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Marcia Reis
b) Pedagogias da prática
De inspiração libertária e em consonância com os princípios anarquistas, o
saber da prática social é o que deve ser valorizado e ser matéria de ensino,
fazendo emergir toda a sua carga política. Entende-se que o ato pedagógico
é político.
c) Pedagogia crítico-social dos conteúdos
Afirma a primazia dos conteúdos como critério para diferenciar as
pedagogias. Mas tarde, esse critério se expande para uma análise do papel
da escola, conteúdos de ensino, métodos de ensino, relacionamento
professor-aluno, pressupostos de aprendizagem e manifestações na prática
escolar.
d) Pedagogia histórico-crítica
A pedagogia histórico-crítica tem fortes afinidades com a psicologia
histórico-cultural desenvolvida pela Escola de Vygotsky. A educação é
entendida como o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada
individuo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente
pelo conjunto dos homens. A educação é entendida como mediação. A
prática social põe-se, portanto, como o ponto de partida e o ponto de
chegada da prática educativa.
Observaremos, a seguir, que as últimas décadas do século XX e o início do século XXI
foram marcadas por mudanças econômicas, socioculturais, eticopoliticas, ideológicas e
teóricas advindas da crise do sistema capital, éticopolitica e teórica.
A crise mais profunda foi a da forma capital, onde após expansão e ganhos reais da
classe trabalhadora, o sistema entra em crise com suas taxas históricas de lucro e
exploração que impulsiona a acumulação via especulação do capital financeiro entre
grandes grupos transnacionais., que concentram tecnologia, riqueza e ciência de forma
sem precedente (sociedade 20/80).
No plano ideológico e supra estrutural destacam-se as noções criadas de globalização,
Estado mínimo, reengenharia, reestruturação produtiva, sociedade pós-industrial, pós-
classicista, do conhecimento, qualidade total, empregabilidade etc para justificar
reformas no aparelho do Estado e nas relações capital/trabalho, que são inversas as
políticas de bem-estar social ou o fim da capacidade civilizatória do capital, cujos
protagonistas são FMI, BIRD, PNUD, OMC. Tal situação representou uma crise
profunda do pensamento comprometido com mudanças sociais.