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Snorri Sturluson
Título Original:
Snorra-Edda (~ 1220)
Tradução: Artur Avelar
1.
No início, Deus Todo-Poderoso criou os Céus e a terra e todas as
coisas que há neles e, por último, dois seres humanos, Adão e Eva,
de quem vieram muitas famílias. Seus descendentes se
multiplicaram e se espalharam por todo o mundo. Conforme o tempo
passou, no entanto, surgiram as desigualdades entre os povos,
alguns eram bons e justos, mas, de longe, o maior número,
desprezando os mandamentos de Deus, viraram-se para os
prazeres terrenos. Por esta razão, Deus afogou o mundo e todas as
criaturas que viviam nele, com exceção daqueles que estavam com
Noé na arca.
Oito pessoas sobreviveram ao dilúvio de Noé e estes povoaram o
mundo e fundaram famílias. Como a população aumentava, no
entanto, e uma área maior tornou-se habitada, a mesma coisa
aconteceu de novo, a grande maioria da humanidade, amando a
busca por dinheiro e poder, parou de prestar homenagens a Deus.
Isto cresceu a tal ponto que eles boicotaram qualquer referência a
Deus, e então quem poderia dizer a seus filhos dos poderosos
milagres Dele? Enfim, eles perderam o próprio nome de Deus e não
havia em todo o mundo um homem que conhecia o seu Criador.
Apesar disso, Deus concedeu-lhes dádivas terrenas, riqueza e
prosperidade mundana, e Ele também lhes conferiu sabedoria para
que eles compreendessem todas as coisas terrenas e todas as
formas em que o céu e a terra eram diferentes uns dos outros. Eles
observavam que, em muitos aspectos, a terra, os pássaros e os
animais têm a mesma natureza, porém apresentam um
comportamento diferente, e eles se perguntavam o que isso
significava.
Por exemplo, podia-se cavar a terra em um pico de montanha
não mais profundo do que seria em um vale e ainda encontrar água;
da mesma forma, em ambos os pássaros e os animais, o sangue
fica tão perto da superfície da pele da cabeça como do pé. Outra
característica da terra é que a cada ano a grama e as flores
crescem e nesse mesmo ano murcham e morrem, do mesmo modo,
pêlos e penas crescem e morrem todos os anos em animais e
pássaros. Há uma terceira coisa sobre a terra: quando sua
superfície é revirada e desenterrada, a grama cresce no solo.
Montanhas e rochedos foram associados aos dentes e ossos de
criaturas vivas, e assim eles viam a terra de alguma forma como um
ser com vida própria. Eles sabiam que era inconcebivelmente antiga
em idade, e por natureza, poderosa; ela deu origem a todas as
coisas e possuía tudo o que morria, e por isso deram-lhe um nome e
reconheceram sua descendência dela.
Eles também aprenderam com seus antepassados que a mesma
terra e o sol e as estrelas já existiam há muitos séculos, mas que a
procissão das estrelas era desigual, algumas tinham uma longa
jornada, outras uma curta. Por coisas como essas eles imaginaram
que devia haver alguém que governava as estrelas, que, se ele
desejasse, poderia colocar um fim à sua procissão, e que ele devia
ser muito poderoso e forte. Eles reconheceram também, que, se ele
controlava os elementos primordiais, ele devia ter existido antes dos
corpos celestes; e eles perceberam que, se guiava estes, ele devia
governar o brilho do sol e o orvalho e o crescimento das plantas, e
os ventos do céu e as tempestades do mar também.
Eles não sabiam onde era o seu reino, mas eles acreditavam que
ele governava tudo na terra e nas nuvens, o céu e as estrelas, o mar
e o clima. A fim de que isso pudesse estar relacionado e ser
lembrado, eles deram seus próprios nomes a tudo, mas com as
migrações de povos e multiplicação de línguas, essa crença mudou
de muitas maneiras.
Em sua velhice, Noé repartiu o mundo com seus filhos: para Cam
ele deu a região oeste, para Jafé a região norte e para Sem a região
sul, estas são as partes que serão daqui em diante marcadas na
divisão da terra em três partes. No tempo em que os filhos desses
homens estavam no mundo, aumentou-se imediatamente o desejo
por riqueza e poder, a partir do fato de que eles sabiam muitos
ofícios que não tinham sido descobertos antes, e cada um se
exaltou com as suas próprias habilidades. E tão longe eles
carregaram seu orgulho que os africanos, descendentes de Cam,
saquearam esta parte do mundo que os descendentes de Sem, seu
parente, habitavam. E quando eles os tinham conquistado, o mundo
pareceu-lhes muito pequeno, e eles construíram uma torre com
tijolos e pedras, pois ela deveria alcançar os Céus, na planície
chamada de Sinar.
E quando essa edificação era tão avançada que se estendia
acima do ar, e eles não estavam menos ansiosos para continuar o
trabalho, e quando Deus viu como seu orgulho crescia, então ele viu
que teria que derrubá-la de alguma forma. E o mesmo Deus todo
poderoso que poderia ter derrubado todo o seu trabalho em um
piscar de olhos, transformando-o em pó, ainda preferiu frustrar o seu
propósito, fazendo-os perceber a sua própria insignificância, em que
nenhum deles deveria compreender o que o outro falava; e,
portanto, ninguém sabia o que o outro mandava, e um quebrava o
que o outro construía, até que chegou a discórdia entre eles, e com
isso foi frustrado, no início, o seu propósito de construir uma torre. E
aquele que foi o mais importante, chamado Zoroastro, ele riu antes
de chorar quando isto ocorreu; mas eram setenta e duas línguas, e
tantas línguas se espalharam pelo mundo inteiro desde que os
gigantes foram dispersos sobre a terra, e a nações tornaram-se
numerosas.
Neste mesmo lugar foi construída a mais famosa das cidades,
que levou o nome da torre, e foi chamada Babilônia. E quando a
confusão de línguas ocorreu, em seguida aumentaram os nomes de
homens e de outras coisas, e este mesmo Zoroastro teve muitos
nomes; e embora ele tenha compreendido que seu orgulho foi
abalado pela referida torre, ele ainda trilhou seu caminho para o
poder mundano, e escolheu-se rei de muitos povos assírios. Dele
surgiu o erro da idolatria, e quando ele era adorado, era chamado
de Baal, nós o chamamos de Bel, ele também teve muitos outros
nomes. Mas, como os nomes aumentaram em número, então a
verdade se perdeu, e a partir deste primeiro erro cada homem a
seguir adorava seu mestre, animais ou pássaros, o ar e os corpos
celestes, e várias coisas sem vida, até que o erro se espalhou por
todo o mundo, e eles perderam a verdade a ponto que ninguém
conhecia o seu criador, exceto aqueles homens que falavam a
língua hebraica, que floresceu antes da construção da torre, e ainda
não perderam os dotes materiais que lhes foram dados e, portanto,
eles entenderam tudo em um sentido material, no entanto, uma vez
que não tinha sido dado entendimento espiritual, eles pensaram que
todas as coisas eram formadas por alguma essência.
2.
O mundo foi dividido em três partes. Do sul ao oeste até o
Mediterrâneo era a parte conhecida como África, e a parte sul desta
é tão quente que tudo lá é queimado pelo sol. A segunda parte,
percorrendo de oeste para o norte até o mar, é chamado de Europa
ou Énéa, e a metade norte é tão fria que não cresce grama lá e é
desabitada. De norte a leste e para o sul é a Ásia, e estas regiões
do mundo têm grande beleza e magnificência; a terra produz
produtos especiais, como ouro e pedras preciosas. O centro do
mundo está lá também, e assim como a terra lá é mais fértil e em
todos os sentidos superior à encontrada em outros lugares, também
os seres humanos que ali vivem foram dotados para além dos seus
companheiros com todos os tipos de presentes: sabedoria, força,
beleza e todo o tipo de habilidade.
3.
Perto do centro do mundo, onde o que chamamos de Turquia se
encontra, foi construído o mais famoso de todos os palácios e
salões, Tróia por nome. Essa cidade foi construída em uma escala
muito maior do que as outras então existentes e em muitos aspectos
com maior habilidade, por isso ela foi luxuosamente equipada. Havia
doze reinos com um rei soberano, e cada reino continha muitos
povos. Na cidadela havia doze chefes e estes estavam muito acima
de outros homens que já estiveram no mundo.
Nenhum estudioso jamais contestou essa verdade, e por esta
razão, todos os governantes da região norte rastreavam seus
antepassados de lá, e colocavam no mesmo patamar dos deuses
todos os que foram governantes da cidade. Sobretudo eles
colocaram Príamo no lugar de Odin, pois Príamo surgiu de Saturno,
este que os povos da região norte, por um longo tempo acreditavam
ser o próprio Deus.
Saturno cresceu na ilha da Grécia chamada Creta. Ele era maior
e mais forte e mais belo que os outros homens. Como em outros
dons naturais, ele se destacou sobre todos os homens em
sabedoria. Ele inventou muitos ofícios que ainda não tinham sido
descobertos. Ele também era tão incrível na arte da magia que ele
tinha certeza sobre coisas que ainda não tinham acontecido. Ele
também descobriu aquela coisa vermelha na terra da qual fundia o
ouro, e de tais coisas ele logo se tornou muito poderoso. Ele
também previu colheitas e muitas outras coisas secretas, e por tais
e muitas outras obras, ele foi escolhido chefe da ilha.
E em pouco tempo de seu governo, rapidamente já havia grande
abundância de todas as coisas. Nenhum dinheiro circulava, exceto
moedas de ouro de tão abundante que era este metal; e embora
houvesse fome em outras terras, as colheitas nunca foram escassas
em Creta, de forma que as pessoas podiam obter de lá todas as
coisas que elas precisavam. E a partir deste e muitos outros dons
secretos e poderosos que ele possuía, os homens acreditavam que
ele era um Deus, e disso surgiu outro erro entre os cretenses e
macedônios, como o anterior mencionado entre os assírios e
caldeus de Zoroastro. E quando Saturno descobriu quão grande
força as pessoas pensavam que ele tinha, ele se chamou de Deus,
e afirmou que ele governava os Céus e a Terra e todas as coisas.
Uma vez ele foi para a Grécia em um navio, pois havia a filha de
um rei a quem ele tinha preparado o seu coração. Ele ganhou o seu
amor da seguinte forma: um dia, quando ela estava com suas
servas, ele tomou a forma de um touro e ficou diante dela na
floresta, e ele era tão belo que cada fio dos pêlos tinha uma
tonalidade que se assemelhava a ouro, e quando a filha do rei o viu,
ela apalpou seus lábios. Ele levantou-se e se livrou da aparência de
touro e tomou-a em seus braços e levou-a para o navio e a levou
para Creta. Porém sua esposa, Juno, descobriu isso, então ele
transformou a filha do rei em um novilho e a enviou ao leste para os
braços do grande rio Nilo, e deixou que seu escravo, que se
chamava Argulos, cuidasse dela. Ela ficou lá por 12 meses antes de
ele mudar sua forma novamente. Muitas coisas ele fez assim, ou de
formas ainda mais maravilhosas.
Ele teve três filhos: um chamado Júpiter, outro Netuno, o terceiro
Plutão. Foram todos homens de grandes realizações, e Júpiter foi
de longe o maior, ele era um guerreiro e conquistou muitos reinos;
também era habilidoso como seu pai, e tomou a aparência de
muitos animais, e assim ele realizou muitas ações que eram
impossíveis para os homens; e por conta disso e outros, ele era
visto com temor por todas as nações. Portanto Júpiter é colocado no
lugar de Thor, já que todas as criaturas do mal o temiam.
