacionados ao ciclo
circadiano existente na planta, e assim, quando a fotossíntese ocorrerá.
FIGURA 4 – EPIDERME
Outra célula que compõe esse sistema, são as células-guarda (Figura 5) que
regulam os estômatos (estruturas que regulam as trocas gasosas) que se apresentam em
maior abundancia na parte aérea da planta.
UNIDADE I Botânica 15
FIGURA 5 - CÉLULAS-GUARDA
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FIGURA 6 – VASOS CONDUTORES PRESENTES NAS PLANTAS
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FIGURA 7 – PARÊNQUIMA EM PERSPECTIVA LONGITUDINAL E TRANSVERSAL
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FIGURA 8 – ESCLERÊNQUIMA EM PERSPECTIVA LONGITUDINAL E TRANSVERSSAL
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4. FISIOLOGIA DAS PLANTAS
UNIDADE I Botânica 20
para que diversos mecanismos aconteçam e principalmente regulando o crescimento da
planta, tendo em vista que a agua é grande parte de seu componente; a fotossíntese que
é crucial para que a planta, através da sintetização de compostos orgânicos utilizando a
energia solar, seja caracterizada como autótrofa (produz seu próprio alimento) como já
mencionado.
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TABELA 1- PRINCIPAIS HORMÔNIOS VEGETAIS, ORIGEM, LOCAL DE SÍNTESE,
COMO SÃO TRANSPORTADOS E QUAIS SUAS PROPRIEDADES
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Fonte: Raven, Evert e Eichhorn. (2014, p. 1.195).
Todas essas reações que ocorrem na planta são altamente complexas, com
inúmeras reações e envolvem diversas interações que são minimamente detalhadas na
disciplina de Fisiologia Vegetal. Aqui, pudemos compreender de maneira mais superficial,
algumas das atividades que serão muito evidenciadas na disciplina de Botânica.
UNIDADE I Botânica 23
SAIBA MAIS
Para que possamos estar cada vez mais atualizados e agregar cada vez mais informações
relevantes ao nosso conhecimento relacionado tanto a Botânica quanto aos demais
assuntos, é importante que saibamos onde buscar. Por isso, vamos conhecer o Google
Acadêmico, uma plataforma em que você terá acesso aos mais diversos trabalhos de
relevância e fonte segura.
REFLITA
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE I Botânica 25
LEITURA COMPLEMENTAR
Para que possamos nos aprofundar e compreender mais sobre a Fisiologia
das Plantas, vamos realizar a leitura de alguns trabalhos que nos evidenciam de
maneira detalhada sobre alguns dos pontos mais importantes para o desenvolvimento
e proteção da planta: a produção de Metabólitos secundários, a Fotossíntese e a
Nutrição Mineral.
Já parou para pensar como uma planta pode se defender de seus inimigos
naturais, competir com as outras plantas pelos recursos que precisam, enfrentar
situações que afetam sua sanidade, sendo que elas não conseguem se movimentar
e buscar por proteção ou recursos? Essa resposta vem através dos Metabólitos
Secundários, e vamos conhecer mais sobre esse fascinante recurso que as plantas
utilizam para garantir sua sobrevivência.
Fonte: VIZZOTTO, Márcia; KROLOW, A. C. R.; WEBER, Gisele Eva Bruch. Meta-
bólitos secundários encontrados em plantas e sua importância. Embrapa Clima Tempera-
do-Documentos (INFOTECA-E), 2010.
Link de acesso:
https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/886074/1/documento316.pdf
A Fotossíntese, como vimos em nossos estudos, foi a mais importante evolução que
ocorreu em células vegetais, garantindo que as mesmas produzam seu próprio alimento.
Contudo, para que isso aconteça, existe uma séria de etapas com diversos mecanismos, e
são todos esses detalhes que vamos conhecer com a leitura do artigo abaixo.
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Fonte:
COSTA, Alexandra. Nutrição mineral em plantas vasculares. Escola de Ciência e
Tecnologia da Universidade de Évora. Portugal, 2014.
Link de acesso: https://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/12007/1/NUTRI%-
c3%87%c3%83O%20MINERAL%20DAS%20PLANTAS%20VASCULARES.pdf
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Tratado de Botânica de Strasburger
Autor: Andreas Bresinsky et al.
Editora: Artmed
Sinopse: Neste livro é possível compreender de maneira
aprofundada sobre as células vegetais e suas organelas, com
detalhamento de todas as atividades executaras por elas. Os
processos relacionados com a Fisiologia são muito bem discutidos
com todas as funções e como ocorrem.
FILME/VÍDEO 1
Título: Como surgiram as plantas (fotossíntese)
Ano: 2020.
Sinopse: Nesse vídeo é possível compreender sobre como a
fotossíntese contribui para que o planeta Terra fosse habitat de
tantas vidas. Aqui, será possível entender como esse processo tão
complexo e importante iniciou e revolucionou tudo.
Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=b9sfQZrK8jQ
FILME/VÍDEO 2
Título: De onde vem as células (eucariotos)
Ano: 2019.
Sinopse: Breve histórico de como as células eucarióticas (com
envoltório nuclear) foram constituídas. Nesse vídeo é possível
aprofundar mais no assunto Evolução, de uma maneira dinâmica
e de fácil entendimento.
Link de acesso: youtube.com/watch?v=vSpsk4F3muU
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UNIDADE II
Diversidade: Briófitas, Pteridófitas e
Gimnospermas
Professora Mestra Cíntia Zani Fávaro Polonio
Plano de Estudo:
● Briófitas – Características gerais e ciclo reprodutivo;
● Pteridófitas – Características gerais e ciclo reprodutivo;
● A evolução das sementes;
● Gimnospermas – Características gerais e ciclo reprodutivo.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar as sementes;
● Compreender os grupos de plantas: Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas;
● Estabelecer a importância desses grupos e das sementes.
