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O PATIO ESCOLAR E SUA COLABORAÇÃO PARA O IDEAL DE

ESCOLA DEMOCRATICA

Fernanda Costa Ferraz1

“Temos antes que admitir que o poder produz saber (...); que poder e saber estão
diretamente implicados; que não há relação de poder sem constituição
correlata de um campo de saber, nem saber que não
suponha e não constitua ao mesmo tempo relações de poder. ”

FOUCALT

Resumo

O presente artigo tem o intuito de debater a ideia de democracia e ensino libertario que
podem ser atingidos por meio da interação entre os frequentadores e a estrutura fisica da escola, em
especial nas trocas entre seus ocupantes e os espaços livres que nela existem, como o pátio,
ou seja o texto aqui apresentado pensa na ressignificação de espaços ja existentes para a
construção de uma escola democratica. O objetivo desta pesquisa foi através de observação
empírica (que ocorreu no ano 2018 e início de 2019 no Centro de Ensino em Período Integral
Pedro Gomes) do espaço físico e de seus diversos usos coletar dados para que fossem feitas
analises posteriores sob uma ótica de democracia libertaria, e entender como os espaços
físicos e a maneira como são utilizados influenciam diretamente na formação social do
indivíduo que os ocupa, e no caso do ambiente escolar como seus usos refletem diretamente
no modelo de escola que temos e que queremos para a sociedade.

Palavras chave: Educação, democracia, hierarquia, escola democratica.

Introdução

A educação é uma ferramenta fundamental na manutençã da estrutura das


sociedades modernas num geral , porém é necessário esboçar logo em primeira
instancia, que educação e pedagogia são pontos diferentes de um mesmo processo, e
que aqui a educação sera entendida como um campo, e um fato cultural, já a
pedagogia é lida como ferramenta para compreender todo o processo educacional de
individuos dentro do meio social , ou seja um método. Assim entende se neste
contexto que a educação pode ser o pilar da emancipação dos indivíduos ou o peso
que mantém a ordem social burguesa estável.

1
Graduanda do curso de História grau Licenciatura na Universidade Federal de Goiás.
Dentro desta perspectiva, a educação, não é apenas o desenvolvimento intelectual
de individuos, mas tambem o social, estabelecida esta maxima entendemos que
educar é um processo coletivo,nesse contextos as escolas seriam então ambientes
coletivos onde toda sociedade se envolve naquela especie de “ensaio” do que seria a
ordem social de fato, sendo assim entende de se que existem muitas maneiras ao qual
a escola possa existir, os modelos tanto intelectuais quanto estruturais dessas
instituições depederam diretamente do intuito que aquela comunidade tem com a
formação desses novos individuos.

Diante de um sistema de ensino tradicional que não questiona o lugar do sujeito nem
espacialmente nem socialmente, abordo a perspectiva de como espaços comuns como
o pátio escolar podem colaborar diretamente para que haja maior democracia
participativa dentro do processo educacional. Para que isso fosse possível utilizei como
bases neste artigo a observação empírica do colégio ao qual estou inserida como
estagiaria a um ano e meio, e a análise dessas observações sob uma perspectiva de
democracia participativa proposta por Jacques Ranciére em sua obra “Ódio a
Democracia”.

A relevância deste artigo está ligada a promoção de debates que colaborem para uma
forma mais democrática de conceber o espaço escolar e suas necessidades enquanto
lugar democrático.

Formação de uma escola democrática

A ideia de uma sociedade democrática parte de diversos pontos, talvez o principal


deles seja o da formação de indivíduos emancipados socialmente, que tenham
capacidade de pensar criticamente a respeito do meio ao qual estão inseridos.
Podemos perceber que o modelo educacional vigente diz muito a respeito da
conjuntura de qualquer pais moderno ao qual podemos direcionar nossos estudos e
até mesmo olhares superficiais.