Saturno havia construído em Creta setenta e duas cidades, e
quando ele se julgou firmemente estabelecido em seu reino, ele as
compartilhou com seus filhos, a quem ele também chamou de
deuses, e a Júpiter ele deu o reino dos Céus, a Netuno, o reino da
terra, e a Plutão, o inferno; e este último parecia o pior para
administrar e, portanto, ele deu-lhe o seu cão, a quem ele chamou
de Cérberos, para guardar o inferno. Cérberos, os gregos dizem,
Hércules arrastou para fora do inferno e sobre a terra. E, embora
Saturno tenha dado o reino dos Céus a Júpiter, ele, no entanto,
desejava possuir o reino da terra, e por isso ele saqueou o reino de
seu pai, e dizem que ele mandou desaparecer com ele e o castrou,
e por essas grandes conquistas, ele se declarou Deus, e os
macedônios dizem que ele mandou lançar os órgãos genitais ao
mar, e, portanto, eles acreditavam há muito tempo que daí tinha
vindo uma mulher; eles a chamaram de Vênus, e enumerada entre
os deuses, ela tem, em todas as épocas, sido chamada de deusa do
amor, pois acreditavam que ela era capaz de transformar os
corações de todos os homens e mulheres para o amor.
Quando Saturno foi castrado por Júpiter, seu filho, ele fugiu para
o leste da ilha de Creta e oeste para a Itália. Lá moravam naquele
tempo pessoas que não trabalhavam, e viviam de nozes e grama, e
viviam em cavernas ou buracos na terra. E quando Saturno chegou
lá, ele mudou seu nome e se chamou de Njörd, porque ele
acreditava que Júpiter, seu filho, poderia procurá-lo. Ele foi o
primeiro dali a ensinar os homens a arar e plantar vinhas. Lá, o solo
era bom e fresco, e logo se produziu grandes colheitas. Ele foi
nomeado chefe e, portanto, tomou a posse de todos os reinos de lá
e construiu muitas cidades.
Júpiter, seu filho, teve muitos filhos, das quais várias raças foram
descendentes, seu filho foi Dardanos, seu filho Erictônio, seu filho
Tros, seu filho Hon, seu filho Laomedonte, o pai do rei soberano
Príamo. Príamo teve muitos filhos, um deles foi Heitor, que foi o
mais famoso de todos os homens do mundo pela sua força e
estatura e realizações, e por todos os atos viris de um cavaleiro, e
encontra-se escrito que, quando os gregos e toda a força das
regiões norte e leste lutaram contra os troianos, eles nunca teriam
vencido caso os gregos não tivessem invocado os deuses, e é
também relatado que nenhuma força humana os teria conquistado,
caso eles não tivessem sido traídos por seus próprios homens.
E de sua fama, os homens que vieram depois deram-se títulos e,
especialmente, isso foi feito pelos romanos, que eram os mais
famosos em muitas ações após os seus dias, e dizem que, quando
Roma foi construída, os romanos adaptaram os seus costumes e as
leis tanto quanto possível aos dos troianos, seus antepassados. E
tanto poder acompanhou estes homens por muitos séculos depois
que, quando Pompeu, um chefe romano, saqueou a região leste,
Odin fugiu da Ásia e foi para a terra do norte, e, em seguida, ele deu
a si mesmo e a seus homens os seus nomes, e disse que Príamo
tinha se chamado Odin e Frigg sua rainha, e a partir desta, o reino
mais tarde teve o seu nome e foi chamado Frígia, onde era a
cidade. E tenha Odin dito isso de si mesmo por orgulho, ou tenha
sido trazido pela mudança de línguas, ainda assim, muitos sábios
têm considerado um ditado verdadeiro, e após muito tempo cada
homem que foi um grande chefe seguiu o seu exemplo.
Um dos reis se chamava Múnón ou Mennón. Ele se casou com a
filha do rei soberano Príamo, que foi chamado Tróáin, e eles tiveram
um filho chamado Trór, nós o chamamos de Thor. Ele foi criado na
Trácia por um duque chamado Lóricus e, quando ele tinha dez anos
de idade, ele recebeu as armas de seu pai. Quando ele tomou o seu
lugar entre os outros homens, ele era tão bonito de se olhar como o
marfim incrustado em madeira de carvalho, seu cabelo era mais
belo que ouro. Aos doze anos de idade ele tinha chegado a sua
força total e, posteriormente ele levantou dez peles de urso da terra
de uma vez e matou seus pais adotivos Lóricus com sua esposa
Lóri ou Glóri, e tomou posse do reino da Trácia, que chamamos de
Thrúdheim.
Depois disso, ele viajou para muito longe explorando todas as
regiões do mundo e por si mesmo superando todos os berserkers e
gigantes e um enorme dragão e muitos animais selvagens. Na parte
norte do mundo ele conheceu e se casou com uma profetisa
chamada Sibila a quem chamamos de Sif. Eu não sei a genealogia
de Sif, mas ela era uma mulher muito bonita com os cabelos como o
ouro. Lóridi, que se parecia com seu pai, era seu filho. O filho de
Lóridi foi Einridi, seu filho Vingethór, seu filho Vingener, seu filho
Módi, seu filho Magi, seu filho Seskef, seu filho Bedvig, seu filho
Athra, a quem chamamos de Annar, seu filho Ítrmann, seu filho
Heremód, seu filho Skjaldun, a quem chamamos de Skjöld, seu filho
Biaf, a quem chamamos de Bjár, seu filho Ját, seu filho Gudólf, seu
filho Finn, seu filho Fríallaf, a quem chamamos de Fridleif, ele teve
um filho chamado Vóden, a quem chamamos de Odin, ele era um
homem famoso por sua sabedoria e todo tipo de realização. Sua
esposa se chamava Frígída, a quem chamamos de Frigg.
4.
Odin, e também sua esposa, possuíam o dom da profecia e por
meio dessa arte mágica, ele descobriu que seu nome seria famoso
na parte norte do mundo e mais honrado do que de todos os reis.
Por esta razão, ele decidiu sair da Turquia em uma viagem. Ele foi
acompanhado por uma grande multidão de jovens e velhos, homens
e mulheres, e eles tinham com eles muitos objetos de valor. Através
de quaisquer terras que eles viajaram, façanhas tão gloriosas foram
contadas que eles foram vistos como deuses em vez de homens.
Eles não pararam sua jornada até que chegaram ao norte do país
hoje chamado Alemanha.
Lá Odin viveu por um longo tempo, tomando a posse de grande
parte das terras e nomeou três de seus filhos para defendê-la. Um
deles era chamado Vegdeg, ele era um poderoso rei e governou a
Alemanha Oriental, o seu filho era Vitrgils, seus filhos eram Vitta, pai
de Heingest e Sigar, pai de Svebdag, a quem chamamos Svipdag.
O segundo filho de Odin era chamado Beldeg, a quem chamamos
de Baldr; ele possuía o país agora chamado Vestfália, seu filho era
Brand, seu filho, Frjódigar, a quem chamamos Fródi; seu filho,
Freóvin; seu filho, Wigg, seu filho, Gevis, a quem chamamos Gave.
O terceiro filho de Odin se chamava Sigi, o seu filho, Rerir; eles
governaram o que hoje é chamado de França, e a família conhecida
como Völsungar veio de lá. Grandes e numerosas famílias vieram
de todos eles. Então Odin partiu em sua viagem para o norte e,
chegando na terra chamada Reidgotaland tomou posse de tudo o
que ele queria naquele país. Ele nomeou o seu filho Skjöld para
governar lá, seu filho era Fridleif, de onde veio a família conhecida
como Skjöldungar, eles são os reis da Dinamarca e o que era então
chamado Reidgotaland agora é chamado Judand.
Gefjun alegremente
Tirou de Gylfi,
A excelente terra,
Extensão da Dinamarca.
E assim o suor evaporava
Dos animais corredores.
Quatro cabeças e oito olhos
Tinham os bois,
Enquanto aravam perante o amplo campo,
Roubando terra da gramada ilha.
Gefjun e o Rei Gylfi, por Lorenz Frølich (1906)[4]
Capítulo 2 – Gylfi Chega a Asgard
Todas as bruxas
Descendem de Witolf;
Todos os bruxos
Vêm de Willharm;
E todos os encantadores de feitiços
São filhos de Wvarthofde;
Todos os gigantes
Vieram de Ymir.
Incontáveis eras
Antes de a Terra ter forma,
Nasceu Bergelmir;
Isso eu recordo primeiro,
Como o famoso sábio gigante
No convés do navio se deitou.”
Nascimento e Morte de Ymir, por Lorenz Frølich (1885)[9]
Capítulo 8 – Os Filhos de Borr criam a Terra e o céu
Então disse Gangleri: “O que foi feito então pelos filhos de Borr,
se você acredita que eles são deuses?”
Hárr respondeu: “Neste assunto, não há pouco a ser contado.
Levaram Ymir e o carregaram para o meio do Ginnungagap, e
fizeram dele a Terra: de seu sangue o mar e as águas; a terra foi
feita de sua carne, e os rochedos de seus ossos, cascalho e pedras
eles fizeram a partir de seus dentes e as suas mandíbulas e
daqueles ossos que estavam quebrados”.
E Jafnhárr disse: “Do sangue, que correu e jorrou livremente de
seus ferimentos, eles fizeram o mar, quando haviam formado e feito
a terra firme, e puseram o mar em um anel circundando-a, e parece
ser um ato árduo para a maioria dos homens cruzar o oceano.”
Então disse Thridi: “Eles pegaram seu crânio também, e fizeram
dele o céu, e os puseram sobre a terra com quatro cantos, e sob
cada canto eles colocaram um anão: os nomes destes são Leste,
Oeste, Norte e Sul. Então tomaram as brasas e faíscas que
irrompiam de Múspellheim, e as colocaram no meio do
Ginnungagap, nos Céus, acima e abaixo, para iluminar o céu e a
terra. Eles atribuíram lugares para todos os fogos: alguns no céu,
alguns vagavam livre debaixo do céu, no entanto, a estes também
deram um lugar e criaram-lhes trajetórias. É dito em canções
antigas que, a partir desta data, os dias e os anos foram contados,
como é dito no Völuspá:
De suas sobrancelhas
Os joviais deuses fizeram
Midgard para os filhos dos homens.
De seu cérebro,
Todas as melancólicas
Nuvens foram criadas.”
Odin e Seus Dois Irmãos Criam o Mundo do Corpo de Ymir, por
Lorenz Frølich (1895)[10]
Capítulo 9 – Os Filhos de Borr criam Askr e Embla
Nýi e Nidi,
Nordri e Sudri,
Austri, Vestri,
Althjófr, Dvalinn;
Nár, Náinn,
Nípingr, Dáinn,
Bifurr, Báfurr,
Bömburr, Nóri,
Óri, Ónarr,
Óinn, Mjödvitnir,
Viggr e Gandálfr,
Vindálfr, Thorinn,
Fíli, Kíli,
Fundinn, Váli;
Thrór, Thróinn,
Thekkr, Litr e Vitr,
Nýr, Nýrádr,
Rekkr, Rádsvidr.
Draupnir, Dólgthvari,
Hörr, Hugstari,
Hledjólfr, Glóinn;
Dóri, Óri,
Dúfr, Andvari,
Heptifíli,
Hárr, Svíarr.
Skirfir, Virfir
Skáfidr, Ái,
Álfr, Yngvi,
Eikinskjaldi,
Falr, Frosti,
Fidr, Ginnarr.”
A terceira raiz do Freixo está nos Céus, e sob essa raiz está a
fonte que é muito sagrada, que é chamada de A Fonte de Urdr, lá os
deuses controlam seu tribunal. Todos os dias os Æsir cavalgam pela
Bifröst, que também é chamada de A Ponte dos Æsir. Estes são os
nomes dos cavalos dos Æsir: Sleipnir é o melhor, Odin o possui, ele
tem oito patas. O segundo é Gladr, o terceiro Gyllir, o quarto Glenr, o
quinto Skeidbrimir, o sexto Silfrintoppr , o sétimo Sinir, o oitavo Gisl,
o nono Falhófnir, o décimo Gulltoppr, o décimo primeiro Léttfeti. O
cavalo de Baldr foi queimado com ele, e Thor caminha para o
tribunal, e nada pelos rios que são chamados assim:
Körmt e Örmt
E os dois Kerlaugs,
Esses Thor deve atravessar
Todos os dias
Quando ele vai a julgar
Na árvore de Yggdrasil;
Pois a Ponte dos Æsir
Queima com as chamas,
E as águas sagradas uivam.”