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INTRODUÇÃO
Olá alunos (as), sejam bem-vindos (as) a nossa segunda unidade da disciplina de Bo-
tânica! Em nossa unidade anterior, compreendemos diversos conceitos essenciais para que
possamos nos aprofundar nos grupos de plantas existentes. Ao todo, são quatro categorias
que englobam plantas com características similares, sendo elas as: Briófitas, Pteridófitas,
Gimnospermas e Angiospermas. Em um primeiro momento, vamos conhecer mais sobre
os três primeiros grupos, como é a composição de cada uma, como elas se reproduzem e
todos os atributos que as classificam como sendo pertencentes a essas classes.
As briófitas são consideradas, através dos estudos evolutivos, muito similares
as primeiras plantas existentes no planeta Terra, o que evidencia sua grande importância
na compreensão de como ocorreram todas as adaptações necessárias para que novas
características fossem surgindo e assim, pudessem delinear todo o curso evolutivo que garantiu
a grande diversidade presente em todos os locais possíveis. As pteridófitas se destacam
por serem as primeiras a apresentarem o aparecimento dos vasos condutores, o xilema e o
floema, e são consideradas o segundo grupo diante da escala evolutiva, permitindo com que
pudessem atingir tamanhos muito maiores do que as briófitas. Pensando nessa sequência,
precisamos nos aprofundar e conhecer mais sobre o surgimento das sementes, que ocorre
a partir das plantas agrupadas como gimnospermas. Essa característica é um divisor de
águas no modelo reprodutivo das plantas, que será totalmente diferente das briófitas e das
pteridófitas. Já as angiospermas serão apresentadas a vocês em nossa próxima unidade,
tendo em vista as muitas mudanças evolutivas apresentadas por esse grupo.
Esses grupos são ainda classificados como criptógamas e fanerógamas. As
criptógamas são assim denominadas pois não apresentam estruturas reprodutivas de
maneira visível, sendo possível sua visualização apenas com o auxílio de microscópio,
sendo chamados de vegetais intermediários, e seus representantes são as briófitas e as
pteridófitas. Já as fanerógamas apresentam suas estruturas reprodutivas muito aparentes,
e são chamadas de vegetais superiores, e nessa classificação estão presentes as
gimnospermas e angiospermas.
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 30
Sendo assim, vamos agora conhecer mais sobre esses três grupos de plantas
e todas as suas características. Nos aprofundar nesses aspectos é importante para que
possamos compreender sobre a diversidade, o papel ecológico e como podemos utilizar
essas plantas de maneira consciente e sustentável, para contribuir com a humanidade
sem impactar de maneira negativa nosso ecossistema. As plantas são essenciais para o
equilíbrio da natureza, e podem apresentar soluções para diversos problemas existentes,
por isso precisamos ter a consciência de como devem ser utilizadas e preservadas, sem
que ocorram explorações desenfreadas e que podem ser irreversíveis, causando grandes
danos ao planeta como um todo.
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 31
1. BRIÓFITAS - CARACTERÍSTICAS GERAIS E CICLO REPRODUTIVO
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 32
A característica que agrupa essas plantas é por serem avasculares, ou seja, elas
não possuem os vasos condutores – xilema e floema, e por conta disso apresentam um
tamanho reduzido, atingindo o máximo de 30 centímetros. Contudo, elas apresentam
estruturas em suas células que permitem a condução de água e nutrientes que são os
plasmodesmos, composto por um desmotúbolo. A sua morfologia é constituída por fílidios –
semelhante as folhas; caulídeos – semelhante aos caules e rizoides – semelhante a raízes.
A seta é importante pois eleva a cápsula (armazena os esporos) para que os esporos
possam ser dispersos de maneira mais eficaz (CHAN et al., 2022).
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 33
FIGURA 2- CICLO REPRODUTIVO DAS BRIÓFITAS
Sua distribuição ocorre em diversos locais do mundo, tendo preferência por locais
úmidos e com sombra, em muros de casas que tenham essa condição por exemplo são
muito comuns, mas também em locais de altitude muito elevada, até mesmo em baixíssimas
temperaturas, demonstrando o quanto podem ser adaptáveis aos mais diversos locais.
Existem cerca de 20.000 espécies de briófitas em todos o mundo, que são
distribuídos em três grupos, sendo eles: os Antóceros, as Hepáticas e os Musgos. Vamos
compreender mais sobre as características que diferenciam essas plantas.
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 34
FIGURA 3 - ANTÓCEROS
FIGURA 4 - HEPÁTICAS
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 35
1.4 Musgos (Bryophyta)
Essa é a maior classe das briófitas, com mais de 10.000 espécies divididas em três
grupos que possuem estruturas de formas, gametófitos e tamanhos variados, sendo eles:
Andreaidae (musgos-de-granito); Brydiae (musgos verdadeiros) e Sphagnidae (musgos-
de-turfeira).
FIGURA 5 - MUSGOS
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 36
2. PTERIDÓFITAS - CARACTERÍSTICAS GERAIS E CICLO REPRODUTIVO
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 37
Como já vimos, quanto a distribuição ambiental, ambas podem ser encontradas nos mais
diversos tipos de clima, dando preferência a locais em que se tenha acesso facilitado a água.
O ciclo reprodutivo de ambas é semelhante, o que as diferencia é o posicionamento
dos esporângios – licófitas apresentam entre o caule e as folhas (axila) e as samambaias
apresentam um aglomerado desses esporângios os quais chamamos de soros, embaixo
de sua folha (Figura 6).
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 38
produz as oosferas (n). Masculino- anterozoide que produz os anterozoides (n)), podendo
apresentar ambas estruturas ou apresentar apenas uma delas. Essa fase é chamada
gametofítica, pois envolvem os gametas e necessita de água para ser bem-sucedida, isso
porque os anterozoides possuem flagelos que permitem sua locomoção até atingir a oosfera.
Quando a fecundação acontece, forma-se o zigoto (2n), e o gametófito permanecerá até
que as primeiras folhas se desenvolvam e depois morre. O zigoto passa por diversas
divisões mitóticas forma um novo esporófito composto por raiz, folhas e rizomas.