Para a formação de uma sociedade que compreenda de fato o conceito de democracia


vê se necessário a mudança no olhar desses indivíduos desde o início da infância, o
estimulo a participação em pontos inicialmente básico construirá ao longo de sua vida
um entendimento solido de democracia participativa, e é nesse contexto que está
inserido o papel de uma escola democrática:
“Uma escola democrática é uma escola que se baseia em princípios
democráticos, em especial na democracia participativa, dando direitos
de participação iguais para estudantes, professores e funcionários.
Esses ambientes de ensino colocam os alunos como os atores centrais
do processo educacional, ao engajar estudantes em cada aspecto das
operações da escola, incluindo aprendizagem, ensino e liderança. Os
adultos participam do processo educacional facilitando as atividades de
acordo com os interesses dos estudantes. (TOSTO,2011)

O direito a escolha nesse modelo de escola é o ponto principal de uma educação que
será pautada em ações participativas, ou seja, o aluno torna se aqui agente direto na
produção e formação de seu conhecimento. As hierarquias impostas pelo modelo
tradicional de educação aqui são propositalmente rompidas, Mészaros em sua obra
“A educação para além do capital” (2006) ira nos dizer que reformas são necessárias
para além da institucionalidade escolar, apesar de extremamente importantes tais
reformas tem que partir também e principalmente de uma via não institucional, pois
manter dentro dessas vias não geraria uma mudança sistemática do modelo imposto e
perpetuaria as ideias de reprodução que são de interesses do capital.

Pois então se uma escola democrática rompe com a ordem imposta tanto teórica
quanto social, ela seria então uma oposição ao que entendemos como escola no dia de
hoje? Primeiramente é necessário entender o que compreendemos como ser escola,
não apenas por estudos acadêmicos mas através de memorias afetivas que a maioria
dos indivíduos da modernidade tem a respeito do que foi ou é seu ambiente escolar o
que cada sujeito inserido nessa lógica desperta nessa memoria, sendo assim se suas
memorias relacionam se com uma perspectiva “impositoria” de aprendizagem e de
vivencia no meio escolar, se existe uma ideia punitivista no que se entende como
aprender, então sim a escola democrática está em oposição ao que entendemos como
escola.

Nessa ideia de ressignificação de papeis, o professor no papel de educador se


posicionara também de forma diferente as normas vigentes do tradicionalismo, ele
abandonara aqui o papel de autoridade ou transmissor do conhecimento para assumir
o papel de mediador do conhecimento ele agira como um parceiro no percurso
educativo do aluno respeitando seus processos individuais de aprendizagem
(TOSTO,2011). Nessa perspectiva então fica claro que não apenas o ambiente de
formação de base tem de ser questionado, o que entendemos como universidade tem
de ser refletido também, já que os professores são formados dentro dessas instituições
que conservam um modelo de ensino hierarquizado que se mantem desde sua
concepção no período Medieval.

A mudança na relação professor – aluno é um dos pilares para a revisão do modelo


educacional vigente, mas não apenas dela parte a hierarquia estabelecida dentro do
ambiente escolar, as estruturas burocráticas e mecanizadas da organização
administrativa também colaboram diretamente para com a subtração de liberdade de
escolha dos membros da comunidade escolar, que podemos entender como familiares,
alunos e o corpo docente e administrativo da escola. O abandono dos estereótipos pré
concebidos a respeito do papel de cada um no processo de aprendizagem é de
fundamental importância para que haja um bom funcionamento da escola democrática
(TOSTO,2011), a participação efetiva na tomada de decisões nos mais diversos
campos da organização do ambiente faz com que a escola ultrapasse seus muros e se
torne lugar de convivência da comunidade, e nesse processos de tomada de decisão
aquele lugar antes visto como ambiente controlador e obrigatório se transforma em
um ambiente seguro e agradável de convívio social.

Pensar a educação num todo para além da pedagogia escolar causa reflexões a
respeito do comportamento humano dentro fora da escola, dentro de uma perspectiva
de escola democrática entende se a necessidade da preservação dos processos
individuas de todos os envolvidos, a psicologia nos apresenta diversas possiblidades,
um dos teóricos da psicologia da educação, Skinner (1972), ira nos evidenciar a
necessidade da suavidade durante o processo de ensino aprendizagem, a ideia de um
aprender gradual e da ruptura da logica judaico cristã de um ensino punitivista estará
presente em toda sua obra, a fuga do ensino meritocrático é essencial segundo ele
para uma real aprendizagem já que resultados negativos geram no educando reações
não positivas como a fuga e a esquiva daquilo que se mostra além de suas
capacidades.