O Freixo Yggdrasil
Sofre com angústia,
Mais que os homens sabem:
Os cervos mordem acima,
Aos lados ela apodrece,
E Nídhöggr rói por baixo.
E ainda é dito:
Mais serpentes se estendem
Sobre o Freixo Yggdrasil
Que qualquer tolo primata pode imaginar.
Góinn e Móinn
Filhos de Grafvitnir,
Grábakr and Grafvölludr;
Ófnir and Sváfnir
Creio eu que continuarão
A roer as raízes da árvore.
Então disse Gangleri: “Você sabe muitas histórias para contar dos
Céus. Que principais moradas há mais além da Fonte de Urdr?
Hárr disse: “Muitos lugares estão lá, e gloriosos são. Aquele que
é chamado Álfheimr é um deles, onde habitam os povos chamados
de Elfos Claros, ou Ljósálfar, mas os Elfos Negros, ou Dökkálfar,
habitam abaixo da terra, e eles são diferentes na aparência, mas, de
longe, ainda mais diferentes na natureza. Os Elfos Claros são mais
belos de se olhar do que o sol, mas os Elfos Negros são mais
negros do que o piche. Depois, há também nesse lugar a morada
chamada Breidablik, e não há nos Céus uma habitação mais bela.
Lá, também, há o lugar chamado Glitnir, cujas paredes e todos os
seus postes e pilares são de ouro vermelho, mas o seu telhado é de
prata. Há também a morada chamada Himinbjörg, que fica no final
dos Céus na cabeça da ponte, no lugar onde a Bifröst se junta aos
Céus. Outra grande morada é lá, que é chamada Valaskjálf; Odin é
dono dessa habitação, os deuses a construíram e seu telhado é
feito com pura prata, e neste salão fica o Hlidskjálf, o chamado alto-
assento. Sempre que o Pai de Todos senta naquela cadeira, ele
inspeciona todas as terras. No extremo sul do céu fica aquele salão
que é o mais belo de todos, e mais brilhante do que o sol, que é
chamado Gimlé. Ele resistirá quando os Céus e a Terra já não
existirem, e os homens bons e de conversas justas nele habitarão:
assim é dito no Völuspá:
Eu conheço um salão
Mais belo que o Sol,
Com telhados de ouro,
Chamado de Gimlé.
Nele habitarão
Aqueles que praticam a justiça
E para todo o sempre
Desfrutarão de prazeres.”
Svidurr, Svidrir,
Jálkr, Kjalarr, Vidurr,
Thrór, Yggr, Thundr;
Vakr, Skilfingr,
Váfudr, Hroptatýr,
Gautr, Veratýr.”
Então disse Gangleri: “Muitos nomes você lhe deu, e, por minha
fé, deve-se realmente precisar ter uma inteligência considerável
para conhecer todo o saber e os eventos que trouxeram cada um
desses nomes.”
Então Hárr respondeu: “É realmente uma grande soma de
conhecimento para se reunir e fixar oportunamente. Mas é mais
breve te dizer que a maioria de seus nomes foram dados a ele por
causa desta razão: havendo assim muitas ramificações de línguas
no mundo, todos os povos acreditavam que era necessário para
eles transformar seu nome em sua própria língua, para que eles
pudessem melhor invocá-lo e suplicar-lhe em seus próprios nomes.
Mas em algumas ocasiões esses nomes surgiram em suas
andanças; e estes casos estão registrados em sagas. E você não
poderá ser chamado de um homem sábio se não for capaz de narrar
esses grandes eventos.”
Odin, por Johannes Gehrts (1901)[23]
Capítulo 21 – Sobre Áss-Thor
Quinhentos quartos
E mais quarenta,
Assim acredito que sejam
As curvas de Bilskirnir.
De todas as casas
Que sei que possuem tetos,
Eu sei que a do meu filho é a maior.
Thor tem dois bodes, que são chamados de Tanngnjóstr e
Tanngrisnir, e uma carruagem na qual ele dirige, e os bodes puxam-
na, por isso ele é chamado de Öku-Thor. Ele também possui três
coisas de grande valor: um é o martelo Mjölnir, que os Gigantes de
Gelo e os Gigantes das Montanhas conhecem quando é levantado
ao alto, e isto é de se admirar, pois feriu muitos crânios entre seus
pais ou seus parentes. Ele tem um segundo tesouro valioso, o
melhor de todos, o Megingjarder, ou o Cinturão de Força, e quando
ele aperta-o em sua cintura, então a força divina dentro dele é
duplicada. No entanto, uma terceira coisa ele possui, na qual há
muita virtude: suas Luvas de Ferro, ou Járnglófar, ele não pode ficar
sem elas quando usa seu martelo. Mas ninguém é tão sábio a ponto
de poder dizer a todos as suas grandes obras, mas posso te dizer
tantas histórias dele que as horas seriam gastas antes de tudo o
que eu sei fosse dito.”
Thor, por Arthur Rackham (1911)[24]
Capítulo 22 – Sobre Baldr
Breidablik é chamado
Onde Baldr fez
Um salão para ele mesmo;
Nesta terra
Onde eu sei se encontra
O menor dos males.
Baldr, o Bom, por Jacques Reich (1900)[25]
Capítulo 23 – Sobre Njördr e Skadi
Njördr em Nóatún gerou mais tarde dois filhos: o filho foi chamado
de Freyr, e a filha Freyja, eles eram belos e poderosos. Freyr é o
mais famoso dos Æsir, ele governa a chuva e o brilho do sol, e com
isso o nascer dos frutos da terra; e é bom invocá-lo nas estações
frutíferas e de paz. Ele governa também a prosperidade dos
homens. Mas Freyja é a mais famosa das deusas; ela tem nos Céus
a morada chamada Fólkvangr, e onde quer que ela cavalgue para a
luta, ela fica com metade dos mortos, e Odin a outra metade, como
é dito aqui:
Fólkvangr é chamado
Onde Freyja reina;
Para os assentos de seu salão
Metade dos mortos
Ela escolhe todos os dias,
A outra metade é de Odin.
Seu salão Sessrúmnir é grande e belo. Quando ela sai, ela leva
seus gatos que a conduzem em uma carruagem; ela é a mais
facilmente invocada pelas orações dos homens, e de seu nome vem
o nome da honra, Frú, pelos quais são chamados os nobres.
Canções de amor são agradáveis a ela, é bom invocá-la em casos
de amor.”
Freyr, por Johan Thomas Lundbye (1845)[28]
Freyja em Sua Carruagem, por Carl Emil Doepler (1905)[29]
Capítulo 25 – Sobre Týr
Himinbjörg é chamado
Onde Heimdallr, eles dizem
Tem sua morada.
Lá a sentinela dos deuses
Bebe em seu confortável salão
Alegremente o bom hidromel.
E, além disso, ele mesmo diz na canção de Heimdallr:
Filho eu sou de nove damas,
Nascido fui de nove irmãs.
Heimdallr com a Gjallarhorn, por Lorenz Frølich (1895)[32]
Capítulo 28 – Sobre Hödr
Ainda mais filhos teve Loki. Angrboda era o nome de uma certa
gigante em Jötunheim com quem Loki teve três filhos: um era o
Lobo Fenrir, o segundo Jörmungandr, que é a Serpente de Midgard,
a terceira é Hel. Mas quando os deuses souberam que estes foram
criados em Jötunheim, e quando os deuses perceberam pelas
profecias que destes irmãos grande infortúnio cairia sobre eles, e
uma vez que parecia a todos que havia grande possibilidade de
males, primeiro do sangue da mãe, e ainda pior do pai, então o Pai
de Todos enviou deuses para lá para pegar as crianças e levá-las a
ele. Quando elas se aproximaram dele, imediatamente ele lançou a
serpente ao fundo do mar que circunda toda a Terra, e esta serpente
cresceu tanto que ela está no meio do oceano e ela rodeia toda a
Terra, e morde sua própria cauda.
Hel ele lançou em Niflheim, e deu a ela o poder sobre o nono
mundo para repartir todas as moradas entre aqueles que foram
enviados a ela, ou seja, mortos de doença ou de idade avançada.
Ela tem grandes posses lá, suas paredes são muito altas e seus
portões enormes. Seu salão é chamado Eljudner; seu prato, Fome,
Faminto é sua faca; Ganglate, seu escravo; Ganglot, sua serva;
Poço do Tropeço, seu limite, pelo qual se entra, Doença, sua cama,
Angústia, suas roupas de cama. Ela é meio negra e meio cor de
carne, pelo qual ela é facilmente reconhecida, e muito abatida e
feroz.
Filhos de Loki, por Carl Emil Doepler (1905)[37]
Týr Alimentando Fenrir, por Louis Huard (1871)[38]
O Lobo, os Æsir trouxeram para casa, e Týr foi o único que ousou
ir até ele para lhe dar carne. Mas quando os deuses viram o quanto
ele crescia a cada dia, e quando todas as profecias declaravam que
ele estava destinado a ser destruição de todos, então os Æsir
pensaram nesta forma de escapar: eles fizeram um grilhão muito
forte, que eles chamaram de Lædingr, e trouxeram perante o lobo,
ordenando-lhe que testasse a sua força contra o grilhão. O lobo
pensou que não teria muita dificuldade, e deixou-os fazer com ele o
que quisessem. A primeira vez que o Lobo forçou contra ele, o
grilhão quebrou, então ele foi solto do Lædingr. Depois disso, os
Æsir fizeram um segundo grilhão, duas vezes mais forte, que eles
chamaram de Drómi, e convidaram o Lobo a testar esse grilhão,
dizendo que ele iria se tornar muito famoso por sua força se essa
grandiosa obra não fosse suficiente para segurá-lo. Mas o Lobo
pensou que este grilhão era muito forte, ele também considerou que
sua força tinha aumentado desde o momento em que quebrou o
Lædingr: ele pensou que ele devia expor-se ao perigo, caso isso o
tornasse famoso. Assim, ele deixou o grilhão ser colocado sobre ele.
Agora, quando os Æsir declararam-se prontos, o Lobo sacudiu-se,
bateu o grilhão contra a terra e lutou ferozmente com ele, arrastou
com as patas contra ele, e quebrou o grilhão, de modo que os
fragmentos voaram longe. Assim, ele se livrou do Drómi. Desde
então, é um provérbio, ‘se soltar do Lædingr’, ou ‘se livrar do Drómi’,
quando algo é incrivelmente difícil.
Depois disso, os Æsir temeram que eles nunca seriam capazes
de prender o lobo. Então o Pai de Todos mandou aquele que se
chama Skirnir, o mensageiro de Freyr, descer para a região dos
Elfos Negros, a certos anões, e mandou ser feito o grilhão chamado
Gleipnir. Ele era feito de seis coisas: o ruído de um gato ao andar, a
barba de uma mulher, as raízes de uma montanha, os tendões de
um urso, a respiração de um peixe e o cuspe de um pássaro.
E mesmo que você não entenda estas questões, mas agora você
pode encontrar rapidamente certas provas de que nenhuma mentira
é dita aqui: você deve ter visto que uma mulher não tem barba, e
nenhum som vem do salto de um gato e não há raízes sob uma
montanha, e por minha fé, tudo o que eu te disse é igualmente
verdade, embora haja algumas coisas que você não pode colocar à
prova.”
Então disse Gangleri: “Isso certamente posso perceber ser
verdade: essas coisas que você usou como prova, eu posso ver,
mas como foi o grilhão feito?”
Hárr respondeu: “Isto sou bem capaz de te dizer. O grilhão era
macio e suave como uma fita de seda, mas tão seguro e forte como
você vai agora ouvir. Então, quando o grilhão foi trazido aos Æsir,
eles agradeceram o mensageiro pela sua missão. Então os Æsir
foram ao lago chamado Ámsvartnir, para a ilha chamada Lyngvi, e
convocando o lobo a eles, mostraram-lhe a fita de seda e pediram-
lhe que a arrebentasse, dizendo que era um pouco mais robusta do
que parecia de sua espessura. E cada um passou para os outros e
testaram com a força de suas mãos e ela não se partiu, mas eles
disseram que o lobo conseguiria quebrá-la.
