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Segurança do Trabalho

Com Caldeiras e Vasos


Sob Pressão
Professora Me. Ana Carolina Silvério de Oliveira
2021 by Editora Edufatecie
Copyright do Texto C 2021 Os autores
Copyright C Edição 2021 Editora Edufatecie
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP

O48s Oliveira, Ana Carolina Silvério de


Segurança do trabalho com caldeiras e vasos sob pressão /
Ana Carolina Silvério de Oliveira. Paranavaí: EduFatecie, 2022.
56 p. : il. Color.

1. Segurança do trabalho. 2. Caldeiras. 3. Caldeiras a vapor.


4. Acidentes – Prevenção. I. Centro Universitário UniFatecie.
II. Núcleo de Educação a Distância. III. Título.

CDD:23 ed. 363.11


Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577

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Revisão Textual
Beatriz Longen Rohling
Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
Geovane Vinícius da Broi Maciel
Kauê Berto

Projeto Gráfico, Design e


Diagramação
André Dudatt
AUTORA

Prof.ª. Me. Ana Carolina Silvério de Oliveira: Engenheira civil formada pela FEITEP
- Faculdade de Engenharia e Inovação Técnico Profissional - Maringá - PR. Mestre em
Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Londrina - UEL. Perita Judicial inscrita
pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná - TJPR. Professora lecionando nos cursos
de engenharia civil e/ou arquitetura nas instituições de ensino superior Faculdade FEI-
TEP (Maringá-PR), Centro Universitário UniFatecie (Paranavaí-PR) e Faculdade FAEMA
(Ariquemes-RO). Possui experiências na área acadêmica e técnica da engenharia civil,
tendo como principais trabalhos práticos: Elaboração de laudo técnico para implantação
de placas solares no Condomínio Residencial Portal de Segovia em Maringá – PR (2019);
Elaboração de laudo técnico para implantação de placas solares na empresa JDC Comércio
de Calçados em Londrina – PR (2020); Elaboração de laudo técnico para implantação de
placas solares na empresa Rhino Size Confecções em Apucarana – PR (2020); Elaboração
de laudo e perícia técnica em uma residência unifamiliar na cidade de Londrina – PR a
pedido da 5ª Vara Cível de Londrina – PR (2019/2020); Elaboração de projeto estrutural
para o Terminal Urbano Acapulco de Londrina – PR (2019/2020); Elaboração de projeto de
fundação para o Terminal Urbano Acapulco de Londrina – PR (2019/2020); Elaboração de
projeto de pavimentação para o Terminal Urbano Acapulco de Londrina – PR (2019/2020);
Elaboração de projeto estrutural para o Terminal Urbano Ouro Verde de Londrina – PR
(2019/2020); Elaboração de projeto de fundação para o Terminal Urbano Ouro Verde de
Londrina – PR (2019/2020); Elaboração de projeto de pavimentação para o Terminal Urba-
no Ouro Verde de Londrina – PR (2019/2020); Elaboração de laudo e perícia técnica em um
edifício residencial na cidade de Maringá – PR a pedido da 2ª Vara da Fazenda Pública de
Maringá – PR (2020) e outros no Estado do Paraná.

Link do Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2748730862553150


APRESENTAÇÃO DO MATERIAL

Caro estudante, seja muito bem-vindo (a)!

Prezado (a) aluno (a), se você se interessou pelo assunto desta disciplina isso já é o
início de uma grande jornada que vamos trilhar juntos a partir de agora. Proponho, junto com
você, construir nosso conhecimento sobre a Segurança no Trabalho com Caldeiras e Vasos
sob Pressão. Além de conhecer seus principais conceitos e definições vamos explorar as
mais diversas aplicações dessa disciplina relacionada com a parte prática da engenharia civil.
Na unidade I começaremos a nossa jornada pela introdução e conceitos gerais volta-
dos para a Segurança no Trabalho com Caldeiras e Vasos sob pressão, ou seja, embasando
os conceitos relacionados à pressão, calor, temperatura e tipos de caldeiras e suas utilizações.
Já na unidade II vamos ampliar nossos conhecimentos entendendo melhor sobre
o funcionamento de caldeiras e vasos sob pressão, bem como sobre as partes de uma
caldeira, os instrumentos e dispositivos de controle delas e suas operações próprias.
Na unidade III iremos entender melhor sobre os tratamentos de água, bem como
seus conceitos e métodos de manutenção de caldeiras, além de métodos de prevenção con-
tra explosões e outros riscos e também sobre os riscos gerais de acidentes e riscos à saúde.
Finalizando, na unidade IV, compreenderemos sobre a prevenção de riscos, bem
como a legislação própria, os riscos de explosão, as normatizações e a NR-13 em especial.
Assim, aproveito para reforçar o convite a você, para junto conosco percorrer esta
jornada de conhecimento e multiplicar os conhecimentos sobre tantos assuntos abordados
em nosso material. Esperamos contribuir para seu crescimento pessoal e profissional.

Muito obrigada e bom estudo!


SUMÁRIO

UNIDADE I....................................................................................................... 3
Introdução e Conceitos Gerais

UNIDADE II.................................................................................................... 14
Funcionamento de Caldeiras e Vasos sob Pressão

UNIDADE III................................................................................................... 28
Tratamentos de Água

UNIDADE IV................................................................................................... 40
Prevenção de Riscos e Legislação
UNIDADE I
Introdução e Conceitos Gerais
Professora Me. Ana Carolina Silvério de Oliveira

Plano de Estudo:
● Pressão;
● Calor e temperatura;
● Tipos de caldeiras/vasos sob pressão e suas utilizações.

Objetivos da Aprendizagem:
● Introduzir os conceitos gerais que envolvem a
pressão em caldeiras e vasos sob pressão;
● Explanar sobre o calor e temperatura em caldeiras e vasos sob pressão;
● Apresentar o entendimento relacionado aos tipos de caldeiras
e vasos sob pressão, bem como suas utilizações.

3
INTRODUÇÃO

Prezado (a) aluno (a),

Nesta unidade I vamos entender melhor sobre os aspectos introdutórios e os


conceitos gerais relacionados com as caldeiras e vasos sob pressão, bem como sobre a
pressão, o calor, a temperatura e os tipos de caldeiras/vasos sob pressão e suas utiliza-
ções. Sabemos que, por sermos responsáveis técnicos, aprendemos durante o período
da graduação, como por exemplo que seguir as normas e legislações ligadas a essa área
são obrigações nossas. Assim como aprendemos a utilizá-las adequadamente de forma
a garantir a segurança nas diferentes edificações e também dessa forma nos resguardar
profissionalmente.
Por isso, baseado nesses aspectos, vamos ao longo desta unidade aprimorar
nossos conhecimentos técnicos de forma que ao término desta disciplina como um todo,
você possa ser devidamente credenciado e habilitado, não só tecnicamente, mas também
de fato a intervir como um bom engenheiro de segurança de trabalho em ações voltadas a
segurança no trabalho com caldeiras e vasos sob pressão.

Seja muito bem-vindo (a) mais uma vez e te convido a embarcar nessa jornada
de conhecimento ao meu lado!

UNIDADE I Introdução e Conceitos Gerais 4


1. PRESSÃO

A pressão é um dos principais elementos ligados às caldeiras e vasos sob pres-


são, por isso é importante entender os conceitos gerais que o engloba. Em primeiro lugar
pode-se afirmar que vasos de pressão são utilizados para conter fluidos pressurizados
sendo que eles podem suportar altas temperaturas (até 1500 °C) e níveis de pressão.
A determinação da pressão depende da necessidade de uma determinada empresa, por
isso, quase sempre esses vasos são feitos sob encomenda das mesmas. É importante
destacar ainda que esses vasos podem conter pressões internas e externas, bem como
seus formatos, posições e materiais constituintes podem ser variados (CONFEDERAÇÃO
NACIONAL DOS TRABALHADORES NO RAMO QUÍMICO - CNTQ, 2014).
Quanto aos vasos de pressão é possível afirmar que eles podem variar de acordo
com suas classes, sendo elas:
CLASSE “A”:
- Fluidos inflamáveis - combustível com temperatura superior ou igual a 200ºC;
- Fluidos tóxicos com limite de tolerância igual ou inferior a 20 ppm;
- Hidrogênio;
-Acetileno.
CLASSE “B”:
- Fluidos combustíveis com temperatura inferior a 200°C;
- Fluidos tóxicos com limite de tolerância superior a 20 ppm.
CLASSE “C”:
-Vapor de água, gases asfixiantes simples ou ar comprimido.
CLASSE “D”:
- Água ou outros fluidos não enquadrados nas classes “A”, “B” ou “C”, com temperatura
superior a 50°C.

UNIDADE I Introdução e Conceitos Gerais 5


2. CALOR E TEMPERATURA

O calor e a temperatura são elementos resultantes das atividades que ocorrem


em caldeiras e vasos sob pressão, sendo que eles podem variar de acordo com cada tipo
de caldeiras e vasos sob pressão. Sendo assim, pode-se relacionar esses elementos de
acordo com o que estabelece a NR-13/2017.
Quanto a relação entre a NR-13/2017 com as caldeiras no aspecto de calor e temperatura:
● Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor
sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, pro-
jetados conforme códigos pertinentes, excetuando se refervedores e similares;
● As caldeiras que operam de forma contínua e que utilizam gases ou resíduos
das unidades de processo como combustível principal para aproveitamento
de calor ou para fins de controle ambiental podem ser consideradas especiais
quando todas as condições seguintes forem satisfeitas:
a) estiverem instaladas em estabelecimentos que possuam SPIE citado no Anexo II;
b) tenham testados a cada 12 (doze) meses o sistema de intertravamento e a
pressão de abertura de cada válvula de segurança;
● c) não apresentem variações inesperadas na temperatura de saída dos gases e
do vapor durante a operação;
● d) existam análise e controle periódico da qualidade da água;
● e) exista controle de deterioração dos materiais que compõem as principais
partes da caldeira; e
● f) exista parecer técnico de PH fundamentando a decisão.

