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RELAÇÃO PROFESSOR-
ALUNO-CONHECIMENTO
CONTEXTUALIZANDO
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Se fizermos um resgate da vida escolar das pessoas, veremos que elas
guardam na memória momentos frustrantes e alegres desse tempo, uma mistura
de rejeição, conquistas, saberes e incertezas (Suhr; Silva, 2010).
O autor ainda afirma:
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Assim, “o modo como cada sociedade organiza a produção dos bens por
meio do trabalho orienta como se dará a educação e, consequentemente, o papel
da escola e a relação entre os sujeitos do processo ensino-aprendizagem (Suhr;
Silva, 2010, p. 22).
Voltando no tempo, podemos notar que a escola também cometeu
discrepâncias quando se tornou, na época, privilégio das classes dominantes
(Aranha, 1996).
Nas antigas civilizações orientais, as pessoas dotadas de saber passam a
ser de domínio de algumas pessoas, como “escribas no Egito, mandarins na
China, magos na Babilônia e brâmanes na Índia, que exercem suas funções
monopolizando a escrita em meio à população analfabeta” (Aranha, 1996, p. 33).
Cria-se, então, a divisão entre os que sabem e os que não sabem: o
conhecimento é dominado por poucos que sabem e que detêm o poder de ensinar
ou não o outro. Assim, as mudanças pelas quais a sociedade, entre elas as
pessoas, passam na vida privada ou na comunidade, no trabalho e em todos os
aspectos, acabam por determinar os relacionamentos entre as pessoas, não
ficando a escola fora desse processo (Suhr; Silva, 2010).
Entre as mudanças, Aranha cita que:
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afeta diretamente as relações que se estabelecem no espaço escolar e na própria
organização da escola como um todo” [...] (Suhr; Silva, 2010, p. 28).
Saviani aborda:
Libâneo afirma:
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século XIX e início do século XX, e ainda é possível observar seus reflexos na
atualidade.
No ensino superior, ainda se nota alunos que esperam a autoridade do
professor para conseguir a disciplina na sala de aula, ou a transmissão oral de
certos conceitos e saberes, e até mesmo a cobrança de silêncio. Essa postura de
aluno é o de que deseja ser moldado e não a de quem é sujeito de sua própria
aprendizagem.
Assim, também ainda existe o professor que espera dos alunos obediência,
silencio e que este faça exatamente o que lhe foi solicitado.
Vasconcellos (2000, p. 38) questiona:
Enfim, era uma escola que deveria funcionar como uma empresa, sendo o
processo produtivo modelo de qualidade e eficiência (Gazim et al., 2005).
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1.1 Pedagogias
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Considerar o processo de ensinar e aprender como atividade integrada à
investigação;
Buscar, criar e recriar situações de aprendizagem;
Reconhecer a avaliação diagnóstica e compreensiva de atividade mais do
que a avaliação como domínio;
Buscar conhecer o universo cognitivo e cultural dos alunos e, assim,
desenvolver processos de ensino e aprendizagem interativos e
participativos.
Diante disso, busca-se hoje um maior domínio por parte dos alunos nos
caminhos do aprendizado.
Segundo Masetto (2003, p. 14), o ensino superior percebe a necessidade
de se abrir para o diálogo com outras fontes de produção de conhecimento e de
pesquisa, e os professores já se reconhecem como não mais os únicos detentores
do saber a ser transmitido, mas como um dos parceiros a quem compete
compartilhar seus conhecimentos com outros e mesmo aprender com outros,
inclusive com seus próprios alunos. É um novo mundo, uma nova perspectiva na
relação entre o professor e o aluno no ensino superior. Segundo Suhr e Silva
(2010), nessa nova realidade, o professor do ensino superior deve se aprofundar
no domínio dos conteúdos – os conteúdos são formas culturais primordiais para o
exercício de uma profissão no futuro dos alunos do ensino superior. É necessário
um desenvolvimento mental do indivíduo que aprende sobre o objeto a ser
conhecido, mediado pelo docente. “O reconhecimento de que o papel do professor
supera a mera transmissão de conceitos indica a presença de uma relação com o
saber e com os estudantes na qual já não cabe mais na mera aula expositiva onde
o aluno assume o papel passivo” (Suhr; Silva, 2010, p. 74).
