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Faculdade Municipal de Palhoça

Curso: Pedagogia
Acadêmico: Jonathan Thiago Legovski Fase: 4ª

REFLEXÕES ACERCA DA “ESCOLA DE VIDRO”

“Quando a escola é de vidro”, de autoria de Ruth Rocha, é um conto provocador. Contudo,


em pleno 2020, ainda é possível encontrar escolas deste tipo? Sim e não. Explico.

1. Parto do princípio fundamental de que a Escola, ipsis litteris, é uma instituição –


figura abstrata reconhecida pela população. Deste modo, enquanto instituição, não
é capaz de emitir juízo de valor, posicionamento ou preferências, mas tão somente
abarcar o conceito social vigente que lhe é dirigido. Neste aspecto, afirmo que não
há “escolas de vidro”. Há tão somente escola!
2. Porém, tal qual o conceito de Estado, a escola está sujeita a refletir (e não ser em
sua essência) as características daqueles que exercem funções concretas. Para
melhor compreender, detenhamo-nos no seguinte exemplo:
• Um Estado de Exceção é caracterizado pelas imposições opostas ao
Estado Democrático (que é em si mesmo, um direito natural, haja visto o
valor da liberdade humana). Há um Estado de Exceção quando indivíduos
que exercem funções diretas no governo, subvertem a ordem natural,
impondo-nos condições alheias aos princípios democráticos.

Se uma instituição macro, como o Estado, pode ser subvertida de sua finalidade,
por conta das figuras que atuam diretamente neste poder constituído e reconhecido
pela população, o mesmo pode ocorrer numa instituição micro (a escola local).
Isto, porque a ação organizada de uma ou mais pessoas encarregadas do ofício
(professores) irá refletir na aplicação prática. Sendo assim, é possível afirmar que
existem “escolas de vidro”, devido as ações individuais ou coletivas daqueles que
por dever, exercem função reconhecida.

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