UNIDADE I Introdução e Conceitos Gerais 6


● As caldeiras devem ser dotadas de injetor ou sistema de alimentação de água
independente do principal que evite o superaquecimento por alimentação defi-
ciente, acima das temperaturas de projeto, de caldeiras de combustível sólido
não atomizado ou com queima em suspensão;
● As caldeiras que operam de forma contínua não apresentem variações inespe-
radas na temperatura de saída dos gases e do vapor durante a operação;

Quanto a relação entre a NR-13/2017 com os vasos de pressão no aspecto de calor


e temperatura:
● Os vasos de pressão são classificados em categorias segundo a classe de flui-
do e o potencial de risco, sendo que os fluidos contidos nos vasos de pressão
são classificados como classe A quando os fluidos combustíveis apresentam
temperatura superior ou igual a 200 ºC e como classe B quando os fluidos com-
bustíveis apresentam temperatura inferior a 200 ºC;
● Todo vaso de pressão deve ser instalado de modo que todos os drenos, res-
piros, bocas de visita e indicadores de nível, pressão e temperatura, quando
existentes, sejam facilmente acessíveis;
● Vasos de pressão com temperatura de operação inferior a 0 ºC (zero graus
Celsius) e que operem em condições nas quais a experiência mostre que não
ocorre deterioração devem ser submetidos a exame interno a cada 20 (vinte)
anos e exame externo a cada 2 (dois) anos.

UNIDADE I Introdução e Conceitos Gerais 7


3. TIPOS DE CALDEIRAS E SUAS UTILIZAÇÕES

De acordo com Togawa (2020) as caldeiras em especial são muito utilizadas em


indústrias do tipo frigoríficas, empresas de laticínios, geração de energia, entre outras,
sendo que seus tipos podem variar entre diferentes formatos, posições, orientações e ne-
cessidade de projeto. É possível afirmar assim que os principais tipos de caldeiras e suas
utilizações são:
Aquatubular: são aqueles em que a água entra na caldeira, passa pela fornalha em
tubos na vertical e sai pela chaminé ou saída de vapor. Nesse tipo de caldeira a água passa
pelos tubos enquanto os gases quentes ficam em sua parte externa. São normalmente
utilizadas em aplicações de pressão elevada, superior a 21 barg. Esse tipo de caldeira
costuma ter requisitos mais apertados de qualidade da água do que as flamotubulares;
Flamotubular: são aqueles em que a água entra na caldeira, passa pela fornalha
em tubos na horizontal e sai pela chaminé ou saída de vapor. São normalmente utilizadas
para aplicações de baixa pressão, até barg, e capacidade de geração de vapor até 30 t/h.
Para aplicações de requisitos mais elevados, costuma-se utilizar caldeiras aquatubulares.
Esse tipo de equipamento é composto por espelhos, tubos e casco;
Mista: são aqueles em que há uma mistura entre caldeiras tanto aquatubulares
quanto flamotubulares. Nelas, na fornalha passam tubos de água, caracterizando a parte
aquatubular. Em seguida, os gases de exaustão seguem por tubos, para a parte flamotubu-
lar, e de lá para a chaminé.

UNIDADE I Introdução e Conceitos Gerais 8


SAIBA MAIS

“Para efeito da NR-13, serão considerados, como “caldeiras” todos os equipamentos


que simultaneamente geram e acumulam vapor de água ou outro fluido. Unidades ins-
taladas em veículos como caminhões e navios deverão respeitar a esta Norma Regula-
mentadora nos itens que forem aplicáveis e para os quais não exista normalização ou
regulamentação mais específica (NR-13: MANUAL TÉCNICO DE CALDEIRAS E VA-
SOS DE PRESSÃO – EDIÇÃO COMEMORATIVA 10 ANOS DA NR-13, 2006).”

REFLITA

“Um trabalhador de 34 anos teve 90% do corpo queimado em um acidente com caldei-
ra - recipiente metálico usado para aquecer líquidos ou produzir vapor – em Sorriso, no
norte do estado, na terça-feira (15). Devido aos ferimentos, Jorge Tedeia foi entubado no
Hospital Regional. Jorge é tio do vereador Maurício Gomes (PSB). Nas redes sociais, o
parlamentar informou que o tio está em estado grave. “Meus amigos venho nesse mo-
mento de dor pedi a todos vocês muita oração pois meu tio Jorge Tedeia se encontra
entubado em estado gravíssimo. Acidente de trabalho”, disse. O Corpo de Bombeiros
informou que a equipe foi acionada por volta das 22h para atender a ocorrência em uma
empresa de alimentos. A vítima contou aos bombeiros que estava em uma escada, a
uma altura de aproximadamente 3 metros, fazendo manutenção em uma correia que
passa por cima de uma caldeira. Durante o trabalho, os gases produzidos na caldeira
tiveram uma reação espontânea, vindo a atingir e queimar o trabalhador. Ele também
caiu da escada após ser atingido pelo vapor. A equipe de resgate fez a imobilização e os
primeiros socorros à vítima, que foi transportada consciente para o Hospital Regional,
com queimaduras de 1º e 2º grau por todo o corpo.”

(G1 MT, 2021)”.

UNIDADE I Introdução e Conceitos Gerais 9


Bom, agora que você aprendeu um pouco mais sobre a segurança no trabalho com
caldeiras e vasos sob pressão relacionado com a engenharia de segurança no trabalho,
bem como seus aspectos principais, reflita: “Com base no texto de apoio exposto, quais
procedimentos você tomaria para evitar que esse tipo de acidente ocorresse novamente
caso você fosse o responsável por essa área dentro dessa empresa citada?”. Essa é uma
reflexão para você como responsável técnico fazer e imaginar em seus futuros trabalhos
como aprimorar a segurança nesse sentido e dentro desta área em especial.

UNIDADE I Introdução e Conceitos Gerais 10


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezado (a) aluno (a),

Neste material, busquei trazer para você os principais conceitos a respeito da segu-
rança no trabalho com caldeiras e vasos sob pressão. Para tanto abordamos as definições
teóricas e, neste aspecto acreditamos que tenha ficado claro o quanto é importante para
nós responsáveis técnicos da área que tenhamos compreensão e entendimento sobre
todos os aspectos citados até então dentro desta disciplina.
Destacamos também a importância dos itens que estão inseridos em cada tópico
citado neste material. Além dos aspectos teóricos que contribuíram profundamente para o
entendimento dos assuntos aqui abordados, trouxemos vários elementos para uma melhor
compreensão sobre esse tema.
Levantamos também aspectos que nos levaram a chegar nas formulações, processos
e técnicas que hoje aplicamos para ter uma boa e eficaz segurança no trabalho com caldeiras
e vasos sob pressão. Esse olhar facilita o entendimento sobre o presente e sobre o modo como
podemos olhar o futuro e buscar melhorar em aspectos que ainda precisam ser aprimorados,
como por exemplo, em normas, legislações e treinamentos voltados para essa área.
Ao pensarmos nesses elementos temos que sempre levar em consideração o
conhecimento, o diálogo, o respeito e o ouvir nossos parceiros de trabalho, nossos cola-
boradores e todos aqueles que integram nossa equipe. A partir de agora acreditamos que
você já está preparado para seguir em frente desenvolvendo ainda mais suas habilidades
voltadas para situações nessa área.
Desse modo, encerrando a unidade 1 desta disciplina, podemos concluir que com
relação aos vasos de pressão, eles são utilizados para conter fluidos pressurizados, sendo
que eles podem suportar altas temperaturas (até 1500 °C) e níveis de pressão.
Já com relação ao calor e a temperatura, eles são elementos resultantes das ativi-
dades que ocorrem em caldeiras e vasos sob pressão, sendo que podem variar de acordo
com cada tipo de caldeiras e vasos sob pressão.
Por fim, com relação às caldeiras, elas são muito utilizadas em indústrias do tipo
frigoríficas, empresas de laticínios, geração de energia, entre outras, sendo que seus tipos
podem variar entre diferentes formatos, posições, orientações e necessidade de projeto.

Até uma próxima oportunidade. Muito obrigada!

UNIDADE I Introdução e Conceitos Gerais 11


LEITURA COMPLEMENTAR

Nesse item apresento a você algumas leituras complementares do tipo artigos na


intenção de colaborar ainda mais com o seu conhecimento. É importante destacar que
todos esses artigos estão relacionados com o tema dessa disciplina e ajudaram você a
compreender melhor sobre seus aspectos gerais e específicos. Acompanhe as dicas de
leitura que deixo a você.

ARTIGO 01: TOCANTINS, Rogério de Medeiros. Análise de falha relativa à explo-


são de reservatório de água aquecida-termodinâmica e sucessão de fatores determinantes.
Revista Brasileira de Criminalística, v. 3, n. 1, p. 25-35, 2014.

ARTIGO 02: FERNANDES, Eduardo S. et al. Readequação de um Vaso de Pressão


Conforme a Norma Regulamentadora NR 13. Revista Processos Químicos, v. 14, n. 28, p.
163-173, 2020.

ARTIGO 03: TREVELIM, José Wagner. Caldeiras Flamotubulares-Reconstituição


de Prontuários. Revista Eletrônica da Faculdade de Alta Floresta, v. 2, n. 2, 2013.

UNIDADE I Introdução e Conceitos Gerais 12


MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Vasos de Pressão
Autor: Pedro C. Silva Telles.
Editora: LTC.
Ano: 1996.
Sinopse: Vasos de pressão trata do projeto mecânico, do deta-
lhamento, da fabricação, da montagem e inspeção de vasos de
pressão em geral: vasos propriamente ditos, reatores, torres de
destilação e de fracionamento, esferas para gases etc., e também
permutadores de calor, aquecedores, resfriadores, refervedores,
condensadores e outros equipamentos de processo. O livro des-
tina-se aos estudantes de engenharia e aos profissionais de nível
superior e de nível médio que trabalham em firmas de projeto,
fabricação e montagem de vasos de pressão, em firmas de inspe-
ção, bem como aos usuários em geral de vasos de pressão.

FILME / VÍDEO
Título: Chernobyl - O Filme
Ano: 2021.
Sinopse: Chernobyl – O Filme é sobre as consequências da explo-
são na usina nuclear de Chernobyl, quando centenas de pessoas
sacrificaram suas vidas para limpar o local da catástrofe e para
prevenir um desastre ainda maior que poderia ter tornado grande
parte do continente europeu em uma zona inabitável.
Link do trailer: https://www.youtube.com/watch?v=q6hK4Am0HsA

UNIDADE I Introdução e Conceitos Gerais 13


UNIDADE II
Funcionamento de Caldeiras e
Vasos sob Pressão
Professora Me. Ana Carolina Silvério de Oliveira

Plano de Estudo:
● Componentes e partes;
● Instrumentos e dispositivos de controle;
● Modos de operação.

Objetivos da Aprendizagem:
● Introduzir os conceitos gerais que envolvem as partes
de uma caldeira e de vasos sob pressão;
● Explanar sobre os instrumentos e dispositivos de
controle de caldeiras e de vasos sob pressão;
● Apresentar o entendimento relacionado à operação
de caldeiras e de vasos sob pressão.

