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textual.
Estudo de gênero:
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A narrativa curta
O conto é uma narrativa curta. Não faz rodeios: vai direto ao assunto. No conto tudo
importa: cada palavra é uma pista. Em uma descrição, informações valiosas; cada adjetivo é
insubstituível, cada vírgula, cada ponto, cada espaço – tudo está cheio de significado.
Já se disse que o conto está para o romance assim como a fotografia está para o cinema:
tanto o contista quanto o fotógrafo devem selecionar uma situação e tentar extrair dela o má-
ximo. Escritores, estudiosos e amantes da literatura em geral vêm, há muito tempo, tentando
definir o que é, afinal, o conto – mas esse debate, pelo jeito, está longe de acabar...
Enquanto isso, os contos vão sendo escritos. O Brasil tem uma lista extensa de grandes
contistas: Mário de Andrade, Murilo Rubião, Guimarães Rosa, Rubem Braga, Clarice Lispector,
Rubem Fonseca, Dalton Trevisan, Otto Lara Resende e inúmeros outros.
(FIORUSSI, André. In: Machado, Antônio de Alcântara et al. De Conto em Conto.
São Paulo: Ática, 2003. p. 103.)
O conto fantástico é uma narrativa ficcional curta. O assunto narrado estabelece oposição
entre o real e o fantástico e apresenta acontecimentos estranhos, fora do comum.
Leia este conto de Jaguar:
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que devoravam. De modo que a estrutura da cidade não se alterou muito, só que em
vez de seres humanos eram jacarés que dominavam a cidade: serviços públicos, trans-
portes, comunicações, tudo. A estátua da liberdade foi substituída por um jacaré com
um archote. Nem todos os habitantes foram comidos.
Os jacarés que haviam comido os cientistas especializados em genética começaram
a fazer experiências com suas cobaias humanas. Até que conseguiram produzir, nos labo-
ratórios, homenzinhos de 20 centímetros de altura, que foram vendidos como brinquedos
para os filhotes de jacaré. Mas os minúsculos seres não haviam perdido a ferocidade de
seus ancestrais e começaram a hostilizar seus donos com lanças improvisadas. Os jacarés,
com receio de que seus filhos se machucassem, pegaram os homenzinhos e despejaram nos
vasos sanitários. E puxaram a descarga. Foi um erro fatal para os jacarés.
(JAGUAR. Contos Jovens. In: KATO, Mary; CURI, Samir. Linguagem: criatividade. São Paulo: Saraiva,
1979. p. 188.)
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“Mas eram ferozes como seus ancestrais e os pais, receosos de que os filhos fossem
mordidos, despejaram os jacarezinhos nos vasos sanitários...”
Solução:
Mas eram ferozes como seus ancestrais e os pais, receosos de que mordessem os filhos,
despejaram os jacarezinhos nos vasos sanitários...
Faça a leitura do conto de Chico dos Bonecos. Vai inspirar você a refletir sobre os
objetivos na vida:
Andarilhos
“As pedras são farelos de estrelas”, dezessete vezes pensaram e dezessete vozes
exclamaram.
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E declararam os dezoito andarilhos, acostumados a vagar de déu em déu: “Essa terra
tem parentesco com o céu.”
E dezenove caminheiros decidiram fincar o pé e se estabelecer: “De agora em diante,
aqui vamos morar, aqui vamos viver.”
Vinte vezes festejaram. Quando uma voz desfestejou: “Continuarei caminhando. Adeus.
Já vou.”
E deste que se foi, ligeirinho, posso dizer apenas que ele...
Andava pela estrada, sozinho.
2. Como outros textos narrativos ficcionais, o conto costuma ser narrado em 1.ª ou em
3.ª pessoa gramatical. Em que pessoa gramatical é narrado esse conto?
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3. O texto “Andarilhos” é um conto. Os gêneros narrativos ficcionais apresentam alguns
elementos em comum como fatos, personagens, tempo, espaço, narrador. Nesse conto:
a) Quais são as personagens envolvidas na história?
4. No conto em estudo, fica clara a ideia de que os caminheiros estão em busca de algo.
O que eles buscam? Comprove a resposta com um trecho do texto.
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7. Depois de tempo de caminhada e já em grande número, os andarilhos resolveram
se estabelecer, pois acreditavam que o lugar era o ideal. Podemos afirmar que essa
decisão foi tomada e aceita por todos os caminheiros? Comprove a resposta.
9. Leia:
I. “E dezenove caminheiros decidiram fincar o pé e se estabelecer”.
II. E dezenove caminheiros decidiram fincar o pé num galho de árvore.
10. Para você, quem estava certo, os caminheiros que permaneceram ou o que seguiu
sozinho? Justifique a sua resposta.
Para finalizar o estudo do conto neste módulo, leia e resolva as questões de mais
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um conto:
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Brinquedos incendiados
Uma noite houve um incêndio num bazar. E no fogo total
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11. Já de início, a autora do texto chama a atenção do leitor informando alguns elemen-
tos presentes em uma narrativa. Identifique esses elementos completando o quadro:
Tempo
Lugar
Conflito
Assim, o bando que passava, de casa para a escola e da escola para casa, parava
longo tempo a contemplar aqueles brinquedos e lia aqueles nítidos preços, com seus
cifrões e zeros, sem muita noção de valor – porque nós, crianças, de bolsos vazios, como
os namorados antigos, éramos só renúncia e amor. Bastava-nos levar na memória aquelas
imagens e deixar cravados nelas, como setas os nossos olhos.
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14. Você já foi criança e certamente teve contato com brinquedos.
a) Então, que significado têm os brinquedos para você?
16. Leia:
“... porque nós, crianças de bolsos vazios, como os namorados antigos, éramos só
renúncia e amor”.
a) Qual o significado da expressão “de bolsos vazios”?
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17. Uma forma de aprender o uso e escrita correta das palavras é corrigindo textos. En-
tão, corrija os possíveis erros das frases a seguir:
a) A mulher, ao ouvir a piada, chora muito em vez de rir.
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18. Em duplas, explorem a fantasia e contem um breve conto à turma. Lembrem-se de que:
– por iniciar com a expressão “era uma vez”, deverá ser um conto maravilhoso;
O conto fantástico
No conto fantástico, em nenhum momento o leitor perde a noção da realidade. Por não
perdê-la é que causa surpresa o acontecimento ou acontecimentos estranhos, fora do comum
ou aparentemente sobrenaturais que de repente parecem desmentir a solidez do mundo real até
então descrito no conto.