A evasão escolar está ligada diretamente aos moldes ao qual a escola está organizada,
e o meio ao qual ela está inserida, o ambiente afeta diretamente o indivíduo que
compõe a escola. A democratização do acesso ao ensino de qualidade inclusivo e que
compreenda as necessidades do ambiente em que se encontra e o principal objetivo de
uma escola democrática, no Brasil temos alguns exemplo a Escola Municipal de
Ensino Fundamental Amorim Lima, em São Paulo iniciou suas mudanças no início
dos anos 2000, devido ao contexto de violência e carência social que rodeava a escola
viu se a necessidade de uma mudança de significado daquela instituição ,e o caminho
encontrado foi o da escola democrática assim que a escola tornou se lugar de lazer
para os membros da comunidade local, nos finais de semana com as portas abertas
para uso coletivo promovendo atividades culturais artísticas e do lazer em geral e para
além disso trouxe a comunidade para dentro das decisões da escola (TOSTO,2011).

Estudos do espaço escolar: o pátio da escola

O sentir se confortável no ambiente escolar está relacionado a mais elementos que


apenas as metodologias de ensino, o espaço físico onde se está instaurado a escola
colabora diretamente para com a aprendizagem do aluno um ambiente agradável
aconchegante e acolhedor é essencial para que a escola seja um lugar seguro e
confiável para seus frequentadores. Os projetos arquitetônicos são reflexo do
contexto ao qual foram pensados e estruturados no brasil não é diferente o século XX
é marcado pelas políticas higienistas promovidas pelo estado sendo assim a educação
não foge a essa perspectiva (RAIMAN,2008), o modelo institucional de educação
acompanhou o desenvolvimentismo proposto pelo estado e condicionou de forma
efusiva o modelo educacional brasileiro a uma visão mercadológica e não
emancipadora da educação.

Podemos deduzir então a partir dos fatos que a escola como está posta é pensada para
que os frequentadores entendam a hierarquia das relações ali pautadas, e uma
mudança só será efetiva se pautada de forma que percebamos as características
desumanizantes de alienação que estamos condicionados, exigindo assim uma
intervenção consciente nos mais diversos âmbitos de existência individual e social
(MÉSZAROS, 2006). Nesse sentido os espaços físicos livres da escola são de suma
importância para o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, principalmente durante
sua infância, já que dentro da lógica educacional imposta é ali que a criança exerce
democraticamente suas atividades devido ao fato de que a sala de aula é tida como um
ambiente controlado que tem como intuito impor o que ali é posto.

A sociabilidade é um ponto fundamental na construção do “ser” é a partir dela que ele


construirá suas perspectivas e posicionamentos a respeito do mundo ao qual está
inserido, a escola depois da família é o principal ambiente ao qual o indivíduo iniciara
esta formação (AMBROZIA, C., M, R.,2014). É então no ambiente escolar que
valores sociais importantes são ensinados, a compreensão do que é democracia2 e
uma leitura crítica a respeito do que vivemos começa na formação escolar, nesse
sentido é importante entender sob qual olhar entendemos o que de fato se entende
como democracia, socialmente aceito o regime ao qual vivemos se diz então
democrático, mas até que ponto isso seria real, se a educação proposta por ele está
diretamente relacionada ao condicionamento para o mercado, servindo assim não
como forma emancipadora mas como condicionante a um modelo de democracia
representativa, servindo como uma espécie de “teste” para o contexto republicano de
democracia ao qual estamos inseridos ( RANCIÉRE,2014).

Entender como o poder3 é exercido perpetualizado nessa arquitetura escolar é de


essencial importância para compreender como o sistema educacional tradicional é
antidemocrático, e não permite que seus sujeitos participantes exerçam papeis não
satisfatórios para a logica ao qual ele foi criado. Defato o estado detém as vias
institucionais e mecanismos de manutenção desse poder, entretanto a sociedade como
um todo também exerce uma pressão e age na manutenção de uma ordem pré-
estabelecida, entende se então o poder não de forma pontual, mas algo fluido que age
nas mais diversas áreas da sociedade (RAIMANN, RAIMANN, 2008).

