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Eminência/Excelência Reverendíssima,
Por isso, com a presente Carta Circular, destinada aos Presidentes das
Conferências Episcopais, esta Congregação para a Educação Católica retém
necessário recordar alguns princípios, que são aprofundados no ensinamento
da Igreja, a clarificação e a norma acerca do papel da escola na formação
católica das novas gerações; a natureza e a identidade da escola católica; o
ensino da religião na escola; a liberdade de escolha da escola e do ensino
religiosa confessional.
4. O Concílio Vaticano II recorda aos pais “o grave dever que lhes incumbe de
tudo disporem, ou até exigirem”, para que os seus filhos possam receber uma
educação moral e religiosa e “progredir harmonicamente na formação cristã e
profana. Por isso, a Igreja louva aquelas autoridades e sociedades civis que,
tendo em conta o pluralismo da sociedade actual e atendendo à justa liberdade
religiosa, ajudam as famílias para que a educação dos filhos possa ser dada em
todas as escolas segundo os princípios morais e religiosos das mesmas
famílias” (GE 7).
Em síntese:
- A acção educativa, mesmo sendo realizada por vários sujeitos, tem nos pais
os primeiros responsáveis da educação.
7. Deste modo, está assegurado o direito das famílias e dos alunos a uma
educação autenticamente católica e, ao mesmo tempo, se atinja os outros fins
culturais e de formação humana e académica dos jovens, que são próprios de
qualquer escola (cfr c. 634 §3 CCEO; c. 806 §2 CIC).
- Essa está aberta a todos aqueles que desejam partilhar o projecto educativo
inspirado dos princípios cristãos.
a) Natureza e finalidade
16. Nas escolas católicas também deve ser respeitada, como noutros lugares, a
liberdade religiosa dos alunos não católicos e dos seus pais. Evidentemente,
isso não impede o direito-dever da Igreja “de ensinar e testemunhar
publicamente, por palavra e por escrito a sua fé”, tendo em conta que “na
difusão da fé religiosa e na introdução de novas práticas, deve sempre evitar-
se todo o modo de agir que tenha visos de coacção, persuasão desonesta ou
simplesmente menos leal” (DH 4).
Em síntese:
- A liberdade religiosa é o fundamento e a garantia da presença do ensino da
religião no espaço público escolar.
20. A Igreja está consciente que em muitos lugares, agora como em tempos
passados, a liberdade religiosa não é totalmente realizada, nas leis e na prática
(cfr DH13). Nestas condições, a Igreja faz o possível para oferecer aos fiéis a
formação de que precisam (cfr GE 7; c. 798 CIC; c. 637 CCEO). Ao mesmo
tempo, de acordo com a própria missão (cfr Concílio Vaticano II, Constituição
pastoral Gaudium et spes, 76), não deixa de denunciar a injustiça que acontece
quando os alunos católicos e as suas famílias são privados dos próprios
direitos educativos e é ferida a sua liberdade religiosa, e exorta todos os fiéis a
empenhar-se para que tais direitos sejam realizados (cfr c. 799 CIC).
Esta Congregação para a Educação Católica está convencida que os princípios
acima recordados podem contribuir para encontrar uma cada vez maior
consonância entre a tarefa educativa, que é parte integrante da missão da
Igreja, e a aspiração das Nações no desenvolvimento de uma sociedade justa e
respeitosa da dignidade de cada homem.