Então o lobo respondeu: ‘Tocando neste assunto da fita, parece-
me que vou obter nenhuma glória dele, embora eu tenha
conseguido arrebentar as correntes, mas se isso foi feito com
astúcia e artimanhas, então, apesar de parecer pouco, essa fita
nunca deve ser amarrada em minhas pernas.’
Em seguida, os Æsir responderam que ele poderia facilmente
arrebentar uma pequena fita de seda, ele que tinha antes quebrado
enormes grilhões de ferro, ‘mas se você não for capaz de arrebentar
a faixa, então você não será capaz de assustar os deuses e, então,
vamos soltá-lo.’
O lobo disse: ‘Se vocês me prenderem de modo que eu não
consiga ficar livre de novo, então vocês vão agir de tal forma que
será tarde demais para eu receber ajuda de vocês. Eu estou
relutante de que essa fita deve ser colocada em mim. No entanto,
ao invés de vocês duvidarem de minha coragem, que alguém de
vocês coloque a mão na minha boca, para uma promessa de que
isso é feito de boa fé.’
Cada um dos Æsir olhou para o seu vizinho e ninguém estava
disposto a perder sua mão, até que Týr estendeu a mão direita e
colocou-a na boca do lobo. Mas quando o lobo forçou, o grilhão se
endureceu, e quanto mais ele lutava contra ele, mais apertada a fita
ficava. Em seguida, todos riram, exceto Týr: ele perdera sua mão.
Quando os Æsir viram que o lobo estava totalmente amarrado,
eles pegaram a corrente que estava presa ao grilhão, e que se
chama Gelgja, e a passaram por uma grande rocha chamada Gjöll e
fixaram a rocha bem fundo na terra. Em seguida, eles tomaram uma
grande pedra e enterraram-na ainda mais fundo na terra, ela era
chamada Thviti, e usaram a pedra como um pino de fixação. O lobo
ficou boquiaberto terrivelmente, e se debateu e esforçou-se para
mordê-los; eles enfiaram em sua boca uma espada: o cabo ficou
preso em sua mandíbula inferior, e a ponta na mandíbula superior,
esta é sua mordaça. Ele uiva horrivelmente, e baba corre para fora
de sua boca: este é o rio chamado Ván, lá ele se encontra até o
Ragnarök.”
Então disse Gangleri: “Incríveis crianças doentias Loki gerou, mas
todos estes irmãos são de grande poder. No entanto, por que os
Æsir não mataram o lobo, vendo que tinham expectativas de males
vindo dele?”
Hárr respondeu: “De muita estima tinham os deuses com seu
lugar sagrado de modo que eles não o manchariam com o sangue
do lobo, embora, assim dizem as profecias, ele deverá ser o
assassino de Odin.”
Ela respondeu:
Eu não voo,
Embora eu viaje,
E no ar deslizo
Sobre o Hofvarpner,
Aquele que Hamskerpir
Teve com Gardrofa.
Hrist e Mist
Desejo que meu chifre seja trazido a mim,
Skeggjöld e Skögull;
Hildr e Thrúdr,
Hlökk e Herfjötur,
Göll e Geirahöd,
Randgrídr e Rádgrídr
E Reginleif
Estas trazem cerveja aos Einherjar.
Estas são chamadas de Valquírias: elas Odin envia a cada
batalha, elas determinam quais homens devem morrer e quem deve
vencer. Gudr e Róta e a mais jovem Norna, ela que é chamada de
Skuld, andam sempre a levar os mortos e a decidirem lutas. Jörd, a
mãe de Thor, e Rindr, a mãe de Váli, são reconhecidas também
como Ásynjur.
Valquíria, por Peter Nicolai Arbo (1869)[41]
Capítulo 37 – Freyr Conquista Gerdr, Filha de Gýmir
Então disse Gangleri: “Você diz que todos os homens que caíram
em batalha desde o começo do mundo estão agora com Odin, em
Valhalla. O que ele tem para dar-lhes de comida? Eu devo imaginar
que uma grande multidão deve estar lá.”
Então Hárr respondeu: “O que você diz é verdade: uma poderosa
multidão está lá, mas muitos mais estarão, não obstante ainda
parecerá muito pequena no momento em que o Lobo vier. Mas
nunca é tão grande a multidão em Valhalla que a carne do javali
faltará, este que é chamado Sæhrímnir, ele é cozido todos os dias e
fica inteiro ao entardecer. Mas essa pergunta que você inquiriu
agora: Eu acho provável que poucos possam ser tão sábios de
serem capaz de relatar a verdade sobre isso. O nome de quem
cozinha as carnes é Andhrímnir, e o caldeirão se chama Eldhrímnir,
logo é dito aqui:
Andhrímnir faz
Em Eldhrímnir
Sæhrímnir cozido,
A melhor das carnes.
Embora poucos saibam
Com que comida os Einherjar se alimentam.”
Então disse Gangleri: “Tem Odin a mesma comida que os
Einherjar?”
Hárr respondeu: “Aquela comida que está em seu prato ele dá
para dois lobos que ele possui, chamados Geri e Freki, mas de
nenhum alimento ele precisa, o vinho é alimento e bebida para ele,
logo é dito aqui:
Geri e Freki
Saciam os guerreiros,
O famoso Pai dos Exércitos;
Mas com vinho apenas
O Glorioso em armas
Odin vive para sempre.
Dois corvos sentam sobre seus ombros e dizem em seu ouvido
todas as novidades que eles vêem ou ouvem, eles são chamados
assim: Huginn, ou Pensamento, e Muninn, ou Memória. Ele os envia
ao amanhecer para voar sobre todo o mundo, e eles voltam no
desjejum; assim ele fica familiarizado com muitas novidades. Por
isso os homens chamam-lhe de Deus Corvo, como é dito:
Huginn e Muninn
Voam todos os dias
Sobre a imensa Terra.
Eu temo por Huginn
Que ele possa não voltar,
No entanto eu temo mais por Muninn.”
Quinhentas portas
E quarenta mais
Eu julgo existir em Valhalla.
Oitocentos Einherjar
Saem de cada porta
Quando eles forem lutar com o lobo.”
Todos os Einherjar
No pátio de Odin
Degladiam-se diariamente.
Eles escolhem os mortos
E cavalgam dos campos de batalha,
Então se sentam juntos em paz.
Mas o que você disse é verdade: Odin possui grande poder.
Muitos exemplos são encontrados como prova disto, como é dito
aqui, nas palavras dos próprios Æsir:
O freixo Yggdrasil
Das árvores é a mais importante,
É a Skídbladnir dos navios,
Odin dos Æsir,
Sleipnir dos cavalos,
Bifröst das pontes,
E Bragi dos escaldos,
Hábrók dos falcões,
E Garmr dos cães.”
Valhalla, por Carl Emil Doepler (1905)[46]
Capítulo 42 – Os Æsir Quebram o Juramento Feito ao Construtor da
Cidadela
Então disse Gangleri: “Quem é o dono do cavalo Sleipnir, ou o
que há para ser dito sobre ele?”
Hárr respondeu: “Você não tem nenhum conhecimento sobre
Sleipnir, e você não sabe as circunstâncias de seu nascimento, mas
parece que vai valer a pena te contar. Era cedo nos primeiros dias
de vivência dos deuses aqui, quando eles estabeleceram Midgard e
criaram Valhalla; então veio na época um certo gigante que era
construtor e se ofereceu para construir-lhes uma cidadela em três
estações, tão boa que deveria ser firme e a prova dos Gigantes das
Montanhas e os Gigantes de Gelo, embora eles conseguiriam
chegar a Midgard. Porém ele exigiu como pagamento que ele
deveria ter a posse de Freyja, e de bom grado teria também o sol e
a lua. Em seguida, os Æsir fizeram uma conferência e se
consultaram, e um negócio foi feito com o construtor, que ele teria o
que ele exigia, se ele conseguisse completar a cidadela em um
inverno. No primeiro dia do verão, se alguma parte da cidadela
estivesse inacabada, ele perderia sua recompensa, e ele não
receberia ajuda de ninguém no trabalho. Quando lhe disseram
essas condições, ele pediu que lhe deixassem ter a ajuda de seu
cavalo, que se chamava Svadilfari e, devido ao conselho de Loki, o
pedido do construtor foi concedido. Ele começou a trabalhar no
primeiro dia do inverno para fazer a cidadela, e à noite ele arrastava
pedras com a ajuda do cavalo; e parecia muito incrível para os Æsir
que grandes rochas o cavalo arrastava, pois o cavalo fazia um
trabalho mais áspero em dobro do que fazia o construtor. Mas havia
fortes testemunhas para seu negócio, e muitos juramentos feitos,
pois parecia inseguro para o gigante estar entre os Æsir sem uma
trégua estabelecida, para o caso de Thor voltar para casa. Porém
Thor tinha ido à região oriental para combater trolls.
Quando o inverno se aproximava do seu fim, a construção da
cidadela estava bem avançada, e era tão alta e forte que não podia
ser tomada. Quando faltavam três dias de verão, o trabalho tinha
quase atingido o portão da fortaleza. Então os deuses sentaram-se
em seus assentos de julgamento, e procuraram meios de evasão, e
perguntavam uns aos outros quem tinha aconselhado dar Freyja à
Jötunheim, e destruir o ar e o céu ao se levar dali o sol e a lua e dar-
lhes aos gigantes. Os deuses concordaram que aquele que deve ter
aconselhado isto é quem está acostumado a dar maus conselhos,
Loki filho de Laufey, e declararam-no merecedor de uma morte
cruel, caso ele não conseguisse encontrar uma forma de tirar do
construtor o seu pagamento, e eles ameaçaram Loki com violência.
Mas quando ele ficou com medo, então ele fez juramentos de que
iria maquinar algo em que o construtor perderia seu pagamento,
custe o que custasse.
Naquela mesma noite, quando o construtor arrastava pedras com
o cavalo Svadilfari, uma égua saltou diante de uma floresta e
relinchou para ele. O garanhão, percebendo que espécie de égua
era essa, imediatamente tornou-se frenético e arrebentou as rédeas
em pedaços, e pulou atrás dela, e ela fugiu para a floresta, e o
construtor atrás dele, esforçando-se para pegar o cavalo. Estes
cavalos correram toda a noite e o construtor parou lá naquela noite,
e depois, durante o dia, o trabalho não foi feito como tinha sido
antes. Quando o construtor viu que o trabalho não poderia ser
levado ao fim, ele caiu em fúria como um gigante. No momento em
que os Æsir viram certamente que um Gigante das Montanhas
estava lá, eles não consideraram seus juramentos válidos, mas
chamaram Thor, que veio rapidamente. E logo que o martelo Mjölnir
foi levantado no ar, ele deu o pagamento ao construtor, mas não
com o sol e a lua. Não, ele ainda negou-lhe viver em Jötunheim, e
bateu, mas deu um primeiro golpe de modo que seu crânio foi
estourado em pequenas migalhas, e mandou-o para abaixo de
Niflhel. Mas Loki teve certas relações com Svadilfari que, um pouco
mais tarde, ele deu à luz a um potro, que era cinza e tinha oito
patas, e este cavalo é o melhor entre os deuses e os homens.
Assim é dito no Völuspá:
Então ele deixou seus bodes para trás, e começou sua jornada
para o leste em direção a Jötunheim e para o mar, e, em seguida,
ele entrou no oceano, para seu fundoe, mas quando ele chegou em
terra, ele emergiu, e Loki e Thjálfi e Röskva estavam com ele.
Então, quando eles tinham andado um pouco, diante deles havia
uma grande floresta, eles andaram todo o dia até a noite. Thjálfi era
o mais rápido de pés de todos os homens, ele levava a bolsa de
Thor, mas não havia nada de bom para comer.