A escola democrática é entendida enquanto um lugar de fluidez tanto no âmbito


social, ou seja presa pelas liberdades quanto no espaço físico propriamente dito, as
separações evidentes e hierarquizadas nos espaços físicos escolares as delimitações
de quem pode e não pode frequentar o ambiente livremente são ramificações de poder
que imitam a sociedade no geral que é baseada em hierarquia, dentro desse contexto
de escola tradicional o pátio escolar e áreas livres ou seja que não são lidas como sala
de aula são muitas vezes os únicos ambiente de livre acesso onde todos membros da
comunidade escolar que o frequentam pelos mais variados motivos, e sendo assim
promovem diversas trocas culturais e produção de conhecimento:

“A legislação não estabelece parâmetros para os pátios escolares. Apenas


sugere um percentual de área livre sem criar critérios que garantam a
qualidade deste espaço para aprendizagem. O Parâmetro Básico de
Infraestrutura para Instituição de Educação Infantil dá apenas orientações
para ocupação das áreas recreativas (Fernandes, 2008). Muitas prefeituras
não consideram o pátio no planejamento de suas escolas, dando a
dimensão de como esta questão é tratada em nosso país (AMBROZIA, C.,
M, R.,2014). ”
O espaço escolar e o Pátio no CEPI Pedro Gomes:

Apesar de permanecer em sua estrutura hierarquizada, será analisado aqui com um


caráter de mais proximidade o Centro de ensino em Período integral Pedro Gomes
é uma das mais tradicionais escolas do estado de Goiás foi batizada assim devido a
uma homenagem ao professor e escritor Professor Pedro Gomes de Oliveira (1882-
1955), nascido na Cidade de Goiás. A escola está situada no bairro de Campinas
fundada em 1947 está colocada no mesmo local desde o ano de 1959.

O colégio é um dos mais tradicionais da capital como já dito, e estando no mesmo


prédio desde o final da década de 50, o predio guarda em sua arquitetura um pedaço
da história da cidade, mas também do pais, o prédio tem sua arquitetura moldada no
contexto desenvolvimentista do então presidente da república Juscelino Kubitschek e
tem sua data de inauguração menos de duas décadas depois da mudança da capital do
estado para Goiânia.

Sem fugir as estéticas e perspectivas sociais de sua época, o CEPI Pedro gomes ainda
guarda em sua estrutura uma semelhança com as prisões, assim como os demais
colégios do período, é necessário compreender que para além do prédio em si o que
entendemos por escola é uma construção social; as salas possuem apenas uma porta
que que abrem para corredores mal iluminados, a disposição das cadeiras, horários
para troca de aulas, assim como a maioria das instituições que entendemos como
escola (DAHER,2016). O ambiente de convivência comum é bem amplo, tem um
pátio arejado que acomoda um palco ocupado frequentemente por atrações e eventos
culturas e pedagógicos existe ambientes de convivência comum como o auditório, o
pátio funciona como uma espécie de pulmão da escola bem arejado com cadeiras é
um lugar muito frequentado pelos alunos e membros no geral da comunidade escolar.

Como já dito, escola é mais que um uma construção que abriga pessoas para
aprender conteúdos, a escola se trata de uma construção social coletiva, que gera
memória afetiva e que tem seu papel estabelecido perante toda a sociedade, apesar de
existirem inúmeras leituras a respeito de como se daria uma escola “ideal”. O CEPI
Pedro Gomes apesar de manter estruturas “tradicionais” de ensino nos mostra que há
como fazer isso de maneira plural, o prédio enquanto patrimônio se mantem mas a
ressignificação de seus espaços é constante e a liberdade dos estudantes e professores
parece ser um ponto importante nas decisões burocráticas tomadas pela direção da
escola, os alunos guardam sua individualidade em relação ao uso de roupas e
acessórios e em uma grande gama de atividades e projetos educacionais e de
recreação que são oferecidos pela escola o que é de suma importância para a
construção e afirmação de sua identidade individual e coletiva.

As escolas e seus significados estão constantemente sendo redefinidos, é importante


sempre lembrar que a democracia é um ponto essencial para a fomentação de debates
e melhorias do ensino público, mas é também importante o questionamento do que
seria democracia, e para quem essa democracia serviria. O processo de
redemocratização do estado brasileiro (1988) marcou também a institucionalização de
meios democráticos de participação popular dentro da administração escolar:

“A gestão democrática da educação pública pressupõe a participação da


com unidade nas decisões que ocorrem no interior da instituição
educacional.A participação não apenas define a qualidade da democracia
na educação, bem como a forma de se viver a democracia. Apesar do
inegável crescimento do reconhecimento da importância da gestão
democrática e da participação n a educação,muitos ainda encaram a gestão
democrática mais enquanto um en cargo do que enquanto uma
possibilidade de participação (SILVA,2016)

Apesar de apresentar pluralidade e todos os fatores positivos, não indica que a


estrutura que se é estabelecida hoje no colégio não deva ser questionada, a instituição
ainda obedece a um modelo de ensino que apesar de presar pelas individualidades é
estruturado num modelo não libertário e punitivo de educação, sendo assim o debate a
respeito de como seus espaços podem se tornar cada vez mais inclusivos e libertários
é de extrema importância, para que cada vez mais o espaço escolar seja gerido de
forma mais horizontal possível.