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 39
2.2 Licófitas (Lycopodiaceae)
As licófitas apresentam microfilos, que são folhas diminutas e em formato
espiralado, dotadas de apenas um esporângio por microfilo (homosporada), que está
localizado em sua superfície. Essas folhas estão interligadas ao caule que é composto por
vasos condutores (xilema e floema). São aproximadamente 1.338 espécies distribuídas
em três grupos: Isoetales, Lycopodiales e Selaginellales. Algumas espécies possuem
características medicinais, como Lycopodyum clavatum que pode combater infecções
urinárias por exemplo (CHAN et al., 2022).
FIGURA 8 - LICÓFITA
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 40
diferentes depois de seu desenvolvimento (reticuladas, lineares ou furcadas), sendo essa
uma característica utilizada para poder identificar qual a espécie da samambaia.
Essas plantas se desenvolvem muito bem em locais no qual a vegetação é muito
densa, e essa é uma característica que surgiu por conta da evolução também. Com o
estabelecimento de novas plantas e a formação de florestas, o acesso das samambaias
a locais em que a incidência solar é alta não foi mais algo facilmente acessível, dessa
forma, elas passaram a se desenvolver a sombra das demais plantas, onde estabeleceu
seu habitat (CHAN et al., 2022).
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 41
3. A EVOLUÇÃO DAS SEMENTES
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 42
Mas então, o que acontece de diferente no processo reprodutivo para que as sementes
sejam formadas? Todas as plantas possuem órgãos reprodutivos feminino e masculino,
podendo estar presentes na mesma planta ou separadas. Aqui, os megagametófitos
dão origem aos gametófitos femininos e os microgametófitos originam os gametófitos
masculinos, dessa forma classificamos essas plantas como heterosporadas, ou seja, os
gametófitos se desenvolvem na parede dos esporos. No quadro 1, podemos observar quais
foram os eventos responsáveis pela evolução desses óvulos.
FIGURA 9 - SEMENTES
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 43
As plantas que apresentam essas características são classificadas como sendo
epermatófitas, englobando as gimnospermas e angiospermas. Dessa forma, as sementes
vão apresentar algumas características que diferenciam ambos os grupos, como a localização
dos óvulos que nas gimnospermas está presente no saco embrionário, e nas angiospermas
no arquegónio. As sementes em gimnospermas são nuas pois não possuem frutos, já nas
angiospermas as sementes são protegidas, pois se localizam dentro dos frutos.
Agora, vamos conhecer mais sobre as gimnospermas e posteriormente sobre as
angiospermas (Capítulo 3), e durante nossos estudos novas informações sobre as sementes
serão complementares. O que precisa ser entendido é que as sementes são consideradas
uma evolução muito importante para o estabelecimento da diversidade das plantas.
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 44
4. GIMNOSPERMAS - CARACTERÍSTICAS GERAIS E CICLO REPRODUTIVO
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 45
A reprodução nessas plantas apresenta evoluções a partir do que conhecemos
das briófitas e pteridofitas. Uma delas é a independência de água para que a fecundação
ocorra, isso porque o microgametófito, ainda não completamente desenvolvido e chamado
então de grão de pólen, é integralmente carregado (em sua grande maioria pelo vento)
até o megagametófito (dentro do óvulo), a esse processo chamamos de polinização.
Depois disso, o microgametófito que já está próximo de seu alvo, irá produzir o chamado
tubo polínico, uma extensão, chegando até ao megagametófito que possui uma abertura
tegumentar (micrópila) onde ocorrerá a fecundação.
O ciclo de vida das gimnospermas possui alternância de gerações (diplobionte),
então temos aqui uma fase gametofítica (haploide (n)) e outra fase esporofítica (diploide
(2n). O megagametófito (gametófito feminino) se desenvolve a partir de um megásporo
funcional, localizado dentro de um megasporângio. Os elementos responsáveis pela
reprodução são organizados em estruturas chamadas estróbilos (cones), e pode ser
composto por um eixo de esporofilos (estróbilo simples) ou formado por escamas ovulíferas
(estróbilo composto).
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 46
FIGURA 12 - ESTRUTURA DAS GIMNOSPERMAS
4.1.1 Ginkgophyta
O representante deste grupo que ainda está presente na natureza é a espécie
Ginko biloba, sendo que há um vasto registro fóssil de outras plantas que foram extintas.
Essas plantas são encontradas em maior abundância nos ambientes no Japão e na China,
mas pode se desenvolver em outros locais. É uma árvore ramificada, decídua (perdem suas
folhas em determinada estação), com folhas em formato de leque, podendo alcançar grandes
alturas, dioicas (sexos separados). A fecundação dos óvulos ocorre a partir da sua liberação
pela planta e os microgametófitos formam um sistema haustorial com ramificações, que se
desenvolvem a partir do tubo polínico, e onde são formadas as estruturas saculiformes que
quando maduras apresentam dois gametas masculinos, e quando rompida essa estrutura,
ambos nadam até atingirem a oosfera e assim ocorre a fecundação. Essa planta é muito
difundida no âmbito medicinal, principalmente na China.
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 47
FIGURA 13 - FOLHAS DE GINKO BILOBA
4.1.2 Gnetophyta
As Gnetófitas são representadas por três gêneros, sendo eles Ephedra, Welwitschia
e Gnetum, que juntas, totalizam aproximadamente 75 espécies apresentando características
morfológicas muito diferentes dos demais grupos, contudo, apesar de serem muito distintas
em suas formas, estudos moleculares indicam que todas essas plantas são monofiléticas
(possuem apenas um ancestral comum).
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 48
4.1.3 Cycadophyta
As cicadófitas são classificadas em 11 gêneros que compreendem aproximadamente
300 espécies. Elas são encontradas em regiões subtropicais e tropicais, e podem alcançar
alturas de até 18 metros ou mais. Suas folhas são em sua grande maioria composta e
pinada, se assemelhando com algumas palmeiras, e são dioicas (sexos separados). Quanto
a reprodução, é semelhante com a as Ginkgophitas, com a formação do hautório a partir
do tubo polínico, mas sua polinização ocorre principalmente com a ajuda de insetos. Uma
característica muito própria de algumas plantas é o aparecimento das raízes acima do solo
(raízes coraloides). Os besouros são os principais polinizadores dessas plantas.