Assim que se tornou escuro, eles procuraram abrigo para a noite,
e encontraram diante de si um salão muito grandioso: havia uma
porta no final, da mesma largura que o próprio salão, onde então
eles encontraram quartos para a noite. Mas à cerca de meia-noite
ouviu-se um grande terremoto: a terra balançou sob eles
extremamente e a casa toda tremeu. Então Thor se levantou e
chamou seus companheiros, e eles exploraram mais longe, e
encontraram no meio do salão uma câmara lateral no lado direito, e
eles entraram lá. Thor sentou-se na soleira da porta, mas os outros
foram mais para o interior, e eles estavam com medo, mas Thor
agarrou o cabo de seu martelo e estava pronto para se defender.
Em seguida, eles ouviram uma grande zumbido e um baque.
Mas quando se aproximava do amanhecer, então Thor saiu e viu
um homem deitado perto dele na floresta, aquele homem não era
pequeno, ele dormia e roncava poderosamente. Então Thor achou
que ele entendeu que tipo de barulho era o que tinham ouvido
durante a noite. Ele apertou o cinturão de força, e seu poder divino
aumentou, e no instante em que o homem acordou e levantou-se
rapidamente, então é dito que pela primeira vez Thor se assustou de
golpear alguém com o martelo. Ele perguntou o nome dele, e o
homem se chamava Skrýmir, ‘mas eu não tenho nenhuma
necessidade’, disse ele, ‘de perguntar-lhe o seu nome, eu sei que
você é Áss-Thor. Mas o que você fez com a minha luva?’
Então Skrymir estendeu sua mão e pegou a luva, e
imediatamente Thor viu que era o que ele tinha pensado ser um
salão durante a noite, e que a câmara lateral era o polegar da luva.
Skrýmir perguntou se Thor aceitava sua companhia e Thor disse
que concordava. Então Skrýmir pegou e desamarrou sua bolsa de
provisões e se preparou para comer sua refeição da manhã, e Thor
e seus companheiros fizeram o mesmo em outro lugar. Skrýmir em
seguida, propôs-lhes para juntar suas provisões e Thor concordou.
Então Skrýmir colocou toda a comida em um saco e o pôs em suas
costas; ele andou na frente de todos durante o dia, e dava passos
muitos largos, mas no final da noite Skrýmir encontrou para eles
aposentos sob um grande carvalho.
Então Skrýmir disse a Thor que ele iria se deitar para dormir, ‘e
você pegue o saco de provisões e prepare o seu jantar.’
Logo após, Skrýmir dormia e roncava forte, e Thor pegou a bolsa
de provisões e se preparou para desamarrá-la, mas essas coisas
devem ser contadas já que vão parecer inacreditáveis: ele não
soltou nenhum nó e nenhuma tira se afrouxou, de modo a ficar
menos apertado do que antes. Quando ele viu que este trabalho não
ia dar em nada, então ele ficou irritado, segurou o martelo Mjölnir
com ambas as mãos, e caminhou a passos largos para o lugar onde
Skrýmir dormia, e bateu-lhe na cabeça. Skrýmir acordou, e
perguntou se uma folha tinha caído em sua cabeça, e se haviam
comido e estavam prontos para dormir.
Thor respondeu que eles estavam prestes a ir dormir, então eles
foram para baixo de outro carvalho. Deve ser dito para você que não
havia então ninguém dormindo sem medo.
No meio da noite, Thor ouviu como Skrýmir roncava e caía no
sono rapidamente, de modo que trovejava na floresta, então ele se
levantou e foi até ele, então sacudiu a martelo ansiosa e duramente,
e desferiu um golpe no centro de sua coroa: ele viu que a face do
martelo afundou em sua cabeça.
E naquele momento Skrýmir acordou e disse: ‘O que é agora?
Será que alguma noz caiu em minha cabeça? Ou o que está
fazendo Thor?’
Mas Thor voltou rapidamente e respondeu que estava recém-
despertado, disse que era ainda o meio da noite e que havia ainda
tempo para dormir. Thor meditou que se ele pudesse desferi-lo um
terceiro golpe nunca mais veria o gigante; ele se deitou e observou
se Skrýmir já estava dormindo profundamente. Um pouco antes de o
dia amanhecer, quando ele percebeu que Skrýmir tinha adormecido,
ele se levantou de uma vez e correu até ele, brandindo seu martelo
com toda a sua força, e bateu em uma de suas têmporas que estava
para cima.
Mas Skrýmir sentou-se e acariciou sua bochecha, e disse:
‘Algumas aves devem estar empoleiradas na árvore em cima de
mim; eu imaginei, quando acordei, que alguma sujeira dos galhos
caiu sobre minha cabeça. Você está acordado, Thor? Já vai ser a
hora de levantar e vestir-nos, mas agora você não tem mais uma
longa jornada para o castelo chamado Útgardr. Eu ouvi como você
sussurrou entre vocês que não sou nenhum pequeno homem em
estatura, mas você verá homens ainda mais altos se você entrar em
Útgardr. Agora vou dar-lhes um bom conselho: não se comportem
com arrogância, pois os capangas de Útgarda-Loki não vão suportar
tais comportamentos de pessoas tão pequenas. Mas se não for para
ser assim, então volte para onde veio, e eu acho que seria melhor
para você fazer isso, mas se você for em frente, então vá para o
leste. Quanto a mim, tenho o meu caminho para o norte para estas
colinas, como pode ver.’
Skrýmir pegou a bolsa de provisões e a jogou em suas costas e
se separou deles do outro lado da floresta, e não está escrito que os
Æsir deram-lhe votos de boa viagem.
Thor na Luva de Skrýmir, por Carl Emil Doepler (1905)[49]
Capítulo 46 – Sobre as Proezas de Thor e de seus Companheiros
O sol escurecerá,
A terra afundará no mar,
As brilhantes estrelas
Do céu desaparecerão,
O fogo se enfurece,
E o calor arde,
E altas chamas se jogam
Contra o próprio céu.
E aqui ainda é dito assim:
Eu conheço um salão de pé
Longe do sol,
Em Nástrand, as portas
Ao norte estão voltadas;
Gotas de veneno
Caem dos furos do teto;
O salão é bordado
De infinitas serpentes.
Lá devem percorrer
Pelos rios encharcados
Homens da mentira
E aqueles que assassinam.
Mas é pior em Hvergelmir:
Lá a serpente Nídhöggr
Dilacera os corpos dos mortos.”
Vídarr e Váli
Morarão no santuário dos deuses,
Quando o fogo de Surtr tiver enfraquecido;
Módi e Magni
Possuirão o Mjölnir
Ao fim da luta de Thor.
Após o Ragnarök, por Carl Emil Doepler (1905)[59]
Líf e Lífthrasir,
Espreitarão escondidos
No Bosque de Hoddmímir;
O orvalho das manhãs
A sua refeição será;
Deles as raças descenderão.
E o que vai parecer maravilhoso para você é que Sol terá uma
filha não menos bela do que ela, e, em seguida, a filha trilhará os
passos de sua mãe, como é dito aqui:
Uma filha
Nascerá de Sol
Antes que Fenrir a alcance.
O caminho de sua mãe
Quando os deuses estiverem mortos,
Essa dama seguirá.
E Sigurdr
Aquele que saciava os corvos
Do Deus das Cargas
Com o sangue dos exércitos
Dos Haddings mortos
Da vida foi privado
Pelos governantes da terra
Em Ögló.
Assim cantou Glúmr Geirason:
Hermódr e Bragi,
Falou Hroptatýr;
Ide saudar o príncipe;
Pois um rei que é
Um campeão vem
Para o salão de cá.
O Destruidor Impiedoso
Dos povos dos gigantes
Segurou com os braços prontos
No pesado ferro em brasa.
Assim cantou Úlfr Uggason:
Fracamente o grosseiro robusto
Um terrível perigo chamou,
Ao maravilhoso plano
Pensado pelo Senhor dos Bodes.
Gudrun doente de si
Seus filhos matou;
A sábia Deusa Noiva
Ao lado de Van
Chorava; os homens contam
Que Odin domava os cavalos;
Não era o ditado
Hamdir poupava a luta de espadas.
Aqui está registrado que Skadi deixou Njördr, como já foi dito.
Njödr, por Amalia Schoppe (1832)[73]
Capítulo 14 – As Metáforas de Freyr
Como se deve nomear Freyr? Assim, chamando-o Filho de
Njördr, Irmão de Freyja, e também Deus dos Vanir, e Parente dos
Vanir, e Van, e Deus da Estação Fértil, e Deus dos Presentes das
Riquezas.
Assim cantou Egill Skallagrímsson:
Para Grjótbjörn
Em bens e armas
Freyr and Njördr
Bastante o abençoaram.
Freyr é chamado de Adversário de Beli, como Eyvindr
Skáldaspillir cantou:
Thor veio para passar a noite com uma gigante, que se chamava
Grídr, mãe de Vídarr o Silencioso. Ela disse a Thor a verdade sobre
Geirrödr, que ele era um gigante astuto e doentio de se lidar, e ela
emprestou-lhe o Cinturão de Força e luvas de ferro que possuía, e
também seu cajado, que era chamado Grídarvölr. Em seguida, Thor
foi ao rio chamado Vimur, o maior de todos os rios. Lá ele cingiu-se
com o Cinturão de Força e apoiou-se firmemente a jusante com o
Grídarvölr, e Loki se segurava atrás pelo cinturão. Quando Thor
chegou ao meio do rio, o rio subiu tanto que a água quebrava em
seus ombros. Então Thor cantou:
Suspeito de malícias
Estava o gigante perante os deuses;
Quem causa isso?
Disse o Chefe dos Æsir;
A sábia e eloquente águia
Da velha árvore começou a falar;
O Amigo de Hœnir
Não foi amigável com ela.
O lobo da montanha
Ordenou por sua refeição
Da mesa sagrada;
Hœnir foi o escolhido para soprar o fogo;
O gigante, ansioso para matar,
Afundou-se
Onde os deuses desavisados,
Odin, Loki e Hœnir estavam sentados.
O justo Senhor da Terra
Ordenou ao Filho de Farbauti
A rapidamente partilhar
O boi com o gigante;
Mas o astuto inimigo dos Æsir
Em seguida apanhou
As quatro partes do boi
Sobre a ampla mesa.
O governante de senhores,
Amarra os navios dos homens
Na Beira do Mar dos Alces,
Pelo casco remado na baía do puro oceano.
Como Hallfredr cantou:
E isto também:
O Bravio Cinturão das terras frias
Abre-se perante as proas.
Glasir fica
Com folhas douradas
Perante os salões de Odin.
Esta é a árvore mais bela entre deuses e homens.
Capítulo 43 – Dos Ferreiros Filhos de Ívaldi e o Anão Sindri
Por que ouro é chamado de Cabelo de Sif? Loki Laufeyarson, por
amor à malícia, cortou todo o cabelo de Sif. Mas quando Thor soube
disso, ele agarrou Loki, e teria quebrado todos seus ossos, se ele
não tivesse jurado obter dos Elfos Negros com que fizessem para
Sif um cabelo de ouro, de tal forma que ele iria crescer como
qualquer outro cabelo. Então, Loki foi aos anões que são chamados
Filhos de Ívaldi, e eles fizeram o cabelo, e Skídbladnir também, e a
lança que se tornou posse de Odin e foi chamada de Gungnir. Então
Loki apostou sua cabeça com o anão chamado Brokkr que seu
irmão Sindri não poderia fazer três outras coisas preciosas de
iguais virtudes como estas. Quando eles foram para a oficina, Sindri
colocou uma pele de porco no forno e mandou Brokkr soprar os
foles, e não cessasse o trabalho até que ele tirasse do forno o que
ele tinha ali colocado. Mas quando ele saiu da oficina, enquanto o
outro anão soprava, logo pousou uma mosca em sua mão e o picou:
mas ele soprou como antes, até que o ferreiro tirou sua obra do
forno; e ela virara um javali, com crina e cerdas de ouro. Em
seguida, ele colocou ouro no forno e mandou Brokkr soprar e não
cessar sua rajada até que ele retornasse. Ele saiu; mas mais uma
vez a mosca veio e pousou no pescoço de Brokkr e picou agora
duas vezes mais forte que antes; mas ele continuou a soprar até o
ferreiro tirar do forno aquele anel de ouro que se chama Draupnir.