Considerações Finais

A ideia de um sistema de ensino não impositivo, e que cria indivíduos emancipados


soa estranha aos ouvidos em uma situação inicial, as hipóteses de falta de organização
as ideias de não eficiência surgem como formas de repelir um modelo que a nós não é
natural devido a toda hierarquização de um estado burocrático e elitista que nos foi
imposta. Sendo assim é necessário um segundo olhar a respeito das formas de
emancipação social e das diversas produções cientificas que defendem o modelo de
escola democrática como saída alternativa para a restruturação de uma democracia
participativa que não é bem vista segundo a lógica mercadológica de ensino.

Sendo assim neste trabalho buscou se questionar como um espaço especifico, o pátio
escolar, enquanto ambiente livre e não hierarquizado, poderia colaborar para que
mais ambientes dentro da escola pudessem seguir essa lógica e quebrar estereótipos
dos papeis preá estabelecidos dentro da comunidade escolar.

O processo de observação empírica me trouxe apontamentos essenciais, pois pude


perceber que transformar o ambiente em tradicional em um ambiente não
hierarquizado é um processo, e que apesar de ainda existirem relativamente poucas
escolas que seguem a perspectiva libertaria em sua totalidade, há hoje uma tentativa de
combinações onde nem se é abandonado o modelo tradicional nem adota o sem
nenhuma oposição, mesmo assim pude compreender a necessidade de mais debates a
respeito de como a formação e o ambiente escolar se dão.

E por fim tive ainda mais confirmação de que a escola não é neutra em nenhuma
circunstância, os espaços tanto sociais quanto físicos assumem discursos
(RAIMAN,2008) exercem relações de poder, e através da logica tradicional e
punitivista colaboram para a manutenção de uma ordem mercadológica de ensino.

NOTAS DE RODA PÉ:


2
“Ela, é para mim, um princípio, um poder em oposição aos que pretendem ter o poder” (Ranciére, a
respeito da democracia para folha de São Paulo, 2014). (SOBRE DEMOCRACIA)
3
“ Ninguém é, propriamente falando, seu titular; e, no entanto, ele sempre se exerce em determinada
direção, com uns de um lado e outros de outro; não se sabe ao certo quem o detém; mas se sabe quem
não o possui” (2001a, p.75). ( SOBRE PODER)

IMAGENS A SEREM ADICIONADAS:


REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

AMBROZIA, C. M. L. O PÁTIO ESCOLAR COMO ESPAÇO DE


APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL,
2014.Disponivel:
file:///C:/Users/Fernanda/Desktop/capel-artigo/trabalho_5enalic_4pibid_11inidoc.pdf

DAHER, Anna P. t. percepções da arquitetura do CEPI Professor Pedro Gomes.2016

MÉSZAROS, István. A educação para além do capital. São Paulo: Boi Tempo
Editorial, 2006

RAIMANN, Cristiane; RAIMAN, Elisabeth G. Arquitetura escolar e espaço escolar


na produção de subjetividades In. Itineratius Reflexiones. Revista eletrônica do
Curso de Pedagogia do Campus UFG- Jatai. Vol. II nº 5, jul-dez, 2008. Disponível
em: https://www.revistas.ufg.br/rir/article/view/20418/19176

RANCIÉRE, Jacques. Odio a Democracia. Tradução Maria Eschalar. São Paulo:


Boitempo,2014. Cap.01

SILVA, Nilson G. Democracia e educação na constituição federal, na LDB e na PNE:


A participação da comunidade na escola. Educ. Anál. Londrina, v.2, n.1, 278‐297,
jul./dez. 2016

disponível:
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/educanalise/article/view/25272/21455
SKINNER, B.F. A tecnologia do Saber. São Paulo: Ed. HERDER,1972. CAP.05 p.
89- 108

TOSTO, Rosanei. Escolas democráticas, utopia ou realidade. Revista Pandora Brasil -


Edição especial Nº 4 - "Cultura e materialidade escolar" – 2011. Disponível em:
http://revistapandorabrasil.com/revista_pandora/materialidade/rosanei.pdf

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