É aquele conto que provoca, no leitor, uma dúvida entre uma explicação natural e uma
explicação sobrenatural.
Agora, é com você.
Leia o início de um conto do escritor brasileiro Murilo Rubião. Depois, dê continuidade à
narrativa, com informações mais precisas: o que era, o que aconteceu, como terminou.
“No terceiro dia em que dormia no pequeno apartamento de um edifício recém-construído,
ouviu os primeiros ruídos. De normal, tinha o sono pesado e, mesmo depois de despertar, levava
tempo para se integrar no novo dia, confundindo restos de sonho com fragmentos da realidade.
Por isso não deu imediata importância à vibração de vidros, atribuindo-a a um pesadelo.
O barulho era intenso. Acendeu a luz...”
(RUBIÃO, Murilo. O Homem do boné Cinzento e Outras histórias. São Paulo: Ática, 1990. p. 9.)
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Interpretação e análise
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Estudo de gênero:
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entrevista
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Uma interação entre duas pessoas
Existem diferentes tipos de entrevista, entre os quais: entrevista de emprego, entrevista
médica, entrevista jornalística etc.
Entre os tipos de entrevista, o que costuma despertar maior interesse público é a entre-
vista jornalística, difundida pelos meios de comunicação.
certa maneira, os negros do Brasil são como estrangeiros com relação à sociedade branca?
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Sueli Carneiro – É muito mais do que isso. Uma das coisas cruéis e perversas que
se faz neste país é comparar a situação do escravo com a do imigrante, como se fosse
possível estabelecer algum parâmetro de comparação. O imigrante quando chega no outro
país não perde a sua humanidade. Já a condição escrava coloca esse limite, o limite da
desumanização de um ser humano. [...] na verdade, só adquirimos condição humana a
partir de 1888, quando deixamos de ser escravos. [...]
(Revista Caros Amigos, fev. 2000.)
Solução:
2. De acordo com a entrevista, pode-se afirmar que há racismo por parte dos brancos
mesmo quando brancos e negros são igualmente pobres? Em que circunstâncias?
Solução:
3. Segundo Sueli Carneiro, havia um código de conduta na família dela, que podia ser
resumido assim ”temos de ser os melhores porque somos negros”. Com que finalidade
eles tinham de ser melhores em tudo?
Solução:
Solução:
Leia a entrevista a seguir, concedida por Patrick Moore ao repórter Bruno Garattoni,
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da revista Superinteressante:
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Visionário ou vendilhão?
Após fundar o Greenpeace, Patrick Moore virou a casaca e passou a defender tudo o
que os ecologistas odeiam. Será que ele ficou doido? Ou enxergou o que ninguém viu?
Bruno Garattoni
Eu disse que a água clorada era o maior avanço na história da saúde pública. Eles não se
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importaram e iniciaram uma campanha contra o cloro que dura até hoje. Eu não podia
continuar numa organização assim.
E hoje? Como você vê o Greenpeace?
O Greenpeace influencia muito as políticas públicas. Mas está fazendo mais mal do que
bem. Suas campanhas contra alimentos transgênicos, energia nuclear, cloro, criação de
peixes em cativeiro e exploração florestal são todas baseadas em medo e desinformação.
Eles dizem que querem reduzir o consumo de combustíveis fósseis – mas aí se opõem às
principais alternativas, que são a energia nuclear e a hidrelétrica. Eles falam como se fosse
possível resolver tudo com energia solar e eólica – o que é claramente impossível.
Você costuma ser acusado de trair o movimento ecológico, de se vender ao inimigo
porque hoje dá consultoria a empresas, inclusive na área nuclear. Você virou a casaca?
Eu não mudei de lado, pois sempre acreditei que nós precisamos equilibrar as necessi-
dades das pessoas com a proteção do ambiente. O que há de errado em ajudar a indústria
a vencer desafios ambientais? Afinal é ela, com seus produtos e serviços, que torna a vida
civilizada possível. Al Gore e os líderes do Greenpeace vivem com todos os confortos mo-
dernos, mas querem que nós voltemos a uma espécie de era pré-industrial.
O aquecimento global é o tema ambiental que mais mobiliza a atenção do públi-
co hoje. Na sua opinião, esse é um problema que merece tal importância?
O aquecimento é uma questão importante, merece a nossa atenção. Mas não sou
alarmista e não acho correto usar termos como caos ou catástrofe climática. E também
não acho possível provar, cientificamente, que os seres humanos são a causa do aque-
cimento global. Não é razoável supor que os fatores ambientais que sempre guiaram o
clima, durante toda a história da Terra, deixaram de existir – e nós, agora, somos os
grandes causadores das mudanças. As elites políticas estão tentando assustar o público
para ganhar controle sobre ele. Na minha opinião pessoal, a maior questão ecológica é
a pobreza. Sociedades pobres não conseguem limpar a água que sujam, nem replantar as
árvores que cortam.
Mas e os relatórios divulgados recentemente pela ONU? Um deles afirma que, se
a temperatura subir 1,5ºC, 30% de todas as espécies animais e vegetais correrão
perigo de extinção.
Essa afirmação parece absurda. A Terra já foi muito mais quente. Hoje, a temperatura
média está em 14,5ºC. Por boa parte da história do planeta, chegou a 22ºC – nem existia
gelo nos polos. As espécies que hoje estão vivas sobreviveram a esses períodos quentes.
Eu até acho que seria uma boa ideia reduzir o consumo de combustíveis fósseis, mas pela
qualidade do ar e por questões geopolíticas, como reduzir o conflito no Oriente Médio.
Você defende a energia nuclear. Mas o fato é que ela sofre rejeição maciça da
sociedade.
O movimento ambiental, especialmente o Greenpeace, foi criado sob o temor de uma
guerra nuclear (entre os EUA e a antiga União Soviética). Nós cometemos um erro, que foi
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tratar a energia nuclear da mesma forma que as armas nucleares – como se fossem parte
do mesmo holocausto. Não faz sentido banir uma tecnologia só porque ela pode ser usada
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para o mal. Se fosse assim, os humanos jamais teriam usado o fogo. A energia nuclear não
sofre rejeição maciça – na verdade, ela é cada vez mais aceita em todo o mundo.
