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L0069 -
b) Aluísio de Azevedo e Pedro Alexandrino Borges.
c) Machado de Assis e Almeida Júnior. (Famema)
d) Álvares de Azevedo e Pedro Américo. Leia o trecho inicial da crônica “Os segredos do spa”, de
e) José de Alencar e Victor Meirelles. Moacyr Scliar.
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ao líquido amniótico onde o feto está a salvo dos Estás e estou do nosso antigo estado!
desgostos do amor e da fúria da inflação. E isso preserva Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado,
a reputação das termas até hoje. Rica te vi eu já, tu a mi abundante.
(A face oculta, 2001. Adaptado.)
A ti trocou-te a máquina mercante,
“Alguns desses hotéis ficaram famosos pelo luxo barroco” Que em tua larga barra tem entrado,
(1º parágrafo) A mim foi-me trocando e tem trocado
Tanto negócio e tanto negociante.
Por comparação com a literatura barroca, é de se supor
que tais hotéis Deste em dar tanto açúcar excelente
Pelas drogas inúteis, que abelhuda
a) fossem projetados com critérios práticos, em que cada
Simples aceitas do sagaz Brichote.
detalhe tivesse uma função.
b) fossem decorados com ornamentos cheios de Oh quisera Deus que de repente
reentrâncias, mais próximos do exagero que da Um dia amanheceras tão sisuda
contenção. Que fora de algodão o teu capote!
c) fossem localizados em regiões campestres amenas, Matos, Gregório de. Poemas escolhidos. São Paulo:
nas quais o homem pudesse aproveitar as vantagens Companhia das Letras, 2010.
da paisagem bucólica.
d) tivessem uma arquitetura simples e nenhum detalhe Nos versos “Triste Bahia! Ó quão dessemelhante/Estás e
em que a atenção pudesse se perder, a fim de estou do nosso antigo estado”, o eu lírico manifesta um
valorizar mais as pessoas que as coisas. descontentamento em relação:
e) tivessem instalações modernas, que utilizassem o a) à idade média.
melhor da tecnologia da época em benefício dos
b) ao estilo barroco.
hóspedes.
c) ao sistema colonial.
d) ao rito jurídico.
L0074 -(Famema) e) ao humanismo renascentista.
A veia lírico-amorosa do poeta barroco Gregório de
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Matos (1636-1696) está bem exemplificada em:
(Ufrgs)
a) “Aquele não sei quê, que, Inês, te assiste / No gentil No bloco superior abaixo, estão listados movimentos
corpo, e na graciosa face, / Não sei donde te nasce, ou literários brasileiros; no inferior, características desses
não te nasce, / Não sei onde consiste, ou não movimentos.
consiste.”
b) “Ofendi-vos, meu Deus, é bem verdade, / É verdade, Associe adequadamente o bloco inferior ao superior.
Senhor, que hei delinquido, / Delinquido vos tenho, e
ofendido, / Ofendido vos tem minha maldade.” 1. Barroco
c) “Senhor Antão de Sousa de Meneses, / Quem sobe a 2. Romantismo
alto lugar, que não merece, / Homem sobe, asno vai, 3. Modernismo
burro parece, / Que o subir é desgraça muitas
vezes.” (__) Utiliza manifestos como grande meio de divulgação
d) “Que és terra, homem, e em terra hás de tornar-te, / das intenções estéticas e ideológicas.
Te lembra hoje Deus por sua Igreja; / De pó te faz (__) Caracteriza-se como retorno a uma intensa
espelho, em que se veja / A vil matéria, de que quis religiosidade.
formar-te.” (__) Procura configurar os dilemas e as contradições do
e) “A cada canto um grande conselheiro, / Que nos quer ser humano.
governar cabana e vinha; / Não sabem governar sua (__) Busca a identidade nacional como temática,
cozinha, / E podem governar o mundo inteiro.” mantendo a forma conforme o padrão europeu.
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a) 3 – 1 – 1 – 2. (v. 10) e “infinito” (v. 11) revelam o uso de figuras de
b) 2 – 3 – 1 – 3. linguagem e de pensamento que caracterizam o Barroco.
V. Dentre as categorias que caracterizam o conjunto da
c) 3 – 1 – 2 – 2.
obra de Gregório de Matos publicada pela Academia de
d) 2 – 3 – 3 – 1. Letras – Sacra, Lírica, Graciosa, Satírica e Última – este
e) 3 – 1 – 3 – 2. poema se insere na segunda categoria.