14
INTRODUÇÃO

Prezado (a) aluno (a),

Nesta unidade II vamos entender melhor sobre o funcionamento de caldeiras e


vasos sob pressão, bem como sobre as partes, instrumentos e dispositivos de controle e
métodos de operação de caldeiras e vasos sob pressão. Sabemos que, por sermos res-
ponsáveis técnicos, aprendemos durante o período da graduação, como por exemplo que
seguir as normas e legislações ligadas a essa área são obrigações nossas. Assim como
aprendemos a utilizá-las adequadamente de forma a garantir a segurança nas diferentes
edificações e também dessa forma nos resguardar profissionalmente.
Por isso, baseado nesses aspectos, vamos ao longo desta unidade aprimorar
nossos conhecimentos técnicos de forma que ao término desta disciplina como um todo,
você possa ser devidamente credenciado e habilitado, não só tecnicamente, mas também
de fato a intervir como um bom engenheiro de segurança de trabalho em ações voltadas a
segurança no trabalho com caldeiras e vasos sob pressão.

Seja muito bem-vindo (a) mais uma vez e te convido a embarcar nessa jornada
de conhecimento ao meu lado!

UNIDADE III Funcionamento


Introdução e Conceitos
de Caldeiras
Geraise Vasos Sob Pressão 15
1. COMPONENTES E PARTES

Segundo Manhoni (2017) os componentes de uma caldeira variam de acordo com


seu tipo. Por exemplo, as caldeiras do tipo Flamotubular têm como partes principais o
corpo, espelhos, feixe tubular ou tubos de fogo e caixa de fumaça. Esse mesmo tipo de
caldeira apresenta os seguintes componentes:
● Fornalha;
É o local onde se processa a queima do combustível e a consequente liberação de calor.
- Aparelho de Combustão: O qual promove a mistura do comburente com o com-
bustível e a queima do mesmo.
● Queimadores;
Aparelho destinado a pulverizar o combustível, misturando-o convenientemente
com o ar, a fim de se obter uma boa combustão.
● Reservatório para Combustível;
Cuja capacidade varia de acordo com as necessidades do trabalho, e deve possuir
um sistema de aquecimento dependendo do tipo de combustível utilizado (BPF, Tipo E).
● Pré-Aquecedor de Óleo;
Situado antes da entrada do combustível no queimador, serve para aquecer o óleo
(somente os que necessitam de aquecimento) fazendo-o atingir uma viscosidade correta
para a queima.

UNIDADE III Funcionamento


Introdução e Conceitos
de Caldeiras
Geraise Vasos Sob Pressão 16
● Economizador;
Equipamento que aproveita o calor residual dos gases de combustão para aumen-
tar a temperatura da água de alimentação.
● Chaminé;
É um tubo destinado ao escoamento dos gases da combustão. Este escoamento
se dá através de tiragem forçada ou tiragem natural (tiragem é a retirada dos gases da
combustão de dentro da caldeira, através de uma diferença de pressão).
● Passes.
Existem flamotubulares verticais, porém, atualmente, as caldeiras horizontais são
muito mais comuns, podendo possuir fornalhas lisas corrugadas; 1, 2 e 3 passes; traseira
seca ou molhada.
Já as caldeiras aquotubulares são compostas por tambor de vapor, tambor de lama,
feixe tubular, fornalha, superaquecedor, economizador, pré-aquecedor e desarenador. Com
isso, pode-se citar que os componentes comuns nas caldeiras independentemente de seus
tipos são as fornalhas, queimadores, refratários e chaminés (MANHONI, 2017).
De acordo com a NR-13 (1978) e suas últimas atualizações pode-se afirmar que os
vasos de pressão são compostos por bocais para tubulações de processo, bocas de visita e
inspeção, suportes para o vaso, flanges e parafusos e chapas de reforço para as aberturas
no costado. Além disso, eles são classificados em categorias segundo as suas classes de
fluidos e seus potenciais de riscos. É importante destacar que suas categorias variam em 4
grupos de A à D. Eles são ainda classificados de acordo com a presença ou não de chamas,
quanto a geometria e quanto a posição de instalação.

UNIDADE III Funcionamento


Introdução e Conceitos
de Caldeiras
Geraise Vasos Sob Pressão 17
2. INSTRUMENTOS E DISPOSITIVOS DE CONTROLE

De acordo com Sathler e Sousa (2009), existem diferentes tipos de instrumentos e


dispositivos de controle em caldeiras, dentre eles pode-se citar:
● Controle Liga-Desliga: é um tipo de controle que ao se atingir um ponto de ajuste
na caldeira acontece a mudança do controlador rapidamente de um extremo para o outro,
ou seja de uma posição fechada para uma aberta ou de uma aberta para uma fechada;
● Controle a um, dois e três elementos: é um tipo de controle que corrige apenas a
vazão da água de alimentação depois da variação do nível. É um tipo de controle limitado
em caldeiras de pequeno porte;
● Controle Auto-operado: é um tipo de controle que é utilizado mais em controles de
pressão e menos em controle de temperatura. Esse controle é de construção e operação simples;
● Controle PID: é um tipo de controle que não contém nenhum elemento dinâmico
e são úteis para ajustes proporcionais;
● Controle em Cascata: é um tipo de controle que atua com o uso de uma malha
que controla a vazão de vapor de acordo com o ponto de ajuste enviado pelo controle de
temperatura;
● Controle Antecipativo: é um tipo de controle que mede uma ou mais variáveis
de entrada, prediz seu efeito no processo e atua diretamente sobre a variável manipulada,
buscando manter a variável controlada no valor desejado.

UNIDADE III Funcionamento


Introdução e Conceitos
de Caldeiras
Geraise Vasos Sob Pressão 18
De acordo com a NR-13 (1978) e suas últimas atualizações, o principal dispositivo
de controle em vasos de pressão é a sua válvula de segurança com pressão de abertura
ajustada em valor igual ou inferior à Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA),
instalado diretamente no vaso, considerando o código de projeto relativo a aberturas esca-
lonadas e tolerâncias de calibração.

UNIDADE III Funcionamento


Introdução e Conceitos
de Caldeiras
Geraise Vasos Sob Pressão 19
3. MODOS DE OPERAÇÃO

De acordo com a NR-13 (1978) e suas últimas atualizações a segurança na opera-


ção de vasos de pressão tem relação com todo vaso de pressão enquadrado nas categorias
I ou II que deve possuir manual de operação próprio ou instruções de operação contidas no
manual de operação de unidade onde estiver instalado, em língua portuguesa, em local de
fácil acesso aos operadores, contendo no mínimo:
a) procedimentos de partidas e paradas;
b) procedimentos e parâmetros operacionais de rotina;
c) procedimentos para situações de emergência;
d) procedimentos gerais de segurança, saúde e de preservação do meio ambiente.

Ainda é estabelecido os seguintes parâmetros principais ligados aos modos de


operação de vasos de pressão:
● Os instrumentos e controles de vasos de pressão devem ser mantidos calibra-
dos e em boas condições operacionais;
● Poderá ocorrer à neutralização provisória nos instrumentos e controles, desde
que não seja reduzida a segurança operacional, e que esteja prevista nos proce-
dimentos formais de operação e manutenção, ou com justificativa formalmente
documentada, com prévia análise técnica e respectivas medidas de contingên-
cia para mitigação dos riscos, elaborada por PH;

UNIDADE III Funcionamento


Introdução e Conceitos
de Caldeiras
Geraise Vasos Sob Pressão 20
● A operação de unidades que possuam vasos de pressão de categorias I ou II deve
ser efetuada por profissional capacitado conforme item “B” do Anexo I da NR;
● Vasos de pressão com temperatura de operação inferior a 0 ºC (zero grau
Celsius) e que operem em condições nas quais a experiência mostre que não
ocorre deterioração devem ser submetidos a exame interno a cada 20 (vinte)
anos e exame externo a cada 2 (dois) anos;
● Imediatamente após a inspeção do vaso de pressão, deve ser anotada no Re-
gistro de Segurança a sua condição operacional, e, em até 60 (sessenta) dias,
deve ser emitido o relatório, que passa a fazer parte da sua documentação,
podendo este prazo ser estendido para 90 (noventa) dias em caso de parada
geral de manutenção.

A mesma NR-13 estabelece quanto as caldeiras os seguintes parâmetros principais


ligados aos modos de operação:
● dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da caldeira,
sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impe-
çam a queda de pessoas (modo de operação em caldeira em ambiente aberto);
● ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, pro-
venientes da combustão, para fora da área de operação atendendo às normas
ambientais vigentes (modo de operação em caldeira em ambiente aberto);
● dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da cal-
deira, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões
que impeçam a queda de pessoas;
● ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado, prove-
nientes da combustão, para fora da área de operação, atendendo às normas
ambientais vigentes;
● toda caldeira deve possuir manual de operação atualizado, em língua portugue-
sa, em local de fácil acesso aos operadores;
● Poderá ocorrer a neutralização provisória nos instrumentos e controles, desde
que não seja reduzida a segurança operacional, e que esteja prevista nos proce-
dimentos formais de operação e manutenção, ou com justificativa formalmente
documentada, com prévia análise técnica e respectivas medidas de contingên-
cia para mitigação dos riscos elaborada pelo responsável técnico do processo,
com anuência do PH;

UNIDADE III Funcionamento


Introdução e Conceitos
de Caldeiras
Geraise Vasos Sob Pressão 21
● Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle de
operador de caldeira;
● A inspeção de segurança inicial deve ser feita em caldeiras novas, antes da
entrada em funcionamento, no local de operação, devendo compreender exame
interno, seguido de teste de estanqueidade e exame externo.

SAIBA MAIS

“O relatório de pesquisa de mercado Caldeiras de vapor marítimo apresenta uma ava-


liação detalhada das tendências que afetam a dinâmica da indústria com referência ao
terreno regional e área competitiva. O estudo também lança luz sobre os desafios que
esta indústria enfrenta e fornece uma visão sobre as oportunidades disponíveis. Além
disso, o relatório inclui estudos de caso COVID-19 para fornecer uma imagem precisa
deste cenário de negócios para todos os participantes da indústria. O relatório final
adicionará a análise do impacto do COVID-19 nesta indústria. No relatório o impacto
do surto de COVID-19 na indústria foi totalmente avaliado. Total avaliação de risco e
recomendações da indústria foram feitas para Caldeiras de vapor marítimo em um pe-
ríodo especial. Os relatórios também comparam os mercados de Pré COVID-19 e Post
COVID-19. Além disso, o relatório adicional também considera o impacto da COVID-19
na economia regional. O relatório contém os perfis de vários jogadores proeminentes no
mercado Caldeiras de vapor marítimo. Diferentes estratégias implementadas por esses
fornecedores foram analisadas e estudadas para obter uma vantagem competitiva, criar
portfólios de produtos exclusivos e aumentar sua participação no mercado. O estudo
também lança luz sobre os principais fornecedores globais da indústria. Esses fornece-
dores essenciais consistem em jogadores novos e conhecidos. Além disso, o relatório
de negócios contém dados importantes relativos ao lançamento de novos produtos no
mercado, licenças específicas, cenários nacionais e as estratégias da organização im-
plementadas no mercado.”