Mas e o lixo nuclear, ou a possibilidade de vazamento de radiação?
Atualmente é fácil controlar o lixo nuclear. Ele não vaza, pois não é líquido – é um
material sólido envolvido por camadas de metal e de concreto. Não escapa para o am-
biente, como a poluição produzida pela queima de combustíveis fósseis. Além disso, creio
que o perigo da radioatividade tem sido exagerado, para assustar as pessoas. Todos nós
somos expostos e recebemos radiação todos os dias. Mas só altos níveis de radiação são
perigosos – e só Chernobyl lançou esses níveis no ambiente até hoje. Nunca mais, porém,
existirá um reator tão mal projetado quanto o de Chernobyl.
Você é a favor dos alimentos transgênicos?
Nunca se provou que as plantações geneticamente modificadas façam algum mal à
saúde – ou ao ambiente. Pelo contrário, há muitos efeitos positivos, como menos uso de
pesticidas, menor exposição do lavrador a produtos químicos, menos erosão do solo. Alguns
tipos de transgênicos poderiam acabar com a desnutrição – como o arroz dourado, que
incorpora ferro e vitaminas A e E. E essa tecnologia já existe. Mesmo assim, o Greenpeace
continua a bloquear a utilização. É um crime contra a humanidade que deveria ser julgado
em tribunal internacional. A oposição aos alimentos transgênicos se baseia na ignorância
e medo.
Você disse que, para o ambiente, “os automóveis são a tecnologia mais destrutiva
já inventada pela humanidade”. Como vê o carro a álcool? E o carro a hidrogênio?
O carro a hidrogênio não será viável num futuro próximo, pois há muitos obstáculos
técnicos. Já o álcool é uma boa alternativa, pode ser o biocombustível do futuro.
Num de seus textos, você diz que a humanidade deveria consumir mais madeira
e que isso faria bem ao planeta. Como assim?
A madeira é a maior fonte de energia renovável que existe. E sua exploração leva ao
reflorestamento. O que prejudica as florestas é a agricultura. Quando compramos madeira,
estamos estimulando a plantação de mais árvores para satisfazer à demanda. Os países
que mais consomem madeira são os que têm as florestas mais saudáveis.
Certo, mas isso não acaba reduzindo a biodiversidade? Afinal, geralmente vários
tipos de árvore são derrubados – mas apenas uma espécie é replantada no lugar.
A exploração florestal mexe, sim, com a biodiversidade. Mas, tendo um sistema de
áreas intocadas e reservas ecológicas, é possível preservar ao máximo a biodiversidade – e
ainda assim ter uma boa produção de madeira.
Os ativistas ecológicos tendem a fazer previsões pessimistas para o futuro. Qual
é a sua?
Acho que há motivos para ser otimista. As pessoas estão vivendo mais, e com mais
saúde. As espécies não estão desaparecendo no ritmo que os catastrofistas previam. A
população mundial deve estabilizar em 9 bilhões – e nós vamos conseguir alimentar toda
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essa gente. A tecnologia está ficando mais limpa, mais verde – e as pessoas estão mais
conscientes do que nunca sobre o ambiente.
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Os outros inimigos do verde
Patrick Moore
Cresceu numa família envolvida com a exploração madeireira; mesmo assim (ou
talvez por causa disso), se tornou ecologista.
Mora em Cabo Pulmo, vilarejo mexicano famoso por seu recife de coral e pela vida
marinha; não tem telefone em casa.
Acredita que a Floresta Amazônica é “uma das mais preservadas do mundo” e boa
parte dela “vai continuar intocada por séculos”.
Ganha dinheiro dando palestras sobre energia nuclear e com sua consultoria, a
Greenspirit (“Espírito Verde”), que ajuda empresas a perseguir a chamada “susten-
tabilidade ecológica”.
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2. Em toda entrevista, uma pessoa faz perguntas e outra responde. Que recurso gráfico
foi utilizado para identificar implicitamente o entrevistador e entrevistado nessa
entrevista?
3. Na entrevista lida:
a) Em que parte do texto aparece o nome do jornalista que a realizou? Qual é o nome
dele?
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b) Que tipos de dados essas legendas contém?
c) Levante hipóteses: Por que consta nessa legenda a informação de que o entrevis-
tado “ajuda empresas a perseguir a chamada” sustentabilidade ecológica”?
9. Na entrevista, Patrick Moore deixa claro alguns pontos de vista; o que ele pensa sobre:
Aquecimento global
Alimentos transgênicos
10. Segundo Patrick Moore, qual é a maior questão ecológica? por quê?
11. Patrick Moore se mostra otimista quanto ao futuro da humanidade. Que argumento
sustenta essa visão?
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12. E você, qual a sua previsão para o futuro da humanidade?
gros que eles não conhecem – porque aquele pode ser o negro que virá lhe dar o troco.
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Veja – Essa tensão entre brancos e negros é, então, insolúvel?
Smith – A natureza sempre é capaz de se refazer. No ano passado, Los Angeles
sofreu com incêndios intensos. Em seguida vieram chuvas igualmente pesadas, e agora
a natureza da região está mais luxuriante do que nunca. Tenho confiança de que os
americanos também vão passar por um processo semelhante de recuperação e conci-
liação – apenas não tão rapidamente quanto gostaríamos. [...]
Veja – O racismo vigora também no ambiente da indústria de cinema?
Smith – A verdade é que Hollywood só enxerga uma cor: o verde dos dólares.
Se você é bom de bilheteria – e eu felizmente sou –, todas as outras distinções de-
saparecem.
Veja – O senhor disse certa vez que prefere mil vezes quebrar um recorde de bi-
lheteria a ganhar um Oscar. Por quê?
Smith – A única coisa de que eu realmente preciso é da sensação de que a pla-
teia se divertiu ou se emocionou com meu trabalho. O ideal, para mim, seria que um
filme combinasse arte e entretenimento. O que eu almejo é algo como Forrest Gump,
Titanic ou Casablanca, um filme que estabeleça uma conexão espiritual com o público
mas que também funcione do ponto de vista comercial. Ali, sobre o boxeador Muham-
mad Ali, foi minha tentativa de chegar lá – ainda que não tenha sido recebido como
eu esperava. No fundo, ainda sou aquele garoto de 12 anos que se fascinou assistindo
a Star Wars, e é nesse espírito que faço minhas escolhas. Talvez, à medida que eu
envelheça e amadureça, passe a procurar outras coisas. Mas o que eu ainda quero é
essa emoção.