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Confirmando a necessidade da participação ativa do aluno na
aprendizagem, Masetto (2003, p. 43) é elucidativo quando destaca que
Snyders (1988, p. 14) ainda afirma que, “na escola, trata-se de conhecer
alegrias diferentes que as da vida diária; coisas que sacodem, interpelam a partir
do que os alunos mudarão algo em sua vida”. O que muitas vezes é
desconsiderado pelos professores, é o conhecimento científico, porém, a
formação continuada é de extrema importância para a docência. Muitos docentes
têm dificuldade em transpor para seus alunos os conteúdos específicos em uma
linguagem que seja apreendida pelos estudantes (Suhr; Silva, 2010).
É importante destacar que em uma sala de aula em que o professor procura
um melhor relacionamento interpessoal, o aluno não deve confundir esse contato
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com o professor como uma simples amizade. Ele deve ser instigado ao diálogo, à
interação, porém, não deve se esquecer de que o relacionamento com o professor
tem um objetivo específico: a aprendizagem.
Alguns alunos tendem a confundir seu bom relacionamento com o
professor e acabam percorrendo um caminho de intimidade que não existe na
realidade. Esse percalço pode comprometer o objetivo efetivo do professor e
dificultar a aprendizagem e a comunicação em sala de aula.
Suhr e Silva (2010, p. 78) esclarecem:
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pergunta. Afinal, o espaço pedagógico é um texto para ser
constantemente lido, interpretado, escrito e reescrito.
Formação acadêmica;
Conceitos;
Conteúdos específicos;
Ideal;
Objetivos;
Regulamentação da ética.
A realidade nas salas de aula são, muitas vezes, grandes desafios a serem
enfrentados. Há professores que não se comprometem com seus alunos,
deixando de oferecer uma boa didática em sala de aula, e dificultam o aprendizado
ou criam obstáculos para que o aluno explore o seu potencial. Vários são os
motivos para que isso aconteça, mas tais ações infelizmente fazem parte do
cotidiano do professor. Ao aluno também cabe sua parcela de responsabilidade
para que a dificuldade no relacionamento interpessoal não interfira no
aprendizado.
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Observe alguns temas, segundo Suhr e Silva (2010, p. 94), que dizem
respeito ao trabalho pedagógico no ensino superior:
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Esses fatores, somados aos desajustes da sala de aula, podem levar o
professor a atitudes inadequadas. No entanto, é imprescindível que o professor
não se esqueça da faixa etária do aluno universitário, evitando assim as
“chamadas de atenção” e os sermões, pois não são mais eficientes; quando
necessário, o melhor é detectar o problema e resolvê-lo (Suhr; Silva, 2010, p. 96).
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Pimenta e Anastasiou (2005, p. 238-239) deixam a sua contribuição:
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problemas na família – segunda chamada de avaliação, são questões
relacionadas a esse assunto.
O importante para que tudo ocorra de forma tranquila é respeitar os acordos
feitos inicialmente (como foi dito, nos primeiros dias do ano letivo) (Suhr; Silva,
2010).
Atitudes inadequadas, como conversas, respostas agressivas, o uso do
celular em sala de aula, perguntas para desestabilizar a aula e afronta ou
desrespeito aos colegas/professor são atitudes que não condizem com uma turma
de adultos e ao convívio social. Cabe ao professor equilíbrio e sensatez para a
resolução dessas questões, usando de destreza para tomar a atitude certa na
hora certa. Uma boa regra é “elogiar em público e repreender em espaço privado
individualmente” (Suhr; Silva, 2010). O professor deve ser o mentor de todas as
situações, ele é o profissional em meio aos aprendizes.
E, como lembra Freire,
FINALIZANDO
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LEITURA OBRIGATÓRIA
Saiba mais
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REFERÊNCIAS
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