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 49
4.1.4 Coniferophyta
Esse é o grupo das gimnospermas com maior destaque, principalmente do ponto
de vista ecológico, pois foram em determinado período as mais abundantes espécies do
planeta, e por conta disso apresenta uma importância muito grande para os mais diversos
biomas. Possuindo 70 gêneros e cerca de 630 espécies, sua distribuição é muito ampla e
diversificada, não estando presente apenas na Antártida. Dentre as plantas vascularizadas,
a maior de todas é uma Coniferophyta, a sequoia, que podem atingir até 115 metros de
altura. Elas apresentam uma gama muito grande de ramificações foliares, que são simples
e organizadas em pequenos ramos. Essas folhas são resistentes as secas, apresentando
uma cutícula muito eficaz. Quanto a sua reprodução, elas se defirem por terem o tubo
polínico desenvolvido dentro do aparato arquegonial, dessa forma os gametas masculinos
já são alocados diretamente na oosfera.
FIGURA 16 – SEQUOIAS
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 50
SAIBA MAIS
O que é vigor da semente e qual a sua importância para a agricultura? O vigor está
relacionado com a presença de atributos que vão garantir com que a semente consiga
germinar, emergir e se estabelecer como uma plântula, nas mais diversas condições
ambientais as quais possa estar submetida. Dessa forma, o vigor é importante para a
agricultura pois permite um estabelecimento mais rápido e uniforme da população, e
então o desempenho da mesma será muito favorável.
REFLITA
Fonte: FOWLER, A. J. P.; BIANCHETTI, A. Dormência em sementes florestais. Colombo: Embrapa Flo-
restas, 2000. 27p.
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 51
CONSIDERAÇÕES FINAIS
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 52
LEITURA COMPLEMENTAR
As briófitas são plantas que apresentam uma composição que pode parecer básica,
e muitas vezes suas funções não são muito bem conhecidas. Dessa forma, é importante
compreender o papel delas na natureza, e o quanto podem contribuir para diversas situações
que as vezes passam despercebidas.
Fonte: OLIVEIRA, Reggláucia Rodrigues de; ANDRADE, Ivanilza Moreira de. Brió-
fitas em unidades de conservação: Uma análise cienciométrica. Pesquisa, Sociedade e
Desenvolvimento, v. 10, n. 8, pág. e4610816940-e4610816940, 2021.
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 53
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Biologia Vegetal
Autor: RAVEN, Peter H.; EVERT, Ray F.; EICHHORN, Susan E.
Editora: Guanabara Koogan
Sinopse: O livro Biologia Vegetal aborda todas as informações
necessárias para compreender as plantas de uma maneira
aprofundada e completa, desde o início e passando por todas os
detalhes da composição de cada grupo.
FILME/VÍDEO 1
Título: Bôtanica - Planta Briófita
Ano: 2019.
Sinopse: Este vídeo mostra um pouco sobre as briófitas e suas
características com diversas imagens exemplificando tudo o que
vimos em nossos estudos.
Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=ecVxpsIK_wc
FILME/VIDEO 2
Título: Botânica - Plantas Pteridófitas
Ano: 2020.
Sinopse: As pteridófitas podem estar presentes em nosso
cotidiano, mas, muitas vezes não nos atentamos as caracteríticas
que tornam elas únicas. Nesse vídeo vamos observar e entender
as pteridófitas.
Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=MrowQ8W-
z7Es
FILME/VIDEO 3
Título: Bôtanica - Plantas Gimnospermas
Ano: 2020.
Sinopse: As gimnospermas são plantas muito importantes e que
apresentam sementes, uma novidade evolutiva muito importante
para as plantas.
Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=c-c89VU2TjE
UNIDADE II
I Diversidade:
Botânica Briófitas, Pteridófitas e Gimnospermas 54
UNIDADE III
Angiospermas
Professora Mestra Cíntia Zani Fávaro Polonio
Plano de Estudo:
● Características gerais e ciclo de vida;
● Evolução das angiospermas;
● Raiz, caule, folha, flor, fruto e semente;
● Polinização e fecundação.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar os grupos de Angiospermas;
● Compreender os tipos de Angiospermas;
● Estabelecer a importância da diversidade em Angiospermas.
55
INTRODUÇÃO
Olá queridos (as) alunos (as), sejam muito bem-vindos (as) ao nosso terceiro capitulo,
no qual iremos conhecer mais sobre o quarto e maior grupo de plantas, as angiospermas.
Como vimos nos capítulos anteriores, as briófitas, pteridófitas e gimnospermas apresentam
características que as agrupam, e isso é possível por conta da complexidade que essas
novas estruturas apresentam em cada grupo que vamos conhecendo. As angiospermas
são responsáveis pela grande diversidade de plantas que conhecemos, e isso se deve
principalmente as novas habilidades adquiridas e repassadas para as próximas gerações.
Nesse grupo, surgem as flores e os frutos, sendo esses órgãos fundamentais para
a reprodução das angiospermas e para a proteção das sementes. Além disso, existem
outras novidades evolutivas que são precursoras da adaptabilidade e do sucesso dessas
espécies no planeta terra. Dentre os grupos que representam as angiospermas, estão as
plantas mais conhecidas e aquelas que mais são empregadas em atividades relevantes
aos seres humanos, como a agricultura e a farmacologia por exemplo.
Nesta unidade, além de conhecermos as características gerais, ciclo reprodutivo
e diversidades existentes entre as angiospermas, vamos também compreender sobre as
estruturas que se destacam nessas plantas, sendo elas as raízes, caules, folhas, flores,
frutos e sementes. Entender esses pontos permite com que saibamos de maneira integral
como cada parte é importante no funcionamento das plantas, assim como compreendemos
também sua relevância ecológica diante de todas as funções executadas.
