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Curso: Pedagogia
Disciplina: Letramento e Infância
Acadêmico: Jonathan Thiago Legovski Fase: 4ª
Fichamento e observações
Citação 1
Parece-me oportuno recordar alguns dados que foram ocultados (aqui não julgo se esta
ação foi ou não deliberadamente executada) naquilo que se refere ao período anterior à
chegada dos Jesuítas.
Ainda que a Companhia tenha surgido após o término da Idade Média, muitos foram os
resquícios daquele período que influenciaram a sociedade do século XVI. Sabendo dos
inúmeros “tentáculos” que esta análise poderia criar, dirijo minha análise naquilo que
toca o ambiento educacional.
Não obstante, Ruy Afonso da Costa Nunes, historiador brasileiro, ao dedicar seus
esforços acadêmicos na produção de uma coletânea histórica sobre a história da
educação (desde a Antiguidade Cristã ao Século XVII), versa, por exemplo, sobre os
objetivos e a essência das concepções educacionais que imperaram durante a Idade
Média e o Renascimento, fazendo alusão às Artes Liberais, a crise educacional do fim
da Idade Média e abordando as concepções que prevaleceram no Renascimento ao citar
educadores dos períodos já mencionados.
Dito isto, é possível perceber que origem da Companhia de Jesus contém um plano de
fundo complexo e culturalmente rico, uma vez que “nascida” um século após o fim da
Idade Média, ainda era possível “respirar” resquícios da influência não só cristã, mas
também da própria filosofia grega e das bases do direito romano (fonte de onde
nasceram outros tantos “contratos” civis e noções de direito). A Companhia de Jesus se
constituiu não só como grande missionária, mas também soube abarcar as noções sobre
educação disponível naquele momento histórico.
De tal modo, ao chegar no Brasil, este era o ímpeto da Companhia de Jesus: evangelizar
(ou catequizar, como queiram) e educar. Eis o ponto no qual possuo divergência com a
autora: a falta de referências histórias ao início do artigo, passa-nos a impressão de que
os Jesuítas estavam somente dedicados em catequizar; se educassem, seria para o fim
apologético. Creio que isto seja um reducionismo haja visto que anos após, a própria
Companhia estabelece um método que em certa medida se mostrou eficiente: Ratio
atque Institutio Studiorum Societatis Iesu (popular Ratio Studiorum).
No desenvolvimento da educação moderna o Ratio Studiorum ou Plano de Estudos da
Companhia de Jesus desempenha um papel cuja importância não é permitido
desconhecer ou menosprezar. Historicamente, foi por esse Código de ensino que se
pautou a orga-nização e a atividade dos numerosos colégios que a Companhia de Jesus
fundou e dirigiu durante cerca de dois séculos, em toda a Terra.
Evidentemente não pretendo fazer uma defesa apaixonada do Método Jesuítico – o qual
certamente contém pontos a serem revistos, e que de certo modo já foram abordados em
outras obras – mas estou convencido de que uma síntese histórica deveria acompanhar
a exposição da autora. Tal atitude teria enriquecido o debate.
BIBLIOGRAFIA
Citação 2