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UM OLHAR HISTÓRICO EM
SÃO JOÃO CRISOSTOMO NA PERSPECTIVA DOCENTE
RESUMO
1 INTRODUÇÃO
importância dos pais no processo educacional dos filhos e seu reflexo na profissão
docente.
Desta forma, podemos observar que não era a intenção de Jesus Cristo
propor alguma nova Escola de Filosofia nem reformar os programas de estudos
vigentes nas escolas do período helenístico do mundo greco-romano ou do mundo
oriental que se beneficiavam de antiga tradição.
Assim, Jesus Cristo veio anunciar aos homens a palavra da salvação de
maneira prática e pedagógica. Sendo assim estava instaurada a base cristã da
cultura medieval chamada “Cristianismo”. O Cristianismo sempre foi uma religião
que inspirou a leitura e o estudo, como comprova a sua historia através do século.
Concluo que o cristianismo em si, não apenas mantém uma relação com a
educação, mas, também se constitui em um processo educativo, com objetivos
semelhantes aos objetivos da educação laica .
São João Crisóstomo, um dos bispos mais notáveis do século IV, nasceu
em Antioquia entre 344 e 354. Agiu como reformador, pregou a fé e a moral
de maneira intrépida, incompatibilizou-se com pessoas gradas, devido ao
seu zelo pela causa de Deus, foi exilado duas vezes, vindo a falecer em
comana no ponto, em 14 de setembro de 407, com 64 anos de idade
(Afonso, Ruy da Costa Nunes, 2. ed. 2018, p.70)
Segundo Toscano(2001)
Esta obra de São João Crisóstomo divide em duas partes bem distintas. A
primeira composta de 15 capítulos, trata do vício da vangloria que
campeava soberano em Antioquia e que, segundo São João Crisóstomo,
Por gentileza, revise a acentuação
Ainda conforme Afonso (2018, p.186) “As pessoas dominadas pela vangloria
gostavam de dispender grandes quantias para dar espetáculos e promover festas a
fim de serem louvadas pela plebe e pelos falsos amigos. ”
Afonso (2018) mostra o que São João Crisóstomo pensava sobre “Vanglória”
e percebemos o quanto era maléfica na vida cotidiana das pessoas e sobretudo para
a Igreja. Compreendemos que a vanglória dominava as pessoas de forma
arrebatadora de modo os pobres também gostavam de ser louvado por aquilo que
não eram e por aquilo que não tinham.
Em seguida no capitulo vinte e um, São João Crisóstomo joga uma serie de
metáforas, dizendo que o pai deve tratar seu filho como os pescadores
lidam com as perolas, os pintores com os quadros e os escultores com as
estátuas, pois nossos filhos são estatuas admiráveis. (Afonso, Ruy da Costa
Nunes, 2018, p. 187)
Dessa forma entende se que os filhos são preciosas pérolas que precisam ser
trabalhadas nos detalhes. Evidentemente, São João Crisóstomo ao realçar a última
metáfora não quis dizer que a criança é um ser inerte, feito de uma matéria bruta
como uma estátua, pelo contrário ela é uma criatura viva, inteligente e capaz das
reações mais inesperadas, apesar dos cuidados dos pais. O que João Crisóstomo
quis salientar com esta metáfora é sobre a importância dos cuidados com os filhos
em seu modo de viver.
A obrigação dos pais era de desterrarem para longe dos filhos a
intemperança, ensinando-lhes a sobriedade, a vigilância contra os vícios, habituando
os à oração e ao emprego frequente da religiosidade.
A partir do capítulo XXIII São João Crisóstomo apela para mais uma
metáfora ao introduzir a educação no interior dos filhos:
A partir do capitulo vinte e três, São João Crisóstomo apela para nova
metáfora, comparando a alma da criança a uma cidade recentemente
fundada e construída, e que precisa de leis severas para a boa vida dos
cidadãos. Numa cidade existem boas pessoas e maus elementos, cidadãos
trabalhadores e ordeiros, e outros ociosos, desonestos e criminosos, enfim
gente de todas condições. Por isso são necessárias as leis para que se
desterrem os maus e perturbadores da ordem e para que os bons cidadãos
possam levar vida honesta e pacifica (Afonso, Ruy da Costa Nunes, 2018,
p. 188)
A comparação que ele faz com as pessoas boas e más que frequentam uma
cidade está diretamente ligada aos cinco sentidos do corpo humano. Por isto ele
estabeleceu-se as leis das cinco portas descritas desta forma por Afonso (2018, p.
188-191):
A primeira porta da cidade da alma é a língua. Esta é a entrada da cidade.
Precisamos, então providenciar portas e ferrolhos feito de ouro. Essas
portas e ferrolhos dourados são os oráculos de Deus, as palavras do
Senhor. A segunda porta da cidade da alma é a dos ouvidos. Se pela boca
saem os cidadão e ninguém entra, pela porta dos ouvidos entram e ninguém
sai. Assim os meninos não hão de ouvir palavras desonestas dos escravos,
nem do aio, nem das amas e isso requer que o pessoal de serviço seja sério
e bem escolhido.
Todo cuidado deve ser tomado com o interior da casa. As virtudes que devem
reger a vida dos pequenos, dos jovens, dos anciãos. Para são João Crisóstomo a ira
deve ser regida por leis convenientes.
O pai, na concepção de Crisóstomo, deve ser a todo o momento o chefe e o
senhor, duro e intransigente, quando se infrinjam as leis; porém deve ser brando,
benigno e generoso em premiar o filho quando elas forem cumpridas.
Ainda orienta que se o pai agir dessa maneira, procurando o bem espiritual do
filho e seu progresso moral, ele estará também a educar se a si próprio e se tornará
melhor. A educação familiar traz benefícios mútuos. Sobre este tema Ruy Afonso
conclui:
2.4 METODOLOGIA
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O objetivo deste trabalho foi realizar uma pesquisa sobre a educação familiar
na cosmovisão medievalista delimitando o tema para a Antiguidade Cristã. O
período medieval pode ser visto como um momento de mudanças significativas na
mentalidade dos indivíduos que viveram neste período. Sobre a Idade Média
Carvalho (2016, p. 30) destaca:
REFERÊNCIAS