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A história no fundamental

 A primeira Lei sobre a instrução, de 1827 dizia que os professores ensinariam a ler, a
escrever, as quatro operações de aritmética, a gramática da língua nacional, os
princípios da moral cristã e de doutrina da religião católica e apostólica romana.
Ênfase na Constituição do Império e História do Brasil.
 Busca por fornecer conhecimento sobre moral cristã, e precariamente sobre política.
 Em todo o XIX: Uma história civil articulada a uma história sagrada.
 Ensinava-se um conteúdo religioso nas escolas, devido á forte aliança entre estado e
Igreja.
 História era optativa nos programas e abstrata.
 Ela surge em 1837 como disciplina autônoma, com a criação do colégio Pedro II,
primeiro secundário. Pago e destinado às elites.
 Discussão de uma história universal mas ainda articulada com o sagrado.
 Em 1855 introduz-se história do Brasil, ainda em consonância com a religião.
 Em 1870 há presença da ciência, idéias como evolucionismo de Darwin, e há um
embate. Acrescenta-se disciplinas naturais e amplia-se o estudo da história para
tópicos de história e geografia universal, do Brasil e Regional.
 Função do ensino: Lições de leitura com temas mais fáceis, para incitar a
imaginação e fortificar o senso moral. Havia uma ligação com a Instrução cívica, que
deveria substituir a religiosa. RELIGIOSO por LAICO. (república que vinha)
 Reflexão sobre a proposta curricular que não funciona na prática. A sala de aula era
simples, raramente as disciplinas facultativas eram ensinadas.
 Os programas de história do Brasil seguiram modelo de história sagrada, com vida
de santos trocadas por ações heróicas dos construtores da nação. É DAÍ QUE VEM
O CULTO AOS ÍCONES.
 Metodo: repetição, memorização. (decoreba) Aprendizado ligado à reprodução do
ensinado.

Civilização e nacionalismo

 Com a republica e a abolição a busca pelas relações de trabalho e processo


migratório fazem com que se pense a educação como forma de transformar o país
(de suprir a mão de obra, que reunisse um espírito cívico (africanos, portugueses,
indígenas).
 A escola deveria eliminar o analfabetismo e moralizaria o povo para o novo regime.
 O currículo passa por um debate, por disputas. Como reelaborar o conteúdo?
 Percebe-se uma maior autonomia das disciplinas: a história passa a ocupa rum
papel patriótico e civilizatório, formando com a geografia e a língua o tripé da
nacionalidade (espaço, história, língua).
 A história da civilização ganha espaço e repulsa a história universal. O motor dos
acontecimentos não era mais a religião, mas o processo migratório (explicações a
partir da chegada dos portugueses, e da civilização).
 A história universal identificava os tempos antigos com o tempo bíblico da criação,
com o predomínio do sagrado sobre o tempo histórico.
 Ênfase em Egito, Mesopotâmia, sociedades civilizadas e civilizadoras.
 Na história do Brasil, a busca por uma homogeneização da história, uma história que
fosse comum a todos. Ênfase em um passado homogêneo, em feitos glorioso e
célebres de alguns personagens na luta pela defesa nacional.
 Incorporação da DEMOCRACIA RACIAL, ausência de preconceitos.
 Os três povos, harmônicos, compunham uma sociedade multirracial e sem conflitos,
cada um trabalhando para a riqueza do país.
 Nesse período poucas foram as mudanças metodológicas. Continuou-se a recitar
lições de cor.
 Depois de 1945, fim da segunda guerra, a história passou a ser considerada uma
disciplina importante na formação de uma cidadania para a paz, merecendo
cuidados: material. Organização curricular.
 No início de 1950 dividiu-se em história Geral e do Brasil.
 A ênfase foi nos Estados Unidos (guerra fria), e uma história a partido econômico, da
cana-de-açúcar, do café, da mineração, da industrialização.
 Começa-se a instituir os estudos sociais na escola.
 Nas escolas primárias continuavam propostas de civismo nas series iniciais e series
finais com resumos de História colonial.
 A consolidação mesmo dos Estudos sociais ocorrem em 1971.
 Conteúdos organizados hierarquicamente: do mais próximo para a história do
mundo.
 Por isso a história do mundo não era ensinada no primário, por ser considerada
abstrata. (até hoje)
 O aluno precisava compreender o tempo histórico, mas o mesmo era elaborado
como uma seqüência cronológica (ainda hoje. Currículo do fundamental)
 Licenciatura curta.
 Na década de 1970 as associações de historiadores e geógrafos.
 Um novo contexto surge no 80, com a migração do campo para as cidades, com as
novas tecnologias que se aproximavam. Rádio, TV.
 Isso gerou uma discussão entre os agentes educacionais e reascendeu a chama da
história e geografia como separadas.
 Passa-se a sensibilizar para questões ligadas à cultura, ao cotidiano, sugerindo rever
a abordagem tradicional.
 Reflexões são feitas na análise de uma história que não contemplava o aluno e que
não fazia com que ele se sentisse membro da história. Uma história que
desconsiderava a vivência, e era apresentada como produto pronto e acabado.
 Introduz-se uma história crítica que buscava desenvolver nos alunos atividades
intelectuais de desmistificação das ideologias (tudo vem impregnado! Para que eles
não sejam mais um na massa).
 Teorias pedagógicas surgem, que colocavam o aluno como centro do processo (aula
pós)
 O currículo foi ampliado visando a necessidade de atender um público ligado a essa
ideia do presente constante, da tecnologia, do agora.
 Percebeu-se que não era possível passar toda a história da humanidade, de forma
reducionista e simplista.
 Algumas propostas de eixos temáticos são lançadas.
 Os métodos tradicionais vem sendo questionados com maior ênfase. Os livros
didáticos questionados (não se aceita passivamente seu conteúdo).
 Citar trecho p. 25.
 Nas ultimas décadas se questiona que povos estudar? Sobre que fontes se
concentrar? Que ordenação temporal usar?
 Percebe-se que muitos grupos de classes diferenciadas merecem atenção.
(mulheres, negros)
 Atenção ao estudo dos outros povos do continente que não os europeus.
Multiplicidade de povos e culturas (afro-brasilidade por exemplo)
 Novas fontes, que não a escrita.
 Há 3 tempos.
 É necessário então que o ensino de história estabeleça relações entre identidades
individuais e coletivas, entre as quais se constituem como nacionais.
 Processo migratório campo/cidade e a perda da identidade. Nós devemos formar
cidadãos com identidade, levá-lo a descobrir.
 O estudo de história deve abranger 3 aspectos:
 1. Incluir a constituição da identidade social nas propostas educacionais para o
ensino de história.
 2. Construção de semelhanças e diferenças (o eu e o outro – o estranho) –como vive
meu grupo, como vive os outros.
 3. Construção de noções de continuidade e permanência. Como o outro vivia, como
morava, como trabalhava, como se vestia.
 Conhecer o si e o outro é comparar situações, estabelecer relações e aumentar o
conhecimento sobre seu grupo, sua região. Seu país.

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