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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS SOCIAIS

CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM HISTÓRIA

DISCIPLINA: Tópicos Especiais em Filosofia

DISCENTE: Raynara Bernardo de Sousa - 219230487

Mapa mental 4:

Bibliografia: LUTERO, Martinho. Aos conselhos de todas as cidades da Alemanha


para que criem e mantenham escolas cristãs. In.: Obras selecionadas. Porto Alegre:
Sinodal, Concordia, 1995. Volume 5. p. 302-363

Problemática do texto:

O texto em si trás algumas concepções de educação de Lutero no movimento de


Reforma Protestante. Lutero questionou as práticas do ensino, sugerindo, logo de início,
que a escola fosse pública e para todos. O texto crítica e desenvolve um diálogo sobre a
vinculação que as escolas e a igreja católica tinham, e como isso pode ter afetado o
desenvolvimento das crianças nesse processo de ensino-aprendizagem. Lutero propõe
alterações tanto no que se refere à organização de um sistema educacional, quanto aos
princípios e fundamentos da educação, defendendo que esta seja para todos, de
frequência obrigatória e mantida pelo Estado. 

Citações e ideias:
“ [...] as escolas estão no abandono [...] pois se não tivessem procurado nos conventos e
fundações ou no estado clerical apenas o bem-esta da barriga e alimento material para os filhos,
se tivessem tido intenções serias de procurar a salvação e a bem-aventurança de seus filhos, não
desanimariam desta forma nem desistiriam.” Pag. 303-304
O texto apresenta uma critica a respeito do abandono que as escolas vinham sofrendo,
não somente elas como também as universidades pela pouca utilização. O texto, traz
uma analise de como as pessoas daquela época começaram a abandonar a educação de
suas crianças, deixando esse ato apenas para a igreja católica, tornando-a responsável
pelos ensinamentos das mesmas. Sabe-se que, naquela época a educação tinha a igreja
católica como a única encarregada pela educação das crianças, ou seja, se a igreja não
tivesse disposta em educar as crianças, essa educação era totalmente esquecida, deixada
totalmente de lado, os pais por sua vez não buscavam contestar e deixava isso por
acabado.

“Por isso agiu com muita inteligência na época em que os cristãos educavam seus filhos
cristãmente e os enviavam às escolas.” Pag. 304
Lutero não somente faz um apelo para que se criem e mantenham escolas cristãs e para
que os pais enviem seus filhos a essas escolas. A educação escolar não deveria depender
apenas da adesão ou aceite ao seu apelo quanto aos benefícios que a instrução escolar
poderia proporcionar. Ele defende que a educação escolar, além de ser para todos, tenha
um caráter obrigatório, forçando os pais e as autoridades atentarem para ela. Ele afirma
aos pais que é mandamento de Deus, por meio de Moisés, que eles instruam os filhos e
que, no seu ponto de vista, não haveria pecado que merecesse maior castigo que o
cometido contra as crianças quando deixam de educá-las. No entanto, como afirma que
para ensinar e educar bem as crianças é preciso gente especializada, a obrigação dos
pais seria, então, enviá-los à escola.

“[...] até agora dispendeu inutilmente tanto dinheiro e bens com indulgências, missas, vigílias,
doações, espólios testamentários, missas anuais pelo falecimento, ordens mendicantes,
fraternidades, peregrinações e toda confusão de outras tantas praticas deste tipo; estando agora
livre dessa ladroeira e doações para o futuro, [...] pela a gloria de Deus, parte disso para a
escola, para educar as pobres crianças, onde está empregado tão bem.” Pag. 305

É aos pais a quem Lutero se dirige e apela para que enviem os filhos à escola, mas é às
autoridades das cidades a quem ele proclama para a criação e manutenção de escolas
cristãs. A quem, de fato, se destinaria a responsabilidade pelo financiamento dessa
educação escolar. Em 1524, ele faz um apelo aos pais para que estes, além de enviarem
seus filhos à escola, também contribuam com doações para seu sustento financeiro,
argumentando que a resistência ou a má vontade em contribuir financeiramente para as
escolas seria “obra do diabo”.

“[...] se as universidades e conventos continuassem como estão, sem a aplicação de novos


métodos de ensino e modos de vida para os jovens, preferiria que nenhum jovem aprendesse
qualquer outra coisa e que ficassem mudos.” Pag. 306
Apesar das propostas pedagógicas de Lutero se assemelharem em partes às dos
pedagogos Humanistas, seus objetivos diferiam dos desses autores e, embora se
aproximasse de Humanistas como Melanchton, ele não chegou a se declarar um
Humanista. Na proposição de novos métodos, Lutero, opõe-se ao antigo sistema escolar
baseado em punições físicas e pressões psicológicas que causavam sofrimento aos
alunos (ou seja, a disciplina severa que recebeu na educação familiar e escolar). Vale
salientar, que o estado também possuía caráter cristão e isso implicava que, querendo ou
não, essas metodologias também teriam caráter cristão, o que não é necessariamente
ruim pela época.

Conclusão:

O texto em si é muito complicado de se entender, mas, com um pouco de esforço


consegui compreender o que o autor vem nos trazer e alguns momentos, vale ressaltar
que não finalizei a leitura tendo em vista que a leitura era cansativa. Mas, o pouco que li
pude compreender que as ideias de Lutero não são contra a igreja católica, como
também o mesmo usa do catolicismo para a educação.

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