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FACULDADE DE TECNOLOGIA DO NORDESTE

BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

ALUNA: ANGELENA DA SILVA PINHEIRO

SERVIO SOCIAL – DAMAS – 8º SEMESTRE

TEXTO: "FAMÍLIA, ESCOLA E MÍDIA: UM CAMPO COM NOVAS


CONFIGURAÇÕES – Maria das Graças Jacintho Setton”.

TRABALHO APRESENTADO A DISCIPLINA DE TRABALHO E SOCIABILIDADE.


PROFESSOR: FRANCISCO GOMES DE ANDRADE.

FORTALEZA – CEARÁ

2018
TEXTO: FAMÍLIA, ESCOLA E MÍDIA: um campo com novas configurações.1

O objetivo do autor é refletir sobre a particularidade do processo de


socialização e de construção das identidades dos sujeitos no mundo
contemporâneo. Apoiada na ideia de que as instâncias tradicionais da educação –
família e escola – partilham com as instituições midiáticas uma responsabilidade
pedagógica, com isso identifica uma nova estruturação no campo da socialização, e
uma perspectiva relacional de análise entre essas instâncias a fim de apreender a
especificidade do processo de construção da identidade do sujeito na atualidade.
De acordo com o pensamento de Norbert Elias, a autora toma-se como
hipótese que a cultura da modernidade imprime uma nova prática socializadora
distinta das demais verificadas historicamente. Considera também que o processo
de socialização das formações atuais é um espaço plural de múltiplas referências
indenitárias. Ou seja, a modernidade caracteriza-se por oferecer um ambiente social
em que o indivíduo encontra condições de forjar um sistema de referências que
mescla as influências familiar, escolares e midiáticas, um sistema de esquemas
coerente, no entanto híbrido e fragmentado.
Nesse sentido, a particularidade dessa socialização deriva não só da relação
de interdependência entre as duas instâncias tradicionais da educação, mas da
relação de interdependência entre elas e a mídia.
Embora não seja apropriado conceber um modelo único de família, de escola
e/ou de mídia, é possível considerar que cada uma dessas instituições pauta-se por
propósitos e princípios distintos. Ou seja, por possuírem naturezas específicas, são
responsáveis pela produção e difusão de patrimônios culturais diferenciados entre si.
É necessário, pois, identificar a configuração, o arranjo particular entre elas, em uma
perspectiva antropológica, para se apreender experiências específicas de
socialização.
A proposta é considerar a família, a escola e a mídia no mundo
contemporâneo, como instâncias socializadoras que coexistem numa relação de
interdependência. Ou seja, são instâncias que configuram uma forma permanente e
dinâmica de relação. Não são estruturas reificadas ou metafísicas que existem
acima e por cima dos indivíduos (Elias, 1970). São instituições constituídas por
1
Maria da Graça Jacintho Setton - é doutora em Sociologia pela FFLCH-USP e fez pós-doutorado na
École de Hautes Études em Sciences Sociales, Paris, França. É professora do curso de Pedagogia,
de Licenciatura e da pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.
Educação e Pesquisa, São Paulo, v.28, n.1, p. 107-116, jan./jun. 2002.
sujeitos em intensa e contínua interdependência entre si e, portanto, não podem ser
vistas como estruturas que pressionam umas às outras, mas instâncias constituídas
por agentes que se pressionam mutuamente no jogo simbólico da socialização.

Considerações:
Concordo quando a autora coloca que a família, a escola e a mídia podem ser
consideradas como redes de interdependência estruturadas por relações sociais
específicas, os produtos da socialização – ou seja, os sujeitos, suas práticas e
escolhas – podem ser apreendidos como o resultado de uma maior ou menor
ruptura e/ou continuidade entre tais instâncias.
É necessário, então, haver adaptações sobre as novas configurações nesses
campos socializadores, novas compreensões sobre as variadas famílias, uma nova
roupagem existente nas escolas, com alunos mais participativos e inclusos sobre as
causas e lutas sociais, buscando adquirir e valer todos os seus direitos, sobretudo
com muito respeito a cada escolha de vida do ser humano.
Novos métodos de ensino e aprendizagem para que se multipliquem a forma
de compreensão de cada um dirigida à nossa conjuntura atual e sob as
transformações ocorridas a fim de que todos alcancem de forma justa e com
equidade social todos os seus sonhos.
É possível termos jovens pensando sobre as causas sociais, orientando quais
as práticas e ações, que melhorem a nossa realidade, construída a partir de novos
parâmetros que não sejam exclusivamente locais, como a escola e na família. Esse
fenômeno da globalização juntamente com o acesso a internet permite a nós um
mundo de experiências, conhecimento sobre as mais variadas obras e autores,
basta somente que saibamos usá-la com bom senso a fim de adquirir tais
conhecimentos para usarmos em qualquer campo da vida.
É preciso destacar as particularidades, equilíbrio e traços gerais dos agentes
socializadores que são responsáveis pela construção de sujeitos em formação, para
que estes sejam inseridos numa cultura diversificada e universal.

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