Por fim, a polinização será compreendida de uma maneira superficial, mas
destacando toda sua importância para a manutenção da natureza como um todo, pois
através dessa interação entre planta e polinizadores, as plantas conseguem ser distribuídas
nos mais diversos habitats. Essa função é associada às angiospermas pois os insetos,
pássaros e mamíferos que são atraídos pelas majestosas flores.
A partir de agora, vamos conhecer mais sobre as angiospermas e todas as suas
peculiaridades tão intrigantes e magnificas.
A partir de agora, vamos conhecer mais sobre os quatro grupos que compõem as
angiospermas.
1.1.1 Monocotiledôneas
Esse grupo é composto por aproximadamente 60.000 espécies distribuídas em 11
ordens, sendo um dos maiores grupos das angiospermas, e elas habitam os mais diversos
lugares, até mesmo ambientes marinhos. Exemplos de plantas deste grupo são a cana-de-
açúcar, trigo, gramas, arroz, banana, palmeiras, orquídeas, lírios, entre outros.
1.1.2 Eudicotiledôneas
Este é o grupo com maior diversidade, apresentando cerca de 190.000 espécies,
e os representantes de destaque são os cactos, feijão, amendoim, plantas frutíferas
como a mangueira, cerejeira, árvores como pau-brasil, entre outros. As famílias com uma
diversidade maior são as Asteraceae, que ainda são economicamente importantes pois
dentre as plantas inclusas estão as Fabaceae, englobando o feijão e a soja. A ordem
Caryophyllales possui uma diversidade de espécies muito peculiar, englobando a família
Droseraceae que são plantas insetívoras e as Cactaceae, que apresentam características
adaptativas para climas desérticos, como o mecanismo CAM (os estômatos se fecham
quando está de dia e se abre quando anoitece, evitando que a transpiração ocorra), as
folhas que são modificadas em espinhos e um caule suculento.
As Rosídeas são também um grupo muito diverso, que apresentam um número
de estames muito superior ao número de pétalas, sendo as Malvídeas e as Fabídeas as
classes com mais indivíduos dentre todas. As Asterídeas englobam plantas como batatas,
cenouras, tomate, margaridas e boca-de-leão.
FIGURA 11 - GRAVIOLA
3.1 Raiz
As raízes apresentam um papel muito importante para as plantas quanto a sua
sustentação e também na absorção de água e nutrientes que serão distribuídos. Quando
a semente inicia sua germinação, ocorre a chamada protusão radicular, e então a raiz
primária irá emergir. Em monocotiledôneas, essa raiz cresce em direção única no solo,
para baixo, e é então denominada de raiz pivotante e após origina as raízes laterais, e isso
vai acontecendo conforme a planta se desenvolve, sendo classificada assim de sistema
radicular pivotante. A raiz primária não tem uma sobrevida, e logo desaparece, dessa
forma, o sistema radicular passa a ser composto pelas raízes adventícias, e o sistema
passa a ser chamado de radicular fasciculado.
Quando as raízes estão se desenvolvendo, são sensíveis a alguns fatores como
luz, nutrientes, temperatura e umidade, contudo, com o passar do tempo elas podem se
adaptar as mais diversas formas de estresse que possam ser submetidas.
O ápice das raízes é permeado por um conjunto de células parenquimáticas (coifa)
que protege o meristema além de contribuir para que a raiz continue penetrando o solo, e
conforme isso ocorre, essas células vão secretar um polissacarídeo chamado mucilagem,
3.2 Caules
O caule apresenta duas principais funções, que são o de condução e o de suporte.
Essa estrutura é responsável pela sustentação das folhas, além de garantir o melhor alcance
das mesmas a luz solar. Todas as substâncias que são produzidas nessas folhas precisam
ser distribuídas para a planta como um todo, e isso ocorre pelo floema que está presente
no caule, assim como todos os nutrientes e água absorvidos pelas raízes são igualmente
distribuídos pela planta pelo xilema por meio do caule.
O meristema apical caulinar é responsável por acrescentar células no corpo
primário de uma planta, e então originam os primórdios foliares e de gema, que serão
precursores, respectivamente, das folhas e dos sistemas caulinares laterais (RAVEN,
EVERT e EICHHOR 2014).
3.3 Folha
As folhas podem variar, tanto em estruturas internas, quanto em suas formas. Elas
podem apresentar uma estrutura expandida chamada de limbo além do pecíolo, que é um
pedúnculo, além das estíoulas que podem se desenvolver em algumas folhas, assim como
o pecíolo, isso em Eudicotiledôneas e Magnoliidaes. Ainda, elas podem ser simples (limbo
não tem distinção) ou compostas (limbo dividido em folíolos, em que cada um possui um
pecíolo), além disso, as folhas compostas podem ser pinadas ou palmadas
Em Monocotiledôneas e algumas eudicotiledôneas, existe uma bainha que abran-
ge o caule, e em algumas gramíneas essa estrutura pode acompanhar todo um entrenó.
Todas essas diferenças estruturais apresentadas pelas folhas ocorrem
principalmente por conta do ambiente onde a planta vive, e um dos fatores fundamentais
nessa diferenciação é a presença ou ausência de água, e assim surge uma classificação
de acordo com essa necessidade, como veremos abaixo.
3.4 Flor
Depois de todo o desenvolvimento promovido pelo sistema caulinar, as flores
encerram essas atividades, sendo consideradas o ápice vegetativo. Mas para que isso
ocorra, são necessárias diversas mudanças fisiológicas e de estrutura que transformará
o sistema caulinar vegetativo em uma floração. Tudo isso ocorre de acordo com padrões
de crescimento pré-determinados e por isso vai acontecer em um período do ano.
Existem plantas que podem apresentar essas estruturas mais de uma vez ao ano, sendo
denominadas de perenes.
Dentre os fatores que influenciam o início de uma floração, estão a temperatura
e a duração dos dias. O primeiro estágio para que ocorra o desenvolvimento de uma flor
ocorrem incialmente com a formação das sépalas, posteriormente seguida pelas pétalas,
estamos e carpelos, podendo ser diferente em algumas flores. Essas peças florais podem
se desenvolver de maneira separada ou unindo-se e formando uma conação (RAVEN;
EVERT e EICHHOR, 2014).