Então Sindri colocou ferro no forno e pediu-lhe que soprasse,
dizendo que o trabalho seria em vão se o sopro de ar falhasse.
Imediatamente a mosca pousou entre os olhos de Brokkr e o picou
em sua pálpebra, mas quando o sangue caiu em seus olhos a ponto
de ele não poder ver, ele soltou os foles só por um momento e
espantou a mosca longe com as mãos. Em seguida, o ferreiro voltou
e disse que tinha chegado perto de estragar tudo o que estava no
forno. Então ele pegou da forja um martelo, colocou todas as
preciosas obras nas mãos de Brokkr seu irmão, e ordenou-lhe ir
com elas para Asgard e reivindicar a aposta.
Agora, quando ele e Loki apresentaram as dádivas preciosas, os
Æsir se sentaram nos assentos de julgamento; e foi decidido acatar
a decisão que seria pronunciada por Odin, Thor e Freyr. Então Loki
deu a Odin a lança Gungnir, e para Thor o cabelo de Sif, e
Skídbladnir para Freyr, e disse as virtudes de todas estas coisas:
que a lança nunca iria parar ao enfiar em seu alvo; o cabelo iria
crescer assim que fosse colocado sobre a cabeça de Sif; e
Skídbladnir teria uma brisa a seu favor assim que a vela fosse içada,
não importasse onde seu dono desejasse ir, mas poderia ser
dobrado como um guardanapo e mantidos na bolsa de Freyr, se ele
assim o desejasse. Então Brokkr apresentou suas oferendas: ele
deu a Odin o anel, dizendo que oito anéis com o mesmo peso
cairiam dele a cada nona noite; para Freyr ele deu o javali, dizendo
que ele poderia correr através do ar e da água melhor do que
qualquer cavalo, e que nunca poderia tornar-se tão escuro como a
noite ou nos mundos da escuridão que não haveria luz suficiente
onde ele passasse, tal era o brilho de sua crina e cerdas. Então ele
deu o martelo para Thor, e disse que Thor poderia golpear quão
forte ele desejasse, não importa o que estivesse diante dele, e o
martelo não falharia; e se ele jogasse em qualquer coisa, ele nunca
iria errar, e nunca voaria tão longe a ponto de não retornar à sua
mão; e se ele desejasse, ele se tornaria tão pequeno que ele
poderia escondê-lo em sua camisa; mas ele tinha uma falha em que
o cabo era um pouco curto.
Esta foi decisão de todos: a de que o martelo era o melhor de
todos os preciosos trabalhos, e nele havia a maior defesa contra os
Gigantes de Gelo; e declararam que o anão tinha ganhado a aposta.
Então Loki fez uma oferta para recuperar a sua cabeça, mas o anão
disse que não havia nenhuma chance disso.
“Pegue-me então”, disse Loki.
Mas quando Brokkr ia prendê-lo, ele já estava muito longe. Loki
tinha com ele aqueles sapatos com os quais ele corria através do ar
e pela água. Em seguida, o anão pediu a Thor para pegá-lo, e Thor
o fez. Em seguida, o anão teria talhado-lhe a cabeça; mas Loki
disse que ele podia ter a cabeça, mas não o pescoço. Então, o anão
pegou uma linha e uma faca, e teria feito um buraco na boca de Loki
e costurado seus lábios juntos, mas a faca não cortou. Então Brokkr
disse que seria melhor se o furador de seu irmão estivesse lá, e
assim que ele falou seu nome, o furador estava lá, e então perfurou
os lábios. Ele costurou a boca de Loki junta e partiu a linha no final
da costura. Essa linha, com a qual a boca de Loki foi costurada, é
chamada Vartari.
Então Sigurdr foi até Reginn e o matou, e após isso ele montou
em seu cavalo, que se chamava Grani, e cavalgou até que chegou
ao covil de Fáfnir. Ele pegou o ouro, embalou-o em dois sacos,
colocou-o nas costas de Grani, montou, e, em seguida, seguiu seu
caminho. Agora, a história está contada de porque o ouro é
chamado de Covil ou Morada de Fáfnir, ou Metal da Charneca
Gnita, ou Fardo de Grani.
Fáfnir Guarda o Ouro, por Arthur Rackham (1911)[98]
Capítulo 48 – Sobre Sigurdr e os Filhos de Gjúki
Então Sigurdr cavalgou até que ele encontrou uma casa na
montanha, em que uma mulher de elmo e cota de malha dormia. Ele
sacou a espada e cortou sua cota de malha. Ela acordou então, e
disse que seu nome era Hildr. Seu nome era Brynhildr, e ela era
uma Valquíria.
Sigurdr partiu e foi ao rei que se chamava Gjúki, cuja esposa era
Grímhildr; seus filhos eram Gunnarr, Högni, Gudrún, Gudny;
Gotthormr era enteado de Gjúki. Sigurdr permaneceu ali por um
longo tempo, e então ele obteve a mão de Gudrún, filha de Gjúki e
Gunnarr, e Högni fez juramentos de fraternidade de sangue com
Sigurdr.
Posteriormente Sigurdr e os filhos de Gjúki foram até Atli, filho de
Budli, para pedir a mão de Brynhildr, sua irmã, em casamento a
Gunnarr. Brynhildr morava em Hindafjalli, e seu salão era cercado
por uma fogueira deslumbrante; e ela fez um voto solene de não se
casar com nenhum outro homem senão aquele que se atrevesse a
andar através do fogo. Então Sigurdr e os filhos de Gjúki, que
também eram chamados de Niflungs, cavalgaram para cima da
montanha, e Gunnarr deveria ter atravessado a chama, mas ele
estava com o cavalo chamado Goti, e esse cavalo não se atreveu a
saltar para o fogo.
Então eles trocaram formas, Sigurdr e Gunnarr, e nomes da
mesma forma; pois Grani não daria um passo sequer sob qualquer
outro homem senão Sigurdr. Então Sigurdr montou em Grani, e
andou pelo deslumbrante fogo. Na mesma noite ele estava casado
com Brynhildr. Mas quando eles foram para a cama, ele tirou a
espada Gramr da bainha e colocou-a entre eles. De manhã, quando
ele levantou-se e vestiu-se, ele deu a Brynhildr, como um presente
nupcial, o mesmo anel de ouro que Loki havia tomado de Andvari, e
pegou outro anel de sua mão como lembrança. Então Sigurdr
montou em seu cavalo e cavalgou para seus companheiros, e ele e
Gunnarr mudaram de formas novamente e foram para a morada de
Gjúki com Brynhildr. Sigurdr e Gudrún tiveram dois filhos, Sigmundr
e Svanhildr.
A Canção de Grótti:
Lavadas ao moinho
Logo elas foram,
As cinzentas pedras
Elas tinham que girar,
Nem descanso nem paz
Ele lhes deu,
Até que tivesse ouvido
O canto das servas.
As donzelas moeram,
Suas forças elas testaram,
Jovens elas eram,
E selvagens gigantes;
Os suportes tremeram,
E caiu o moinho,
Em dois foi quebrada
A pesada pedra.
E a resistente noiva
Dos Gigantes das Montanhas falou:
“Nós moemos, ó, Fródi!
Agora devemos parar;
No moinho tempo suficiente
As donzelas já ficaram.”
Rei Hrólfr Espalha Ouro para Escapar dos Suecos, por Jenny
Nyström (1895)[104]
Capítulo 55 – Sobre o Rei Hölgi
É dito que o rei chamado Hölgi, de quem Hálogaland foi
chamada, foi o pai de Thorgerdr Hölgabrúdr. Sacrifícios eram feitos
para os dois, e um marco de pedras foi levantado para Hölgi: uma
camada de ouro ou prata; que era o dinheiro do sacrifício; e outra
camada de terra e pedras. Assim cantou Skúli Thorsteinsson:
Quando eu avermelhei a espada de Reifnir,
Pelo amor à riqueza,
Em Svöldr, acumulei em anéis de ouro
Como o marco bélico de Hölgi.
Capítulo 56 – Ainda Sobre as Metáforas do Ouro
No antigo Bjarkamál muitos termos para o ouro são ditos. É dito
lá:
O guerreiro se alegrou,
Nós andamos com belas vestes,
Com os Conselhos de Thjazi,
O numeroso exército,
O Metal Vermelho do Reno,
Herança dos Niflungs,
O líder que se atreve à guerra,
O silencioso Baldr o defende.
E esse herói,
Sob a Tempestade de Odin,
Vestia um manto
De pele de lobo cinzento.
Assim cantou Bersi:
Em tempo antigos eu não parecia útil,
Para as a Guerras de Gunn,
No Granizo de Hlökk, quando jóvens
Éramos, assim é dito.
E novamente:
O ágil lanceiro
Atirou através do pintado Pátio do Navio
Como se fosse uma casca; certamente
Ele era um amargo guerreiro.
Ouvirás, ó Hrafnketill,
Como devo louvar a Lâmina da Sola
Do Ladrão de Thrúdr, manchada
Com habilidade, e louvar meu rei?
Também é cantado:
A poderosa Dama
Da Montanha fez o Cavalo do Mar
Arrastar-se adiante, mas os Campeões
Do Fogo do Elmo de Odin abateram seu corcel.
E Hallfredr:
E a armadura da Chuva de Lanças,
Costurada com ferro, não salvou
Os guerreiros dos famintos corvos,
Do Granizo da Corda do Arco.
E Eyvindr Skáldaspillir:
O feroz guerreiro
Do pálido Corcel das Ondas,
Quando ainda jovem, mandou as proas dos navios
Prensarem contra o mar na maré alta.
Corcel de Geitir, como Erringar-Steinn cantou:
É certo também chamar um rei que tem reis tributários sob ele
como Rei dos Reis. Um imperador é o maior dos reis, e em seguida
dele é o rei que reina sobre uma nação; e cada um destes é igual ao
outro nas metáforas feitas deles na poesia. Em seguida a eles estão
os homens que são chamados de Earls ou reis tributários, e são
iguais em metáforas com um rei, exceto que não se pode denominá-
los reis das nações. E assim cantou Arnórr Jarlaskáld a respeito de
Earl Thorfinnr:
Deixe que os homens ouçam como o Rei dos Earls,
De espírito aguçado, procurou o mar;
O avassalador governante
Falhou em contrariar o oceano.
E, portanto, também:
Quando no Corcel de Cabos,
O Encontro de Aços estava acontecendo,
Não foi o mesmo quando uma dama levava
Hidromel do seu senhor para os Homens de Honra.
“Escaldos me chamam de
Ferreiro do pensamento de Vidurr,
Descobridor do tesouro de Gautr,
Bardo sem falhas,
Servente da cerveja de Yggr,
Autor de canções de Modi,
Habilidoso ferreiro da rima;
O que é um escaldo senão isso?”
Freki feriu
Profundamente, quando esguichou
O vermelho sangue
Da cabeça do corvo.
Fera Bruxa, como Einarr cantou:
A Götha, gélida de veneno,
Com uma ferida cuspindo sangue foi avermelhada;
A quente bebida da Fera Bruxa, misturada
Com água, no mar derramava.
Hrafn e Sleipnir,
Os famosos cavalos;
Valr and Léttfeti;
Tjaldari também estava lá;
Gulltopr e Goti;
Eu ouvi menção de Sóti;
Mór e Lungr com Marr.
Vigg e Stúfr
Estavam com Skævadr;
Blakkr poderia muito bem carregar Thegn;
Silfrtoppr e Sinir;
Ouvi falarem de Fákr;
Gullfaxi e Jór com os Deuses estavam.
O Ladrão da Senhora
Voou rapidamente com tumulto
Aos Æsir para conhecê-los,
Na velha plumagem de Águia do Gigante.
