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Legislação e Estruturas
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do Ensino Superior
Indicativos de Politicas, Estrutura e Legislação
Revisão Textual:
Prof. Ms. Claudio Brites
Indicativos de Politicas, Estrutura e Legislação
Objetivos
• Abordar aspectos relacionados à Constituição Federal de 1988, ao Plano Decenal de
Educação, às Diretrizes Curriculares Nacionais e aos Parâmetros Curriculares Nacionais.
• Evidenciar como evoluiu a legislação no que diz respeito à educação, e como essas
políticas públicas se desenvolveram.
Caro Aluno(a)!
Normalmente com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o
último momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material
trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você
poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns
dias e determinar como o seu “momento do estudo”.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de
discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de
propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de
troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
Indicativos de Politicas, Estrutura e Legislação
Contextualização
Nesta Unidade, você ampliará seus conhecimentos sobre algumas políticas públicas
educacionais. Antes da leitura do texto, reflita sobre as questões a seguir e faça
anotações do que julgar interessante.
Que mudanças podem ser observadas na educação a partir das mudanças propostas
por políticas educacionais?
Bons estudos!
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Algumas Leis que regem a Educação no país
Você sabia que a Educação no nosso país é regida por leis denominadas diretrizes e bases?
Você conhece algumas dessas leis?
Já ouviu falar sobre elas?
Pesquise sobre o assunto e faça anotações do que você considerou importante.
Para que possamos entender melhor a trajetória das leis que nortearam a educação
em nosso país, parece-nos importante ressaltar o cenário em que se deu esta trajetória.
Podemos começar salientando que a escola brasileira nasceu marcada pelo dualismo:
escola acadêmica de boa qualidade, e com ascensão aos cursos superiores, para as
elites; e a escola para os trabalhadores. O trabalho manual desenvolveu-se no Brasil
caracterizado por não ser “intelectual” e, durante muito tempo, uma incumbência de
escravos e pobres. Um homem livre e de boa família não podia ter um trabalho manual.
Sendo assim, as escolas no país, voltadas para o trabalho, atendiam às classes pobres e
concentravam-se essencialmente na aprendizagem de ofícios.
Esse dualismo se mantem até hoje, mesmo com a estrutura atual do ensino médio e
das escolas técnicas.
Essa situação se modificou em 1982 com a Lei n. 7.044/82, a qual acabou com
essa obrigatoriedade. Esse cenário torna a se modificar com o advento da LDBEN
n. 9394/96, quando, então, o governo promoveu grande alteração separando
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Indicativos de Politicas, Estrutura e Legislação
Em relação ao fato dela ser a sétima Constituição, existem controvérsias entre alguns
pesquisadores, uma vez que em 1969, com a morte do presidente Artur da Costa e
Silva, uma Junta Militar assumiu a presidência do país, e nesse mesmo ano, essa junta
promulgou uma ementa constitucional chamada de Ementa nº 1, instituindo a Lei da
Segurança Nacional, o que regulamentava a censura. Devido às diversas transformações
que essa ementa trouxe, ela é considerada por alguns pesquisadores como sendo um
texto constitucional, o que faria com que a Constituição de 1988 fosse a oitava, e não a
sétima, Constituição do Brasil.
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A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Dessa forma, evidencia-se que todos têm direito de acesso à educação e que esse
direito deve ser garantido tanto pelo estado quanto pela família, levando em consideração
a colaboração da sociedade. Há um destaque também para que a educação tenha como
objetivo a formação de um cidadão preparado para interagir socialmente, ou seja,
exercer sua cidadania, e também para integrar o mercado de trabalho.
I – erradicação do analfabetismo;
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Indicativos de Politicas, Estrutura e Legislação
Em 2015, foi publicado um novo Plano Nacional de Educação – PNE – com metas
claras sobre todos os níveis de ensino – que serão estudadas ao longo das unidades.
Esse plano aponta preocupações com o acesso ao ensino e também em relação ao
investimento para a educação, tanto no nível da educação básica, quanto superior, num
período de dez anos.
Origem do PNE
Na Constituição original de 1988, o PNE era previsto como um plano plurianual,
ou seja, um conjunto de ações a serem desenvolvidas em um período de quatro
anos visando atingir determinados objetivos em relação à melhoria da qualidade da
educação no país.
Segundo Menezes e Santos (2002), esse documento foi elaborado em 1993 pelo
Ministério da Educação (MEC) e destinado a cumprir, no período de uma década (1993
a 2003), as resoluções da conferência citada anteriormente. Segundo os autores, esse
documento é considerado um conjunto de diretrizes políticas voltadas para a recuperação
da escola fundamental no país.