3.5 Fruto
O fruto é resultante da dupla fecundação que ocorre em angiospermas,
precedendo alguns mecanismos que irão resultar em sua formação, que acontece por
meio do desenvolvimento a partir da parede do ovário (pericarpo) e de algumas estruturas
relacionadas.
3.6 Sementes
A embriogênese das angiospermas é um processo extremamente complexo e
que envolve uma diversidade muito grande de situações, dessa forma, vamos destacar os
principais pontos de maneira sucinta (Quadro 1) para que saibamos como ela ocorre.
Quando esse processo acaba, a divisão celular que estava ocorrendo no embrião
também termina, e assim, a semente inicia a fase de maturação. É neste momento
que haverá um grande acumulo de reserva nutricional (cotilédones, endosporema ou
perisperma). Nesse momento, há também uma perca de água, denominada dessecação,
e o envoltório da semente se torna rígido como uma forma de proteção para o embrião.
Todo o metabolismo diminui para que a sua viabilidade ocorra por um período longo, o que
chamamos de estado de dormência.
A água é fundamental para que essa dormência seja “quebrada”, pois é a partir da
embebição que a semente vai aumentar de tamanho, se expandindo até que a pressão
necessária se forme em seu interior, culminando na germinação (RAVEN; EVERT e EI-
CHHOR 2014).
SAIBA MAIS
REFLITA
“Em vários países, o consumo de flores sempre foi abundante, principalmente em festas
comemorativas, como casamentos, em grandes banquetes e festas tradicionais. Há
registros de licores, compotas, flores cristalizadas, antepastos e outros, em toda a Ásia
e Europa” (SANTOS e GRACIANO, 2022, p. 06).
Fonte: SANTOS, Diego Aparecido dos; GRACIANO, Rosane Ferreira dos Santos. Flores comestíveis na
alimentação: uma revisão. Trabalho de Conclusão de Curso - FACULDADE DE TECNOLOGIA DE MARÍ-
LIA ESTUDANTE RAFAEL ALMEIDA CAMARINHA. Marília – São Paulo, 2022.
Link de acesso:
https://www.researchgate.net/profile/Daiana-Boardman/publication/277881786_
Metodos_de_Estudo_em_Biologia_FOLHAS_DAS_ANGIOSPERMAS_TAXONO-
MIA_PRESERVACAO_E_SUA_APLICACAO_NA_RECONSTITUICAO_DAS_FLO-
R A S _ E _ D O S _ C L I M A S _ D O _ PA S S A D O / l i n k s / 5 5 7 5 a f c 4 0 8 a e 7 5 3 6 3 7 5 0 7 e f 0 /
Metodos-de-Estudo-em-Biologia-FOLHAS-DAS-ANGIOSPERMAS-TAXONOMIA-PRE-
SERVACAO-E-SUA-APLICACAO-NA-RECONSTITUICAO-DAS-FLORAS-E-DOS-CLI-
MAS-DO-PASSADO.pdf
LIVRO
Título: Morfologia de Angiospermas
Autor: Rejane Gomes Pimentel et al.
Editora: Technical Books Editora.
Sinopse: Neste livro, é possível compreender mais sobre a morfo-
logia das angiospermas de uma maneira didática, além de abordar
sobre aspectos relacionados a essas plantas, como a polinização.
FILME/VÍDEO
Título: Como diferenciar folhas simples e compostas
Ano: 2017.
Sinopse: Esse vídeo muito dinâmico e didático demonstra de
maneira prática como diferenciar as folhas de plantas.
Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=xLeZY1iFqkw>
Plano de Estudo:
● Interação entre plantas e homem;
● Agricultura;
● Aplicações biotecnológicas das plantas.
Objetivos da Aprendizagem:
● Contextualizar a interação entre homem e planta e sua importância;
● Compreender sobre a agricultura;
● Estabelecer a importância das plantas para diversas aplicações e inovações.
80
INTRODUÇÃO
Olá alunos (as), sejam bem-vindos (as) ao nosso último capítulo da disciplina de
Botânica.
Ao longo de nossos estudos, conhecemos muito sobre as plantas, principal enfoque
dessa linha de estudo. Antes de iniciarmos, é importante salientar que outros seres vivos são
objetos de estudo da Botânica, sendo eles as algas, fungos e protozoários, o que confere
uma ampla gama de conteúdo, muito complexos e que requerem um aprofundamento muito
grandioso. Assim, focamos nossos estudos em plantas para que possamos conhecer um
pouco mais sobre muitas características inerentes a elas.
Destacando isso, neste capítulo, vamos entender sobre a importância das plantas
para os seres humanos e como essa relação acontece. Este ponto é importante para que o
respeito e a compreensão sobre o quanto as plantas são cruciais para as nossas vivencias,
e assim todas as ações responsáveis por sua conservação e manutenção sejam realizadas
e respeitadas.
Veremos também sobre a agricultura, prática muito importante para a sobrevivência
dos seres humanos e que delineou nossa sociedade da maneira que conhecemos hoje. O
destaque vai além da relevância econômica que a agricultura oferece, está mais associada
com a fonte de sobrevivência das pessoas por meio da alimentação.
Por fim, vamos entender mais sobre a aplicação das plantas no âmbito biotecnológico,
pois é por meio delas que diversas inovações acontecem, como veremos, em vários âmbitos
como: farmacológico, fitorremediação, melhoramento genético, etc. Todas essas ações
interferem na vida de todos nós, desde a manutenção da saúde, da vida e na preservação
do meio ambiente.
Sendo assim, a partir de agora vamos nos aprofundar nesses aspectos para que
tenhamos melhor compreensão sobre a influência e importância das plantas em nossas vidas.
