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Revisitando a história da disciplina nas últimas décadas do século XX

 Há muitas mudanças no ensino de história dos últimas décadas do século XX ( 1970


não é igual a 2012) métodos, conteúdos.
 O ensino muda de acordo com as transformações políticas, sociais e educacionais
do contexto, como as de dentro da academia.
 Não se pode pensar o “ensino de história” desprendido do contexto no qual ele é
produzido.
 Nos últimos anos além do Estado, outros órgãos como o mercado editorial se
fizeram presentes na discussão sobre o que ensinar em história.
 Pensar o ensino de história é pensar processos de formação e remete à história da
disciplina e suas mudanças no pós-1964.
 Esse período desenvolveu uma relação entre educação, segurança nacional e
desenvolvimento econômico. O privilégio de um grupo dominante.
 Uma das características no pós-64 foi a desobrigação do Estado com o
financiamento do ensino, especialmente o superior e o médio. (porque?)
 A constituição de 1967, ao não vincular a porcentagem de verbas destinadas ao
Orçamento geral da União, faz com que o estado passe a diminuir os investimentos.
 Participação do ministério da Educação e Cultura desceu de 10,6% em 1965 para
4,3 em 1975 e manteve-se em 5,5 até 1983.
 Dessa forma a rede privada de ensino cresce, principalmente as IS, e os
profissionalizantes são no noturno.
 Em 1983, no processo de redemocratização o Congresso Nacional aprovou que pelo
menos 12% da receita fosse aplicada na educação, e os estados e municípios 25%.
 Isso faz parte da pressão dos professores no pós-ditadura (eles trabalharam durante
todo o movimento)
 A constituição de 1988 decide que a União aplicará nunca menos de 18%.
 Em 19971, Médici pela lei 5..692 de 11 de agosto de 1971, destaca o período de
escolaridade obrigatório (também na constituição federal, 7 a 14 anos) e denomina o
primeiro grau como 1 a 8 serie e 2 grau a formação técnica.
 Retira-se dos currículos de segundo grau o conteúdo de humanas e implanta-se a
profissionalização.
 Em outubro de 1982 o MEC sanciona a lei 7.044 alterando aspectos da 5692/71,.
 Junto com isso o acesso à escola cresce, as matrículas multiplicam-se, mas e o
acesso ao saber? Foi ampliado?
 O funil e a exclusão são visíveis (o que se fazia na particular nesse momento?)
 Prioridade à educação que forma para o trabalho e não para a vida, para a reflexão.
 Mas porque quiseram destruir as humanidades no pós-64?
 Faz parte dos mecanismos de poder. O conselho de segurança nacional agindo para
controlar e reprimir as opiniões e pensamento (DITADURA)
 Eliminar resistências ao regime autoritário.
 E após 1982, a revitalização das disciplinas que foram banidas do currículo ocorre
com dificuldades.
 Carga horária diminuída em relação à matemática e biológicas (recentemente 3
aulas)
 Observem:
 Para a realização de um projeto educacional um dos elementos mais importantes é o
professor.
 Os princípios da segurança nacional difundidos na ditadura choca com a figura do
professor (autônomo, instiga a reflexão, o pensamento).
 O Estado não apenas deixa de investir, mas passa a investir na desqualificação do
professor.
 Amparados pelo AI5, em 69, organiza-se o funcionamento de cursos profissionais
superiores de curta duração. (justificativa era atender às carências do mercado).
 É desnecessário ter formação longa e sólida ( hoje passamos 4 anos... imagine lá).
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 Mas outras áreas,q eu não a educação, mantiveram a mesma carga horária.
 A licenciatura curta expressa a visão do governo da educação como produtora de
mão-de-obra para o mercado.
 Qual seu objetivo: formar o número maior de professores da forma mais viável
economicamente (rápido, barato), cuja manutenção exigisse poucos investimentos.
 A licenciatura curta contribui par a perda a autonomia do professor diante do
processo de ensino (que não domina com firmeza), é limitado.
 São implantados os cursos de estudos sociais que só extintos entre 80 e 90, após
formarem grande número de professores no Brasil.
 Que profissional foi formado: história, geografia, educação moral e cívica
(descaracterização das ciências humanas)
 Conhecimentos eram transmitidos como um quebra-cabeça de elementos
superficiais da realidade social.
 OSPB, Educação Moral e cívica tornados obrigatórios.
 Criada a Comissão Nacional de Moral e Civismo, não apenas responsáveis pelo
ensino da disciplina, mas outras atribuições;
 Conceitos como nação, pátrias, tradição, lei passaram a ser o centro dos programas
de educação moral e cívica.
 Assim, o ensino de história tornou-se vinculado aos princípios norteadores da
educação moral e cívica. Um decreto reduziu a carga horária para incluir PSPB
EMC.
 Crianças e jovens eram obrigados a cultuar o hino, a bandeira, heróis tradicionais e
novos heróis cotidianamente.
 E o ensino de 1 a 4 série esteve envolvido nesse processo, ensinando o aniversário
da independência, da conquista da copa (COPA DE 70) - O ano em que meus pais
saíram de férias.
 Atos cívicos, desfiles (não porque se ama a pátria, não porque há esse sentimento,
mas porque foi instituído para nós que devemos fazer)
 Porque se queria controlar o movimento estudantil, impedir seu poder de
transformação e revolução.
 No fins de 60, início de 70 o governo federal decretou uma série de leis nacionais
instituindo comemorações cívicas em estabelecimentos de ensino e repartições
públicas. (ver lei) PENALIDADE A QUEM DESRRESPEITASSE
 A história não tem um foco na ação dos homens no tempo, mas La localização e
interpretação de fatos (vem daí)
 Há uma dissolução do senso crítico por trás dessas disciplinas.
 Médici, por meio do decreto 65.814/69, editou uma “convenção sobre ensino de
história” firmada entre nações Altino-americanas que preiva “1º efetuar revisão dos
textos adotados para o ensino em seus respectivos países, afim de depurá-los de
tudo que possa excitar, no ânimo da desprevenido da juventude,a aversão a
qualquer povo americano”.
 Monitoramento do conteúdo, num momento em que EUA auxilia a economia
brasileira. Uma VALORIZAÇÂO DA hegemonia americana na América e no mundo.
 Entre 1970 e 80 mudanças ocorreram, transformando lentamente a realidade
 Debate dos grupos reprimidos. OSPB e EMC continuaram.
 Em finais de 80 clama-se pela mudança no currículo.
 Em 1990 história e geografia voltam a ser disciplinas autônomas, as licenciaturas
curtas voltam a ser longas, LDB e PCNS.

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