(GILBERT, 2021).

UNIDADE III Funcionamento


Introdução e Conceitos
de Caldeiras
Geraise Vasos Sob Pressão 22
REFLITA

“Alguns equipamentos, na maioria das vezes de uso coletivo, precisam manter a manu-
tenção ou inspeção de forma mensal, semestral ou anual, para manter a segurança e
evitar acidentes que podem ser até fatais. São as chamadas fiscalizações renováveis.
Profissionais habilitados fazem a inspeção e os agentes do Crea-PR, Conselho Regio-
nal de Engenharia e Agronomia do Paraná, verificam se a inspeção foi feita corretamen-
te. Caso não tenha sido feita, o Conselho aciona o órgão específico. Os equipamentos
mais comuns são elevadores, ar condicionado, as caldeiras, normalmente em indús-
trias, e os sistemas de proteção contra descargas atmosféricas, popularmente conhe-
cidos como para-raios. Elevadores podem apresentar falhas eletrônicas, no caso do ar
condicionado, podem proliferar fungos e bactérias se não forem devidamente limpos e
os para-raios, se não estiverem com a manutenção em dia, podem causar curtos-circui-
tos. A facilitadora do Departamento de Fiscalização do Crea-PR, Milena Aguiar, explica
a importância de manter a fiscalização desses equipamentos em dia. Segundo ela, a
população pode ficar atenta aos equipamentos se eles têm o selo ART, Anotação de
Responsabilidade Técnica. “Um ar-condicionado, por exemplo, quem tem a competên-
cia de exigir uma fiscalização é a vigilância sanitária. Então nós encaminhamos a situa-
ção para a vigilância sanitária, para que ela possa chegar ao proprietário e exigir dele a
manutenção. Outra situação, por exemplo, são as caldeiras de indústrias, que envolvem
um risco grande. Quando acontece um acidente de explodir uma caldeira, normalmente
temos vítimas envolvidas e o estrago é muito grande. Na sequência disso, encaminha-
mos para a Superintendência do Trabalho. Quando esses equipamentos não recebem
manutenção, temos situações que podem envolver riscos à saúde e acidentes”, explica.
Segundo dados do CREA, somente este ano no Paraná, foram feitas 734 fiscalizações
renováveis e mais de 22 mil ARTs foram emitidas no Paraná.”

(TRISTÃO, 2021).

UNIDADE III Funcionamento


Introdução e Conceitos
de Caldeiras
Geraise Vasos Sob Pressão 23
Bom, agora que você aprendeu um pouco mais sobre a segurança no trabalho com
caldeiras e vasos sob pressão relacionado com a engenharia de segurança no trabalho,
bem como seus aspectos principais, reflita: “Como você pode relacionar a informação des-
crita na notícia com essa disciplina? Há algo que você como responsável técnico incluiria
ou retiraria?”. Essa é uma reflexão para você como responsável técnico fazer e imaginar
em seus futuros trabalhos como aprimorar a segurança nesse sentido e dentro desta área
em especial.

UNIDADE III Funcionamento


Introdução e Conceitos
de Caldeiras
Geraise Vasos Sob Pressão 24
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezado (a) aluno (a),

Neste material, busquei trazer para você os principais conceitos a respeito da segu-
rança no trabalho com caldeiras e vasos sob pressão. Para tanto abordamos as definições
teóricas e, neste aspecto acreditamos que tenha ficado claro o quanto é importante para
nós responsáveis técnicos da área que tenhamos compreensão e entendimento sobre
todos os aspectos citados até então dentro desta disciplina.
Destacamos também a importância dos itens que estão inseridos em cada tópico
citado neste material. Além dos aspectos teóricos que contribuíram profundamente para o
entendimento dos assuntos aqui abordados, trouxemos vários elementos para uma melhor
compreensão sobre esse tema.
Levantamos também aspectos que nos levaram a chegar nas formulações, processos
e técnicas que hoje aplicamos para ter uma boa e eficaz segurança no trabalho com caldeiras
e vasos sob pressão. Esse olhar facilita o entendimento sobre o presente e sobre o modo como
podemos olhar o futuro e buscar melhorar em aspectos que ainda precisam ser aprimorados,
como por exemplo, em normas, legislações e treinamentos voltados para essa área.
Ao pensarmos nesses elementos temos que sempre levar em consideração o
conhecimento, o diálogo, o respeito e o ouvir nossos parceiros de trabalho, nossos cola-
boradores e todos aqueles que integram nossa equipe. A partir de agora acreditamos que
você já está preparado para seguir em frente desenvolvendo ainda mais suas habilidades
voltadas para situações nessa área.
Desse modo, encerrando a unidade 2 desta disciplina, podemos concluir que os com-
ponentes de uma caldeira variam de acordo com seu tipo. Já com relação aos vasos de pres-
são, eles são compostos por bocais para tubulações de processo, bocas de visita e inspeção,
suportes para o vaso, flanges e parafusos e chapas de reforço para as aberturas no costado.
Concluiu-se ainda que existem diferentes tipos de instrumentos e dispositivos de
controle em caldeiras, bem como o principal dispositivo de controle em vasos de pressão é
a sua válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior à
Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA).
Por fim, se concluiu que existem diferentes parâmetros relacionados com os modos
de operação de vasos de pressão e caldeiras.

Até uma próxima oportunidade. Muito obrigada!

UNIDADE III Funcionamento


Introdução e Conceitos
de Caldeiras
Geraise Vasos Sob Pressão 25
LEITURA COMPLEMENTAR

Nesse item apresento a você algumas leituras complementares do tipo artigos na


intenção de colaborar ainda mais com o seu conhecimento. É importante destacar que
todos esses artigos estão relacionados com o tema dessa disciplina e ajudaram você a
compreender melhor sobre seus aspectos gerais e específicos. Acompanhe as dicas de
leitura que deixo a você.

ARTIGO 01: DE ARAUJO, Wildebran; TEODÓSIO, Felipe Liarte; CAMPOS, Paola


Souto. ESTUDO DA INSPEÇÃO DE UMA CALDEIRA FLAMOTUBULAR ATRAVÉS DOS
CÓDIGOS ASME E NR-13. ITEGAM-JETIA, v. 5, n. 19, p. 90-97, 2019.

ARTIGO 02: KUNIERSKI Luciano Régis; DE BIASI, Herculano; SUZUKI, Nilton


Kazuo Gomes. SISTEMAS INTELIGENTES DE AUTOMAÇÃO: LIMPEZA AUTOMÁTICA
PARA MEDIÇÃO DE PRESSÃO21. PESQUISA E PRÁTICA DOCENTE NO CURSO DE
ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO–UNIVERSIDADE DO CONTESTADO,
CURITIBANOS–SC, v. 89460, p. 81.

ARTIGO 03: SILVEIRA, Hellen Martins et al. EFICIÊNCIA DE EVACUAÇÃO, RES-


GATE E CONTROLE DE INCÊNDIOS EM ÁREAS COM CALDEIRAS A VAPOR. Anais do
Seminário Científico do UNIFACIG, n. 1, 2017.

UNIDADE III Funcionamento


Introdução e Conceitos
de Caldeiras
Geraise Vasos Sob Pressão 26
MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Operação de Caldeiras: Gerenciamento, Controle e Manutenção
Autor: Manoel Henrique Campos Botelho e Hercules Marcello
Bifano.
Editora: Blucher.
Ano: 2016.
Sinopse: Hospitais, hotéis e indústrias sempre têm caldeiras
para aquecer água, preparar refeições e dar apoio a processos
industriais que demandam calor. O uso de caldeiras se impõe
nesses casos. A caldeira é um dos equipamentos mais comuns de
uso e é extremamente útil, mas sua utilização exige uma série de
cuidados técnicos e operacionais; e quando esses cuidados não
acontecem, elas podem explodir, com consequências enormes,
como perdas de vidas humanas e de patrimônio. Ao gerenciar a
operação de utilidades não médicas de dois hospitais de médio
porte, o engenheiro Manoel Henrique Campos Botelho, autor da
coleção Concreto armado, eu te amo, começou a juntar critica-
mente informações esparsas existentes nos manuais de uso do
fabricante e nos pareceres de empresas de inspeção mecânica
que faziam a rotina de acompanhamento dessas caldeiras. Quan-
do a junção dessas informações ficou mais rica, esse material foi
analisado pelo engenheiro mecânico Hercules Bifano, um profis-
sional com marcante experiência em uso de caldeiras. E quando
ganhou vulto, decidiu-se que mais gente deveria ler o rico material
coletado e, com isso, ele foi melhorado e editado, e vira agora um
livro de consulta para engenheiros e técnicos de manutenção de
caldeiras. Nesse campo, a escassez de material de referência é
enorme. Tentamos suprir essa falta.

FILME / VÍDEO
Título: Fukushima - 5 Dias Decisivos
Ano: 2016.
Sinopse: Em 11 de março de 2011, um maremoto de magnitude 8,7
atingiu a Central Nuclear de Fukushima I, provocou derretimento de
três dos quatro reatores da usina, vazamento de gases, explosões
e liberação de materiais radioativos que contaminaram o ambiente.
Segundo o Primeiro Ministro à época, Naoto Kan, foi o dia em que
o Japão quase desapareceu. O filme aborda o desastre, que se
configurou como o maior ocorrido no mundo, e a relação conflituosa
entre o governo japonês, a população e a companhia responsável
pela construção e administração da usina nuclear de Fukushima.
Naoto Kan se tornou ativista antinuclear em função do que viu e
viveu naqueles dias decisivos: dificuldades, ameaças, surpresas.
Link do trailer: https://www.youtube.com/watch?v=zMZIes2Bxks

UNIDADE III Funcionamento


Introdução e Conceitos
de Caldeiras
Geraise Vasos Sob Pressão 27
UNIDADE III
Tratamentos de Água
Professora Me. Ana Carolina Silvério de Oliveira

Plano de Estudo:
● Tratamento de água e manutenção de caldeiras;
● Prevenção contra explosões e outros riscos;
● Riscos gerais de acidentes e riscos à saúde.