O Plano Decenal prioriza o papel do professor, o que pode ser confirmado quando
se considera a seguinte citação do próprio documento do MEC/SEF: “O Plano Decenal
considera que o principal agente de uma política de qualidade da educação é o professor,
devendo a função do magistério ser publicamente reconhecida em sua relevância social”
(BRASIL, 1993, p. 5).
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Para Menezes e Santos (2002), o Plano Decenal indica a aceitação pelo governo federal
brasileiro das ações e estratégias que já estavam sendo discutidas internacionalmente
sobre a melhoria da educação básica. O que, de acordo com os autores, indica que:
A Conferência de Jomtien é um marco político e conceitual da educação fundamental,
constituindo-se em um compromisso da comunidade internacional em reafirmar a
necessidade de que “todos dominem os conhecimentos indispensáveis à compreensão
do mundo em que vivem”, recomendando o empenho de todos os países participantes
em sua melhoria (MENEZES; SANTOS, 2002, p. 1).
O objetivo do Plano Decenal de Educação era garantir, até o ano de 2003, que
crianças, jovens e adultos tivessem atendidas, quanto à aprendizagem, as necessidades
elementares da vida contemporânea. Menezes e Santos (2002) descrevem os sete
objetivos gerais de desenvolvimento da educação básica:
1. Satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem das crianças, dos jovens
e adultos, provendo-lhes as competências fundamentais requeridas para a
participação na vida econômica, social, política e cultural do país, especialmente
as necessidades do mundo do trabalho;
2. Universalizar, com equidade, as oportunidades de alcançar e manter níveis
apropriados de aprendizagem e desenvolvimento;
3. Ampliar os meios e o alcance da educação básica;
4. Favorecer um ambiente adequado à aprendizagem;
5. Fortalecer os espaços institucionais de acordos, parcerias e compromisso;
6. Incrementar os recursos financeiros para manutenção e para os investimentos
na qualidade da educação básica, conferindo maior eficiência e equidade em sua
distribuição e aplicação;
7. Estabelecer canais mais amplos e qualificados de cooperação e intercâmbio
educacional e cultural de caráter bilateral, multilateral e internacional.
A partir de 2015, temos o novo Plano Nacional de Educação, cujas metas tendem a
atingir todos os níveis de escolaridade.
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Cada segmento da educação possui suas próprias diretrizes, por exemplo, as diretrizes
curriculares para o ensino fundamental, médio e universitário; porém, todas elas foram
elaboradas com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
Antes de 1960, o currículo era organizado por uma lista de temas, que hoje
denominamos de programas. Essa lista geralmente era ordenada de uma maneira
cronológica e lógica, e não só era encontrada em programas impressos como também
nos índices dos livros didáticos.
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No Brasil, antes da década de 1970, utilizava-se a denominação ‘programas’ para
identificar as orientações a respeito dos conteúdos a serem ensinados em uma dada
etapa da escolaridade. Esses continham uma listagem de conteúdos a serem cumpridos,
numa ordem hierarquicamente concebida; mas não existiam orientações de caráter
didático metodológico.
Nessa época, o ensino fundamental esteve estruturado nos termos previstos pela
Lei Federal n. 5.692, de 11 de agosto de 1971. Essa lei, ao definir as diretrizes e
bases da educação nacional, estabeleceu como objetivo geral, tanto para o ensino
fundamental (primeiro grau, com oito anos de escolaridade obrigatória) quanto para
o ensino médio (segundo grau, não obrigatório), proporcionar aos educandos a
formação necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades como elemento
de autorrealização, preparação para o trabalho e para o exercício consciente da
cidadania. Também generalizou as disposições básicas sobre o currículo, estabelecendo
o núcleo comum obrigatório em âmbito nacional para o ensino fundamental e médio.
Manteve, porém, uma parte diversificada, a fim de contemplar as peculiaridades
locais, a especificidade dos planos dos estabelecimentos de ensino e as diferenças
individuais dos alunos.
Cabe salientar que, diferentemente de outros países, o Brasil nunca teve um currículo
obrigatório previamente concebido. Embora não sejam obrigatórias, as orientações
curriculares apresentam avanços no período e a influência de pesquisas sobre o
ensino e a aprendizagem. No entanto, a defesa de que essas orientações não devem
ser obrigatórias se deve ao fato da extensão do país e da diversidade cultural, social e
econômica de sua população.
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Faça uma pesquisa sobre as principais reformas curriculares que ocorreram no Brasil a
partir da década de 40. Anote as características que mais lhe chamam atenção e, em
seguida, realize um paralelo levando em consideração tais reformas e o panorama
educacional atual.