Veja – O senhor ganha milhões de dólares por filme e vive cercado de adulação.
Preocupa-o que, nesse ambiente, seus filhos venham a formar uma ideia distorcida do
que é a vida?
Smith – Acredito piamente que a natureza de um indivíduo se sobrepõe quase
sempre à educação. Acho que nascemos com um determinado espírito ou índole, que
trata de se impor. Alguns de nós, porém, têm espírito mais delicado e suscetível à
influência. Meus filhos têm 12, 6 e 4 anos, e já é possível saber quem eles vão ser. O
mais velho e a mais nova têm o espírito inquebrantável: eles saíram do útero sabendo
aonde querem chegar e como. O do meio é mais carente de orientação. Ele é muito
criativo, e por isso tem dificuldade em escolher entre todas as ideias que convivem
em sua cabeça. Para ele, cuido de explicar que vivemos numa casa como a nossa por-
que trabalho desde os 16 anos e tive a sorte de ter sucesso – além de ter exercitado
a abnegação que ele exigiu. Também gosto de ensinar que existe uma coisa chamada
carma: quando se trata bem os outros, essa energia volta para você de alguma forma.
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[...]
(Veja, n. 1806, 16 mar. 2005.)
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13. Quem é o entrevistado? Qual sua função para que mereça uma entrevista publicada
nas páginas amarelas da revista Veja?
14. Observe a linguagem empregada pelo entrevistador e pelo entrevistado. Que varieda-
de linguística foi empregada por eles?
16. Para Will Smith não tem sentido afirmar que seremos todos iguais, que não haverá
diferença entre negros e brancos. Cite dois argumentos do ator que sustentam a
afirmativa.
17. Leia: “Nos Estados Unidos os brancos nutrem tamanha desconfiança em relação aos ne-
gros que eles não conhecem – porque aquele pode ser o negro que virá lhe dar o troco”.
a) No contexto, qual o significado da expressão “dar o troco”?
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b) A partir do trecho, pode-se deduzir que a relação entre brancos e negros é tranqui-
la? Justifique.
19. Leia:
“Eu tenho um sonho... de que um dia os negros viverão numa nação onde eles não
serão julgados pela cor da sua pele, mas pela essência do seu caráter.”
(Rev. Martin Luther King Jr., 1963.)
Will Smith almeja o mesmo que um dia Martin Luther King sonhou? Justifique.
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20. Reescreva as frases substituindo as expressões do nível informal por uma expressão
formal:
a) Aquele espetáculo foi da hora.
g) Eu tô aqui.
14
a) Qual a inadequação quanto à forma de tratamento presente no bilhete?
15
Leia o artigo que segue:
O “olhar branco”
Marcelo Tragtenberg
[...]
Sobre as cotas, é falso dizer que o vestibular fornece oportunidades iguais a todos
os candidatos, como sugeriu Demétrio Magnoli em artigo na Folha (p. A3, 29/03): “o
filho do ministro, juiz ou deputado torna-se um plebeu”. É a fraude da democracia for-
mal – quem frequenta escolas melhores, não precisa trabalhar, tem pais formados em
universidades e não sofre racismo, já sai na frente.
Por outro lado, será que a nota num vestibular deve ser o único critério de entrada na
universidade? No livro The Shape of the River (A Forma do Rio), os reitores das universida-
des Princeton e Harvard analisam o efeito de longo prazo das admissões com critérios ra-
ciais em universidades dos Eua (não existem cotas para negros nessas universidades desde
1978, mas critérios étnicos de pontuação). Eles defendem ardorosamente a manutenção
desses critérios, complementares às notas no exame nacional norte-americano (SAT).
Será que alguém contesta o mérito dessas universidades? Só que as notas no SAT são
pouco para gerar classes com diversidade racial suficiente para que brancos e negros con-
vivam e se prepararem para uma sociedade plural, questionando o “olhar branco”. Onde
foram extintos os critérios raciais de admissão (Califórnia e Texas), a entrada de negros
e hispânicos na universidade baixou dramaticamente. Já no nosso Brasilzão, é notável o
“olhar branco” da academia e dos meios de comunicação, que toleram a falta de diversi-
dade na nossa universidade e não consideram aberrante que apenas 2% dos alunos da USP
sejam negros. São as universidades públicas que formam a maioria dos quadros do poder
na nossa sociedade. Por outro lado, a Universidade de Harvard tem critérios raciais até para
admissão de professores, pois os alunos precisam conviver com professores negros.
Argumenta-se que os profissionais negros das cotas serão discriminados. Isso não tem
nada a ver com cotas. Eles já o são! É preciso intervir no mercado de trabalho, exigindo algo
como nos EUA (que a proporção de empregados corresponda à composição racial local).
É preciso um leque amplo de ações afirmativas para tornar o Brasil mais plural. Deve
haver maior presença de negros na TV, como propõe o senador Paulo Paim. [...]
Uma sugestão, que minimizaria conflitos, seria aumentar imediatamente as vagas e
as verbas nas universidades públicas que façam um esforço pela diversidade, ampliando
o acesso e a permanência de negros, índios e pessoas de baixa renda, com programas de
apoio pedagógico.
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(Folha de S.Paulo, 29 jul. 2003. In: CEREJA, Willian; MAGALHÃES, Thereza. Textos e Interação.
São Paulo: Atual, 2005, p. 131. Adaptado.)
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Escreva um texto respondendo à questão: pode-se afirmar que no Brasil não há racis-
mo, há a inclusão social do negro?
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Interpretação e análise
textual: texto teatral
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Comstock Complete
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C
ck
Comsto
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Teatro: o renascimento
do gênero
Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, profissionais de
teatro estrangeiros chegaram ao Brasil, desencadeando grandes mu-
danças em nossa dramaturgia – o gênero menos desenvolvido ao
longo do período modernista.
Nesse “renascimento teatral”, destacam-se alguns autores cuja
produção caracteriza-se pela revolta e pela denúncia social, em seus
mais variados matizes. Entre muitos outros, destaca-se Nelson Rodrigues
(A Mulher Sem pecado, 1939; Vestido de noiva, 1943; Toda nudez
Será castigada, 1969; A serpente, 1978); obras expressionistas e freudianas que concentram seu
foco nos mais profundos abscessos que permeiam os comportamentos sociais institucionalizados).