Objetivos da Aprendizagem:
● Introduzir os conceitos gerais que envolvem os tratamentos
de água e manutenção de caldeiras;
● Explanar sobre as maneiras de prevenção contra explosões e outros riscos;
● Apresentar o entendimento relacionado aos riscos gerais
de acidentes e riscos à saúde.

28
INTRODUÇÃO

Prezado (a) aluno (a),

Nesta unidade III vamos entender melhor sobre os métodos de tratamentos de


água, bem como sobre detalhes do tratamento de água e manutenção de caldeiras, da
prevenção contra explosões e outros riscos e dos riscos gerais de acidentes e riscos à
saúde. Sabemos que, por sermos responsáveis técnicos, aprendemos durante o período
da graduação, como por exemplo que seguir as normas e legislações ligadas a essa área
são obrigações nossas. Assim como aprendemos a utiliza-las adequadamente de forma
a garantir a segurança nas diferentes edificações e também dessa forma nos resguardar
profissionalmente.
Por isso, baseado nesses aspectos, vamos ao longo dessa unidade aprimorar
nossos conhecimentos técnicos de forma que ao término desta disciplina como um todo,
você possa ser devidamente credenciado e habilitado, não só tecnicamente, mas também
de fato a intervir como um bom engenheiro de segurança de trabalho em ações voltadas a
segurança no trabalho com caldeiras e vasos sob pressão.

Seja muito bem-vindo (a) mais uma vez e te convido a embarcar


nessa jornada de conhecimento ao meu lado!

UNIDADE III Tratamentos de Água 29


1. TRATAMENTO DE ÁGUA E MANUTENÇÃO DE CALDEIRAS

O tratamento de água e a manutenção de caldeiras estão interligados, pois,


por ser comum nas indústrias e também muito utilizadas, consequentemente estão
constantemente muito aquecidas, as caldeiras precisam de uma boa qualidade de
água para trabalhar em perfeitas condições, bem como para diminuir por vezes seu
superaquecimento. Nesse processo, quando a água não é devidamente tratada podem
surgir nelas elementos químicos, como sais de cálcio e magnésio – dureza – e sílica,
que com o tempo irão causar danos às caldeiras, principalmente corrosões. Sendo
assim, para evitar esses danos a água deve ser periodicamente tratada com adição de
agentes dispersantes/ sequestrantes, fosfatos (se for o caso) e um adequado regime de
descargas (SOUZA, 2013).
Em complemento, Manchado (2019) afirma que o tratamento de água em cal-
deiras está atrelado à eficiência nas mesmas, da mesma maneira que se existir uma má
qualidade da água os processos industriais poderão sem completamente comprometi-
dos. Assim, os principais motivos para que se trate adequadamente a água que passa
pelas caldeiras são devido a:
● evitar a formação de sujeiras nas tubulações das caldeiras por águas sujas;
● prevenir equipamentos;
● evitar corrosões;
● diminuir o custo de manutenção;
● aumentar o tempo da vida útil da caldeira;
● eliminar as ocorrências de arraste de origem química.

UNIDADE III Tratamentos de Água 30


De acordo com Manchado (2019), sabendo das consequências das águas pouco
ou não tratadas, é importante frisar a necessidade desse procedimento para garantir uma
maior eficiência nas caldeiras, além de também possibilitar uma menor concentração de
elementos químicos indesejados. Para isso existem os tratamentos preliminares (engloba
aspectos como a clarificação e a filtração da água) e complementar (engloba aspectos
como desmineralização e osmose reversa).

UNIDADE III Tratamentos de Água 31


2. PREVENÇÃO CONTRA EXPLOSÕES E OUTROS RISCOS

A Norma Regulamentadora – NR 13 publicada em 1978 declara os tipos e as me-


todologias de combate e prevenção contra riscos e explosões em caldeiras e vasos de
pressão. Dentre os principais tipos estão:
● riscos gerais de acidentes e riscos à saúde;
● riscos de explosão;
● choque térmico;
● defeito de mandrilagem;
● falhas em juntas soldadas;
● alterações na estrutura metalográfica do aço;
● corrosão;
● explosões causadas por aumento de pressão;
● explosão no lado dos gases;
● outros riscos de acidentes.

De acordo com Silva et al. (2015), os riscos e explosões também estão atrelados,
em muitos casos, com não conformidades em elementos e métodos de segurança no tra-
balho, sendo eles:

UNIDADE III Tratamentos de Água 32


● ausência de extintores ou existência de extintores danificados/fora do prazo
de validade;
● existência de hidrantes sem mangueiras;
● tubulações danificadas ou com corrosões;
● falta de profissionais treinados;
● desuso de EPIs;
● trabalho manual;
● ausência de sistemas de alarme e demais elementos de emergências;
● falta de medidas preventivas obrigatórias (treinamentos periódicos, manuten-
ção contínua das caldeiras, cumprimento dos parâmetros da NR-13).

UNIDADE III Tratamentos de Água 33


3. RISCOS GERAIS DE ACIDENTES E RISCOS À SAÚDE

Sabe-se que os riscos gerais de acidentes e riscos à saúde estão diretamente


ligados com a prevenção contra explosões e outros tipos de riscos que por sua vez estão
embasados pela NR-13 (1978). Os riscos de explosões em caldeiras e vasos de pressão,
por exemplo, podem existir quando acontece uma diminuição de suas resistências, bem
como de sua espessura e aumento considerável de pressão.
A NR-13 afirma ainda que os demais riscos de acidentes e à saúde dos trabalhado-
res que estão envolvidos nessa área de trabalho envolvem aspectos como:
● falta de água nas regiões de transmissão de calor;
● circulação deficiente de água;
● falha operacional;
● choques térmicos;
● defeitos de grupos (grupo l - fissuras ou trincas; grupo 2 – cavidades; grupo 3 -
inclusão de escória; grupo 4 - falta de fusão e de penetração e grupo 5 - defeitos
de forma);
● riscos que envolvem diretamente os trabalhadores:
● risco de queimaduras;
● riscos de quedas;
● riscos ergonômicos;
● riscos de frequências de som;
● riscos térmicos;
● riscos radioativos;
● riscos químicos;
● riscos de operações.

UNIDADE III Tratamentos de Água 34


SAIBA MAIS

“A Auditoria Fiscal do Trabalho interditou as caldeiras de 13 fábricas de extração de


óleo de eucalipto em seis cidades do Norte de Minas. Os locais não seguiam as medi-
das de segurança e ofereciam riscos para os trabalhadores. “Constatamos que havia
risco grave de explosão, choque elétrico e queda em altura. As caldeiras eram usadas
para gerar calor e desidratar as folhas de eucalipto, e os dispositivos de segurança
obrigatórios por Lei para o funcionamento não estavam sendo seguidos. A manutenção
anual de segurança também não era feita adequadamente”, explicou o auditor fiscal do
trabalho, Hélio Ferreira Magalhães. O auditor ressalta que a maioria das caldeiras não
tinha profissionais capacitados para a operação, o que também é obrigatório. De acordo
com ele, o operador de caldeira precisa fazer um treinamento teórico de 40 horas, além
de aulas práticas supervisionadas por profissional habilitado. Durante a inspeção, os
auditores também interditaram as atividades com vasos de pressão por apresentarem
irregularidades. “As empresas devem regularizar de acordo com as orientações repas-
sadas e podem solicitar a suspensão da interdição, que será analisada pelos auditores
após nova vistoria”. As fiscalizações ocorreram nos municípios de Taiobeiras, São João
do Paraíso, Ninheira, Berizal, Montezuma e Águas Vermelhas. De acordo com auditor
Hélio Ferreira, as ações continuam na região e fazem parte do projeto piloto “Caldeiras
e vasos de pressão”, desenvolvido em Minas com o objetivo de levar segurança para os
trabalhadores do setor.”

(PEREIRA, 2020)

UNIDADE III Tratamentos de Água 35


REFLITA

“Duas pessoas morreram e três ficaram feridas, sendo uma delas em estado grave, em
uma explosão na manhã desta quinta-feira (28) na fábrica da Heineken em Jacareí,
no interior de São Paulo. A informação é do Corpo de Bombeiros, que enviou equipes
para o local e trata a ocorrência como grave e de grande porte. Os trabalhadores são
terceirizados da fabricante de bebidas. Duas vítimas tiveram ferimentos leves. Segundo
a corporação, a explosão teria ocorrido em uma caldeira da empresa por volta das 9h.
Não houve incêndio. A perícia está no local. Dois trabalhadores morreram na hora. O
funcionário que ficou gravemente ferido teve queimaduras de segundo grau e estava
sendo atendido no local. Ele foi levado pelo Águia para o hospital em São José dos
Campos. “Chegamos ao local da ocorrência com 15 homens em cinco viaturas. Após o
resgate das vítimas, a área foi totalmente isolada e não há risco de novas explosões”,
afirmou o tenente João Bosco de Souza, dos bombeiros. Após o acidente, a unidade
dispensou os trabalhadores do expediente nesta quinta-feira - a planta tem cerca de
400 empregados. Por nota, a Heineken informou que lamenta o acidente e que está em
contato com as empresas prestadoras de serviço para oferecer suporte aos envolvidos.
A empresa ainda informou que apura as possíveis causas do acidente”

(G1 – SP, 2016).

Bom, agora que você aprendeu um pouco mais sobre a segurança no trabalho com
caldeiras e vasos sob pressão relacionado com a engenharia de segurança no trabalho, bem
como seus aspectos principais, reflita: “Como você pode relacionar o acidente acima com
os assuntos que envolvem tratamento de água de caldeiras de alta pressão, manutenção
de caldeiras, riscos em caldeiras e vasos de alta pressão e prevenção de acidentes nesse
mesmo ramo das caldeiras industriais”. Essa é uma reflexão para você como responsável
técnico fazer e imaginar em seus futuros trabalhos como aprimorar a segurança nesse
sentido e dentro desta área em especial.