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A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão
(Uefs) corretas é a
A Christo S. N. Crucificado estando o poeta na
a) I e II.
última hora de sua vida.
b) II e IV.
Meu Deus que estais pendente em um madeiro, c) IV e V.
Em cuja lei protesto de viver d) II, III e IV.
Em cuja santa lei hei de morrer e) I, III e IV.
Animoso, constante, firme e inteiro.
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No sermão proferido na Igreja de Santo Antônio dos Mas entro e, senhor, me perco
Portugueses, em Roma, Vieira recorre a uma metáfora na rósea nave triunfal.
para chamar a atenção dos fiéis sobre a morte. Assinale a Por que tanto baixar o céu?
alternativa que expressa a mensagem veiculada pela por que esta nova cilada?
imagem do vento.
Senhor, os púlpitos mudos
a) A vida dos fiéis é comparável à tranquilidade da brisa
entretanto me sorriem.
em alto-mar.
Mais que vossa igreja, esta
b) A fortuna dos fiéis é comparável à força das sabe a voz de me embalar.
intempéries marítimas.
c) A fortuna dos fiéis é comparável à felicidade eterna. Perdão, senhor, por não amar-vos.
d) A vida dos fiéis é comparável à ventura dos Carlos Drummond de Andrade
navegadores.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) I, II e III.
II / São Francisco de Assis*
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Debaixo dos laranjais Pasma da turba feminil, que nada.
(Casimiro de Abreu) Uma, que às mais precede em gentileza,
Não vinha menos bela do que irada;
Texto 2 Era Moema, que de inveja geme,
E já vizinha à nau se apega ao leme.
Meus Oito Anos
XXXVIII
Oh que saudades que eu tenho
Da aurora de minha vida — “Bárbaro (a bela diz:) tigre e não homem...
Das horas Porém o tigre, por cruel que brame,
De minha infância Acha forças no amor que enfim o domem;
Que os anos não trazem mais Só a ti não domou, por mais que eu te ame.
Naquele quintal de terra! Fúrias, raios, coriscos, que o ar consomem,
Da rua de Santo Antônio Como não consumis aquele infame?
Debaixo da bananeira Mas apagar tanto amor com tédio e asco...
Sem nenhum laranjais Ah que corisco és tu... raio... penhasco?
(Oswald de Andrade) (...)
(José de Santa Rita Durão)
Texto 5
Texto 3
Texto 6
Texto 4
CARAMURU
Canto VI
XXXVII
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Arcadismo. Para refletir sobre esses dois momentos e
responder à questão, leia os textos a seguir.
Texto 1
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da vida, como pode ser percebido no primeiro terceto.
(Upe-ssa) II. Gregório de Matos foi um repentista, que sabia
Do século XVI até meados do século XVIII, duas improvisar; um menestrel baiano que buscava inspiração
manifestações estéticas são de extrema relevância para a no cotidiano, nas circunstâncias da vida, quer seja pelo
formação da literatura brasileira: o Barroco e o êxtase religioso quer pelo afetivo.
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III. O texto 1 é marcado pela temática do Carpe florescia, nasceram as primeiras verduras do meu; mas
Diem, característica notável também do Barroco. valeu-me tanto sempre a clareza, que só porque me
IV. O texto 2 tem sua temática ligada ao pastoralismo, ao entendiam comecei a ser ouvido. (...) Esse desventurado
bucolismo e remete à mitologia grega. estilo que hoje se usa, os que querem honrar chamam-
V. Cláudio Manoel da Costa, cujo nome pastoral lhe culto, os que o condenam chamam-lhe escuro, mas
é Glauceste Satúrnio, tem forte influência dos padrões ainda lhe fazem muita honra. O estilo culto não é escuro,
cultistas, elevada inventividade lírica e deseja exprimir a é negro (...) e muito cerrado. É possível que somos
realidade de seu país. portugueses e havemos de ouvir um pregador em
português e não havemos de entender o que diz?!"
Estão CORRETAS, apenas:
Padre Antônio Vieira, nesse trecho, faz uma crítica ao
a) I, II, III e IV.
estilo barroco conhecido como
b) II, III, IV e V.
c) I, II e V. a) conceptismo, por ser marcado pelo jogo de ideias, de
conceitos, seguindo um raciocínio lógico.
d) III e IV.
b) quevedismo, por utilizar-se de uma retórica
e) II e V.
aprimorada, a exemplo de seu principal cultor:
Quevedo.