[...] o teatro, como espetáculo, se universaliza à maneira das outras artes modernas,
e Nelson Rodrigues representava para o palco o que trouxeram Villa-Lobos para a música,
Portinari para a pintura, Niemeyer para a arquitetura e Carlos Drummond de Andrade para
a poesia. O certo é que a estreia de Vestido de noiva fez com que o teatro brasileiro per-
desse o complexo de inferioridade.
O êxito de Vestido de noiva inspirou a Nelson todas as audácias. Se ele fosse um autor aco-
modado, daria por encerrada a contribuição no caminho da pesquisa, escudando-se num gênero
mais facilmente assimilável. O próprio Nelson confessou: “Vestido de noiva teve o tipo de sucesso
que crentiza um autor. Parti para Álbum de família, que é um anti-Vestido de noiva. O teatro é
mesmo dilacerante, um abscesso. Teatro não tem que ser bombom com licor”.
(MAGALDI, Sábato. A peça que a vida prega. In: RODRIGUES, Nelson. Teatro completo.
Rio de Janeiro: Nova Aguiar, 1994.)
(Trevas. Luz no plano da realidade: Lúcia e Pedro. Lúcia chorando. Coroas. Luz também no
plano irreal.)
Alaíde – Quem terá morrido ali, naquela casa?
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Clessi – O meu também teve muita gente, não teve?
Alaíde – Pelo menos, o jornal disse.
(No plano da realidade)
Pedro (Em voz baixa) – Lúcia!
Lúcia (Tomando um choque, levantando-se.) – Que é? Que horas são?
Pedro – 3 horas.
Lúcia – Fique longe de mim! Não se aproxime!
Pedro – Mas que é isso?
Lúcia (Com ódio concentrado) – Nunca mais! Nunca mais quero nada com você! Juro!
Pedro – Você enlouqueceu? O que é que eu fiz?
Lúcia (Obstinada) – Jurei diante do corpo de Alaíde!
Pedro (Chocado) – Você fez isso?
Lúcia (Com decisão) – Fiz. Fiz, sim. Quer que eu vá na sala e jure outra vez? (Mergulha
a cabeça entre as mãos) Ontem, antes dela sair para morrer, tivemos uma discussão
horrível!
Pedro (Baixo) – Ela sabia?
Lúcia (Patética) – Sabia. Adivinhou o nosso pensamento. E eu disse.
Pedro – Mas comigo nunca tocou no assunto.
Lúcia – Discutimos quantas vezes! Ameacei-a de escândalo. Mas ontem, foi horrível –
horrível! Sabe o que ela me disse? “Nem que eu morra deixarei você em paz!” (Lúcia fala
com a cabeça entre as mãos. Alaíde responde através do microfone escondido no buquê.
Luz cai em penumbra, durante todo o diálogo evocativo.)
Alaíde (Com voz lenta e sem brilho) – Nem que eu morra, deixarei você em paz!
Lúcia (Falando surdamente) – Pensa que eu tenho medo de alma de outro mundo?
Alaíde (Microfone) – Não brinque, Lúcia! Se eu morrer – não sei se existe vida depois da
morte - mas se existir, você vai ver!
Lúcia (Sardônica) – Ver o que, minha filha?
Alaíde (Microfone) – Você não terá um minuto de paz, se casar com Pedro! Eu não deixo
– você verá!
Lúcia (Irônica) – Está tão certa assim de morrer?
Alaíde (Microfone) – Não sei! Você e Pedro são capazes de tudo! Eu posso acordar morta
e todo mundo pensar que foi suicídio!
Lúcia – Quem sabe? (Noutro tom) Eu mandei você tirar Pedro de mim?
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(RODRIGUES, Nelson. Vestido de Noiva. São Paulo: Abril Educação, 1981. p. 25-27. Literatura comentada.)
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As peças teatrais compõem uma modalidade textual feita para ser encenada, dramatizada.
Por isso, o autor precisa fazer algumas indicações para os atores: quem fala, como fala, sua
expressão fisionômica, entre outras.
Quando você lê o texto, essas informações são importantes para que você possa imaginar
a cena.
Um texto para teatro emprega o discurso direto, já que reproduz exatamente a fala da
personagem. O narrador não aparece como nos textos narrativos que já lemos.
O texto para teatro conta com a interpretação dos atores, a cenografia e a iluminação,
fatores que interferem, e muito, no entendimento e na interpretação da peça.
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Plano da memória: o diálogo entre Lúcia e Alaíde; a descoberta da traição e a possibi-
lidade de assassinato de Alaíde.
Plano da alucinação: diálogo entre Alaíde e Clessi sobre o enterro de alguém muito rico.
Vamos ler um trecho da peça O palácio dos urubus. A história se passa na ilha fictícia
de Babaneiralle, o país delirante das bananas, do sol e do mar. Nessa cena, o rei está
discutindo com o filho algumas questões que considera importantes para a sua nação.
maníssimo Rei, Sua Majestade Navarro Ramirez Penha Cassarolli, não se pode mais entrar
no Museu Real Histórico comendo pipocas ou mascando chicletes de bola!
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(Ploc sonoro do estouro da bola do chiclete. A ordem é repetida. Amanhece em Babanei-
ralle – um refletor focaliza um homem amarrado numa cadeira, com uma vistosa melancia
na cabeça. Na outra extremidade, Reston, vestido à Guilherme Tell, estica um bonito arco,
pronto para disparar a flecha. Dispara, a flecha parte e atinge em cheio o coração do ho-
mem, causando uma violenta explosão de sangue.)
Reston – Errei, papai! Mais uma vez errei!
Navarro – Estou cansado de afirmar que esse definitivamente não é seu esporte favorito!
Reston – Acaso o senhor está insinuando que devo jogar futebol?
Navarro – Não. Mas você não tem vocação para ser arqueiro.
Reston – (Inconformado) Só preciso de mais treino, senhor meu pai.
Navarro – (Deliciando-se com um pedacinho da melancia partida) Pratique um esporte
menos violento!
Reston – Violento??? Arco e flecha, violento!!!!!?????