UNIDADE III Tratamentos de Água 36


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezado (a) aluno (a),

Neste material, busquei trazer para você os principais conceitos a respeito da segu-
rança no trabalho com caldeiras e vasos sob pressão. Para tanto abordamos as definições
teóricas e, neste aspecto acreditamos que tenha ficado claro o quanto é importante para
nós responsáveis técnicos da área que tenhamos compreensão e entendimento sobre
todos os aspectos citados até então dentro desta disciplina.
Destacamos também a importância dos itens que estão inseridos em cada tópico
citado neste material. Além dos aspectos teóricos que contribuíram profundamente para o
entendimento dos assuntos aqui abordados, trouxemos vários elementos para uma melhor
compreensão sobre esse tema.
Levantamos também aspectos que nos levaram a chegar nas formulações, processos
e técnicas que hoje aplicamos para ter uma boa e eficaz segurança no trabalho com caldeiras
e vasos sob pressão. Esse olhar facilita o entendimento sobre o presente e sobre o modo como
podemos olhar o futuro e buscar melhorar em aspectos que ainda precisam ser aprimorados,
como por exemplo, em normas, legislações e treinamentos voltados para essa área.
Ao pensarmos nesses elementos temos que sempre levar em consideração o
conhecimento, o diálogo, o respeito e o ouvir nossos parceiros de trabalho, nossos cola-
boradores e todos aqueles que integram nossa equipe. A partir de agora acreditamos que
você já está preparado para seguir em frente desenvolvendo ainda mais suas habilidades
voltadas para situações nessa área.
Desse modo, encerrando a unidade 3 desta disciplina, podemos concluir que o tra-
tamento de água em caldeiras está atrelado à eficiência nas mesmas, da mesma maneira
que se existir uma má qualidade da água os processos industriais poderão sem completa-
mente comprometidos.
Concluiu-se ainda que a NR 13 publicada em 1978 declara os tipos e as metodolo-
gias de combate e prevenção contra riscos e explosões em caldeiras e vasos de pressão.
Por fim, se concluiu que os riscos gerais de acidentes e riscos à saúde estão direta-
mente ligados com a prevenção contra explosões e outros tipos de riscos que por sua vez
estão embasados também pela NR-13 (1978).

Até uma próxima oportunidade. Muito obrigada!

UNIDADE III Tratamentos de Água 37


LEITURA COMPLEMENTAR

Nesse item apresento a você algumas leituras complementares do tipo artigos na


intenção de colaborar ainda mais com o seu conhecimento. É importante destacar que
todos esses artigos estão relacionados com o tema dessa disciplina e ajudaram você a
compreender melhor sobre seus aspectos gerais e específicos. Acompanhe as dicas de
leitura que deixo a você.

ARTIGO 01: BERNARDI, Talita. Gestão de riscos em uma multinacional do setor de


limpeza de caldeiras situada em Mogi Guaçu/SP. 2009. UNIVERSITAS, n. 6, 2013.

ARTIGO 02: HENNIG, Eduarda Tirelli et al. Operadores de caldeira à lenha e carga
de trabalho. Iberoamerican Journal of Industrial Engineering, v. 1, n. 2, p. 61-75, 2009.

ARTIGO 03: HIRSCH, Helmut et al. Perigos dos reatores nucleares: riscos na opera-
ção da tecnologia nuclear no século XXI. Estudos Avançados, v. 21, n. 59, p. 253-257, 2007.

UNIDADE III Tratamentos de Água 38


MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Combustão em Caldeiras Industriais. Óleo & Gás Combustível
Autor: Virgilio Lagemann.
Editora: Interciência.
Ano: 2016.
Sinopse: Este livro aborda a utilização de derivados de petró-
leo em sistemas de conversão de energia em equipamentos de
geração de potência, no caso as caldeiras industriais, com foco
no processo de combustão, objetivando os seguintes aspectos:
Segurança; Confiabilidade operacional dos equipamentos; Melhor
desempenho técnico e econômico a fim de minimizar os custos
operacionais; Uso racional dos insumos energéticos; Redução dos
impactos ambientais baseado nas legislações pertinentes. O autor
coloca neste livro uma experiência operacional acumulada de mui-
tos anos, objetivando atender qualitativamente, todos aqueles que
estejam de alguma forma, envolvidos em sistemas de combustão
de combustíveis derivados de petróleo, principalmente óleo com-
bustível e gás natural, em caldeiras industriais.

FILME / VÍDEO
Título: Ameaça Terrorista
Ano: 2010.
Sinopse: O investigador Henry Harold Humphries e a agente do
FBI Helen tentam descobrir a localização de três bombas atômi-
cas. Eles prendem o suspeito terrorista, convertido ao islamismo,
Steven Arthur Younger e conduzem um interrogatório para fazer
com que Younger revele as coordenadas das bombas antes que
seja tarde demais.
Link do trailer: https://www.youtube.com/watch?v=lZfdRIqUz7I

UNIDADE III Tratamentos de Água 39


UNIDADE IV
Prevenção de Riscos e Legislação
Professora Me. Ana Carolina Silvério de Oliveira

Plano de Estudo:
● Riscos de explosão.
● Legislação e normalização.
● NR-13.

Objetivos da Aprendizagem:
● Introduzir os conceitos gerais que envolvem os riscos de explosão;
● Explanar sobre as legislações e a normalização nesse ramo de serviço;
● Apresentar o entendimento relacionado a NR-13.

40
INTRODUÇÃO

Prezado (a) aluno (a),

Nesta unidade IV vamos entender melhor sobre os métodos de prevenção de


riscos e as legislações voltadas para essa área, bem como sobre os riscos de explosão,
normatizações e também sobre a NR-13. Sabemos que, por sermos responsáveis técnicos,
aprendemos durante o período da graduação, como por exemplo que seguir as normas e
legislações ligadas a essa área são obrigações nossas. Assim como aprendemos a utilizá-
-las adequadamente de forma a garantir a segurança nas diferentes edificações e também
dessa forma nos resguardar profissionalmente.
Por isso, baseado nesses aspectos, vamos ao longo desta unidade aprimorar
nossos conhecimentos técnicos de forma que ao término desta disciplina como um todo,
você possa ser devidamente credenciado e habilitado, não só tecnicamente, mas também
de fato a intervir como um bom engenheiro de segurança de trabalho em ações voltadas a
segurança no trabalho com caldeiras e vasos sob pressão.

Seja muito bem-vindo (a) mais uma vez e te convido a embarcar


nessa jornada de conhecimento ao meu lado!

UNIDADE IV Prevenção e Riscos e Legislação 41


1. RISCOS DE EXPLOSÃO

Os riscos de explosões, bem como incêndios, choques elétricos, intoxicações, que-


das e ferimentos diversos, que são embasados pela NR-13, estão envolvidos em diferentes
elementos desta norma conforme são descritos:
● as explosões podem ser originadas principalmente pela união de 3 fatores
(diminuição da resistência, diminuição de espessura que pode ser originada da
corrosão ou da erosão e aumento de pressão);
● superaquecimento das caldeiras e vasos sob pressão;
seleção inadequada do aço no projeto da caldeira;
uso de aços com defeitos;
prolongamentos excessivos dos tubos;
queimadores mal posicionados;
incrustações;
operação em marcha forçada;
falta de água nas regiões de transmissão de calor;
circulação deficiente de água;
falha operacional.
● necessidade de empregar espessuras adequadas em função da resistência do
material e das características de operação em caldeiras e vasos sob pressão;

UNIDADE IV Prevenção e Riscos e Legislação 42


● quando o aço com que é construída a caldeira é submetido, em alguma parte,
há temperaturas maiores do que àquelas admissíveis, ocorre redução da resis-
tência do aço e aumenta o risco de explosão;
● a maior parte das explosões em caldeiras é devido à falta de água nas regiões
de transferência de calor. os principais motivos para a falta de água são a circu-
lação deficiente de água e a falha operacional;
● a corrosão avançada das partes da caldeira, pode ser causa de explosões até
mesmo em pressões inferiores à PMTA - Pressão Máxima de Trabalho Admissível;
● ocorre casos também de explosões durante o funcionamento da caldeira, pelos
seguintes fatos: falta de limpeza dos queimadores ou presença de água no
combustível ou, ainda, carbonização do óleo no queimador podem levar à inter-
rupção da alimentação do combustível.

UNIDADE IV Prevenção e Riscos e Legislação 43


2. LEGISLAÇÃO E NORMALIZAÇÃO

A legislação e norma regulamentadora que embasa a segurança no trabalho com


caldeiras e vasos sob pressão é a NR-13. Sabendo disso, é descrito por ela que:
● estabelece requisitos mínimos para gestão da integridade estrutural de caldeiras
a vapor, vasos de pressão e suas tubulações de interligação nos aspectos rela-
cionados à instalação, inspeção, operação e manutenção, visando à segurança e
à saúde dos trabalhadores;
● tanques e recipientes para armazenamento e estocagem de fluidos não enqua-
drados em normas e códigos de projeto relativos a vasos de pressão;
● todas as intervenções que exijam mandrilamento ou soldagem em partes que ope-
rem sob pressão devem ser objeto de exames ou testes para controle da qualidade
com parâmetros definidos pelo PH, de acordo com normas ou códigos aplicáveis;
● a autoria do projeto de instalação de caldeiras a vapor, no que concerne ao
atendimento desta NR, é de responsabilidade de PH, e deve obedecer aos
aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regula-
mentadoras, convenções e disposições legais aplicáveis;
● as caldeiras classificadas na categoria A devem possuir painel de instrumentos
instalados em sala de controle, construída segundo o que estabelecem as Nor-
mas Regulamentadoras aplicáveis;

UNIDADE IV Prevenção e Riscos e Legislação 44


● a autoria do projeto de instalação de vasos de pressão enquadrados nas cate-
gorias I, II e III, conforme item 13.5.1.2, no que concerne ao atendimento desta
NR, é de responsabilidade de PH e deve obedecer aos aspectos de segurança,
saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras, convenções
e disposições legais aplicáveis;
● vasos de pressão que não permitam acesso visual para o exame interno ou
externo por impossibilidade física devem ser submetidos alternativamente a
outros exames não destrutivos e metodologias de avaliação da integridade, a
critério do PH, baseados em normas e códigos aplicáveis à identificação de
mecanismos de deterioração.

UNIDADE IV Prevenção e Riscos e Legislação 45


3. NR-13

A NR-13 desenvolvida em 1978 estabelece, entre elementos de caldeiras e vasos


de pressão, os assuntos voltados especificamente a:
● noções de grandezas físicas e unidades;
● pressão;
● calor e temperatura;
● caldeiras - considerações gerais;
● tipos de caldeiras e suas utilizações;
● partes de uma caldeira;
● instrumentos e dispositivos de controle de caldeiras;
● operação de caldeira;
● partida e parada;
● regulagem e controle;
● falhas de operação, causas e providências;
● roteiro de vistoria diária;
● operação de um sistema de várias caldeiras;
● procedimentos em situações de emergência;
● tratamento de água e manutenção de caldeira;
● impurezas da água e suas conseqüências;
● tratamento de água;
● manutenção de caldeiras;
● prevenção contra explosões e outros riscos;
● riscos gerais de acidentes e riscos à saúde;
● riscos de explosão;
● legislação e normalização.