L0283 - (Fuvest)
c) antropocentrismo, caracterizado por mostrar o
homem, culto e inteligente, como centro do
Largo em sentir, em respirar sucinto,
universo.
Peno, e calo, tão fino, e tão atento,
Que fazendo disfarce do tormento d) gongorismo, ao caracterizar-se por uma linguagem
rebuscada, culta e extravagante.
Mostro que o não padeço, e sei que o sinto.
e) teocentrismo, caracterizado por padres escritores que
O mal, que fora encubro, ou que desminto, dominaram a literatura seiscentista.
Dentro no coração é que o sustento:
L0290 -
Com que, para penar é sentimento,
Para não se entender, é labirinto. (Unesp)
De maneira que, assim como a natureza faz de feras
Ninguém sufoca a voz nos seus retiros; homens, matando e comendo, assim também a graça faz
Da tempestade é o estrondo efeito: de feras homens, doutrinando e ensinando. Ensinastes o
Lá tem ecos a terra, o mar suspiros. gentio bárbaro e rude, e que cuidais que faz aquela
doutrina? Mata nele a fereza, e introduz a humanidade;
Mas oh do meu segredo alto conceito! mata a ignorância, e introduz o conhecimento; mata a
Pois não me chegam a vir à boca os tiros bruteza, e introduz a razão; mata a infidelidade, e
Dos combates que vão dentro no peito. introduz a fé; e deste modo, por uma conversão
Gregório de Matos e Guerra admirável, o que era fera fica homem, o que era gentio
fica cristão, o que era despojo do pecado fica membro de
No soneto, o eu lírico: Cristo e de S. Pedro. […] Tende-os [os escravos], cristãos,
e tende muitos, mas tende-os de modo que eles ajudem
a) expressa um conflito que confirma a imagem bélica do
a levar a vossa alma ao céu, e vós as suas. Isto é o que
poeta, conhecido pelo epíteto de Boca do Inferno.
vos desejo, isto é o que vos aconselho, isto é o que vos
b) opta por sufocar a própria voz como estratégia procuro, isto é o que vos peço por amor de Deus e por
apaziguadora de suas perturbações de foro íntimo. amor de vós, e o que quisera que leváreis deste sermão
c) explora a censura que o autor sofreu em sua época, ao metido na alma.
ser impedido de dar expressão aos seus sentimentos. (Antônio Vieira. “Sermão do Espírito Santo” (1657).
d) estabelece, nos tercetos, um contraponto semântico http://tupi.fflch.usp.br.)
entre as metáforas da natureza e da guerra.
e) revela-se como um ser atormentado, ao mesmo O Sermão do Espírito Santo foi pregado pelo Padre
tempo que omite a natureza de seu sofrimento. Antônio Vieira em São Luís do Maranhão, em 1657, e
recorre
L0076 - (Espcex)
"Se gostas de afetação e pompa de palavras e do estilo
que chamam culto, não me leias. Quando esse estilo
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a) a metáforas, para defender a liberdade de natureza de Calava o mar, e rio não se ouvia.
todos os animais criados por Deus.
b) à ironia, para condenar a escravização de nativos e Não dão o parabém à nova Aurora
africanos nas lavouras de algodão. Flores canoras, pássaros fragrantes,
Nem seu âmbar respira a rica Flora.
c) a antíteses, para reconhecer a escravização dos nativos
como um caminho possível do trabalho missionário.
Porém abrindo Sílvia os dois diamantes,
d) à retórica barroca, para contestar a ideia de que os Tudo a Sílvia festeja, tudo adora
africanos e os nativos merecem a liberdade e a Aves cheirosas, flores ressonantes.
salvação. Poemas escolhidos, 2010.
e) à retórica clássica, para acusar os proprietários de
escravos de descuidar dos direitos humanos dos Mais recorrente na poesia arcádica, verifica-se neste
nativos. soneto barroco o recurso, sobretudo, ao seguinte lema
latino:
L0336 - (Unicamp)
a) “locus horrendus” (“lugar horrível”).
b) “locus amoenus” (“lugar aprazível”).
“Repartimos a vida em idades, em anos, em meses, em
dias, em horas, mas todas estas partes são tão duvidosas, c) “memento mori” (“lembra-te da morte”).
e tão incertas, que não há idade tão florente, nem saúde d) “inutilia truncat” (“corta o inútil”).
tão robusta, nem vida tão bem regrada, que tenha um só e) “carpe diem” (“aproveite o dia”).
momento seguro.”