Navarro – Quando não se tem pontaria e o alvo é humano...
Reston – (Protestando – Enérgico – Indignado) O alvo é uma melancia...
Navarro – Que você nunca acerta!!!!!
Reston – O senhor está me desencorajando? Não se esqueça de que faz parte da boa
educação de um herdeiro do trono o esporte, a caça, a competição, a luta!
Navarro – Não esqueço. Como poderia esquecer, se esse é o sexto Primeiro-Ministro que
morre devido à sua mania de ser arqueiro? O país pode entrar em crise. Os meus súditos
mais chegados andam apavorados com a tênue possibilidade de vir a ser Primeiro-Minis-
tro, o cargo passou a inspirar horror, tal a instabilidade e a insegurança.
Reston – Ninguém precisa ficar sabendo de meus pequenos insucessos. Bote a culpa no
povo!
Navarro – O povo não é mágico. Há 30 anos assumi o poder, há 30 anos o povo não
possui mais nem garfo nem faca para comer, quanto mais arco e flecha.
Reston – Quando o grande Nero incendiou Roma, não precisou justificar se o povo tinha
ou não caixa de fósforo ou isqueiro!
Navarro – O seu paralelismo histórico é arejado, é surpreendente! Mas Roma foi Roma,
Babaneiralle é Babaneiralle!
Reston – Senhor meu pai, seus argumentos não vão mudar o meu modo de pensar. Con-
tinuarei a praticar o arco e flecha.
Navarro – Pelo menos, você podia praticar com uma fruta maior. Talvez assim não errasse
o verdadeiro alvo.
Reston – Maior? Comecei com maçã, fruta nobre, passei a contragosto para os realistas
cachos de bananas, estou em melancia; o senhor não está pensando que vou me exerci-
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Navarro – Não precisa mudar a fruta, coloque qualquer fruta na cabeça de um homem
qualquer. Você poderá até voltar a usar maçã; desde que o homem que esteja com ela na
cabeça seja uma pessoa simples, comum... digamos... um homem do povo.
Reston – (Irritado) Papai! Um homem simples não me dará responsabilidade nem mo-
tivação para aprimorar minhas flechadas. Para me dedicar com afinco e entusiasmo é
necessário que a fruta esteja na cabeça de alguma verdadeira personalidade. O que sig-
nifica a morte de um homem qualquer? Nada. Tem tantos! Um a mais ou a menos, que
importância faz? Não, senhor meu pai, já basta a fruta não ser nobre.
Navarro – Seria menos desastroso se nessa fase “inicial” dos seus exercícios você usasse
o nosso Ministro da Educação.
Reston – Ora, francamente, senhor meu pai! Para que serve um Ministro da Educação em
nosso país?????
(VIEIRA, Ricardo Meirelles. O palácio dos urubus. Brasília: MEC - Departamento
de Documentação e Divulgação, 1978. p. 7-9.)
Glossário
Clarim: instrumento de sopro, hoje apenas usado para sinais militares.
Arauto: aquele que anunciava todas as mensagens na Idade Média.
Guilherme Tell: herói legendário suíço (século XIV) que consegue acertar com uma
flecha uma maçã colocada sobre a cabeça de seu filho.
Paralelismo: comparação, correspondência de ideias e opiniões.
Arejado: esclarecido, avançado.
Surrealista: que despreza aquilo que é lógico, racional, valorizando o sonho, o in-
consciente e o irracional.
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4. Qual foi a reação do rei diante do feito do filho?
7. O que o pai sugere ao filho, já que não consegue convencê-lo a mudar de esporte?
10. A proibição real de comer pipoca ou mascar chiclete de bola num museu tem grande
importância para um país? Justifique sua resposta.
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12. Na sua opinião, por que o futebol é desvalorizado pelo príncipe Reston?
13. A situação econômica do povo de Babaneiralle não é das melhores. Transcreva a frase
do rei que comprova essa afirmativa.
15. Esse país fictício – Babaneiralle – poderia bem representar alguns países verdadeiros.
Dê alguns exemplos.
Você vai ler a seguir um fragmento da peça teatral Lua nua, de Leilah Assunção, uma
peça de grande sucesso de público e de crítica:
Lua nua
Sílvia – É... O que a gente vai fazer?
Lúcio – É um problema mesmo... Só que estou atrasadíssimo, depois você me liga para
dizer como é que resolveu por hoje.
Sílvia – Espera aí, Lúcio. Acho que você não entendeu ainda. A saída da Dulce é um
problema nosso e não apenas meu.
Lúcio – Mas foi você que despediu a moça, você causou o problema, agora resolva
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você, ora.
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Sílvia – Ela extrapolou todos os limites, poderia ter sido com você, é como se ela
tivesse... pedido demissão. É um problema da nossa casa, a ser resolvido, portanto, con-
juntamente.
Lúcio – Só que eu tenho entrevista com os americanos às dez e meia e estou atrasado.
Sílvia – Mas eu também tenho entrevista às dez e meia...
Lúcio – Ah, você não vai querer comparar agora essa sua entrevista com o meu tra-
balho, vai?
Sílvia – Ah! A minha entrevista é uma frescura, apenas. O seu trabalho é muito mais
importante que o meu.
Lúcio – Não é bem isso...
Sílvia – É? Diga. Responde, Lúcio. É mais importante?
Lúcio – É! Pronto. Quis escutar, escutou, Sílvia. É claro que o meu trabalho é muito
mais importante do que o seu.
Sílvia – Poooooooooor quê?
Lúcio – Porque... Ora, não vamos agora começar uma discussão mesquinha. Eu me
nego a ser ridículo.
Sílvia – Pois eu proponho que o sejamos.
Lúcio – Sílvia, eu estou atrasado, não tenho tempo para debates. (Pega a pasta e vai
em direção à porta).
Sílvia – Tem razão... Também estou atrasadíssima e não tenho tempo para debates.
(Pega a sua pasta e também vai em direção à porta.)
Lúcio – Quer parar de brincadeira?
[...]
Sílvia – [...] Por que o seu trabalho é mais importante que o meu, Lúcio?
Lúcio – Não é uma questão de importância, Sílvia. O que você faz no escritório e o
que você faz nesta casa são coisas valiosíssimas, mas veja... você ficou três meses aqui,
só amamentando...