UNIDADE IV Prevenção e Riscos e Legislação 46


SAIBA MAIS

“A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o Pro-


jeto de Lei 4217/19, do deputado Felício Laterça (PSL-RJ), que acaba com a proibição
de uso do gás liquefeito de petróleo (GLP) – gás de cozinha – em motores em geral,
incluindo os de veículos, saunas, caldeiras e aquecimento de piscinas. A proposta rece-
beu parecer favorável do relator, deputado Delegado Marcelo Freitas (PSL-MG). O pro-
jeto já foi aprovado anteriormente pela Comissão de Minas e Energia e ainda depende
de votação pelo Plenário.

Crime
Atualmente, um dispositivo da Lei 8176/91 considera crime contra a ordem econômica
usar o GLP, punível com pena de detenção de um a cinco anos, em motores de qual-
quer espécie, entre outros fins. O projeto revoga esse dispositivo. Segundo Freitas, já
não existe mais o cenário que restringiu o uso de GLP às cozinhas — aumento interna-
cional do preço do petróleo nos anos 1990 e baixa produção nacional. “Nesse cenário,
afigura-se desnecessário manter a proibição de uso de gás liquefeito de petróleo em
motores de qualquer espécie, saunas, caldeiras e aquecimento de piscinas, ou para fins
automotivos”, argumentou”.

(AGÊNCIA CÂMARA DE NOTÍCIAS, 2021)

UNIDADE IV Prevenção e Riscos e Legislação 47


REFLITA

“Além das exigências de ASG (Ambiente, Social e Governança Corporativa), cada vez
mais determinantes para atração de investimentos, conquista de clientes e empatia com
os consumidores, as empresas brasileiras precisam preparar-se para atender à Política
Nacional de Qualidade do Ar. Trata-se do Projeto de Lei 10.521/2018, em tramitação
na Câmara dos Deputados, onde já foi aprovado pela Comissão de Desenvolvimento
Urbano. Foi votado o substitutivo do relator, deputado José Ricardo (PT-AM), ao texto
original de Paulo Teixeira (PT-SP). Quando aprovada pelo Congresso Nacional e san-
cionada pelo presidente da República, a nova lei exigirá um processo de adaptação por
parte das empresas de todo o País, explica Alexandra Rivolta Bernauer, diretora da Ber-
nauer, fabricante de filtros e ventiladores industriais, há 91 anos no mercado. “Isso será
necessário, pois será estabelecida uma redução progressiva de emissões de poluentes
e o uso de tecnologias em sistemas de controle de poluição de ar”. Alexandra explica
que os filtros de mangas utilizados pela Bernauer retiram a maior parte do pó e material
particulado emitido por qualquer tipo de indústria. “No caso das caldeiras, a alternativa
mais antiga a um filtro de mangas é um ciclone, que, além de gerar um consumo de
energia maior, tem baixa eficiência”. Uma caldeira de porte médio, utilizando um ciclo-
ne, gerará emissão de quatro mil quilos diários de material particulado da queima. São
quatro toneladas de material sendo jogado na atmosfera, que se espalha por dezenas
de quilômetros. Os filtros de mangas chegam a ser 100 vezes mais eficientes do que os
ciclones. Com sua utilização, a emissão não passa de 40 quilos diários, considerando-
-se uma eficiência de filtragem de 20 mg por metro cúbico. Em um ano, a diferença é de
quase 1.500 toneladas de material em uma única caldeira. “A substituição do ciclone,
portanto, é medida importante para melhorar a qualidade do ar, alinhar as indústrias aos
mais contemporâneos conceitos de sustentabilidade ambiental da produção e atender
à legislação atual e ao projeto de lei em tramitação”, conclui Alexandra. A empresa,
que tem escritório central na cidade de São Paulo e fábrica no município paulista de
Capivari, foi a primeira fabricante nacional de ventiladores industriais. Está há 91 anos
no mercado, dedicada à produção de equipamentos voltados à melhoria da qualidade
do ar. Por meio de sua tecnologia e produtos, controla a movimentação do ar e filtra
as partículas geradas no processo industrial, proporcionando um ambiente mais limpo
e saudável. A Bernauer fornece soluções completas de ventilação industrial e limpeza
do ar, desenvolvidas especificamente para a demanda de cada cliente. Seus produtos
possibilitam que as indústrias produzam sem agredir o meio ambiente e propiciam aos
funcionários ambientes seguros e livres de impurezas nocivas.

(LOYOLA, 2021).”

UNIDADE IV Prevenção e Riscos e Legislação 48


Bom, agora que você aprendeu um pouco mais sobre a segurança no trabalho com
caldeiras e vasos sob pressão relacionado com a engenharia de segurança no trabalho,
bem como seus aspectos principais, reflita: “Diferentemente do que muitos imaginam, as
caldeiras e vasos sob pressão não estão relacionados somente com aspectos que envolvem
riscos, mas como pôde-se perceber, está relacionado com sustentabilidade. Sabendo disso,
com quais outros fatores você pode dizer que esses elementos da área da engenharia de
segurança no trabalho estão envolvidos?”. Essa é uma reflexão para você como responsá-
vel técnico fazer e imaginar em seus futuros trabalhos como aprimorar a segurança nesse
sentido e dentro desta área em especial.

UNIDADE IV Prevenção e Riscos e Legislação 49


CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezado (a) aluno (a),

Neste material, busquei trazer para você os principais conceitos a respeito da segu-
rança no trabalho com caldeiras e vasos sob pressão. Para tanto abordamos as definições
teóricas e, neste aspecto acreditamos que tenha ficado claro o quanto é importante para
nós responsáveis técnicos da área que tenhamos compreensão e entendimento sobre
todos os aspectos citados até então dentro desta disciplina.
Destacamos também a importância dos itens que estão inseridos em cada tópico
citado neste material. Além dos aspectos teóricos que contribuíram profundamente para o
entendimento dos assuntos aqui abordados, trouxemos vários elementos para uma melhor
compreensão sobre esse tema.
Levantamos também aspectos que nos levaram a chegar nas formulações, processos
e técnicas que hoje aplicamos para ter uma boa e eficaz segurança no trabalho com caldeiras
e vasos sob pressão. Esse olhar facilita o entendimento sobre o presente e sobre o modo como
podemos olhar o futuro e buscar melhorar em aspectos que ainda precisam ser aprimorados,
como por exemplo, em normas, legislações e treinamentos voltados para essa área.
Ao pensarmos nesses elementos temos que sempre levar em consideração o
conhecimento, o diálogo, o respeito e o ouvir nossos parceiros de trabalho, nossos cola-
boradores e todos aqueles que integram nossa equipe. A partir de agora acreditamos que
você já está preparado para seguir em frente desenvolvendo ainda mais suas habilidades
voltadas para situações nessa área.
Desse modo, encerrando a unidade 4 desta disciplina, podemos concluir que
os riscos de explosões, bem como incêndios, choques elétricos, intoxicações, quedas
e ferimentos diversos, que são embasados pela NR-13, estão envolvidos em diferentes
elementos desta norma.
Concluiu-se ainda que a legislação e norma regulamentadora que embasa a se-
gurança no trabalho com caldeiras e vasos sob pressão também é a NR-13. Ela trata de
assuntos desde requisitos mínimos para gestão da integridade estrutural de caldeiras a
vapor e vasos de pressão até projetos e demais elementos.
Por fim, se concluiu que a NR-13 estabelece, entre elementos de caldeiras e vasos
de pressão, os assuntos voltados especificamente a noções de grandezas físicas e unida-
des até legislação e normalização.

Até uma próxima oportunidade. Muito obrigada!

UNIDADE IV Prevenção e Riscos e Legislação 50


LEITURA COMPLEMENTAR

Nesse item apresento a você algumas leituras complementares do tipo artigos na


intenção de colaborar ainda mais com o seu conhecimento. É importante destacar que
todos esses artigos estão relacionados com o tema dessa disciplina e ajudaram você a
compreender melhor sobre seus aspectos gerais e específicos. Acompanhe as dicas de
leitura que deixo a você.

ARTIGO 01: ESTEVES, Vinicius Teixeira; LIMA, Marco Aurelio Oliveira. Proposal
for inclusion of the risk based inspection technique in Regulatory Standard NR 13;
Proposta de inclusão da técnica de inspeção baseada em risco na Norma Regulamentadora
NR 13. 2012.

ARTIGO 02: SCOMPARIM, Natan Henrique; DIAS, Gustavo. NR13 Desmistificada


em Ferramentas Simples para o Auxílio à Manutenção. SITEFA - Simpósio de Tecnologia
da Fatec Sertãozinho, v. 3, n. 1, p. 204-212, 2020.

ARTIGO 03: TORRES, José Antonio de O. et al. Influência Dos Tratamentos


Térmicos de Alívio de Tensões e Normalização nas Propriedades Mecânicas do Aço da
Classe ASTM-A516-70 para Vaso de Pressão. Tecnologia em Metalurgia, Materiais e
Mineração, v. 1, n. 3, p. 45-49, 2013.

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MATERIAL COMPLEMENTAR

LIVRO
Título: Operação de Caldeiras: Gerenciamento, Controle e Manutenção
Autor: Manoel Henrique Campos Botelho e Hercules Marcello
Bifano.
Editora: Blucher.
Ano: 2016.
Sinopse: Hospitais, hotéis e indústrias sempre têm caldeiras
para aquecer água, preparar refeições e dar apoio a processos
industriais que demandam calor. O uso de caldeiras se impõe
nesses casos. A caldeira é um dos equipamentos mais comuns de
uso e é extremamente útil, mas sua utilização exige uma série de
cuidados técnicos e operacionais; e quando esses cuidados não
acontecem, elas podem explodir, com consequências enormes,
como perdas de vidas humanas e de patrimônio. Ao gerenciar a
operação de utilidades não médicas de dois hospitais de médio
porte, o engenheiro Manoel Henrique Campos Botelho, autor da
coleção Concreto armado, eu te amo, começou a juntar critica-
mente informações esparsas existentes nos manuais de uso do
fabricante e nos pareceres de empresas de inspeção mecânica
que faziam a rotina de acompanhamento dessas caldeiras. Quan-
do a junção dessas informações ficou mais rica, esse material foi
analisado pelo engenheiro mecânico Hercules Bifano, um profis-
sional com marcante experiência em uso de caldeiras. E quando
ganhou vulto, decidiu-se que mais gente deveria ler o rico material
coletado e, com isso, ele foi melhorado e editado, e vira agora um
livro de consulta para engenheiros e técnicos de manutenção de
caldeiras. Nesse campo, a escassez de material de referência é
enorme. Tentamos suprir essa falta.