UNIDADE IV Aplicações 81
1. INTERAÇÃO ENTRE PLANTAS E HOMEM
UNIDADE IV Aplicações 82
FIGURA 1 - A INTERAÇÃO ENTRE HOMENS E PLANTAS SEMPRE EXISTIU
UNIDADE IV Aplicações 83
FIGURA 2 - AS PLANTAS SÃO GRANDES FONTES DE VITAMINAS
Outra situação que torna as plantas importantes para os seres humanos é que esses
últimos não possuem a capacidade de sintetizar as vitaminas necessárias para um bom
funcionamento de seu organismo, já as plantas conseguem realizar essa façanha. Então,
através do consumo de frutas, verduras, hortaliças, legumes, é que nós adquirimos essas
vitaminas fundamentais para nossa vida. Algumas plantas também possuem propriedades
medicinais que são muito difundidas nas populações desde muito tempo atrás, utilizadas no
tratamento de diversas doenças. Essa especialidade pode ser explorada de uma maneira
consciente através de estudos que vão englobar muitos aspectos relacionados.
Além desses aspectos, os seres humanos necessitam de algo que as plantas
dispõem de uma forma grandiosa, que é a fotossíntese. Esse processo é fundamental
para a sobrevivência de todos os seres vivos, pois é por meio dela que o gás oxigênio,
que é indispensável na manutenção da vida, será produzido. Além disso, o resultado da
fotossíntese na planta é a geração de glicose que será absorvida por todos os seres que a
consumir, podendo ser direta ou indiretamente (animais carnívoros podem não se alimentar
diretamente de plantas, mas se alimentam de outros animais que as consome). Ainda, no
processo de fotossíntese, as plantas sequestram moléculas de gás carbônico (CO2), sendo
esse o motivo da atmosfera ser compatível com a vida.
UNIDADE IV Aplicações 84
FIGURA 3 - A FOTOSSÍNTESE É FUNDAMENTAL PARA OS SERES VIVOS
As interações entre seres humanos e plantas podem não ser percebidas, mas elas
acontecem todos os dias, e são primordiais, de maneira mais enfática, os seres humanos
são muito mais dependentes das plantas do que o contrário, pois como vimos, nos outros
capítulos, a dispersão, manutenção e reprodução delas acontecem sem nenhuma ação
humana. Mas, todas as situações que ocorrem na outra direção não podem ser realizadas
pelo homem com a mesma maestria das plantas. Assim, precisamos compreender a
importância das mesmas e utiliza-las da melhor forma possível, respeitando-as e garantindo
sua preservação (RAVEN, EVERT e EICHHOR, 2014).
A partir de agora, vamos entender de uma maneira mais aprofundada sobre a
agricultura e como ela se estabeleceu na sociedade.
UNIDADE IV Aplicações 85
2. AGRICULTURA
2.1 Agricultura
A agricultura é uma prática muito difundida em todo o mundo, e sua origem está
associada a pré-história. Diante de todas as mudanças que ocorreram no decorrer da
evolução, os homens primitivos que caçavam animais para sobreviver, passaram por
períodos de escassez de alimentos. Foi a partir de então, que o consumo das plantas
iniciou como uma nova forma de obter alimento em quantidade além de garantir uma maior
sobrevivência, pois a caça já não era algo crucial para sua sobrevivência.
O início do plantio das sementes provavelmente ocorreu diante de consequências,
a partir grãos que eram coletados pelas pessoas e caíram ou foram despejadas em locais
abertos, com poucas plantas próximas. A partir de sua germinação cresceram em quantidade
em um único local, seguro e de fácil acesso. Dessa maneira, a permanência dos grupos de
pessoas nesses lugares passou a se estender, e novas formas de aumentar a quantidade
dessas plantas foram surgindo, além da associação de outras espécies que também eram
consumidas. A irrigação dessas plantas, adubação, proteção contra outros animais, foram
conduzindo essa prática para o cultivo.
UNIDADE IV Aplicações 86
FIGURA 4 - O CULTIVO DAS PLANTAS FOI DESENVOLVIDO A MILHARES DE ANOS
UNIDADE IV Aplicações 87
FIGURA 5 - MILHO
UNIDADE IV Aplicações 88
FIGURA 6 - O ORÉGANO É UMA DAS ESPECIARIAS MAIS DIFUNDIDAS E UTILIZADAS
UNIDADE IV Aplicações 89
FIGURA 7- A MECANIZAÇÃO DA AGRICULTURA
UNIDADE IV Aplicações 90
3. APLICAÇÕES BIOTECNOLÓGICAS DAS PLANTAS
3.2 Fármacos
Como vimos, as plantas podem possuir propriedades medicinais, e assim surge
uma aplicabilidade das mesmas como sendo fontes de fármacos. Durante milhares de
anos, o homem utiliza as plantas como medicamentos naturais, e até mesmo na medicina
elas são fortemente empregadas.
Esse grande potencial ofertado pelas plantas advém de substâncias chamadas
de metabólitos secundários, compostos naturais que conferem a planta proteção contra
patógenos e resistência diante de intempéries que ocasionam estresses fisiológicos
à mesma. Mesmo com tecnologias capazes de reproduzir de maneira sintética em
laboratórios, todas essas substâncias aplicadas, advém de um modelo, que é fornecido
pelas plantas. Algumas moléculas apresentam uma complexidade muito grande, e a sua
produção incialmente ocorria a partir das substâncias extraídas diretamente das plantas. As
plantas sempre foram muito utilizadas na farmacologia, principalmente quando essa prática
teve início a muitos anos atrás (RAVEN, EVERT e EICHHOR, 2014).
UNIDADE IV Aplicações 91
FIGURA 8 – CATALOGAÇÃO DE ESPÉCIES DE PLANTAS INICIALMENTE.
PESSOAS QUE ENTENDIAM DAS PROPRIEDADES DAS MESMAS INICIARAM
SUA APLICAÇÃO COMO MEDICAÇÃO
3.3 Fitorremediação
A fitorremediação ocorre através da utilização de uma planta em ambientes poluídos
com a finalidade de reduzir a quantidade desses poluentes ou de remover os mesmos,
dependendo dos mecanismos que ocorrem nessa interação. A fisiologia da planta, a química
do contaminante e a bioquímica do solo precisam ser conhecidas para que seja realizado o
delineamento da ação a ser feita e qual planta deve ser utilizada para readequar a ecologia
do solo. As plantas possuem também associações com microrganismos capazes de
contribuir com a descontaminação. Arabidopsis é um exemplo de planta fitorremediadora
(RAVEN, EVERT e EICHHOR, 2014).