E como está aqui:
Estes são outros nomes para o mar, tais como são apropriados
para usar ao nomear navios ou ouro. Rán, é dito, era a esposa de
Ægir, como está escrito aqui:
O Marechal alimenta
O lobo e o corvo em batalha;
Óláfr alegra, nas chuvas de espadas de Skögul
Das batalhas, os gansos de Odin.
Um rei é chamado Marechal porque ele divide seu exército de
guerra em companhias. Líder, como Óttarr o Moreno cantou:
O Líder toma
A Esposa sem amor de Odin,
A terra sem dono;
Sua vida é a de um guerreiro.
Como foi escrito antes; ele é chamado assim porque ele dirige o
seu exército sobre as terras de outros reis, ou dirige um exército fora
de sua própria terra.
Capítulo 80 – Sobre Hálfdan o Velho e os Descendentes do Rei
Havia um rei chamado Hálfdan o Velho, que era o mais famoso
de todos os reis. Ele fez um grande banquete sacrificial no meio do
inverno, e sacrificou para esse fim que pudesse viver trezentos anos
em seu reino; mas ele recebeu essas respostas: ele não viveria
mais do que a vida de um homem, mas por trezentos anos não
haveria nenhuma mulher e nenhum homem em sua linhagem que
não fosse de grande renome. Ele foi um grande guerreiro, e fez
incursões por todas as regiões orientais.
Lá, ele matou em um único combate o rei que era chamado
Sigtryggr. Então tomou em casamento a mulher chamada Alvig, a
Sábia, filha do rei Eymundr de Hólmgardr. Eles tiveram dezoito
filhos, nove nasceram em um parto. Estes são os seus nomes: o
primeiro, Thengill, que foi chamado de Manna-Thengill; o segundo,
Ræsir; o terceiro, Gramr; o quarto, Gylfi; o quinto, Hilmir; o sexto,
Jöfurr; o sétimo, Tyggi; o oitavo, Skyli ou Skúli; o nono, Harri ou
Herra. Estes nove irmãos tornaram-se tão famosos na guerra que,
em todos os registros desde então, os seus nomes são usados
como títulos de hierarquia, assim como o nome do rei ou de um
Earl. Eles não tiveram filhos, e todos caíram em batalha. Assim
cantou Óttarr o Moreno:
Em sua juventude, Thengill
Era rápido e vigoroso em batalha;
Eu oro para que sua linhagem dure;
Sobre todos os homens, eu o estimo.
Assim cantou Markús:
Randver, Rökkvi,
Reifnir, Leifnir,
Næfill, Ræfill,
Nóri, Lyngvi,
Byrvill, Kilmundr,
Beimi, Jórekr,
Ásmundr, Thvinnill,
Yngvi, Teiti.
Virfill, Vinnill,
Vandill, Sölsi,
Gautrekr e Húnn,
Gjúki, Budli,
Hómarr, Hnefi,
Hörvi, Sörvi.
Não consigo ver mais
Reis dos mares.
Hradverkr, Hrökkvir,
E Hástigi,
Hræsvelgr, Herkir
E Hrímgrímnir,
Hymir e Hrímthurs,
Hvalr, Thrígeitir,
Thrymr, Thrúdgelmir,
Thistilbardi.
Geirrödr, Fyrnir,
Galarr, Thrívaldi,
Fjölverkr, Geitir,
Fleggr, Blapthvari,
Fornjótr, Sprettingr,
Fjalarr, Stígandi,
Somr e Svásudr,
Svárangr, Skrati.
Surtr e Stórverkr,
Sækarlsmúli,
Skærir, Skrýmir,
Skerkir, Salfangr,
Öskrudr e Svartr,
Öndudr, Stúmi,
Alsvartr, Aurnir,
Ámr e Skalli.
Köttr, Ösgrúi
E Alfarinn,
Vindsvalr, Víparr
E Vafthrúdnir,
Eldr e Aurgelmir,
Ægir, Rangbeinn,
Vindr, Vídblindi,
Vingnir, Leifi.
Beinvidr, Björgólfr
E Brandingi,
Dumbr, Bergelmir,
Dofri e Midjungr,
Nati, Sökmímir.
Agora foram todos recontados
Os repugnantes
Nomes dos gigantes.
Gjálp, Hyrrokkin,
Hengikefta,
Gneip e Gnepja,
Geysa, Hála,
Hörn e Hrúga,
Hardgreip, Forad,
Hryggda, Hvedra
E Hölgabrúdr.
Hrímgerdr, Hæra,
Herkja, Fála,
Imd, Járnsaxa,
Íma, Fjölvör,
Mörn, Ívidja,
Ámgerdr, Simul,
Sívör, Skríkja,
Sveipinfalda.
Öflugbarda
E Járnglumra,
Ímgerdr, Áma
E Járnvidja,
Margerdr, Atla,
Eisurfála,
Leikn, Munnharpa
E Myrkrida.
Leirvör, Ljóta
E Lodinfingra,
Kráka, Vardrún
E Kjallandi,
Vígglöd, Thurbörd;
Vamos citar
Finalmente Rýgi
E Rifingöflu.
Irmã e Dama
Agora vou citar;
Fidalga, Noiva, Dama,
Dama orgulhosa, Faísca,
Mulher, Dama, Fêmea,
Feima, Viúva,
Dona de Casa, Esposa e Querida,
Esbelta Dama, Matrona,
Serva, Arrogante e Viúva de Guerra,
Solteira e Velha.
É hora de dizer
Os termos para os homens:
Poetas e Maridos,
Homens e Solteiros,
Garanhões, Fazendeiros,
Bravos, Machos,
Uma Companhia, Mestres
E Proprietários de Terras.
Heróis, Guerreiros,
Baluartes, Nobres,
Povo e Marinheiros,
Soldados, Titulares,
Companheiros de Viagem, Família,
Uma Banda, Durões,
Campeões e Valentes,
Lutadores, Companheiros.
População e Povo
E Patrões,
Tropas e Exércitos,
As Pessoas Comuns e as Hordas,
As Pessoas, Peraltas,
Leões e Viajantes,
Um Gentil, um Nobre,
Um Grande Homem, um Sábio.
Há o Homem Ilustre
E o Senhor que doa ouro,
Dono de Riquezas
E Exibidos,
Um Exército e uma Divisão
E Chefes,
A Nação e o Condado,
A Assembléia, a População.
Agora há a Multidão e o Público,
A Aldeia, as Pessoas Boas,
A Família e Servos,
A Corporação, Homens de Coragem,
Uma Tripulação e um Encontro,
Uma Guarnição, Peraltas,
Seres e Brionar.
E há ainda mais
Termos para pessoas,
O Guarda-Costas e Mercenários
E Huscarls,
Um exército pessoal e um casal,
Se eu listar todos eles,
Confidente e Amigo
E conselheiro.
Companheiros de Casa,
Funcionários,
Companheiro de Banco e Conhecido,
Colegas e Seguidores,
Existem Parceiros
E Parentes juntos,
Amigo, Amigo de Abraço,
Guarda do Rei, Heróis.
Bisavô e Parente,
Avô, Filho, Pai,
Irmão, Gêmeo,
Cosanguíneo e Cognato,
Bebê, Criança, Sobrinho
E Herdeiro,
Há Irmãos de Sangue
E ramos da árvore.
Descendência, Confrade,
Relação e Criança,
Cavalheiro e uma Linhagem,
Parente, uma Linha,
Jovem, Colega,
Sogro e Amigo Íntimo
Clã, Linhagem Familiar,
Dependente e Pretendente.
Amigos de Bebida
E Cunhados,
Progenitura é o próximo
E pilar da família,
Há Membro do Conselho
E Doador de Conselhos,
Serviçais, Servos,
Serventes, Operários,
Trabalhadores, Escravos
E Criados.
Vou contar
Os nomes para Espadas:
Lâmina e Hrotti,
Cortador, Dragvandil,
Gría, Gram, Gritador,
Estrondoso e Fim das Contas,
Foice e Polidor,
Honra, Raio de Luz.
Ondulado, Rosqueado,
Dor de Cadáver e Marca,
Homem, Lobo, Matador,
Brilho ao Vento e Tortura,
Freixo, Passeio da Tristeza,
Afiadas Bordas,
Farrapo e Dardo Hediondo,
Muro de Salões, Aperto.
Instigador, Afiado,
Quebrador de Crânios,
Cadáver de Gautr, Brilho do Exército
E Carne de Mímir,
Abridor de Ferida, Impostor,
Espancador, Polido,
Brilho, Lacerador,
Entalhador, Portão de Chamas.
Mimungr e Morte
E Testemunha da Fala,
Tesouro, Encerrado em Corpos,
Grua, Vara de Torcer,
Soldado, Mordedor da Pedra de Moinho,
Feixe de Luz, Dureza,
Testemunha, Subjugador,
Quebrador de Barreiras.
Escarnecedor, Criador de Pálidos,
Destituidor, Talhadeira,
Portador da Sorte, Skilfingr,
Polido, Rasgador,
Rupturador, Embranquecido,
Bæsingr, Tyrfingr,
Glutão e Decepador,
E Portador da Noite vai ser encontrado aqui.
Fogo e Mão Retumbante,
Longa Afiada e Chama,
Águia e Aterrorizante
E Naglfari,
Recuperadora, Mörnir,
Brisa e Diminuidor,
Incêndio e Longo Pescoço,
Tempestuoso, Profanador.
Lenhador, Pálido,
Fáfnir, Perfurador,
Batalhador, Fumegante,
Prole, Encurvador,
Vencedor, Polidor,
Engolidor, Cortador e Morto,
Goin, Convidado da Charneca,
Zombador, Trovejador, Nídhöggr.
Ponto, Faixa de Sangue
E Juntas de Feridas,
Entrelace de Sangue, Distorção de Sangue
E Sangrento Redemoinho,
Abertura de Sangue, Enganador
E Garra de Sangue,
Moldador Inquieto e Marca,
Tiras de Borda, Batalha.
Uivador, Lâmina
E Presente de Ölröd,
Marca, Borda de Batalha
E Alvo Perdido,
Margem e Cortador,
Sob Arrastador,
Fora da Lei, Presente de Kaldhamar,
Punho e Ombro Duro.
Espada e Clamor
E Unha Fiel,
Apertador, Maçaneta da Vitória,
Chefe e Espiga,
Cabo, Desbaste
E Perfurador do Corpo.
Machado, Chifre da Terra
E Lâmina de Ferro,
Abridor e Empurrador Lateral,
Cortador e Machadinha,
Extensão de Poder, Gnepja,
Ogra e Fála,
Cravado e Saliente,
Machado Farpado e Vígglöd,
Cutelo e Estendido,
Há o Chifre do Miserável,
Este é considerado o mais elevado
Dos nomes dos Machados.
Dardo, Lança e Ferrão,
Dof, Lança e Dardo,
Rápido, Croque e Fatigado,
Alabarda, Lâmina de Carniça,
Tiro de Lança, Eixo, Broca,
Míssil, Alabarda Irlandesa,
Gaflak, Solha,
Gungnir, Eixo de Poitier.
Flecha é também Akka,
Ponta, Tiro Branco,
Iminente e Queda de Granizo,
Vela, Tiro Que Assobia,
Penas, Fardo, Ferrolho,
Prego e Hremsa,
Vela de Utilidades e Perfurador,
Equipamento e Arma de Seta.
Direi os nomes
Para Capuz de Hroptr:
Capacete, Ouro Pálido,
Cobertura, Massacre de Geada,
Pedra de Geada, Oco
E Abrigo,
Protetor de Vida, Bem Visto
E Marrom Ansioso
Hildigöltr, Elmo,
Crista de Batalha e Quente,
Capuz, Assustador,
Brilhando, Cúpula.
Cota de Malha, Aquele que Chega, Tocador de Capacete,
Casaco e Perto,
Frio, Finnsleif,
Passagem para a Batalha, Maleável, Obstáculo
E Brinquedo de Sangue.
Gilling e Nilo,
Ganges, Tweed,
Luma, Vervada,
Loire e Gunnthró,
Idsvöl, Vegsvinn,
Yn, Thjódmuna,
Fjörm, Costa e Spey,
E Fimbulthul.