Elabore uma síntese sobre o que aprendeu até esta etapa.
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Parece-nos interessante também apresentar o que o próprio documento assinala em
relação ao significado de ‘parâmetros Curriculares’:
O termo “parâmetro” visa comunicar a ideia de que, ao mesmo tempo em que se
pressupõem e se respeitam as diversidades regionais, culturais, políticas, existentes
no país, se constroem referências nacionais que possam dizer quais os “pontos
comuns” que caracterizam o fenômeno educativo em todas as regiões brasileiras. O
termo “currículo”, por sua vez, assume vários significados em diferentes contextos
da pedagogia. Currículo pode significar, por exemplo, as matérias constantes de um
curso. Essa definição é a que foi adotada historicamente pelo Ministério da Educação
e do Desporto quando indicava quais as disciplinas que deveriam constituir o ensino
fundamental ou de diferentes cursos do ensino médio. Currículo é um termo muitas
vezes utilizado para se referir a programas de conteúdos de cada disciplina. Mas,
currículo pode significar também a expressão de princípios e metas do projeto
educativo, que precisam ser flexíveis para promover discussões e reelaborações
quando realizado em sala de aula, pois é o professor que traduz os princípios elencados
em prática didática. Essa foi a concepção adotada nestes Parâmetros Curriculares
Nacionais (BRASIL,1998, p. 49).
Cabe lembrar que os Parâmetros Curriculares Nacionais foram elaborados com base
nos níveis de ensino, ou seja: ensino fundamental (ciclo I e ciclo II), que corresponde à
divisão anterior de 1ª a 4ª série e 5ª a 8ª série. Posteriormente foi elaborado o documento
com base em diretrizes similares ao do ensino fundamental para o ensino médio. Porém, o
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que esses documentos trazem em sua estrutura principal é a ideia de alcançar uma diretriz
curricular voltada para a autonomia da escola na construção de uma cidadania plena em
relação aos educandos. O avanço nesse aspecto parece ser o fato de se pensar em uma
educação menos tradicional e centrada apenas no ensino. Dessa forma, o grande desafio
passa a ser o trabalho com diversidades presentes no ambiente escolar e uma educação
centrada na aprendizagem. Assim, podemos verificar a intenção desse documento em
alcançar uma educação que contemple aspectos mais amplos.
Quanto aos Parâmetros Curriculares do Ensino Médio, datados do ano de 2000, são
divididos em quatro partes: Parte I – Bases Legais; Parte II – Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias; Parte III – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias; e Parte
IV – Ciências Humanas e suas Tecnologias.
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Sobre a Base Nacional Curricular Comum
Em texto apresentado pelo MEC a respeito da Base Nacional Curricular Comum,
destacamos que o processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular foi
deflagrado em atendimento ao Plano Nacional de Educação e em conformidade com
as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, pela Secretaria
de Educação Básica do Ministério da Educação. A ideia é que esse documento seja
submetido a ampla consulta pública e posterior submissão ao Conselho Nacional de
Educação, sendo apresentado à sociedade em julho de 2015.
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Indicativos de Politicas, Estrutura e Legislação
O documento aponta que a escola não é a única instituição responsável por garantir
esses direitos, mas que tem papel fundamental para assegurá-los. O documento
destaca que, com essa finalidade, serão mobilizados ao longo da educação básica
recursos de todas as áreas do conhecimento e de cada um de seus componentes
curriculares, de forma articulada e progressiva, pois em todas as atividades escolares
se aprende a expressar, conviver, ocupar da saúde e do ambiente, localizar-se no
tempo e no espaço, desenvolver visão de mundo e apreço pela cultura, associar
saberes escolares ao contexto vivido, projetar a própria vida e tomar parte na
condução dos destinos sociais.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Plano Decenal de Educação para Todos
Procure fazer uma síntese do que chamou sua atenção nesse documento e compartilhá-la
com os participantes do Fórum desta Unidade.
http://goo.gl/5HxZLV
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Referências
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil:
promulgada em 5 de outubro de 1988. Brasília, DF: Senado, 1988.
MELLO, Guiomar Namo. Diretrizes curriculares para o ensino médio: por uma escola
vinculada à vida. Revista Ibero Americana, n. 20, 1999. Disponível em: < http://
www.rieoei.org/rie20a06.htm>. Acesso em 02 out. 2010.
MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Plano Decenal de Educação
para Todos (verbete). Dicionário Interativo da Educação Brasileira – EducaBrasil.
São Paulo: Midiamix Editora, 2002. Disponível em: < http://www.educabrasil.com.br/
eb/dic/dicionario.asp?id=91>. Acesso em 25 set. 2010.
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