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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO- UEMA

JORDANA DE SOUSA SILVA

TEXTO REFERENTE ÀS QUESTÕES DO ARTIGO: A ESCOLA


DEMOCRATICA: pela cidadania na perspectiva freireana

Existe uma relação implícita entre o conceito de administração e a sociedade capitalista


que importa ser considerado quando se pondera o sentido desta nas diversas instituições, e,
essencialmente, em tratando de uma instituição escolar. Esta compreensão foi elaborada ao
longo da história, sendo consideradas no processo: as relações sociais, econômicas e culturais
que se estabeleciam, evoluindo conforme as organizações sociais se adaptavam aos meios
capitalistas de produção. Seus fundamentos na prática da administração estão vinculados à
organização de uma empresa desde o processo de produção até a sua execução.

A escola é um estabelecimento de ensino, espaço físico, traz o conceito de escola como


uma organização viva que constantemente se altera, se modifica e se reconstrói. É um espaço
de interação social com sujeitos que em constante mudança e transformação influenciam este
ambiente educativo.

O pedagógico é o eixo sobre o qual o gestor escolar deve se debruçar nas suas ações
cotidianas, apesar de que a organização escolar, no âmbito administrativo e organização,
reflete de maneira significativa as práticas gestoras e cotidianas da escola. Na gestão da escola
pública, é de grande importância a ação multirreferencial relacioanada à capacidade de
encontrar nos pares que compõem a comunidade escolar: professores, funcionários, pais ou
responsáveis dos alunos. Todos esses membros em conjunto, contribuem para a compreensão
das reais necessidades da escola.

Emancipar é estabelecer, em si, a condição de prosseguir por esforços próprios, gerando


um autodesenvolvimento natural. Refere-se ao poder de estar livre para as decisões que
entende como acertadas, reconhecendo a responsabilidade que consegue possuir, em cada
uma dessas decisões, enquanto efeito da atuação pelo exercício da emancipação. A
emancipação jurídica abre as portas para o pleno gozo de direitos antes impedidos,
modificando o status do sujeito, no sentido de reconhecer-se absolutamente capaz, e
portanto, responsável por suas práticas.

No âmbito do processo ensino-aprendizagem, compreendemos que a escola


emancipatória, por sua vez, é o espaço que proporciona a formação de sujeitos emancipados
em suas práticas cotidianas.

A escola democrática, sob a perspectiva de Paulo Freire, reconhece no sujeito aprendente a


mola propulsora de todo o processo educativo: a razão do planejamento pedagógico, da
estrutura e organização escolar, do alinhamento dos procedimentos de gestão. Sendo assim,
existem três eixos a serem considerados: a autonomia, a dialogicidade e a inclusão.

A autonomia é elementar às relações producentes em sala de aula, há de se ampliar a


análise para a questão da gestão escolar, uma vez que não se limita às paredes das salas de
aula, mas a todas as relações que podem se estabelecer no ambiente escolar. Já a
dialogicidade é o poder de voz conferido aos sujeitos de determinado espaço de interação.
Para Freire, o diálogo é uma exigência existencial. Quando se permite o diálogo,
consequentemente, se permite a participação. A inconclusão ocorre de duas formas: dentro da
perspectiva de que novos sujeitos estão chegando à escoa trazendo consigo experiências de
vida que servirão para todos os que com eles interagem; a construção do conhecimento é um
movimento constante, e portanto, inconcluso.

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