(Antonio Vieira, “Sermão de Quarta-feira de Cinza – ano
de 1673”, em A arte de morrer. São Paulo: Nova
Alexandria, 1994, p. 79.)
L0072 - (Espm)
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a) Trata-se de um soneto de versos decassílabos, típico Que o seu tipo não se classifica
poema da medida nova praticada no Classicismo Você passa a ser um tipo desclassificado
renascentista.
b) Estados paradoxais do eu lírico, como “choro e rio” ao Eu até hoje nunca vi nenhum
mesmo tempo, ou “em vivo ardor tremendo estou de Tipo vulgar tão fora do comum
frio”, classificam o poema no Maneirismo, pois pre‐ Que fosse um tipo tão observado
nunciam elementos típicos do Barroco. Você ficou agora convencido
Que o seu tipo já está batido
c) A exaltação ao amor e à mulher idealizada faz com que
Mas o seu tipo é o tipo do tipo esgotado
o eu poético passe por experiências extremadas ou
Noel Rosa
hiperbólicas, como na terceira estrofe.
d) A solenidade do texto ao tematizar uma mulher O soneto de Gregório de Matos e o samba de Noel Rosa,
inspiradora de encantamento transparece, por embora distantes na forma e no tempo, aproximam‐se
exemplo, no uso da expressão “Senhora” com inicial por ironizarem
maiúscula.
e) O conjunto de sensações corporais opostas e a a) o processo de composição do texto.
provocação de um estado mental e espiritual b) a própria inferioridade ante o retratado.
contraditórios não valeram a pena para o poeta, pois c) a singularidade de um caráter nulo.
este só conseguiu ver a amada. d) o sublime que se oculta na vulgaridade.
e) a intolerância para com os gênios.
L0271 - (Fuvest)
A certa personagem desvanecida
L0075 - (Uel)
Leia o poema a seguir e responda:
Um soneto começo em vosso gabo*:
Contemos esta regra por primeira,
Descreve a vida escolástica
Já lá vão duas, e esta é a terceira,
Já este quartetinho está no cabo.
Mancebo sem dinheiro, bom barrete,
Medíocre o vestido, bom sapato,
Na quinta torce agora a porca o rabo;
Meias velhas, calção de esfola-gato,
A sexta vá também desta maneira:
Cabelo penteado, bom topete.
Na sétima entro já com grã** canseira,
Presumir de dançar, cantar falsete,
E saio dos quartetos muito brabo.
Jogo de fidalguia, bom barato,
Tirar falsídia ao moço do seu trato,
Agora nos tercetos que direi?
Furtar a carne à ama, que promete;
Direi que vós, Senhor, a mim me honrais
A putinha aldeã achada em feira,
Gabando‐vos a vós, e eu fico um rei.
Eterno murmurar de alheias famas,
Soneto infame, sátira elegante;
Nesta vida um soneto já ditei;
Cartinhas de trocado para a freira,
Se desta agora escapo, nunca mais:
Comer boi, ser Quixote com as damas,
Louvado seja Deus, que o acabei.
Pouco estudo: isto é ser estudante.
Gregório de Matos
WISNIK, J. M. (Org.). Poemas escolhidos de Gregório de
*louvor **grande
Matos. São Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 173.
@professorferretto @prof_ferretto 9
a) Os versos são decassílabos nas duas primeiras De regatões tabaquista,
estrofes; nas duas últimas, são livres, para ilustrar a Que vende gato por lebre
inconstância no Barroco. Querendo enganar a vista.
b) O esquema rímico ABBA é utilizado nas duas primeiras
estrofes; os tercetos são desprovidos de rimas. Nenhum modo de desculpa
Tendes, que valer-vos possa:
c) A modalidade satírica a que pertence o soneto é
Que se o cão entra na igreja,
acompanhada de métrica irregular em sintonia com os
É porque acha aberta a porta.
desregramentos focalizados.
GUERRA, G. M. In: LIMA, R. T. Abecê de folclore. São
d) O sujeito lírico adere à expressão de sentimentos Paulo: Martins Fontes, 2003 (fragmento).
conflituosos manifestos pela figura do estudante.
e) O destaque atribuído às mulheres representa o papel Ao organizar as informações, no processo de construção
significativo das questões amorosas no cotidiano do texto, o autor estabelece sua intenção comunicativa.
retratado do estudante. Nesse poema, Gregório de Matos explora os ditados
populares com o objetivo de
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