Sílvia – Amamentando o nosso filho. Que agora já está com oito meses... E nosso,
aliás, da sociedade toda!
Lúcio – Não começa! Eu não vou ter paciência, agora, para discurso! Ou faz nhenhe-
nhém ou faz discurso, assim não dá! Vamos parar de lero-lero, tá? O meu trabalho pesa
mais que o seu porque ele é para valer, escutou bem? É o meu, o meu trabalho, e não o seu
que garante a segurança desta família. É com o meu salário, e não com o seu, que você
conta para ter (Aponta para os pacotes de compras.) esse supermercado aí, assistência
médica, seguro de vida, carteirinha do clube e tudo o mais. Tá bom?
Sílvia – Amanhã pode ser o meu, lembra da tua mãe?
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Lúcio – Mas o problema é hoje. É hoje que será resolvido se vamos ou não para os
Estados Unidos.
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Sílvia – Sabe que você nem perguntou, de verdade, se quero mesmo ir? Talvez, para
mim, não seja a melhor época para sair daqui.
Lúcio – Não estou entendendo. O que você está tentando me dizer?
Sílvia – Isso mesmo que você está escutando. Estou muito entusiasmada com a minha
profissão neste momento. Com o caso Teixeira Leite.
Lúcio – “Caso Teixeira Leite”... Ô, Sílvia, eu não queria desqualificar você, mas esse seu
caso é uma bobagem! Indenização por perda de emprego de uma filhinha de papai rico. Nós
dois sabemos que você não passa de uma secretária de luxo no escritório dos seus amigos...
Sílvia – Sou uma advogada! Muitas vezes me esqueço disso, mas eu sou. E esse é o
meu primeiro caso. Sozinha. Está escutando, Lúcio? (pausadamente) É o meu primeiro
caso. Os Teixeira Leite têm influência, é a minha chance. Já faltei na primeira entrevista
porque o Júnior estava com quarenta graus de febre.
[...]
Lúcio – [...] Olha, Sílvia, eu quero te ajudar, eu entendo que é uma barra, mas tenho
de ir andando porque já são mais de nove e meia, é um absurdo o que já me atrasei...
[...]
Sílvia – (gritando) Saaacoooo!
Lúcio – Tudo bem, Sílvia, tudo bem, eu entendi sim, tudo! Mas você não acha perda de
tempo ficarmos os dois aqui? Um dos dois já basta para resolver o problema, não basta?
Sílvia – Pois que seja você a ficar então! Você não tem mais que trabalhar feito um
camelo para sustentar mãe e irmão: eles cresceram! Você tem uma companheira que tam-
bém produz. Que seja você a ficar.
Lúcio – Pooooxa! Eu estou com trinta e cinco anos. Sabe quando vou ter outra chance
dessas? Nuuunnnca! Vou ser um engenheirinho de merda até o fim da vida!
Sílvia – E eu, se perco esta chance, eu vou ser na-da até o fim da vida, Lúcio! Na-da,
a diferença é essa: na-da.
Lúcio – (resolvido) Mas como na-da? Como? Não adianta, não. Não adianta que eu não
entendo mesmo! [...] Você é minha mulher, Sílvia, é a mãe do Júnior!
Sílvia – Sempre de braços dados com alguma referência, “a mulher de”, “a mãe de”, “a
filha-do-dono-do-boteco”. E eu, Sílvia, onde é que estou, o que é que eu sou? Me ajuda,
Lúcio...
Lúcio – (perplexo) Não... não pode ser... Essa daí não é você... O que foi que aconteceu?
Sílvia – Enquanto eu dou um telefonema você vai aí do lado, por favor, e pergunta
para a Dona Mariazinha se ela pode ficar com o Júnior.
Lúcio – Eu?! Vou perguntar para essa vizinha se... Eu nem sei como é que se pergunta
isso!
Sílvia – Ela fica de vez em quando. Já passou da idade, não gosto de abusar, mas é
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Lúcio – (perplexo) Você virou feminista. É isso... novela das sete... é isso que dá ficar
vendo novela das sete, virou feminista!
Sílvia – Pode me xingar do que quiser. Se eu não conseguir me impor hoje com você,
neste dia tão importante para minha vida, não vou conseguir nunca mais.
(ASSUNÇÃO, Leilah. Lua Nua. São Paulo: Scipione, 1990. p 35-40.)
16. O texto teatral tem semelhanças com o texto narrativo: apresenta fatos, persona-
gens, tempo e lugar.
a) Quem são as personagens? Qual o grau de parentesco entre elas?
17. O texto teatral escrito apresenta alguns trechos em letras de tipo diferente e entre
parênteses.
Ex.: “Sílvia – ... Também estou atrasadíssima e não tenho tempo para debates. (Pega
a sua pasta e também vai em direção à porta.) ”
18. Observe a linguagem empregada pelas personagens. Que tipo de variedade linguística
predomina:
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Justifique:
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19. Quando um texto teatral é lido, o leitor é o interlocutor da história vivida pelas per-
sonagens.
a) Quando ele é encenado, quem é o interlocutor?
20. O texto apresenta um confronto de interesses entre Lúcio e Sílvia, revelado pela dis-
cussão sobre a vida profissional de cada um.
Releia as falas:
“Lúcio – [...] depois você me liga para dizer como é que resolveu por hoje.”
“Lúcio – [...] Você causou o problema, agora resolva você, ora.”
“Sílvia – [...] A saída da Dulce é um problema nosso e não apenas meu.”
“Sílvia – [...] É um problema da nossa casa, a ser resolvido, portanto, conjuntamente.”
a) Naquele dia surgiu um problema. Como Lúcio se posiciona diante do mesmo?
b) Pela reação de Sílvia, pode-se afirmar que ela concorda com o marido?
c) Lúcio afirma ser o trabalho dele mais importante que o de Sílvia. Que argumento
básico ele utiliza para sustentar este ponto de vista?
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21. Sílvia não quer ser vista apenas como esposa, mãe ou filha de alguém, quer ser vista
como ela é. Lúcio vê diante de si uma nova Sílvia. Como Lúcio reage?
24. Transforme o discurso indireto em discurso direto. Atente para a pontuação e tempo
verbal:
a) A empregada disse que a vida era um dom que merecia tempo e dedicação para
manter seu bem-estar e sua saúde.