FILME / VÍDEO
Título: Alerta Lobo
Ano: 2019.
Sinopse: Um jovem que está a bordo de um submarino nuclear
da França é reconhecido como “ouvido de ouro”. Esse apelido é
devido ao seu raro dom de conseguir identificar qualquer tipo de
som e, justamente por isso, ele carrega muita responsabilidade
sobre suas funções. Certa vez, o jovem acaba cometendo um erro
gravíssimo e acaba perdendo a confiança dos demais integrantes
do submarino, além de colocar a vida de todos em um risco nuclear.
Link do trailer: https://www.youtube.com/watch?v=XE200wIXV1k

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REFERÊNCIAS

AGÊNCIA Câmara de Notícias. CCJ aprova projeto que autoriza uso de gás de cozinha
em motores em geral. 2021. Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/798736-c-
cj-aprova-projeto-que-autoriza-uso-de-gas-de-cozinha-em-motores-em-geral/. Acesso em:
10 ago. 2021.

CONFEDERAÇÃO Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico – CNTQ. Vasos de


Pressão - Considerações Gerais. 2014. Disponível em: http://cntq2.hospedagemdesites.
ws/wp-content/uploads/2014/08/treinamento-para-operadores-vasos-de-pressao-revis%-
C3%A3o-1.pdf. Acesso em 16 ago. 2021.

G1 – SP. Explosão em fábrica deixa dois mortos e três feridos em Jacareí. 2016. Disponível
em: http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2016/01/explosao-em-fabrica-
-deixa-ao-menos-dois-mortos-e-um-ferido-em-jacarei.html. Acesso em: 09 ago. 2021

G1 MT. Trabalhador tem 90% do corpo queimado em acidente com caldeira em MT. 2021.
Disponível em: https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2021/06/19/trabalhador-tem-
-90percent-do-corpo-queimado-em-acidente-com-caldeira-em-mt.ghtml. Acesso em 16
ago. 2021.

GILBERT, Kaden. Mercado de Caldeiras de vapor marítimo 2021: Impacto de COVID-19,


fatores determinantes, oportunidades de crescimento, tamanho, tendências e previsão até
2026. 2021. Disponível em: https://bit.ly/37j37zk. Acesso em: 29 ago. 2021.

LOYOLA, Aislan. Filtros Ajudarão Empresas a se Adaptarem à Lei da Qualidade do Ar.


2021. Disponível em: https://monitormercantil.com.br/filtros-ajudarao-empresas-a-se-adap-
tarem-a-lei-da-qualidade-do-ar/. Acesso em: 07 set. 2021.

MANCHADO, Stephanie. A Importância Do Tratamento da Água de Caldeira Para a Efi-


ciência Produtiva. 2019. Disponível em: https://www.revistatae.com.br/Artigo/220/a-impor-
tancia-do-tratamento-da-agua-de-caldeira-para-a-eficiencia-produtiva. Acesso em: 06 ago.
2021.

MANHONI, Ilso José. Manual Operador De Caldeira. 2017. Disponível em: http://mgmenge-
nhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2017/08/Manual-Operador-Caldeira-Copia.
pdf. Acesso em: 22 ago. 2021.

NR 13. Norma Regulamentadora nº 13. 1978. Disponível em: http://www.guiatrabalhista.


com.br/legislacao/nr/nr13.htm. Acesso em: 22 ago. 2021.

53
NR-13 Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulação. 2017. Disponível em: https://www.fea.
unicamp.br/sites/fea/files/4%20-%20NR13%20-%20MINIST%C3%89RIO%20DO%20
TRABALHO.pdf. Acesso em 12 ago. 2021.

NR-13: Manual técnico de caldeiras e vasos de pressão – Edição comemorativa 10 anos da


NR-13. – 1. reimpressão. – Brasília: MTE, SIT, DSST, 2006. 124 p.

PEREIRA, Marina. Auditoria fiscal do trabalho interdita caldeiras de 13 fábricas de extração


de óleo de eucalipto por risco de explosão. 2020. Disponível em: https://g1.globo.com/mg/
grande-minas/noticia/2020/07/08/auditoria-fiscal-do-trabalho-interdita-caldeiras-de-13-fa-
bricas-de-extracao-de-oleo-de-eucalipto-por-risco-de-explosao.ghtml. Acesso em: 09 ago.
2021.

SATHLER, Melissa Rodrigues; SOUSA, Vinícius. Proposta de Modernização do Sistema de


Controle da Caldeira Flamotubular Ata Modelo VI-15. 2009. Disponível em: https://meca-
nica.ufes.br/sites/engenhariamecanica.ufes.br/files/field/anexo/projeto_de_graduacao.pdf.
Acesso em: 27 ago. 2021.

SILVA, Ricardo Luis Alves; SANTOS, Fabiola Arruda; BARBOSA, Daianny dos Santos;
Mendonca, Lucas Silva. Gerenciamento de Riscos de Acidentes em Áreas de Caldeiras.
2015. Disponível em: http://www.abepro.org.br/biblioteca/TN_STO_209_242_27210.pdf.
Acesso em: 05 ago. 2021.

SOUZA, Carlos Antonio dos Santos. Tratamento de Água Aplicado às Caldeiras. 2013. Dis-
ponível em: http://www.redebim.dphdm.mar.mil.br/vinculos/000006/00000698.pdf. Acesso
em: 08 ago. 2021.

TOGAWA, Victor. Os Principais Tipos de Caldeiras. 2020. Disponível em: https://togawaen-


genharia.com.br/blog/os-principais-tipos-de-caldeiras/. Acesso em 16 ago. 2021.

TRISTÃO, Letícia. Acidentes em equipamentos do cotidiano podem ser evitados com


fiscalizações renováveis. 2021. Disponível em: https://gmconline.com.br/noticias/geral/
acidentes-em-equipamentos-do-cotidiano-podem-ser-evitados-com-fiscalizacoes-renova-
veis/. Acesso em: 27 ago. 2021.

UNIDADE I Introdução e Conceitos Gerais 54


CONCLUSÃO GERAL

Prezado (a) aluno (a),

Neste material, busquei trazer para você os principais conceitos a respeito da segu-
rança no trabalho com caldeiras e vasos sob pressão. Para tanto abordamos as definições
teóricas e, neste aspecto acreditamos que tenha ficado claro o quanto é importante para
nós responsáveis técnicos da área que tenhamos compreensão e entendimento sobre
todos os aspectos citados até então dentro desta disciplina.
Destacamos também a importância dos itens que estão inseridos em cada tópico
citado neste material. Além dos aspectos teóricos que contribuíram profundamente para o
entendimento dos assuntos aqui abordados, trouxemos vários elementos para uma melhor
compreensão sobre esse tema.
Levantamos também aspectos que nos levaram a chegar nas formulações, processos
e técnicas que hoje aplicamos para ter uma boa e eficaz segurança no trabalho com caldeiras
e vasos sob pressão. Esse olhar facilita o entendimento sobre o presente e sobre o modo como
podemos olhar o futuro e buscar melhorar em aspectos que ainda precisam ser aprimorados,
como por exemplo, em normas, legislações e treinamentos voltados para essa área.
Ao pensarmos nesses elementos temos que sempre levar em consideração o
conhecimento, o diálogo, o respeito e o ouvir nossos parceiros de trabalho, nossos cola-
boradores e todos aqueles que integram nossa equipe. A partir de agora acreditamos que
você já está preparado para seguir em frente desenvolvendo ainda mais suas habilidades
voltadas para situações nessa área.
Desse modo, encerrando esta disciplina, podemos concluir que com relação aos
vasos de pressão, eles são utilizados para conter fluidos pressurizados, sendo que eles
podem suportar altas temperaturas (até 1500 °C) e níveis de pressão.
Já com relação ao calor e a temperatura, eles são elementos resultantes das ativi-
dades que ocorrem em caldeiras e vasos sob pressão, sendo que podem variar de acordo
com cada tipo de caldeiras e vasos sob pressão.

55
Por fim, com relação às caldeiras, elas são muito utilizadas em indústrias do tipo
frigoríficas, empresas de laticínios, geração de energia, entre outras, sendo que seus tipos
podem variar entre diferentes formatos, posições, orientações e necessidade de projeto.
Como vimos na unidade II, podemos concluir que os componentes de uma caldeira
variam de acordo com seu tipo. Já com relação aos vasos de pressão, eles são compostos
por bocais para tubulações de processo, bocas de visita e inspeção, suportes para o vaso,
flanges e parafusos e chapas de reforço para as aberturas no costado.
Concluiu-se ainda que existem diferentes tipos de instrumentos e dispositivos de
controle em caldeiras, bem como o principal dispositivo de controle em vasos de pressão é
a sua válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior à
Pressão Máxima de Trabalho Admissível (PMTA).
Por fim, na unidade II se concluiu que existem diferentes parâmetros relacionados
com os modos de operação de vasos de pressão e caldeiras.
Como vimos na unidade III, podemos concluir que o tratamento de água em cal-
deiras está atrelado à eficiência nas mesmas, da mesma maneira que se existir uma má
qualidade da água os processos industriais poderão sem completamente comprometidos.
Concluiu-se ainda que a NR 13 publicada em 1978 declara os tipos e as metodolo-
gias de combate e prevenção contra riscos e explosões em caldeiras e vasos de pressão.
Por fim, se concluiu que os riscos gerais de acidentes e riscos à saúde estão direta-
mente ligados com a prevenção contra explosões e outros tipos de riscos que por sua vez
estão embasados também pela NR-13 (1978).
Já como vimos na unidade IV, podemos concluir que os riscos de explosões, bem
como incêndios, choques elétricos, intoxicações, quedas e ferimentos diversos, que são
embasados pela NR-13, estão envolvidos em diferentes elementos dessa norma.
Concluiu-se ainda que a legislação e norma regulamentadora que embasa a se-
gurança no trabalho com caldeiras e vasos sob pressão também é a NR-13. Ela trata de
assuntos desde requisitos mínimos para gestão da integridade estrutural de caldeiras a
vapor e vasos de pressão até projetos e demais elementos.
Por fim, se concluiu que a NR-13 estabelece, entre elementos de caldeiras e vasos
de pressão, os assuntos voltados especificamente a noções de grandezas físicas e unida-
des até legislação e normalização.

Até uma próxima oportunidade. Muito obrigada!

56
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