UNIDADE IV Aplicações 92
FIGURA 9 - ARABIDOPSIS, MODELO DE FITORREMEDIAÇÃO
UNIDADE IV Aplicações 93
3.4 Bioindicadores
Plantas podem ser utilizadas como bioindicadoras, ou seja, elas podem ser
indicadoras de ambientes poluídos, demonstrando se o solo, a água ou o ar contém
substâncias que são poluentes. Isso porque cada ser vivo apresenta respostas diante
dessas situações, e essas características nas plantas podem ser mais expressivas. Um
exemplo muito difundido são os musgos, que não conseguem se desenvolver em locais
onde à poluição.
UNIDADE IV Aplicações 94
FIGURA 11 - A HIDROPONIA É MUITO UTILIZADA NO CULTIVO DE HORTALIÇAS
COMO A ALFACE
UNIDADE IV Aplicações 95
Assim, a cultura de tecidos é um conjunto de métodos aplicados para o crescimento
de forma numerosa das células em meio estério e que pode ser controlado de acordo com
os propósitos a serem compreendidos. A propagação clonal é a produção de indivíduos
geneticamente idênticos a partir da célula isolada inicialmente. Nestes casos, a meta principal
é induzir as células de maneira individual a expressarem a totipotência, que é a capacidade
que uma única célula apresenta quando madura e que origina uma planta inteira. Essa
técnica proporciona uma resistência maior a diversas doenças vegetais. Isso acontece por
alguns motivos, um deles é a descontaminação dos explantes (tecido vegetal utilizado na
micropropagação), mas também porque utilizam-se técnicas de cultura do meristema, que
é o tecido embrionário e também dos ápices caulinares, que estão livres de contaminações
por serem de difícil acesso rápido pelos mesmos (RAVEN, EVERT e EICHHOR, 2014).
UNIDADE IV Aplicações 96
3.6 Engenharia Genética
A engenharia genética é a aplicação da tecnologia do DNA recombinante (Quadro
2), e é um dos meios mais importantes para que o melhoramento das plantas ocorra de
forma satisfatória.
UNIDADE IV Aplicações 97
No quadro abaixo, vamos entender uma das formas de como essa aplicação do
DNA recombinante acontece.
UNIDADE IV Aplicações 98
SAIBA MAIS
Qual das situações é mais viável, adaptar o ambiente para a planta ou a planta para
o ambiente? A biotecnologia abre um leque de possibilidades para que uma planta
possa estar mais protegida biologicamente, garantindo melhores desempenhos que
contribuem para uma diminuição na utilização de diversos produtos químicos que podem
ser prejudiciais para o ambiente e aos seres vivos.
Fonte: BARTH, Wilmar Luiz. Engenharia genética e bioética. Teocomunicação, v. 35, n. 149, 2005.
REFLITA
“A maioria dos países que cultiva PGM criou uma legislação própria de biossegurança,
e, no Brasil, todas as etapas de produção de uma PGM (Plantas Genéticamente
Modificadas) devem atender às exigências de biossegurança e à aprovação pela
Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio), descritas nas leis n° 8.974/1995 e
11.105/2005” (BRASILEIRO e CARNEIRO, 1998, p. 15).
UNIDADE IV Aplicações 99
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Fonte: BADKE, Marcio Rossato et al. Panorama brasileiro dos serviços de plantas
medicinais e fitoterápicos. Revista de Enfermagem da UFSM, v. 9, p. e64, 2019.
Link de acesso:
https://pdfs.semanticscholar.org/3dae/acc0717514525b89133317b34890
ab825562.pdf
Fonte: SOUZA, Ana Kely Rufino et al. Poluição do ambiente por metais pesados
e utilização de vegetais como bioindicadores. Acta Biomedica Brasiliensia, v. 9, n. 3, p.
95-106, 2018.
Fonte: ESTRELA, Maria Alexandra; CHAVES, Lúcia Helena Garofalo; SILVA, La-
rissa Novais. Fitorremediação como solução para solos contaminados por metais pesados.
Revista Ceuma Perspectivas, v. 31, n. 1, p. 160-172, 2018.
Link de acesso:
http://www.ceuma.br/portalderevistas/index.php/RCCP/article/view/191
LIVRO
Título: Melhoramento de Plantas
Autor: Aluizio Borém et al.
Editora: Oficina de textos.
Sinopse: Este livro conta toda a história da domesticação das
plantas até as mais avançadas técnicas empregadas no seu
melhoramento genético.
FILME/VÍDEO 1
Título: Você sabia? Plantas como fonte de medicamentos
Ano: 2020.
Sinopse: Uma pequena amostra de como as plantas são utilizadas
na fabricação de medicamentos.
Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=G24DEKztSvc
FILME/VIDEO 2
Título: Agronomia Sustentável - Gestão de fazendas urbanas em
Curitiba
Ano: 2021.
Sinopse: A sustentabilidade é uma via muito importante que pre-
cisa ser explorada pela sociedade para que o equilíbrio ambiental
se mantenha.
Link de acesso: https://www.youtube.com/watch?v=5E8JjhT2Dz8
DE VRIES, Jan; ARCHIBALD, John M. Plant evolution: landmarks on the path to terrestrial
life. New Phytologist, Nova Scotia, Canadá, v. 217, n. 4, p. 1428-1434, 2018.
103
RAVEN, Peter H.; EVERT, Ray F.; EICHHORN, Susan E. Biologia vegetal. In: Biologia
vegetal. 8ª ed. p. 830-830 Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
VEASEY, Elizabeth Ann et al. Processos evolutivos e a origem das plantas cultivadas.
Ciência Rural, Santa Maria, v. 41, p. 1218-1228, 2011.
104
CONCLUSÃO GERAL
105
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