Contraestai, Adriça
E Cana do Leme,
Casco, Proa, Quinta Prancha
E Arinque,
Briol, Boça, Polias
E Estais,
Forqueta, Inclinação, Martelo,
Corda de Ajuda e Valuma.
Verga, Troça, Recife,
Cavername e Cinta de Forqueta,
Molinete, Popa,
Varinha, Rolamentos,
Guincho, Davante,
Baluarte, Proa e Marcas de Popa,
Tragante, Lais de Guia,
Anteparas.
Proa, Joelho, Embarque,
Correia e Arcos,
Bordo de Quilha, Cunha do Mastro
E Resbordo,
Cabeços, Carlinga,
Punho da Escota e Bancadas,
Aparelho, Borda,
Cunho e Pranchas de Convés.
Gente, Adriças,
Sifão, Remos,
Cintas de Vela, Placas Rebitadas,
Ponte e Pinos,
Cinta de Areia, Patilhão
E Âncora,
Boia de Arinque, Balde
E Cesto da Gávea.
Terra, Paisagem, Gleba,
Marga e Hlödyn,
Húmus, Sif, Fjörgyn,
Chão, Fundamento e Orbe,
Campo, Jardim e Pífano,
Casa, País e Litoral,
Terra, Solo, Fronteira,
Território e Pântano.
Bosque, Cume e Montanha,
Encosta e Colina,
Monte, Charneca e Vale,
Outeiro e Ladeira,
Crosta, Pequeno Vale e Planície,
Vale e Península,
Molde, Grama, Abaulamento,
Pântano, Ravina e Areia.
Agora vou contar
Os termos para bois:
Árvak, Berrador
E Jörmunrekr,
Limpo, Freyr, Reginn,
Ferreiro, Perfurador da Ilha,
Vermelho e Conduzido
E Face Escura,
Lutador, Matador,
Vingnir, Condutor.
Himinhrjódr, gado
E Duro de Passagem,
Hæfir, Robusto,
Rugidor, Capado,
Hlidr, Stuf, Lit,
Hrídr, Projeto de Boi,
Arfr, Jörmuni
E poderoso Ferreiro.
Centelha, Apli,
Chifre Dourado,
Riquezas, Novilho, Touro Velho
E Arfuni,
Touro, Tempestuoso, Gritador,
Ruído e Membros,
Touro Garanhão, Boi,
Touros, Sujo de Lama.
Uma vaca é chamada de Novilha,
Vitelo e Faceira
E Audumla,
Ela é a primeira das vacas.
Cordeiro, Poderoso Chifre,
Chifre Delator,
Gumarr, Chifre Incandescente
E Chifre Brilhante,
Carneiro, Chifre Branco,
Hallinskídi,
Simples, Chifre Miserável
E Heimdali,
Ovelha, Mediano,
Carneiro, Marta e Kal.
Uma cabra é chamada de Grímnir
E Geirölnir,
Tanngnjóstr, Picador
E Tanngrisnir,
Vesgo e Bode,
Macho, Grímr é mencionado.
É também chamada de Heidrún,
Cabra e Anho,
Focinho de Carvão
E Filhote são os mesmos.
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Table of Contents
Nota do Editor
Edda em Prosa: Prólogo
Gylfaginning: A Ilusão de Gylfi
Capítulo 1 – Sobre o Rei Gylfi e Gefjun
Capítulo 2 – Gylfi Chega a Asgard
Capítulo 3 – Sobre o Pai de Todos, o Mais Alto Deus
Capítulo 4 – Sobre Niflheim e Múspelheim
Capítulo 5 – A Origem de Ymir e dos Gigantes de Gelo
Capítulo 6 – Sobre Audumla e a Origem de Odin
Capítulo 7 – A Morte de Ymir e sobre Bergelmir
Capítulo 8 – Os Filhos de Borr criam a Terra e o céu
Capítulo 9 – Os Filhos de Borr criam Askr e Embla
Capítulo 10 – A Chegada de Dia e de Noite
Capítulo 11 – A Origem de Sol e de Lua
Capítulo 12 – Sobre a Perseguição de Sol
Capítulo 13 – Sobre a Bifröst
Capítulo 14 – A Morada dos Deuses e a Criação dos Anões
Capítulo 15 – Sobre a Yggdrasil, a Fonte de Urdr e as
Nornas
Capítulo 16 – Ainda Sobre a Árvore
Capítulo 17 – Os Locais Sagrados dos Deuses
Capítulo 18 – A Origem do Vento
Capítulo 19 – Sobre a Diferença do Verão e do Inverno
Capítulo 20 – Sobre Odin e Seus Nomes
Capítulo 21 – Sobre Áss-Thor
Capítulo 22 – Sobre Baldr
Capítulo 23 – Sobre Njördr e Skadi
Capítulo 24 – Sobre Freyr e Freyja
Capítulo 25 – Sobre Týr
Capítulo 26 – Sobre Bragi e Idunn
Capítulo 27 – Sobre Heimdallr
Capítulo 28 – Sobre Hödr
Capítulo 29 – Sobre Vídarr
Capítulo 30 – Sobre Váli
Capítulo 31 – Sobre Ullr
Capítulo 32 – Sobre Forseti
Capítulo 33 – Sobre Loki, Filho de Laufey
Capítulo 34 – Sobre os Filhos de Loki e a Captura de Fenrir
Capítulo 35 – Sobre as Ásynjur
Capítulo 36 – Sobre as Valquírias
Capítulo 37 – Freyr Conquista Gerdr, Filha de Gýmir
Capítulo 38 – Sobre a Comida dos Einherjar e de Odin
Capítulo 39 – Sobre a Bebida dos Einherjar
Capítulo 40 – Sobre o Tamanho de Valhalla
Capítulo 41 – Sobre o Entretenimento dos Einherjar
Capítulo 42 – Os Æsir Quebram o Juramento Feito ao
Construtor da Cidadela
Capítulo 43 – Sobre Skídbladnir
Capítulo 44 – Thor Começa Sua Jornada a Útgarda-Loki
Capítulo 45 – Sobre o Encontro de Thor e Skrýmir
Capítulo 46 – Sobre as Proezas de Thor e de seus
Companheiros
Capítulo 47 – A Despedida de Thor e de Útgarda-Loki
Capítulo 48 – Thor Vai ao Mar com Hymir
Capítulo 49 – A Morte de Baldr, o Bom
Capítulo 50 – Loki é Acorrentado
Capítulo 51 – Sobre o Ragnarök
Capítulo 52 – As Moradas Após o Ragnarök
Capítulo 53 – Quem Sobrevive ao Ragnarök
Capítulo 54 – Sobre Gangleri
Skáldskaparmál: A Poesia dos Escaldos
Capítulo 1 – A Jornada de Ægir à Asgard
Capítulo 2 – O Gigante Thjazi Seqüestra Idunn
Capítulo 3 – Loki Resgata Idunn e a Morte de Thjazi
Capítulo 4 – Sobre a Família de Thjazi
Capítulo 5 – A Origem do Hidromel de Suttungr
Capítulo 6 – Como Odin Obteve o Hidromel
Capítulo 7 – As Características da Poesia
Capítulo 9 – Os Nomes de Odin e Suas Metáforas
Capítulo 10 – As Metáforas da Poesia
Capítulo 11 – As Metáforas de Thor
Capítulo 12 – As Metáforas de Baldr
Capítulo 13 – As Metáforas de Njördr
Capítulo 14 – As Metáforas de Freyr
Capítulo 15 – As Metáforas de Heimdallr
Capítulo 16 – As Metáforas de Týr
Capítulo 17 – As Metáforas de Bragi
Capítulo 18 – As Metáforas de Vídarr
Capítulo 19 – As Metáforas de Váli
Capítulo 20 – As Metáforas de Hödr
Capítulo 21 – As Metáforas de Ullr
Capítulo 22 – As Metáforas de Hœnir
Capítulo 23 – As Metáforas de Loki
Capítulo 24 – Sobre o Gigante Hrungnir
Capítulo 25 – Sobre a Sábia Gróa
Capítulo 26 – A Viagem de Thor à Morada de Geirrödr
Capítulo 27 – As Metáforas de Frigg
Capítulo 28 – As Metáforas de Freyja
Capítulo 29 – As Metáforas de Sif
Capítulo 30 – As Metáforas de Idunn
Capítulo 31 – As Metáforas do Céu
Capítulo 32 – As Metáforas da Terra
Capítulo 33 – As Metáforas do Mar
Capítulo 34 – As Metáforas de Sól
Capítulo 35 – As Metáforas do Vento
Capítulo 36 – As Metáforas do Fogo
Capítulo 37 – As Metáforas do Inverno
Capítulo 38 – As Metáforas do Verão
Capítulo 39 – As Metáforas dos Homens e das Mulheres
Capítulo 40 – As Metáforas do Ouro
Capítulo 41 – Ægir Dá uma Festa para os Æsir
Capítulo 42 – Sobre a Árvore Glasir
Capítulo 43 – Dos Ferreiros Filhos de Ívaldi e o Anão Sindri
Capítulo 44 – As Metáforas do Ouro e Freyja
Capítulo 45 – O Ouro Chamado de Palavra dos Gigantes
Capítulo 46 – O Resgate da Lontra
Capítulo 47 – Sobre Fáfnir, Reginn e Sigurdr
Capítulo 48 – Sobre Sigurdr e os Filhos de Gjúki
Capítulo 49 – A Morte de Sigurdr
Capítulo 50 – A Morte dos Filhos de Gjúki e a Vingança de
Gudrún
Capítulo 51 – Sobre os Filhos de Völsungr
Capítulo 52 – Sobre o Rei Fródi e o Moinho Grótti
Capítulo 53 – Sobre Hrólfi Kraki e Vöggr
Capítulo 54 – Sobre como Hrólfi Derrotou o Rei Adils
Capítulo 55 – Sobre o Rei Hölgi
Capítulo 56 – Ainda Sobre as Metáforas do Ouro
Capítulo 57 – As Metáforas do Homem com o Ouro
Capítulo 58 – As Metáforas da Mulher com o Ouro
Capítulo 59 – As Metáforas dos Homens com as Árvores
Capítulo 60 – As Metáforas da Batalha
Capítulo 61 – As Metáforas das Armas e Armaduras
Capítulo 62 – Sobre a Batalha dos Hjadnings
Capítulo 63 – A Batalha como Metáfora de Odin
Capítulo 64 – As Metáforas de Navios
Capítulo 65 – As Metáforas de Cristo
Capítulo 66 – As Metáforas dos Reis e Suas Distinções
Capítulo 67 – As Metáforas dos Nomes
Capítulo 68 – Os Nomes dos Deuses
Capítulo 69 – Os Nomes dos Céus, Sol e Lua
Capítulo 70 – Os Nomes da Terra
Capítulo 71 – Os Nomes dos Lobos, Ursos e Cervos
Capítulo 72 – Os Nomes dos Cavalos
Capítulo 73 – Bois, Serpentes, Ovelhas e Porcos
Capítulo 74 – Os Nomes do Ar e dos Ventos
Capítulo 75 – Os Nomes dos Corvos e das Águias
Capítulo 76 – Os Nomes do Mar
Capítulo 77 – Os Nomes do Fogo
Capítulo 78 – Os Nomes do Tempo
Capítulo 79 – Os Nomes dos Reis
Capítulo 80 – Sobre Hálfdan o Velho e os Descendentes do
Rei
Capítulo 81 – Os Nomes dos Homens
Capítulo 82 – Os Nomes da Multidão
Capítulo 83 – Circunlóquios e Descrições Verdadeiras
Capítulo 84 – Os Nomes das Mulheres
Capítulo 85 – As Partes da Cabeça
Capítulo 86 – Coração, Peito e Sentimentos
Capítulo 87 – Mãos e Pés
Capítulo 88 – Fala e Compreensão
Capítulo 89 – Expressões Ambíguas e Trocadilhos
Nafnaþulur – Conhecimento dos Nomes
Sumário de Figuras