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c) Depois de ver as fotos da casa, ele disse que aquela casa era divina.
d) O professor sugeriu que eles deveriam ler uma obra de Machado de Assis.
25. Transforme o discurso direto em indireto. Atenção ao tempo verbal e outras mudanças:
a) Perguntei a ela:
— Você é irmã de Mariana?
b) Elisabete ponderou:
— É perigoso sairmos sozinhas a esta hora da noite.
26. Imagine a continuação do diálogo entre o Rei Navarro e o filho Reston. Se quiser,
pode seguir o esquema abaixo:
Reston (Indignado)
Navarro
Navarro
Reston
Navarro (Convicto)
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Pesquisa e relato.
Cuidem para que seja um assunto sobre o qual vocês não tenham dificuldades para
encontrar material de pesquisa e pessoas que possam comentar e participar do traba-
lho. Peçam ajuda, se necessário, a seus professores!
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Escolham a que vocês mais gostaram e exponham para a escola. Amplie, assim, seus
conhecimentos.
Sugestão de música
GIL, Gilberto. Fora da ordem. Composição de Caetano Veloso.
A seguir você tem a descrição de um cenário. A partir dele crie uma cena teatral. Para
isso, introduza no cenário personagens, ações, enfim, uma história.
Cenário:
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ALUNO: TURMA: DATA:
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Estudo de gênero:
poema
“O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
que chega a fingir que é dor.
A dor que deveras sente.”
th.
João Luiz Ro
(Fernando Pessoa)
(Cecília Meireles)
(Mauro Mota)
O que é poema?
Poema é um gênero textual em que a linguagem é carregada de expressividade e emoção.
Por meio dele, o autor exprime sua visão de mundo, por essa razão, dizemos que é subjetivo
(de caráter pessoal). Por meio do poema, o poeta seleciona e combina as palavras muitas vezes
fazendo o agrupamento para obter sonoridade e ritmo, que conferem musicalidade ao texto.
Um poema não apresenta um significado único. É preciso lê-lo mais de uma vez para
descobrir suas significações. Para melhor interpretar um poema, é necessário conhecer alguns
elementos constitutivos desse gênero.
As formas de um poema
Há diversos tipos de poemas. As formas podem ser fixas, quando apresentam uma estru-
tura fixa de construção, ou variadas.
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Os poetas inventam imagens, ao explorar não só o significado das palavras, mas também
a maneira de dispô-las no papel. A preocupação também com a disposição das palavras no
contexto, sugerindo uma ideia, teve início na década de 50 com o movimento conhecido como
Concretismo. Surge, então, o poema figurado: composição poética cujos versos são organiza-
dos de modo a sugerir a forma do elemento que constitui o tema.
Canção mínima
E, no planeta, um jardim,
E, no jardim, um canteiro;
No canteiro, uma violeta,
E, sobre ela, o dia inteiro,
O poema é composto de três estrofes, cada uma com dois, quatro e dois versos, res-
pectivamente.
As palavras que expressam essa ideia são: planeta, jardim, canteiro, violeta, borboleta.
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1. Nesse poema, há quatro estrofes, isto é, quatro grupos de versos separados por um
espaço em branco. Cada estrofe apresenta um grupo de versos, ou seja, linhas poéti-
cas. Quantos versos há em cada estrofe?
2. Com auxílio de seu professor responda: que nome damos ao poema com essa estrutura?
3. Ao ler o poema, você provavelmente fez uma pequena pausa no final de cada linha ou
verso. Essa pausa se acentua em razão da rima. Copie três pares de palavras que rimam.
5. Pode-se dizer que esse poema soa como uma espécie de acalanto. Por quê?
6. Do que o poeta fala nesse poema? Copie um verso que comprove a resposta.
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7. Através dos versos é possível saber de que época o poeta está falando. A que época
o poeta se refere? Comprove com um verso, sua resposta.
9. Podemos afirmar que neste poema há referência à morte, tema comum aos poemas de
Mario Quintana. Justifique.
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Leia o poema para resolver as questões:
12. Qual é relação entre o conteúdo e a forma como foi produzido o poema?
13. No poema existem poucas rimas. Transcreva um verso que possua rima.
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14. Alguns trechos se repetem no decorrer do poema. Que efeito causa no poema a repe-
tição?
15. Releia:
a) Nesse trecho foi atribuída característica humana a um ser inanimado. Em que verso
fica mais evidente esta característica? Copie-o.
c) No trecho, há duas marcas da linguagem informal. Quais são essas marcas? Justi-
fique-as.
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16. O poema não tem título. Sugira um título para o poema. Justifique sua escolha.
17. No poema, fica clara a ideia de que Carolina não vê o poeta, não percebe os senti-
mentos do mesmo. Que verso comprova a afirmativa?
Um dos recursos para tornar uma frase mais expressiva é o detalhamento, o acréscimo
de novos elementos à frase.
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Me disseram que é uma bola,
que flutua pelo espaço,
atirada pelo chute
de um gigante poderoso;
vai direto para o gol,
que ninguém sabe onde é.
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19. Continue acrescentando novos elementos ao elemento central:
a) O mundo pequenino, os homens se amando mutuamente.
20. No poema “Esse pequeno mundo”, de Pedro Bandeira, há marcas da oralidade, da co-
loquialidade. Identifique os versos que fogem da formalidade da língua e reescreva-os
adequando à linguagem formal.
21. No poema a seguir, o autor fez uma espécie de jogo com as palavras, montando-as,
no contexto, de acordo com as ideias que deseja transmitir. Sem dúvida que este
poema ganhou maior expressividade com a utilização dos recursos visuais.
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(CAMPOS, Augusto de. Viva Vaia. São Paulo, Brasiliense, 1986.)
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Leia os textos a seguir:
Andarei de bicicleta
Subirei no pau-de-sebo
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Tomarei banhos de mar!
É outra civilização
De impedir a concepção
Vontade de me matar
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Vou-me embora
Você certamente observou que o segundo texto é a reprodução do texto inicial alte-
rado. Fez-se uma imitação, misturando sátira e humor. Temos aqui uma paródia.
Agora é com você. Leia o poema “Canção de exílio”, um dos textos que mais serviram
de base para outros poetas de nossa literatura. Um poema que expressa saudade e
nostalgia sem as melosidades saudosistas que vigoravam na época.
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Canção do exílio
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ALUNO: TURMA: DATA:
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